GVA – Gestão de Valor Agregado Conceitos básicos de Gestão de Valor Agregado - GVA Fonte: curso GVA / Fundação Getúlio Vargas - FGV São Paulo – Set 2003 GVA – Gestão de Valor Agregado Conceitos básicos de Contabilidade 1- Conceito universal: denominador monetário Vantagem: valor financeiro Desvantagem: não considera valores intangíveis (ex: conhecimento, tecnologia, marca, base de Clientes) 2 - Viés: só registra (“vê”) o passado Mesmo um pagamento futuro é decorrente de algo no passado 3 – Empresa ≠ Dono da empresa Acionista = Dono (Bens – Capital investido) A parte do Acionista é sempre o residual (o que tem – dívidas) Balanço: é a “fotografia” numa determinada data Convenção: O que tem é igual ao que deve (Ativo = Passivo) Principais demonstrações financeiras: 1 – Balanço 2 – Demonstração de Resultados do Exercício 3 – Fluxo de Caixa GVA – Gestão de Valor Agregado Conceitos básicos de Contabilidade O valor da empresa só deve levar em consideração o Fluxo de Caixa futuro, com o valor corrigido para o tempo presente. O valor de uma empresa pode variar de acordo com quem faz a avaliação e sua projeção de gerar caixa no futuro. Ex: aquisição do Banespa pelo Santander, disputando com Bradesco, Itaú e Unibanco. EQUAÇÃO DA CONTABILIDADE: ATIVO: tudo que a empresa possui ou utiliza (Bens e Direitos) PASSIVO: Reivindicações de Terceiros (Obrigações) + Patrimônio Líquido (Direito dos Proprietários) ATIVO Tudo que a empresa possui ou utiliza (Bens e Direitos) PASSIVO Reivindicações de Terceiros (Obrigações) Patrimônio Líquido (Direito dos Proprietários) GVA – Gestão de Valor Agregado Conceitos básicos de Contabilidade Os demonstrativos contábeis Balanço Patrimonial ATIVO PASSIVO Aplicação de Recursos Fonte de Recursos Demonstração do Resultado do Exercício : visão simplificada Venda (produtos e serviços) – (Custos + Despesas) = Lucro Receita = transferência de propriedade de um bem (senso jurídico), independente de ter ou não recebido o dinheiro. Se ainda não está no caixa, está em “Receitas a Receber”. Normalmente, a nota fiscal é o que transfere a propriedade. Custos: ligado à produção / fabricação. Não é rigoroso esse conceito. Despesas: o que não está associado com produção / fabricação. Nota: a despesa pode ter sido incorrida (foi reconhecida), sem ter sido paga – mas deve ser considerada. Ex: aluguel pago ao fim do período. GVA – Gestão de Valor Agregado Conceitos básicos de Contabilidade Os demonstrativos contábeis Balanço Patrimonial – Modelo Genérico ATIVO Ativo circulante Ativo realizável a longo prazo Ativo permanente: . Investimentos . Imobilizado . Diferido PASSIVO Passivo circulante Passivo exigível a longo prazo Resultado de exercícios futuros Patrimônio líquido . Capital social . Reservas de capital . Reservas de reavaliação . Reservas de lucro . Lucros (prejuízos) acumulados . Todo o Ativo = Bens e Direitos . Passivo Circulante + Passivo Exigível LP + Resultados Exercícios Futuros = Obrigações com Terceiros . Patrimônio Líquido = Obrigações com Proprietários Diferido: dispêndios de recursos que contribuirão para a formação de resultados a serem colhidos no futuro, gastos pré-operacionais e outros de mesma natureza. Ex: desenvolvimento. GVA – Gestão de Valor Agregado Termos financeiros . EBITDA = Earnings Before Income, Taxes, Depreciation, and Amortization = LAJIDA = Lucros Antes de Juros, Imposto de renda, Depreciação e Amortização. É uma boa aproximação do Fluxo de Caixa. Lucro é opinião (“Profit is an opinion”), Fluxo de Caixa é fato (“Cash Flow is fact”). Indicadores . Índices de Liquidez . Geral Ativo Circulante + Realizável a Longo Prazo Passivo Circulante + Exigível a Longo Prazo . Comum ou Corrente Ativo Circulante Passivo Circulante Popular e “fraco”. O fato da liquidez ser elevada, pode ser oriunda de muitas Contas a Pagar e Estoques elevados. Supermercados: Normalmente < 1, uma vez que compra à prazo, vende à vista e estoques são baixos. . Seca Ativo Circulante - Estoques Passivo Circulante Normalmente, bancos usam ao conceder crédito. GVA – Gestão de Valor Agregado Indicadores . Índices de Atividade . Período Médio de Recebimento (PMR) Duplicatas a Receber . Período Médio de Pagamento (PMP) Fornecedores a Pagar . Período Médio de Estoques Acabados . Período Médio de Estoques de MatériasPrimas . Giro de Estoques Acabados . Giro de Ativos (GA) X 365 Vendas X 365 Compras Estoques de Produtos Acabados X 365 Custo de Produtos Vendidos (CPV) Estoques de Matérias-Primas Matéria-Prima enviada para produção Custo de Produtos Vendidos (CPV) Estoques de Produtos Acabados Vendas Líquidas Ativo Total X 365 GVA – Gestão de Valor Agregado Indicadores . Índices de Lucratividade . Margem Bruta (MB) Lucro Bruto X 100 Vendas Líquidas . Margem Operacional (MO) Lucro Operacional X 100 Vendas Líquidas . Margem Líquida (ML) Lucro Líquido após IR X 100 Vendas Líquidas Representa o que sobra para remunerar o Acionista . Índices de Cobertura . Cobertura Juros (ICJ) Lucro antes de Juros e IR Despesas Financeiras Líquidas Bancos avaliam muito ao conceder crédito GVA – Gestão de Valor Agregado Indicadores . Índices de Retorno Lucro Líquido após IR . Retorno sobre Investimentos (ROI) Ativo Total = Return On Investment Ou ..... X 100 mais indicado Lucro Operacional (LO)1 X 100 Ativo Total LL Ou ..... Vendas Líquidas Vendas Líquidas LO Margem Operacional Margem . Retorno sobre Patrimônio Líquido (RPL) = Return On Equity (ROE) Ativo Total Vendas Líquidas Vendas Líquidas Ou ..... X X X Giros de Ativos Ativo Total Giro Lucro Líquido após IR X 100 Patrimônio Líquido 1) Recomenda-se não incluir as despesas líquidas na apuração do Lucro Operacional (LO) para se ter uma medida mais exata do desempenho GVA – Gestão de Valor Agregado Indicadores . Índices de Retorno ROI = Margem X Giro Se o giro é alto, a margem é baixa. Se a margem é alta, o giro é baixo. Normalmente, setores industriais com elevado investimento de capital (ex: Votorantim), são de alta margem e baixo giro. Exigem alta Base de Ativos. Base do GVA : ROI ROI : Return On Investment (Retorno sobre Investimento) ROGI : Return On Gross Investment (Retorno sobre Investimento Bruto) CFROGI : Cash Flow Return On Gross Investment (Fluxo de Caixa baseado no Retorno sobre Investimento Bruto) . Retorno sobre = Investimentos (ROI) Lucro Líquido após IR X 100 Ativo Total : é, na realidade, a indicação chave do desempenho de um departamento, unidade ou empresa. O conceito de GVA nasceu na Dupont, em 1920. A subdivisão do GVA deve ser feita até o nível que facilite a decisão do gestor. O gestor deve ter em mãos (planilhas, modelos), com os indicadores apropriados sobre em que deve atuar e qual o efeito no resultado. GVA / Votorantim: O GVA, fundamentado em ROI, foi adaptado para Fluxo de Caixa, passando-se a usar o CFROGI. GVA – Gestão de Valor Agregado Indicadores . Índices utilizados no GVA . Total Shareholder Return (TSR) Retorno Total para o Acionista . Total Business Return (TBR) Retorno total para o Negócio Dividendos + Ganhos de Capital Preço inicial da Ação Fluxo de Caixa Livre + Ganhos de Capital Valor inicial da Empresa . Cash Flow Return On Gross Investment (CFROGI) Fluxo de Caixa baseado no Retorno sobre Investimento Bruto) Fluxo de Caixa Operacional (FCO) Base de Ativos Base de Ativos = Imobilizado Operacional + Capital de Giro + Diferido . Cash Value Added (CVA) FCO – Base de Ativos X (WACC + d) Valor Adicionado ao Caixa WACC : Weighted Average Cost of Capital (Custo Médio Ponderado de Capital); “aluguel dos ativos” d : depreciação econômica; “depreciação dos ativos” CFROGI : avaliado em nível da Alta Administração CVA : pode e deve ser desdobrado em todos os níveis / áreas da organização CVA = 0 (Zero) = “trabalhar de graça” CVA e CFROGI têm associação CVA e CFROGI só capturam o ano em curso. Num determinado ano, podem apresentar resultados ruins, mas no longo prazo podem dar resultado bom. Refletem o “humor de mercado” e podem ser influenciados pelos investimentos. GVA – Gestão de Valor Agregado Indicadores . CFROGI e CVA FCO . CFROGI = BA FCO Vendas Líquidas X Vendas Líquidas BA Margem Giro Ativos Empresas de capital intensivo (elevada Base de Ativos – BA), necessitam de uma excelente Gestão de Ativos, para se obter uma boa performance financeira. A questão não é simplesmente “estressar” os ativos atuais para gerar valor, mas também ter qualidade na inclusão de novos ativos (via substituição ou investimentos), em termos de GVA. FCO FCO = BA X CFROGI BA . CVA = FCO – BA X (WACC + d) (2) . CFROGI = (2) em (1) (1) CVA = (BA X CFROGI) - BA X (WACC + d) CVA = BA x ((CFROGI - (WACC + d)) Para gerar valor (CVA > 0), CFROGI deve ser > (WACC + d) e tem que ter uma boa gestão de Ativos, via geração de FCO (Fluxo de Caixa Operacional). CFROGI e CVA são as métricas intermediárias, que monitoram ao longo do tempo, o TSR e TBR. Normalmente, CFROGI e CVA têm metas anuais, mas com projeções (real x planejado) em base mensal. GVA – Gestão de Valor Agregado Indicadores . ROI e CFROGI (similaridade) LO (Lucro Operacional) ROI = AT (Ativo Total) CFROGI = FCO BA Base de ativos: não é simplesmente corrigir monetariamente, mas determinar quanto, de fato, valem. GVA – Gestão de Valor Agregado Indicadores . Kd, Ke, WACC, TSR e TBR CG Capital de Giro AP Ativo Permanente Terrenos Prédios Máquinas Instalações Kd = Custo do Debt (ex: 10%) D Debt 20% E Equity Ke = Custo do Equity (ex: 15%) 80% BA Base de Ativos WACC = (CMPC) 20 x 10 + 80 x 15 100 Participação do Debt (dívidas, ex: bancos) nas Fontes de Recursos Participação do Equity (Acionistas) nas Fontes de Recursos FONTES = 14% TBR > WACC TSR > Ke O TSR tem que ser um pouco maior que o TBR. Se TBR > WACC, significa que foi criado valor. O CFROGI é bom quando > (WACC + d). O grande papel do gestor, na questão financeira, não é “olhar para trás”, mas sim projetar e fazer acontecer o futuro. GVA – Gestão de Valor Agregado Análise de Investimentos Técnicas para avaliação de investimento de capital Períodos de payback (PB) Valor Presente Líquido (VPL) Taxa Interna de Retorno (TIR) “NPV = Net Present Value” “IRR = Internal Rate of Return” Desvantagens Payback: 1) Não considera o valor do dinheiro no tempo; 2) Não considera todos os fluxos de caixa do projeto. Payback descontado: 1) Tenta considerar o valor do dinheiro no tempo; 2) Não considera todos os fluxos de caixa do projeto. . TIR (Taxa Interna de Retorno) IRR = “Internal Rate of Return” É a taxa de retorno do investimento a ser realizado, em função dos Fluxos de Caixa projetados para o futuro TIR > taxa mínima: a empresa obteria taxa de retorno maior que a mínima exigida aprovar o projeto TIR = taxa mínima: a empresa obteria taxa de retorno exatamente igual à mínima exigida indiferente em relação ao projeto TIR < taxa mínima: a empresa obteria taxa de retorno menor que a mínima exigida reprovar o projeto A utilização da TIR (via calculadora HP 12C) produz resultados equivalentes ao VPL (Valor Presente Líquido), sem possibilidade de erros algébricos. A teoria considera o VPL como método superior à TIR. Se na análise de um projeto / investimento o VPL > 0, significa que ele é atrativo, considerando o Custo de Oportunidade (taxa de mercado) GVA – Gestão de Valor Agregado Análise de Investimentos Conceitos de Fluxo de Caixa, TSR, TBR e IRR (TIR) 55,0 GC = Ganho Capital Dividendos 5,0 TSR = 55,0 – 40,0 + 5,0 1 ano 40,0 = 50% 40 Os conceitos de TSR e TBR são semelhantes. . TSR preço da ação . TBR valor da empresa (via FCL – Fluxo de Caixa Livre) 70,0 5,0 4,0 7,0 40,0 = 1 2 3 5,0 (1 + i) + 4,0 (1 + i)2 + 77,0 (1 + i)3 40,0 CF0: Fluxo de Caixa momento 0; CFj: Fluxo de Caixa momento qualquer J Solução: 1) 40,0 CHS g CF0; 2) 5,0 g CFj; 3) 4,0 g CFj; 4) 77,0 g CFj; 5) 15 i (15%aa) 6) f NPV (VPL) NPV (VPL) = + 18,001 Como VPL > 0, é atrativo investir 40,0 com o Fluxo de Caixa apresentado. IRR (TIR) = 31,47% aa, bem superior ao Custo de Oportunidade (15% aa). O normal é assumir que a TIR (Taxa Interna de Retorno) seria a remuneração oferecida ao Acionista (TSR – Total Shareholder Return; Retorno Total do Acionista). Ou seja, TIR = TSR. GVA – Gestão de Valor Agregado Análise de Investimentos Matemática Financeira (uso da HP 12C) Conceito de matemática financeira: capitalização (juros sobre juros) Variáveis : mínimo 4 ( PV = valor presente; FV = valor futuro; n = período, i = taxa de juros, PMT) Define-se ou estima-se 3 variáveis e calcula-se a outra PMT : “Payment”, pagamentos / prestações (pressupõe-se constantes). Se não for constante, tem que ser calculado como Fluxo de Caixa. Fórmula básica: FV = PV (1 + i)n Antes de qualquer cálculo, usar f CLx, para limpar eventuais valores na memória. Número de decimais no visor HP 12C: f → (2 para 2 decimais; 3 para 3 decimais, ....) STO EEX : ativa juros compostos e aparece C no visor. Para desativar : repetir. CHS: “change signal”; mudar o sinal sempre que envolver PV (“present value”) e FV (“future value”), um deles tem que ser “negativo”, ou ficar subentendido que ao final, PV ou FV é positivo. g 7 : BEGIN (antecipada, com entrada em n = 0) g 8 : END (entende-se postergado ou vencida, entrada em n = 1) n : período (dias, mês, ano, quinzenas, etc): se for incógnita, deve-se calcular pelo logarítmo neperiano. n = ln (FV/PV) / ln (1 + i) i = ((FV/PV)) 1/2 - 1 GVA – Gestão de Valor Agregado Análise de Investimentos Matemática Financeira (uso da HP 12C) Atalhos para cálculos de taxas de juros (período maior / menor e menor / maior) Dados: 1) PV = 1000; 2) FV = 1300; 3) n = 1 (ano) 4) i = ?? Resultado: i = 30,0 % aa Transformando taxas de juros. Referência: i = 30,0 % aa Cálculo da taxa de juros mensal Período Maior (ano) em Período Menor (mês) Passos: 1) 1 CHS → PV; 2) (1 + 0,30) como decimal → FV; 3) 12 → n; 4) i = ?? i = 2,21045 % am Cálculo da taxa de juros anual Período Menor (mês) em Período Maior (ano) Passos: 1) 1 CHS → PV; 2) (2,21045) como percentual → i ; 3) 12 → n; 4) FV; 5) 1 – 100x i = 30,00 % aa Transformando taxas de juros. Referência: i = 22,0 % aa Cálculo da taxa de juros mensal Período Maior (ano) em Período Menor (mês) Passos: 1) 1 CHS → PV; 2) (1 + 0,22) como decimal → FV; 3) 12 → n; 4) i = ?? i = 1,67090 % am Cálculo da taxa de juros anual Período Menor (mês) em Período Maior (ano) Passos: 1) 1 CHS → PV; 2) (1,67090) como percentual → i ; 3) 12 → n; 4) FV; 5) 1 – 100x i = 22,00 % aa GVA – Gestão de Valor Agregado Análise de Investimentos Matemática Financeira (uso da HP 12C) Aplicação de Fluxo de Caixa para cálculo de NPV (VPL) e IRR (TIR) 5300 5400 5500 5600 5700 0 1 2 Taxa mínima exigida = 15% 18000 3 18000 4 CHS Tempo g CF0 (valor de I = Investimento) CFj (valor FC 1) 5400 g g CFj (valor FC 2) 5500 g CFj 5600 g CFj (valor FC 3) (valor FC 4) 5700 g CFj (valor FC 5) i (taxa mínima exigida) 5300 15 Investimento 5 f NPV → 343,94 IRR = 15,79% Conclusão: Com o valor do investimento (18000) e o Fluxo de Caixa apresentado, o NPL (VPL) é > 0, indicando que Gera Valor. A IRR (TIR) confirma isso, sendo superior à taxa mínima exigida (15%). GVA – Gestão de Valor Agregado Análise de Investimentos Perpetuidade Exemplo: Renda para sempre = $ 5.000,00/ mês; taxa de juros = 0,5% am (sem inflação) Perpétua 5.000,00 0,5 $1.000.000,00 = Taxa $1.000.000,00 Conclusão: Se investe $1.000.000,00, significa abdicar de um rendimento perpétuo de $ 5.000,00/ mês Valor $1.000.000,00 $1.000.000,00 $1.000.000,00 Taxa = 10% aa PV = ∑ $1.000.000,00 (1 + 0,10) PV (VP) = + $1.000.000,00 (1 + 0,10)2 Perpetuidade i + $1.000.000,00 (1 + 0,10)3 + Fórmula básica de cálculo de quanto vale uma empresa. Assume Fluxo de Caixa perpétuo, suposto constante. Apesar de simples, é uma boa aproximação de quanto vale uma empresa. Na prática, a taxa considerada é o WACC. Para empresas de capital aberto, os analistas de mercado fazem projeções/ atualizações de 3 / 3 meses. GVA – Gestão de Valor Agregado Análise de Investimentos Perpetuidade Perpetuidade = VP x i Perpetuidade VP = i Perpetuidade Crescente à razão g Perpetuidade = VP x i VP = Perpetuidadet = Perpetuidadet-1 x (1 +g) Perpetuidade i-g (Modelo de Gordon) g = taxa de crescimento Exemplo: i = 10% aa (WACC); g = 3% aa (expectativa de crescimento do Fluxo de Caixa ao longo do tempo) Ou seja, uma empresa que tem bom Fluxo de Caixa e que seja crescente, vale mais VP é maior. Projeção de valor de empresas (capital aberto): Dividendos VP = Valor da Ação Perpetuidade i-g Quanto vale uma empresa?? Valor Empresa = Preço Ação x no Ações + Endividamento Endividamento: pressuposto que será gerador de caixa no futuro GVA – Gestão de Valor Agregado Análise de Investimentos Valor da empresa (parte do Acionista) X Geração / Destruição de Valor Kd = Custo do Debt (ex: 10%) CG Capital de Giro AP Ativo Permanente D Debt Terrenos Prédios Máquinas Instalações Participação do Debt (dívidas, ex: bancos) nas Fontes de Recursos 30% Ke = Custo do Equity (ex: 15%) E Equity Participação do Equity (Acionistas) nas Fontes de Recursos 70% BA Base de Ativos FONTES $ 1.000.000 100% $ 1.000.000 WACC (CMPC) = $ ??? 30 x 10 + 70 x 15 = 13,5% $ ??? $ ??? Taxa = WACC 100 Investimento $ 1.000.000 Situação A: O Fluxo de Caixa vai gerar um valor presente (VP) de $ 1.200.000. Como o Debty é 30% de $1.000.000 (= $300.000), a nova parte do Acionista seria: $1.200.000 - $300.000 = $ 900.000. Teria uma Geração de Valor de $200.000 (900.000 – 700.000). Nota: $700.000, representa 70% da aplicação inicial do Acionista. Situação B: O Fluxo de Caixa vai gerar um valor presente (VP) de $ 800.000. Como o Debty é 30% de $1.000.000 (= $300.000), a nova parte do Acionista seria: $800.000 - $300.000 = $ 500.000. Teria uma Destruição de Valor de $200.000 (500.000 – 700.000). Nota: $700.000, representa 70% da aplicação inicial do Acionista. GVA – Gestão de Valor Agregado Análise de Investimentos Exercícios: Aplicação de Fluxo de Caixa para cálculo de NPV (VPL) e IRR (TIR) 1000,00 1.000,00 1.000,00 1.000,00 1.000,00 1 2 3 4 5 0 Taxa mínima exigida (WACC) = 10% 4.100,20 CHS 1.000,00 5 10 (WACC) 4.100,20 f Tempo g CF0 (valor de I = Investimento) g g CFj (valor FC 1, 2, 3, 4 e 5) Nj i (5 FCs iguais) (taxa mínima exigida) NPV → - 309,41 IRR = 7,00% Investimento (projeto, equipamento) Conclusão: Com o valor do investimento (4.100,20) e o Fluxo de Caixa apresentado, o NPL (VPL) é < 0, indicando que Destroi Valor. A IRR (TIR) confirma isso, sendo inferior à taxa mínima exigida (WACC = 10%). GVA – Gestão de Valor Agregado Análise de Investimentos Exercícios: Aplicação de Fluxo de Caixa para cálculo de NPV (VPL) e IRR (TIR) 700 900 1000 1000 1000 1000 1250 1375 7 8 0 1 2 Taxa mínima exigida (WACC) = 10% 5000 3 4 5 5000 6 CHS g CF0 (valor de I = Investimento) CFj (valor FC 1) 900 g g CFj (valor FC 2) 1000 g CFj 4 1250 g Nj CFj (valores FCs 3, 4, 5 e 6) (4 FCs iguais) 700 g g 1375 Investimento (projeto, equipamento) Tempo 10 (WACC) f (valor FC 7) CFj (valor FC 8) i (taxa mínima exigida) NPV → 282,78 IRR = 11,40% Conclusão: Com o valor do investimento (5000) e o Fluxo de Caixa apresentado, o NPL (VPL) é > 0, indicando que Gera Valor. A IRR (TIR) confirma isso, sendo superior à taxa mínima exigida (10%). GVA – Gestão de Valor Agregado Análise de Investimentos Exercícios: Aplicação de conceito de Perpetuidade Exemplo: Dividendos = $1,00 / ação (indefinidamente); taxa de desconto = 8% aa; Valor da ação = ??? Dividendos Perpetuidade VP = i-g Valor da Ação VP = Perpetuidade i g = 0 (suposto) 1,00 VP = = 12,50 0,08 Exemplo: Dividendos = $3,00 / ação (próximo ano); taxa de desconto = 12% aa; taxa de crescimento = 8% aa, Valor da ação = ??? VP 3,00 = = 75,00 0,12 - 0,08 Exemplo: Valor da ação = $ 50,00; Dividendos = $2,00 / ação (próximo ano); taxa de crescimento dos dividendos (g) = 10% aa; taxa de retorno exigida pelo investidor = ??? Perpetuidade VP = i-g 50,00 = 2,00 → 50,00 i – 50,00 x 0,10 = 2,00 i - 0,10 i = 14%aa Conclusão: O investidor está exigindo uma taxa de retorno de 14% aa. GVA – Gestão de Valor Agregado Análise de Investimentos Diferença entre TBR e TSR TSR = “Total Shareholder Return” – Retorno Total do Acionista; TBR = “Total Business Return” – Retorno Total do Negócio 90,00 Valor final (ou venda) Preço por Ação 0 50,00 5,00 4,00 1 2 Investimento 3,00 3 Dividendos 50,0 = 5,0 (1 + i) + 4,0 (1 + i)2 90,0 + 3,00 (1 + i)3 50 CHS g CF0; 5 g CFj; 4 g CFj; 93 g CFj f IRR IRR = 28,63% Preço por Ação 1.000 ações + i = IRR = TIR = TSR = 28,63% aa GVA – Gestão de Valor Agregado Análise de Investimentos Diferença entre TBR e TSR TSR = “Total Shareholder Return” – Retorno Total do Acionista; TBR = “Total Business Return” – Retorno Total do Negócio 90,00 CG $ 15.000 (30%) Debty 5,00 4,00 1 2 3,00 Kd = 10% Supondo venda / quitação $ 35.000 (70%) AP 0 Equity 3 Valor do Negócio Ke = 15% BA FONTES $ 50.000 (100%) $ 50.000 (100%) 50,00 50 CHS g CF0; (5 – 1,5) g CFj; (4 – 1,5) g CFj; {(90 – 15) + (3 – 1,5)} g CFj f IRR IRR = 28,63% 90,00 i = IRR = TIR = TBR = 28,63% aa WACC = (15/50 x 10%) + (35/50 x 15%) = 13,50% No exemplo, como Negócio (valor $ 50.000), gerou uma TBR = 28,63%. Como parte do Acionista (valor $ 35.000), gerou uma TSR = 35,08%. Foi pago taxa Kd = 10%, sendo que o WACC = 13,50% e o Acionista desejava receber taxas > Ke (15%). Conclusão: foi bom Negócio (via TBR versus WACC) e foi bom investimento do Acionista (via TSR versus WACC). 0 5,00 4,00 1 2 3,00 Supondo venda / quitação 3 15,00 1,5 1,5 1,5 10% 15.000 10% 15.000 10% 15.000 35,00 Capital do Acionista 35 CHS g CF0; (5 – 1,5) g CFj; (4 – 1,5) g CFj; {(90 – 15) + (3 – 1,5)} g CFj f IRR IRR = 35,08% i = IRR = TIR = TSR = 35,08% aa TBR : avalia o Fluxo de Caixa global do Negócio, considerando o capital do Acionista (e custo Ke) e dos credores (e custo Kd). TSR : avalia o Fluxo de Caixa, apenas, do Acionista. Alavancar Negócio: tomar empréstimo, investir e criar Valor. TSR ou TBR > taxa de empréstimo. GVA – Gestão de Valor Agregado Conceitos gerais sobre Agregação de Valor Objetivo da empresa ≠ Missão da empresa Objetivo da empresa (senso econômico) : valer mais, gerar mais Valor para o Acionista melhorar o Fluxo de Caixa, ter maior valor presente positivo (VPL = NPV). Objetivos contemplam: acionistas + mercado, empregados, credores e comunidade onde atua. O grande desafio é equilibrar / otimizar todos os objetivos simultâneamente!! Os interesses são conflitantes. Qualidade: a que o mercado se dispõe a pagar. Custos: o menor possível, até certo ponto (tem limites). Remuneração e condições do trabalho: para reter as pessoas/ talentos. Credores: precisam ter segurança com relação aos empréstimos/ créditos concedidos. Comunidade: responsabilidade social, impostos, geração de empregos, respeito ao meio ambiente e desenvolvimento sustentável. Investimento: para reduzir custos, melhorar qualidade, aumentar participação no mercado, crescer gerar mais riqueza. Como investir: com taxa de retorno TIR > WACC e VPL > 0. Gestores X Acionistas Apesar de muitos interesses comuns, existem conflitos!!! Acionistas e gestores devem pensar da mesma forma. Métricas de Resultados e remuneração associada. “Take Over”: quando uma empresa adquire outra. O risco de “take over” aumenta, quando a empresa vale menos. Nessa situação, os administradores/ gestores tendem a perder seus cargos/ empregos. GVA – Gestão de Valor Agregado Conceitos gerais sobre Agregação de Valor TSR : é a métrica “mãe”. Se melhorar o TBR, irá melhorar o TSR. TSR: quando a empresa é de capital aberto (considera valor da ação). TSR: melhor medida de criação de valor; vantagem de “olhar o futuro”. TSR: parte-se dos Fluxo de Caixa (futuros), desconta-se a parte dos credores (debty) e chega-se ao que rende aos Acionistas (equity). Se a métrica é TSR: comparar com Ke. Se a métrica é TBR: comparar com WACC (Custo Médio Ponderado de Capital). Como acompanhar??? Através de métricas intermediárias: CFROGI (mais usual) e CVA GVA – Gestão de Valor Agregado Conceitos gerais sobre Agregação de Valor Convergência: fenômeno observável. Lucratividade X tempo: Pressão competitiva (maior para menor lucratividade): Se “não fizer nada”, a rentabilidade ao longo do tempo decresce, porque outros “players” entram no mercado, começam a concorrer, causam diminuição de preços/ aumenta a oferta e levam à perda de competitividade. Pressão do investidor (menor para maior lucratividade): vai ocorrer pressão por maior rentabilidade até atingir, no mínimo, a rentabilidade média do mercado. Convergência: “Quem está ruim, melhora. Quem está bem, piora”. Boas e más notícias: Má: o negócio não está dando um retorno adequado Desempenho ruim Boa: é fácil reverter Má: é difícil manter Desempenho bom Boa: o negócio e Resultados são bons Se bem gerida, é difícil obter consistentemente TSR sempre crescente (superior). Motivo: se uma empresa é bem gerida, sempre está criando Valor e isso passa por um limite econômico. O preço da ação vai acumulando ao longo do tempo, os bons resultados obtidos anteriormente. GVA – Gestão de Valor Agregado Conceitos gerais sobre Agregação de Valor Lucratividade: métricas e limitações. Tradicionais Base Caixa Afetado pela depreciação É verdadeiro ROE = Lucro Líquido Patrimônio Líquido CFROGI = Afetado pelo exercício anterior e também pela depreciação TBR Afetado pela depreciação RONA = EBIT Imobilizado Líquido Se bem gerido, é verdadeiro ou um bom estimador. FCL BA Vendas Líquidas Numa planta toda imobilizada, denominador seria 0 (zero). Afetado pela depreciação RONA = = FCO BA EBIT Imobilizado Líquido + Capital de Giro EBIT: lucro antes de IR e taxas EBITDA (Lucro Antes de Imposto de Renda, Taxas, Depreciação e Amortização) é uma aproximação do Fluxo de Caixa. Pressuposto: se as vendas estão razoavelmente estáveis, se os pagamentos (compras, serviços) estão estáveis, pode ser entendido como Fluxo de Caixa Operacional. (-) Custos e despesas operacionais 1) = EBITDA (-) IR padrão (34% do lucro operacional) = FCO (Fluxo de Caixa Operacional) CFROGI = FCO BA (-) Investimentos líquidos (fixo + giro) = FCL (Fluxo de Caixa Livre) 2) TBR = FCL BA 1) Os custos e despesas operacionais não incluem depreciação, amortização, despesas/ receitas financeiras. 2) É o investimento no ativo permanente (menos participações societárias) e no capital de giro, no período, deduzido do valor recebido pela venda de imobilizado. Capital de giro: contas a receber + estoques – contas/ fornecedores a pagar; diferença de um período para outro. GVA – Gestão de Valor Agregado Conceitos gerais sobre Agregação de Valor Depreciação econômica: d A remuneração global da empresa, via TBR, tem que ser maior que o WACC e compensar a deterioração dos ativos (ex: substituir um equipamento velho por um novo). Daí, a inclusão do d = depreciação econômica. Relações de métricas: TSR > Ke TBR > WACC No cálculo do TBR, via Fluxo de Caixa Livre, a fórmula já abate o investimento. Ou seja, “compensa” o d = depreciação econômica. CFROGI > WACC + d Por que medir ativos? . Para avaliar lucratividade: retorno sobre ativos . Para calibrar investimentos a médio e longo prazos: reposição e crescimento. . Para calcular valores: modelos de valor mais complexo. Correção de Ativos / Votorantim Ativos existentes/ adquiridos até 1995: correção monetária Ativos adquiridos após 1995: correção para valor presente pelo IGPM Base de Ativos (BA): não deve ser usado o valor de quanto vale, mas sim o quanto se investiu. O gestor tem que pensar como Acionista. Deve ser tomado o cuidado de associar os ativos somente à atividade operacional. GVA – Gestão de Valor Agregado Conceitos gerais sobre Agregação de Valor Melhoria do Processo de Gestão Métricas: TBR, CFROGI e CVA (por unidade/ planta) Define-se um WACC, para cada Negócio/ planta e, exige-se um TBR. Inicialmente, o WACC foi estabelecido em 12% e depois ajustado a cada Negócio, em função dos riscos inerentes a cada tipo de atividade. Definição da estratégia e da visão Comunicação com o Investidor Remuneração variável Seleção da medida de desempenho Determinação das metas da empresa e das UNs Compensação Cultura de Valor e de Mudança Operacional Monitoramento do desempenho Planejamento e Orçamento Ajustes Alocação dos recursos/ estratégia de portfólio Avaliação do Plano GVA como “processo de gerenciamento” GVA – Gestão de Valor Agregado Conceitos gerais sobre Agregação de Valor Base de Ativos Imobilizado bruto atualizado Investido, sem depreciação e corrigido + Diferido bruto Desenvolvimento de produto/ tecnologia, compra de patente, etc. + Capital de Giro Operacional Só decorrente da atividade operacional; não considera aplicações financeiras, nem despesas financeiras. = Base de Ativos atualizada Capital de Giro (+) Clientes e Contas a Receber (+) Estoques (+) Impostos a Recuperar 1) (+) Despesas Exercício seguinte (- ) Fornecedores (- ) Contribuições sociais 2) (- ) Impostos e Contribuições a Recolher 3) (- ) Contas a Pagar = Capital de Giro 1) IPI e ICMS associados às operações de compras 2) Recolhimentos: dia 02 – INSS e dia 07 - FGTS 3) Impostos (ICMS e IPI) e contribuições (PIS e COFINS), associados às operações de vendas GVA – Gestão de Valor Agregado Conceitos gerais sobre Agregação de Valor Valor Gerado (Base Caixa), CVA “aluguel” CVA = Medida absoluta ($) CVA = FCO – Encargos sobre Base de Ativos CVA = FCO – (WACC + d) x BA ou, ... d : característico do Negócio (ex: energia – muito baixo; tecnologia – muito alto) CVA = [CFROGI – (WACC + d)] x BA d = depreciação econômica = Ativos depreciáveis x dPMT Base de Ativos dPMT = Na HP 12C: FV = 100; n = vida útil; i = WACC; PMT = ? PMT = dPMT. WACC [(1 + WACC)n] x 100 -1 Depreciação econômica: são os recursos adicionais, medidos em percentual acima do WACC, que devem ser gerados para manter os ativos atualizados fisicamente, tecnologicamente e mercadologicamente. Não inclui investimentos em ampliação de capacidade. Recursos aplicados devem ser suficientes para substituir o ativo no fim da vida útil. d : compõe o benchmarck de desempenho do negócio; não deve ser considerado como orçamento de investimento. Vida Útil = f (físicos – só “mantendo a operação”; tecnológicos – atualizado para competição; mercadológico – adequado para competição) d : calculado a partir de uma parte dos Ativos (só ativo permanente: terrenos, prédios, máquinas, equipamentos), mas depois “corrigido” para toda a Base de Ativos. O d tem que ser calculado a partir de algo concreto; depois expande-se a abrangência. GVA – Gestão de Valor Agregado Conceitos gerais sobre Agregação de Valor Valor Gerado (Base Caixa), CVA Se o ativo histórico corrigido for a melhor estimativa de um ativo novo, usa-se o valor corrigido. Se o novo ativo é mais caro, adota-se este na Base de Ativos e d será maior. Se o novo ativo é mais barato, adota-se este na Base de Ativos e d será menor. CFROGI – (WACC + d) = SPREAD CVA será maior que 0 (Zero), só quando a gestão dos ativos confiados gerarem CFROGI maior que WACC + d. CFROGI = FCO BA GIRO MARGEM CFROGI = FCO VL x VL VL = Vendas Líquidas BA Alternativas para melhorar o CFROGI: Melhorar a margem: aumentar FCO, com as mesmas Vendas Líquidas. Só é possível, com menores custos. Aumentar/ Melhorar o Giro: como a Base de Ativos (BA) é, em princípio fixa, só é possível, aumentando-se as Vendas Líquidas. Empresas de capital intensivo: margem elevada (ex: 30 a 40%) e giro baixo (menor que 1).