ESTERILIZAÇÃO E DESINFECÇÃO DE ARTIGOS ODONTOMÉDICO-HOSPITALARES PERMANENTES Enf. Ms. Márcia Regina Alves Rocha EMBALAGEM PARA ESTERILIZAÇÃO Por que usar? “Todo artigo a ser esterilizado, armazenado e transportado, deverá ser acondicionado em embalagem criteriosamente selecionada, para a segurança do processo”. Recomendações práticas em processos de esterilização em estabelecimentos de saúde. - Campinas, SP - 2000. “Guia elaborado por enfermeiros brasileiros” Embalagem Permitir o transporte e o armazenamento do artigo odontomédico-hospitalar e mantê-lo estéril até o seu uso Saída do Ar Entrada do Agente Esterilizante Produto Microrganismos Embalagem TIPOS DE EMBALAGENS PARA ESTERILIZAÇÃO TECIDO DE ALGODÃO PAPEL GRAU CIRÚRGICO ESTOJO METÁLICO PAPEL CREPADO VIDRO REFRATÁRIO SMS CONTAINER RÍGIDO TYVEK® Embalagem Ideal • visibilidade do conteúdo • indicador químico • selagem segura • indicação para abertura • lote de fabricação • tamanhos variados • registro MS TECIDO DE ALGODÃO NBR 14028: sarja T1 ou T2 VANTAGENS DESVANTAGENS •Vulnerabilidade à contaminação •Difícil controle da forma e do no dos reprocessamentos (65 vezes segundo RODRIGUES, 2000) T1 sarja 2 x 1 com espessura em mm de 0,40 + ou - 0,05% e gramatura de 210 g/m2 + ou - 5%. T2 sarja 3 x 1 com espessura em mm de 0,50 + ou - 0,05% e gramatura de 260 g/m2 + ou - 5%. PAPEL GRAU CIRÚRGICO (NBR 12946 / BS-EN 868-5) VANTAGENS • Compatibilidade c/ vapor, ETO,autoclave de formaldeído e radiação • Baixo custo • IQ impregnado na embalagem • Disponibilidade em várias formas e tamanhos DESVANTAGENS • Incompatível com calor seco e Sterrad PAPEL CREPADO (BS-EN 868-2) VANTAGENS • Eficiência de fil- tragem microbiana (98-99%) • Compatibilidade com vapor, ETO, gás de formaldeído, radiação. • Flexível, baixa memória DESVANTAGENS •Menor resistência à tração, podendo furar ou rasgar com maior facilidade quando comparado com o tecido. TIPOS DE PAPEL CREPADO (+) (-) 97% 94% (-) Material 100% celulose. RESISTÊNCIA BARREIRA 99% 1ª Geração 2ª Geração 100% celulose reforçada com fibras sintéticas. 3ª Geração Mistura de celulose e fibras sintéticas, reforçadas com (+) fibras sintéticas externas. FILMES TRANSPARENTES (Compondo estruturas da embalagem: Polietileno, polipropileno, poliester, poliamida, PVC,poliestireno, acetado de celulose, EVA e outros) VANTAGENS DESVANTAGENS • Visualização do conteúdo dos pacotes •Permeabilidade variada ao ar e aos agentes esterilizantes • Alta capacidade de barreira e resistência •Propriedades diversificadas na selagem TYVEK VANTAGENS • Compatível com todos • • • • • os processos de esterilização (seco) Superior resistência mecânica e à umidade Excelente barreira microbiana Não contém celulose Selagem resistente Disponível TYVEC / filme com indicador DESVANTAGENS • Custo elevado quando comparado à outros tipos de embalagem • Único fabricante TECIDO NÃOTECIDO (SMS) (BS-EN 868-2) VANTAGENS DESVANTAGENS • Eficiência de filtra- • Difícil de amoldar-se ao artigo gem microbiana (aprox. 95%) • Resistente • Compatível com todos os processos gasosos e vapor • Disponibilidade • Não evidencia quebra de integridade CONTAINER RÍGIDO É um tipo de empacotamento para materiais a serem esterilizados. “É o sistema de empacotamento de escolha para os instrumentais cirúrgicos devido a organização, proteção efetiva e custo econômico vantajoso a longo prazo”. AORN, 1991 CONTAINER RÍGIDO NBR nº12946, que estabelece os parâmetros de qualidade dessas embalagens quanto à porosidade, resistência à tração e perfuração, pH, penetração do agente esterilizante e identificação da embalagem. Tecido de algodão Papel manilha Papel toalha Papel Kraft DOCUMENTAÇÃO EXIGIDA PARA EMBALAGENS Registro no Ministério da Saúde – Produto correlato - Classe 1 – baixo risco Portaria conjunta n°185, de 2001- registro Normas Regulamentadoras – Tecido – NBR 13734/96 – Papel Grau-Cirúrgico – NBR 12946/93, NBR 13386/95 (ETO), NBR 13387/95 (Radiação), BS-EN 868 (Partes 5,6 e 7) – Papel Crepado e Nãotecido – projeto da ABNT e BS-EN 868-2 – TyvekR - só literatura e contêineres rígidos – BS-EN 868-8 Validação das embalagens-Vida de prateleira depende dos eventos relacionados Houve algum evento que agrediu a embalagem? Caiu no chão? Foi “apalpado”? Foi aberto e fechado novamente? Foi carregado debaixo dos braços? Foi colocado elásticos, barbante? Foi “amassado” colocando pesos ou guardados em gavetas apertadas? Indefinido tempo de esterilização …….. Amém JEVITT,D-1943 (data do jornal) 1977 estéril Quando um produto é embalado e armazenado adequadamente, a arcaica prática de estabelecer prazo de validade não é necessária (JEVITT, 84) •qualidade da embalagem •umidade (35-50%) Contaminação do produto •contaminação do ar •tráfego mas ... •temperatura (18-22oC) •localização •manipulação •controle do inventário Joint Commission on Accreditation of Hospitals (JCAH) recomenda: “a data de validade deve ser assegurada” ….. “o tempo aumenta o risco de manipulação e práticas de armazenamento inapropriadas”. Armazenamento Reprocessamento Processo a ser aplicado a produtos médico-hospitalares, exceto os de uso único, para permitir sua reutilização que inclui: • limpeza • desinfecção • embalagem • esterilização • testes de qualidade Reesterilização Processo de esterilização de produto já esterilizado mas não utilizado, dentro do prazo de validade do produto Legislação: RDC nº 307 de 14/11/02 – ANVISA – Dispõe sobre regulamento técnico, planejamento, programação, elaboração e avaliação de projetos físicos de estabelecimentos assistenciais de saúde. RDC nº 50 de 21/02/02 – ANVISA Dispõe sobre regulamento técnico, planejamento, programação, elaboração e avaliação de projetos físicos de estabelecimentos assistenciais de saúde. RDC nº 306 de 07/12/04 – ANVISA Gerenciamento de Resíduos de serviços de saúde. Portaria nº 482 de 16/04/99 – Dispõe sobre uso e instalação de ETO. RDC nº 30 de 15/02/06 – registro, rotulagem e re- processamento de produtos médicos, e dá outras providências. Portaria nº 15 de 23/08/88 – Dispõe de regulamento para registro de produtos saneantes domissanitarios e afins, com ação antimicrobiana. Resolução SS – nº 374 de 15/12/95 – Dispõe sobre procedimentos em CME. Resolução SS – nº 392 de 29/06/94 - Dispõe sobre procedimentos em CME. Lei nº 6514 de 22/12/77 – Dispõe sobre segurança no trabalho. Portaria nº 3214 de 08/06/78 - Dispõe sobre segurança no trabalho. Portaria nº 2616 de 12/05/98 – Dispõe sobre Diretrizes e Normas para prevenção e controle das infecções hospitalares. RDC nº 48 de 02/06/00 – Roteiro de Inspeção do PCIH – ANVISA Roteiro de Inspeção – INAISS - ANVISA Referências 1. 2. 3. 4. 5 6. Florise Malvezzi , Maria Aparecida Gomes Bronhara.Técnicas da Divisão de Vigilância Sanitária do Trabalho Centro de Vigilância Sanitária DVST/CVS/SESSPDiagnóstico Sobre o Uso de Glutaraldeído em Estabelecimentos Assistenciais de Saúde. Boletim Epidemiológico Paulista, Dezembro, 2004 Ano 1 Número 12 FAVERO M. Chemical dsinfection of medical and surgical materials. In: BLOCK ss. Disinfection, sterilization and preservation. 4 ed. Lea & Febiger. Philadelphia. 1991:621. RUTALA W A. APIC guidelines for infection control practice: APIC guideline for selection and use of disinfectants. AJIC Am J Infect Control. 1990; 18: 99-117. RUTALA W A. Disinfection and sterilization of patient-care items. Infect Control Hosp Epidemiol. 1996; 17: 377- 384. RUTALLA W, WEBER D. Disinfection of endoscopes: review of new chemical sterilants used for high level disinfection. Infect Control Hosp Epidemiol. 1999; 20: 6976. MACHADO, Alexandre Paulo, FISCHMAN, Olga y GEOCZE, Stephan. Microbiological evaluation of gastroscope decontamination by electrolysed acid water (Clentop WM-1). Arq. Gastroenterol. [online]. 2005, vol. 42, no. 1 [citado 2007-02-08], pp. 60-62. Disponible en: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S000428032005000100013&lng=es&nrm=iso>. ISSN 0004-2803. doi: 10.1590/S000428032005000100013 Referências 7 Alexandre Paulo MachadoI; Olga FischmanI; Stephan GeoczeIIAnálise microbiológica de gastroscópios descontaminados em aparelho Cleantop WM1 por uso de água eletrolítica ácida. Arq. Gastroenterol. v.42 n.1 São Paulo ene./mar. 2005 8 https://www.anvisa.gov.br/scriptsweb/forum/infeccao/ 9. SPRINGTHORPE,S. Sterilization Futures. Assepsis the Infection Prevention Forum. V.16, 4. 1994. 10.SPRY,C.C. Intervention in Infection Control: Sterilization in the XXI Century. In: World Conference of Operating Room Nurses X. Toronto, Canadá..1997. 492p. 11. POSSARI,J.F.; Almeida,E.C. Vapor a Baixa Temperatura e Formaldeído(VBTF): uma nova alternativa para a esterilização de artigos médicos–hospitalares. Revista Sobecc, Ano 5, nº3,p. 25-28, 2000. 12. Slides extraídos do Fórum Brasileiro de educação e tecnologia em Saúde – Controle de qualidade dos processos de esterilização de materiais. Prodessora Dra. Kazuko Graziano 13. www.anvisa.gov.br/servicosaude/controle/Alertas/informe_tecnico_4.pdf -