CONTROLE ESTATÍSTICO DA QUALIDADE VANESSA FORTES Vanessa Fortes Aula 1 1 EVOLUÇÃO HISTÓRICA • Qualidade é uma preocupação recente na produção de mercadorias? Certamente que não, mas nos diferentes estágios pré-industriais e industriais, o termo qualidade adquiriu dimensões diversas Vanessa Fortes Aula 1 2 EVOLUÇÃO HISTÓRICA ARTESÃO MERCADOS COMPETITIVOS (PRODUÇÃO PERSONALIZADA) “REVOLUÇÃO INDUSTRIAL” (PRODUÇÃO EM MASSA) COMO MANTER CLIENTES SATISFEITOS? “FÁBRICA DO FUTURO” – (PRODUÇÃO EM MASSA PERSONALIZADA) QUALIDADE Vanessa Fortes Aula 1 3 EVOLUÇÃO HISTÓRICA • Artesão (produção personalizada) – Sozinho desempenhava todas as funções de uma organização em função das necessidades de sua família e de seus clientes. Extraía a matéria-prima Vanessa Fortes Produzia Aula 1 Comercializava 4 EVOLUÇÃO HISTÓRICA • Revolução Industrial (produção em Massa) – Produção de grandes volumes para atender a um mercado consumidor sem muitas opções. “Cor? Você pode escolher qualquer uma, desde que seja preta” Henry Ford – Mercado consumidor pouco exigente – O artesão passa a ser operário Vanessa Fortes Aula 1 5 EVOLUÇÃO HISTÓRICA • Revolução Industrial (produção em Massa) – A qualidade começa a ficar comprometida face ao aumento da produção • operário sem reconhecimento como ser humano (18 horas de trabalho diárias) • trabalhos repetitivos • operário não tomava conhecimento do produto acabado • interferência de mais de uma pessoa na produção, o que despersonaliza o produto Vanessa Fortes Aula 1 6 EVOLUÇÃO HISTÓRICA • FÁBRICA DO FUTURO - (Produção em Massa Personalizada) – Início dos mercados competitivos – Com a 1ª Guerra Mundial o consumidor torna-se mais exigente • a qualidade dos produtos passa a ser de vida ou morte • a segurança envolvida representa o ponto crítico da qualidade do produto final Vanessa Fortes Aula 1 7 EVOLUÇÃO HISTÓRICA • FÁBRICA DO FUTURO - (Produção em Massa Personalizada) – Início dos mercados competitivos – Medidas mais restritivas passam a ser tomadas • especificações mínimas dos materiais • análise das matérias-primas • calibração dos equipamentos de medida • acompanhamento dos processos de fabricação • ensaios e testes - ao longo da fabricação e finais Vanessa Fortes Aula 1 8 EVOLUÇÃO HISTÓRICA • FÁBRICA DO FUTURO - (Produção em Massa Personalizada) – Início dos mercados competitivos – As indústrias adotam o controle de qualidade dos produtos, inspecionando-os um a um ao fim do processo • significativa perda de tempo • custo elevado – O controle da qualidade passa a usar a estatística • baseado na probabilidade dos eventos • inspeções passam a ser por amostragem Vanessa Fortes Aula 1 9 EVOLUÇÃO HISTÓRICA • FÁBRICA DO FUTURO - (Produção em Massa Personalizada) – Início dos mercados competitivos – Durante a 2ª Guerra Mundial o controle estatístico da qualidade passa a ser aplicado durante o processo de fabricação • redução de perdas e retrabalho • dados históricos – cada material / projeto / processo de fabricação – a fim de que, no caso de falhas detectadas, retroagir às fontes de origem ou prevenir a repetição dessas falhas Vanessa Fortes Aula 1 10 EVOLUÇÃO HISTÓRICA • FÁBRICA DO FUTURO - (Produção em Massa Personalizada) – Início dos mercados competitivos – A partir da 2ª Guerra Mundial, os Estados Unidos despontam como uma grande potência econômica. – Suas técnicas administrativas pregavam a competitividade em todos os setores e, inclusive, entre os homens de uma mesma organização. Vanessa Fortes Aula 1 11 EVOLUÇÃO HISTÓRICA • FÁBRICA DO FUTURO - (Produção em Massa Personalizada) – Início dos mercados competitivos – Criam-se os sistemas de Garantia da Qualidade • Redução / eliminação de situações inaceitáveis • Boa prática gerencial e administrativa, que se aplicada adequadamente e dentro do bom senso economizará tempo e dinheiro, aumentando os níveis de segurança de confiabilidade e de eficiência Vanessa Fortes Aula 1 12 EVOLUÇÃO HISTÓRICA • FÁBRICA DO FUTURO - (Produção em Massa Personalizada) – Início dos mercados competitivos • Mas se praticada inadequadamente, pode se tornar onerosa, não somente por falhar no cumprimento de seus objetivos positivos, mas também, ocasionando restrições negativas e desnecessárias e aborrecimentos no desenvolvimento dos trabalhos de fabricação Vanessa Fortes Aula 1 13 EVOLUÇÃO HISTÓRICA Vanessa Fortes Aula 1 14 CONCEITOS E DEFINIÇÕES - Qualidade • Definição pelo dicionário: –“propriedade, atributo ou condição das coisas e pessoas, capazes de as distinguir das outras e lhes determinar a natureza” Vanessa Fortes Aula 1 15 CONCEITOS E DEFINIÇÕES - Qualidade • Conceito do produtor: – Qualidade de produto: qualidade que garanta a aceitação do produto no mercado – Qualidade do processo: viabilidade técnica e econômica Vanessa Fortes Aula 1 16 CONCEITO E DEFINIÇÕES - Qualidade • Conceito do consumidor: adequação ao uso – Desempenho • O produto alcança o desempenho desejado pelo cliente? – Confiabilidade • Qual é a freqüência de falha do produto? – Durabilidade • Quanto tempo o produto dura? – Manutenção • O produto possui facilidade para manutenção? Vanessa Fortes Aula 1 17 CONCEITO E DEFINIÇÕES - Qualidade • Conceito do consumidor: adequação ao uso – Estética • Qual é a aparência do produto? – Característica • O que faz? Para que serve? – Reputação • Qual é a reputação da empresa ou do produto? – Conformidade ao padrão • O produto é exatamente o que o cliente queria? Vanessa Fortes Aula 1 18 Vanessa Fortes Aula 1 19 INTRODUÇÃO – Qualidade é rotina, por quê? Vanessa Fortes Aula 1 20 INTRODUÇÃO – Qualidade é rotina, por quê? Vanessa Fortes Aula 1 21 INTRODUÇÃO – Qualidade é rotina, por quê? • Sobrevivência da empresa no mercado – Mudança na estratégia para adequar seus produtos/serviços ao mercado – Antecipação a concorrência com elevado índice de novidades – Diminuição de falhas – Aumento da satisfação dos clientes • Necessidade de crescimento da empresa no mercado Vanessa Fortes Aula 1 22 INTRODUÇÃO – Qualidade é rotina, por quê? Vanessa Fortes Aula 1 23 GURUS - W. Edwards Deming Vanessa Fortes Aula 1 24 GURUS - W. Edwards Deming – Após a 2ª Guerra Mundial, Deming tornou-se consultor da indústrias japonesas onde introduziu o poder dos métodos estatísticos e a importância da qualidade. – Enfatizava o comprometimento e as ações da gerência das organizações mas sustentava que a empresa deveria adotar seu sistema em todos os níveis. – Desempenhou um importante papel no aumento da visibilidade dos processos e consciência da necessidade de contínua melhoria. Vanessa Fortes Aula 1 25 GURUS - W. Edwards Deming – Suas idéias são resumidas em 14 pontos para o gerenciamento, que são: 1. Crie constância no propósito de melhoria contínua nos produtos e serviços. – Invista em recursos, desenvolvimento e inovação para garantir o futuro da organização. 2. Adote uma nova filosofia: rejeição de mão-deobra desqualificada, de produtos defeituosos, ou serviços ruins. Isto custa como uma produção boa. • O custo do desperdício com sobras, retrabalhos e outros custos são enormes Vanessa Fortes Aula 1 26 GURUS - W. Edwards Deming 3. Não dependa da inspeção em massa para controlar a qualidade. – Tipicamente as inspeções no processo ocorrem muito tarde, isto é caro e ineficiente. – Qualidade resulta da prevenção de defeitos através da melhoria contínua e não de inspeções. 4. Não contrate fornecedores baseados apenas nos preços, mas também em qualidade. – Quando a qualidade é considerada, o custo do – fornecedor não é baixo. Desenvolva fornecedores que utilizem métodos de melhoria contínua em seus negócios e que possam demonstrar controle em seus processos. Vanessa Fortes Aula 1 27 GURUS - W. Edwards Deming 5. Foco na melhoria contínua. Tente constante-mente melhorar o sistema de produção e serviços. – Envolva a força de trabalho nestas atividades e utilize métodos estatísticos. 6. Invista em treinamentos para todos os colaboradores. – O treinamento encoraja os colaboradores a utilizarem no dia-a-dia métodos que melhorem a qualidade e a produtividade. Vanessa Fortes Aula 1 28 GURUS - W. Edwards Deming 7. Institua uma liderança com o objetivo de ajudar seus colaboradores e não de vigiá-los. – O objetivo de um líder é melhorar seu sistema de – trabalho e seu produto. Liderança/autoridade é a habilidade de levar as pessoas a fazerem de boa vontade o que você quer por causa de sua influência pessoal 8. Afaste o medo. – Muitos colaboradores têm medo de fazer perguntas, de reportar problemas, ou expor condições que são barreiras a qualidade e a produção. Vanessa Fortes Aula 1 29 GURUS - W. Edwards Deming 9. Derrube as barreiras entre departamentos. – Á equipe deve conter membros de diversos níveis para que o aumento da qualidade e a da produtividade. 10. Elimine metas, slogans ou objetivos numéricos para a força de trabalho. – Metas como “zero defeitos” são inúteis sem uma planta que possa atingi-las, ou seja, a força de trabalho deve melhorar e fornecer informações sobre o sistema para que estas metas sejam alcança-das. Vanessa Fortes Aula 1 30 GURUS - W. Edwards Deming 11. Elimine os padrões do trabalho que prescrevem quotas para a força de trabalho e os objetivos numéricos para a administração. – Substitua a liderança útil a fim conseguir a melhoria contínua da qualidade e da produtividade. 12. Elimine as barreiras que desencorajam os trabalhadores de realizarem seus trabalhos. – A gerência deve ouvir as sugestões, comentários e – reclamações dos seus empregados. A força de trabalho é um importante participante no negócio. Vanessa Fortes Aula 1 31 GURUS - W. Edwards Deming 13. Institua um programa de treinamento e educação para todos os trabalhadores. – Educação é o caminho para todos se tornarem parceiros no processo de melhoria da qualidade. 14. Crie uma estrutura gerencial que irá defender e suportar a execução dos primeiros 13 pontos. Vanessa Fortes Aula 1 32 GURUS - Dr. Joseph M. Juran – Destacou-se ao lado de Deming como o consultor que ajudou o Japão a alcançar a supremacia na qualidade. – Definia qualidade como adequação ao uso. – Para ele é responsabilidade da gerência a condução das soluções dos problemas de qualidade (80% - gerência e 20% força de trabalho). Vanessa Fortes Aula 1 33 GURUS - Dr. Joseph M. Juran A Trilogia de Juran – Planejamento da Qualidade: preparação para a obtenção dos objetivos da qualidade – Controle da Qualidade: obtenção dos objetivos da qualidade durante o processo – Aprendizado : níveis superiores de execução Vanessa Fortes Aula 1 34 GURUS - Dr. Joseph M. Juran Vanessa Fortes Aula 1 35 GURUS - Dr. Armand V. Feigenbaum – É o pai do conceito do controle total da qualidade (Total Quality Control-TQC). – A qualidade é um instrumento estratégico que deve preocupar todos os trabalhadores. – Mais do que uma técnica de eliminação de defeitos nas operações industriais, a qualidade é uma filosofia de gestão e um compromisso com a excelência. Vanessa Fortes Aula 1 36 GURUS - Philip Crosby • Enfatizou que um sistema deve ser principalmente preventivo e estabeleceu o “zero defeitos” como uma direção a seguir. • Destacou a importância da motivação e do planejamento e não se aprofundou na utilização do controle estatístico de processos e da metodologia de solução de problemas. • Trabalhou sistematicamente a idéia de que os custos de prevenção sempre seriam inferiores aos custos de detecção, correção e falhas. Vanessa Fortes Aula 1 37 GURUS - Philip Crosby • Qualidade é conformidade às exigências • Prevenção, não inspeção • O padrão de desempenho deve ser “zero defeito” • Mensure o “preço da não-conformidade” • Não existe essa figura chamada problema de qualidade Vanessa Fortes Aula 1 38 GURUS - Philip Crosby Vanessa Fortes Aula 1 39 GURUS • - Kaoru Ishikawa Reconhecia que o controle da qualidade havia sido uma invenção americana, porém, chamava a atenção para o fato de que no Japão sua prática, devido a participação de todos, dos chefes até os operários da linha de produção, havia alcançado maior sucesso. • Enfatizava que o relativo insucesso do mundo ocidental podia ser atribuído ao fato de que a prática da qualidade havia sido delegada a especialistas e consultores. • Pregava que “a paciência é uma virtude” e, por essa razão insistia na prática da qualidade durante todo o tempo, de modo sistemático, sem interrupções. Vanessa Fortes Aula 1 40 Controle da Qualidade • O controle de qualidade total é um novo modelo • • gerencial centrado no controle do processo, tendo como meta a satisfação das necessidades das pessoas. A participação das pessoas não é conseguida por exortação, mas por educação e treinamento na pratica do controle da qualidade. O controle da qualidade é abordado com três objetivos: – planejar a qualidade desejada pelo clientes – manter a qualidade – melhorar a qualidade Vanessa Fortes Aula 1 41 Ciclo PDCA • Metodologia gerencial para promover a melhoria contínua. – desenvolvida por Deming 1. 2. 3. 4. Plan: Planejar Do: Executar Check: Verificar/ Checar Action: Agir / Aprender Vanessa Fortes Aula 1 Act Check Plan Do 42 Ciclo PDCA • Plan: Planejar – – Definição das metas a serem atingidas. As metas devem relevar pontos importantes como: • tendências de mercado • Fornecedores • situação política do país e do mundo • Outros – As metas devem ser SMART – Específicas, Mensuráveis, Atingíveis, Tangíveis, Temporárias – Após definidas as metas, deve-se buscar os meios e os procedimentos para alcança-las. Vanessa Fortes Aula 1 43 Ciclo PDCA • Do: Executar – Treinamento dos envolvidos com as ações nos procedimentos – Realização das atividades – Coleta de dados, para a fase de verificação – É a implantação do planejamento Vanessa Fortes Aula 1 44 Ciclo PDCA • Check: Verificar / Checar – Etapa gerencial – Verificação das ações executadas • Estão de acordo com as metas estabelecidas? • Os dados utilizados são aqueles coletados na etapa anterior, que são analisados e comparados com o planejado – Podem ser utilizadas as ferramentas da qualidade Vanessa Fortes Aula 1 45 Ciclo PDCA • Action: Agir / Aprender – Correção, ou seja, a operação realizada não está de acordo com o planejado • atuar corretivamente através de planos de ação visando a meta estabelecida e evitar reocorrência. – A melhoria contínua é feita a partir do momento em que as metas estabelecidas sejam atingidas. • Neste caso, deve-se voltar à fase planejar e revisar as metas já atingidas traçando novos desafios, procedimentos, etc. Vanessa Fortes Aula 1 46 Resumo Act Plan Do Check Vanessa Fortes Aula 1 47