Uso Racional de Antimicrobianos na Prática Hospitalar Thaís Lôbo Herzer Uso Racional de Antimicrobianos • Definição • Histórico – atualidade... do • Porque racionalizar? • Como racionalizar? princípio até Uso Racional de Medicamentos • • • • • • Indicação apropriada Droga apropriada Administração adequada Dose adequada Duração adequada Menor custo ao paciente e à comunidade • Escolha empírica adequada • Ajuste após cultura WHO, Nairobi, 1985, Rational use of drugs: Report of the conference of experts, Nairobi 1985. Antimicrobianos • Substâncias naturais ou sintéticas que agem sobre microorganismos inibindo o seu crescimento ou causando a sua destruição. Antimicrobianos Antibióticos Penicilinas Cefalosporinas Aminoglicosídeos Tetraciclinas Macrolídeos Sulfonamidas Quinolonas Rifamicinas Glicopeptídeos Antimicobactericidas Antivirais Antiretrovirais Antifúngicos Clindamicina Metronidazol Cloranfenicol Carbapenêmicos Monobactamicos Inibidores de Betalactamase Linezolida Streptograminas Polimixina ... Mecanismos de Ação ATB Uso Racional de Antimicrobianos Definição • Histórico: do atualidade... princípio • Porque racionalizar? • Como racionalizar? até Histórico • 1928 – Fleming descobre a penicilina • 1939 – Inicia-se uso clínico 2ª Guerra Mundial • 1940 – Howard Florey e Ernst Chain produção em escala industrial. “A era dos antibióticos.” • 1956 – Jawetz reconhece os problemas causados pela atração dos antibióticos e propaganda da indústria farmacêutica. Jawetz E. Antimicrobial chemotherapy. Annu Rev Microbiol. 1956; 10:85 Histórico • Introdução de novas classes de antimicrobianos com concomitante aumento do uso inapropriado. • Cerca de 50% dos medicamentos usados no mundo são prescritos, dispensados, vendidos ou usados de uma maneira inapropriada. • 66% antibióticos são vendidos sem receita. World Medicines Situation, WHO 2004 Histórico • ⅓ pacientes hospitalizados recebe curso de ATB – 50% inapropriado ou desnecessário • Os antimicrobianos são a 2ª classe de drogas mais utilizada Maki DG, Schuma AA. A study of antimicrobial misuse in a university hospital. AM J Med Sci.1978; 275-271 Scheckler WE, Bennett JV. Antibiotic use in 7 community hospitals. JAMA. 1970; 213:264 Histórico • Custos com antimicrobianos podem somar tanto quanto 30-50% do total dos gastos com medicamentos em um hospital Col NF, O´Connor RW. Estimating world-wide current antibiotic usage; report of task force. 1. ver Infect Dis. 1987; 9 (Suppl): S232 • 30% dos dias desnecessários de ATB são Hecker MT, Aron DC, Patel NP, et al. Unnecessary use of antimicrobials in hospitalized patients. Arch Int Med. 2003; 163:972-78 Histórico • Em unidades cirúrgicas: 38 a 48% dos pacientes com ATM não tinham evidência de infecção Kunin. Ann Intern Med 1973;79:555-60 • Em hospitais brasileiros o uso incorreto é cerca de 50% Marangoni 1979; Martins 1981; Cardo 1989 Causas da prescrição errônea dos Antimicrobianos • Pressão da comunidade prescrição de drogas • “ O melhor Tratamento” para – Amplo espectro e Alto custo • Dose inapropriada – “Maior dose e tempo é ainda melhor” • Uso de múltiplos ATB ou ATb de espectro extendido – Substitui avaliação diagnóstica Causas da prescrição errônea dos Antimicrobianos • Profilaxia inapropriada – 30% dos pctes hospitalizados recebem ATB – Dados limitados e conflitantes – 80% fazem mais de 48h que Shapiro M, Townsend TR, Rosner B, et al. Use of antimicrobial drugs in general hospitals: Patterns of prophylaxis. N Engl J Med. 1979; 301:351 • Custo e falta de disponibilidade de exames complementares • Insuficiência de formação técnica nos cursos de medicina Causas da prescrição errônea dos Antimicrobianos • Falta de reciclagem dos médicos em relação ao diagnóstico e tratamento de infecções comunitárias e hospitalares • Crença de que “pode fazer algum bem e é improvável que cause danos” Causas da prescrição errônea dos Antimicrobianos • Pressão da Indústria Farmacêutica – “Soluções fáceis” GINKGO BILOBA - O elixir da juventude Embora nada possa nos fazer viver para sempre, a natureza tem nos dado uma erva incrível que pode retardar o processo de envelhecimento e pode ajudar a sermos mais saudáveis e enérgicos. Estudos confirmam: GINKGO BILOBA ajuda aumentar a circulação do sangue e o oxigênio para o cérebro, deste modo inibindo a perda de memória, sem haver nenhum efeito colateral na administração de qualquer dosagem. GINKGO BILOBA também é usado nos problemas de artrite e reumatismo, problemas oftalmológicos... GINKGO BILOBA produz energia mental, melhorando a falta de memória; ativa as funções mentais e retarda a perda de audição ... Compre em Nossa Loja Virtual Terapia Combinada • Terapia combinada (sinergismo) – In vitro x In vivo – Maior parte dos estudos e meta-análises não mostram superioridade da terapia combinada sobre a monoterapia. Terapia Combinada Terapia Combinada Uso combinado de antimicrobianos. Comitê de antimicrobianos da Sociedade Brasileira de Infectologia Qual a Situação? Efeitos: • Aumento da resistência • Aumento dos custos diretos e indiretos • Diminuição da eficácia dos tratamentos • Aumento do tempo de internação • Aumento da Mortalidade Problema Central: USO INAPROPRIADO ANTIMICROBIANOS Causas: Falta de conscientização dos Profissionais de Saúde Prescrição Inapropriada Mal uso pela comunidade Falta de Políticas ou seu cumprimento Pressão da Indústria Falta dados exatos e completos Falta de controle na qualidade de medicamentos Uso Racional de Antimicrobianos Definição Histórico: do atualidade... princípio • Porque racionalizar? • Como racionalizar? até Porque racionalizar o uso de Antimicrobianos? • Resistência Bacteriana – Pressão Seletiva – Indução de Resistência • Efeitos Adversos • Custos elevados em saúde Evidências da associação entre o uso de antimicrobianos e resistência: • Equivalênia direta: mudanças no uso de antimicrobianos e a prevalência de resistência • Pacientes com cepas resistentes mais freqüentemente receberam previamente antibióticos • Resistência antimicrobiana é maior no ambiente hospitalar que na comunidade • Áreas dentro do hospital com maiores taxas de resistência também apresentam maior consumo de antimicrobianos (UTI) SHEA position paper. Infect Control Hosp Epidemiol 1997;18:275 Mecanismos Bacterianos de Resistência • Redução da concentração intracelular do ATB – Diminuição da permeabilidade MB (Pseudomonas resistente à carbapenêmicos) – Bomba de efluxo (macrolídeos, as quinolonas, os -lactâmicos e o cloranfenicol) Mecanismos Bacterianos de Resistência • Inativação do ATB – Produção de enzimas inativadoras (Betalactamases: ESBL – enterobactérias, AmpC Enterobacter spp e Citrobacter freundii) • Modificação ou eliminação do sítio de ação do ATB (PBP, ribossomo) Mecanismos Bacterianos Transferência de Resistência •Resistência plasmidial •Mutação Genética •Transposons: segmentos de DNA com grande mobilidade Distribuição das taxas médias de resistência antimicrobiana (%), jan 1998 a jun 2002 Microrganismo UTI MRSA SCN-MR Enterococos resistente a vancomicina P.aeruginosa resistente a ciprofloxacina P.aeruginosa resistente a levofloxacina P.aeruginosa resistente a imipenem P.aeruginosa resistente a ceftazidima P.aeruginosa resistente a piperacilina Enterobacter spp resistente a cefalosp. 3a ger. Enterobacter spp resistente a carbapenem Klebsiella pneumoniae resistente a cefalosp. 3a ger. E.coli resistente a cefalosp. 3a ger. E.coli resistente a quinolona Pneumococo resistente a penicilina Pneumococo resistente a cefotaxima/ceftriaxona 51.3 75.7 12.8 36.3 37.8 19.6 13.9 17.5 26.3 0.8 6.1 1.2 5.8 20.6 8.2 Outras unidades 41.4 64.0 12.0 27.0 28.9 12.7 8.3 11.5 19.8 1.1 5.7 1.1 5.3 19.2 8.1 NNIS System Report. Am J Infect Control 2002;30:458-75 Situação de Resistência EUA - 2004 60 50 40 30 20 10 0 UTI MSRA Pseudomonas R-Imipenem E. coli R-CEF 3 Internados Ambulatório Enterococcus R-vancomicina Klebsiella pneumoniae R-CEF 3 Pneumococcus R-penicilina NNIS Report - Am J Infection Control 2004;32:470-85 Resistência Bacteriana no Brasil • • • • • • • • S. aureus SCN Klebsiella E. coli B. cepacia P.aeruginosa S.malthophilia Acinetobacter OXACILINA CEFALOSPORINAS CARBAPENÊMICOS Mendes, E.R. et al.,BJID 2003; 7 (October): 282-89 Resistência Bacteriana no HGF MENEZES, E. A., et al. Freqüência e percentual de suscetibilidade de bactérias isoladas em pacientes atendidos na Unidade de Terapia Intensiva do Hospital Geral de Fortaleza • J Bras Patol Med Lab. v. 43 n. 3 • p. 149-155 • junho 2007 Resistência Bacteriana no IJF • Perfil de sensibilidade de antimicrobianos no CTQ-IJF (2004-2006): –Oxacilina(45,10%) –Gentamicina(52,83%) –Amicacina(54,25%) –Ceftazidima(45,45%) –Cefepime(64%) –Quinolona(69,84%) –Imipenem(63,71) –Vancomicina (100%) SILVA,M.C.C.;MATOS FILHO,J.C.;FURTADO,F.V.S.;PACHECO,J.S. Análise das Infecções Hospitalares num Centro de Tratamento de Queimados: um estudo retrospectivo. VI Congresso Pan-americano e X Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar (Poster) Novos antibióticos aprovados nos Estados Unidos, 1983-2002 No de novos antibióticos 16 14 12 10 8 6 4 2 0 1983-1987 1988-1992 1993-1997 Período Spellberg. Clin Infect Dis 2004;38(9):1279 1998-2002 Novos antibióticos aprovados pelo FDA a partir de 1998 Droga Rifapentina Quinupristin-dalfopristin Moxifloxacina Gatifloxacina Linezolida Cefditoren pivoxil Ertapenem Gemifloxacin Daptomicina Ano de aprovação Novo mecanismo de ação 1998 1999 1999 1999 2000 2001 2001 2003 2003 Não Não Não Não Sim Não Não Não Sim Spellberg. Clin Infect Dis 2004;38(9):1279 COMUNIDADE HOSPITAL HOSPITAL UTI Disseminação de bactérias multiresistentes Taxas elevadas de IH e resistência bacteriana Archibald. Antimicrobial resistance in isolates from inpatients and outpatients in the United States: increasing importance of the intensive care units. Clin Infect Dis 1997;24(2):211-5 Efeitos Adversos • EUA 1994: 48.000-98.000 óbitos atribuíveis a eventos adversos a medicamentos. • 8ª causa de morte nos EUA • Eventos adversos a drogas são o tipo mais freqüente de evento adverso não cirúrgico (20%) Bonn, 1998 Efeitos Adversos por Classe de Drogas Medical Care, 38:261-271,2000. Síndrome de Steven-Johnsons Custo de Antimicrobianos ANTIMICROBIANO Ambisome 50 mg (inj.) Aztreonam 1g (inj.) Teicoplanina 200 mg (inj.) Imipenem 500 mg (inj.) Ciprofloxacina 200 mg (inj.) Meropenem 500 mg (inj.) Cefuroxima 750 mg (inj.) Cefoxitina 1g (inj.) Cefepime 1g (inj.) Cefotaxima 1g (inj.) Ceftazidima 1g (inj.) Ceftriaxone 1g (inj.) Clavulin 1g (inj.) Vancomicina 500 mg (inj.) Netilmicina 150 mg (inj.) Clindamicina 600 mg (inj.) Pefloxacina 400 mg (inj.) Metronidazol 500 mg (inj.) Pefloxacina 400 mg (comp.) Ciprofloxacina 500 mg (comp.) Norfloxacina 400 mg (comp.) POSOLOGIA CUSTO UNITÁRIO* TOTAL DE DOSES 50 mg/dia 2g 6/6h 400 mg 12/12h 1g 6/6h 400 mg 8/8h 1g 8/8h 3g 8/8h 2g 4/4h 2g 8/8h 2g 8/8h 2g 8/8h 2g 12/12h 1g 6/6h 500 mg 6/6h 150 mg 8/8h 600 mg 6/6h 400 mg 12/12h 1 g 8/8h 400 mg 12/12h 500 mg 12/12h 400 mg 12/12h R$ 930,48 R$ 92,45 R$ 161,41 R$ 71,14 R$ 74,79 R$ 59,85 R$ 23,39 R$ 21,64 R$ 41,10 R$ 40,44 R$ 26,93 R$ 36,32 R$ 30,40 R$ 22,03 R$ 18,51 R$ 13,87 R$ 27,44 R$ 7,16 R$ 12,71 R$ 8,90 R$ 2,23 0,5g 80g 8g 40g 12g 30g 90g 120g 60g 60g 60g 40g 40g 20g 4,5g 24g 8g 30g 8g 10g 8g CUSTO EM 10 DIAS* R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ 9.304,80 7.396,00 6.456,40 5.691,20 4.487,40 3.591,00 2.806,80 2.596,80 2.466,00 2.426,40 1.615,80 1.452,80 1.216,00 881,20 555,30 554,80 548,80 429,60 254,20 178,00 44,60 Custo de Antimicrobianos • Staphylococcus aureus OXA-S: Staficilin® R$ 252 OXA-R: Vancocina® Targocid® R$ 881 R$ 6.456 Custo de Antimicrobianos • Pseudomonas aeruginosa GENTA-S Garamicina® R$ GENTA-R Fortaz® Tienam® 30 R$ 1.615 R$ 5.691 Uso Racional de Antimicrobianos Definição Histórico: do atualidade... princípio Porque racionalizar? • Como racionalizar? até Níveis de Controle Importação Exportação Produção doméstica CONTROLE GOVERNAMENTAL Uso em humanos Hospitais Farmácias CONTROLE INSTITUCIONAL Prescrição médica Paciente/Consumidor CONTROLE EDUCACIONAL Uso Racional de Antimicrobianos no Brasil • Ministério da Saúde (portaria 930, 1992) – Estabeleceu a obrigatoriedade do Programa de Racionalização de Antimicrobianos dentro das Comissões de Controle de Infecção Hospitalar – ANVISA: Comitê Técnico Assessor para Uso Racional de Antimicrobianos e Resistência Microbiana (CURAREM) http://www.anvisa.gov.br/servicosaude/controle/index.htm Como instituir política de uso racional de Antimicrobianos? • • • • • • Otimizar o uso de ATM na profilaxia cirúrgica Otimizar a escolha e duração da terapia antimicrobiana empírica Desenvolver protocolos para o uso de ATM (guidelines) Melhorar a forma de prescrever ATM por meio da educação Restrição do uso de ATM Monitorar e promover feedback das taxas de resistência antimicrobiana Goldman. JAMA 1996;275:234-40 SHEA position paper. Infect Control Hosp Epidemiol 1997;18:275 Nouwen JL. Clin Infect Dis 2006:42:776-7 Custos associados a profilaxia cirúrgica inadequada Fonseca. Infect Control Hosp Epidemiol 1999;20:77-9 Clin Infect Dis 2004;38:1706-15 Esquema Empírico • • Identificar o sítio de infecção Determinar qual a microbiota prevalente – • • • Estipular gravidade do caso Reação alérgica prévia Avaliar presença de contra-indicações – • topografia, porta de entrada, faixa etária do cliente, comorbidades, internações ou cirurgias prévias, ambiente de surgimento da patologia gestação, faixa etária, outras medicações em uso, insuficiência renal, insuficiência hepática. Colher material para investigação do agente etiológico Machado, 2002 Flora bacteriana por topografia TOPOGRAFIA MICROBIOTA ESPERADA BOCA e DENTES Staphylococcus, Streptococcus, espiroquetas, actinomiceto, bacteróide, fusobactéria, fungos. SEIOS PARANASAIS GARGANTA FLORA CUTÂNEA INTESTINO DELGADO INTESTINO GROSSO FLORA VAGINAL PERÍNEO e URETRA Streptococcus, Haemophilus influenzae, fusobactéria, peptococo, Propionibacterium. actinomiceto, Staphylococcus, Streptococcus, Haemophilus, Neisseriae, Fusobacterium, Bacteróides, Candida. bacteróide, Corynebacterium, Staphylococcus, Streptococcus, Corynebacterium, Propionibacterium, Micrococci, fungos. Enterobactérias, Enterococcus, fungos. Enterobactérias, enterococcus, Clostridium, bifidobactéria. fungos, actinomiceto, Bacteróides, Lactobacilo, Streptococcus, corinebactéria, micoplasma, peptococo, actinomiceto, fungos. Staphylococcus, Streptococcus, Corynebacterium, Propionibacterium, fungos, micoplasma, actinomiceto, Bacteróides, Clostridium. Secretaria Estadual de Saúde do Rio de Janeiro. COORDENAÇÃO ESTADUAL DE CONTROLE DE INFECÇÃO HOSPITALAR . RECOMENDAÇÕES PARA O USO ADEQUADO DOS ANTIMICROBIANOS . Esquema Empírico • Escolher o antimicrobiano: –Restringir a cobertura antimicrobiana ao agente etiológico mais provável –Penetração e a concentração adequada no sítio de infecção –Menor toxicidade –Menor indução de resistência –Posologia mais cômoda –Via de administração mais adequada –Menor custo Machado, 2002 Esquema inicial inapropriado Terapia Empírica Inadequada Mortalidade (%) 52 Adequada 12 • Risco relativo de mortalidade em pacientes com terapia inadequada = 4,3 (IC 95% 3,5–5,2) • Análise multivariada: fator de risco independente mais importantemente relacionado ao óbito Kollef et al. Chest 1999;115:462–474 Esquema inicial inapropriado 50 45% 40 34% 30 20 17% 10 0 Infecção adquirida na comunidade Infecção hospitalar Infecção hospitalar após tratamento de infecção comunitária Kollef et al. Chest 1999;115:462–474 ORIENTAÇÕES PARA TERAPÊUTICA ANTIMICROBIANA (AA) EMPÍRICA EM INFECÇÕES COMUNITÁRIAS MAIS COMUNS QUE NECESSITEM INTERNAÇÃO MORBIDADES Piomiosite , celulites e furunculoses Erisipela Pé diabético Microbiota esperada Staphylococcus aureus Streptococcus beta-hemolítico do grupo A Gram negativos aneróbios e S. aureus ESQUEMA AA RECOMENDADO Oxacilina / Cefalotina 1° G Penicilina cristalina / Cefalosporina 1° G Amoxicilina / clavulanato ou Clindamicina + gentamicina DOSES / TEMPO DE USO 100-200mg/Kg/dia de 4/4H ou 6/6H 50-200mg/Kg/dia 4/4h ou 6/6h 2 milhões de UI de 4/4H 500mg de 8/8h 600mg de 8/8h 7mg/Kg/dia de 8/8h INVESTIGAÇÃO DIAGNÓSTICA E OBSERVAÇÕES Hemoculturas Coleta de material local como orientação previa Hemoculturas Coleta de material local como orientado previamente Hemoculturas Coleta de material local como orientado previamente Técnicas de Racionalização do uso de Antimicrobianos • Medidas educativas – Aulas, conferências, treinamentos em grupo ou individuais, impressos, elaboração de protocolos – Consulta a especialista • Medidas restritivas – Formulário de Restrição – Antibióticos de uso restrito – Justificativa por escrito – Alertas e suspensão pelo computador – Sistemas de suporte decisional – Rodízio de antimicrobianos – De-escalonamento de ATM de acordo com antibiograma Formulário de restrição • Não pode prejudicar o paciente • Respaldo Ético Parecer CFM 32/1999 “Não configura ilícito ético a exigência de preenchimento de ficha de liberação de antibiótico pela CCIH” • Modelos – Ficha de restrição – Controle em tempo real • 1987- Woodward: • Economia de $34.597,00/mês • Uso inadequado de ATM: 37% 2% Antiobióticos de uso restrito • Selecionados por cada Hospital: medicações de amplo espectro, indutores de resistência e de alto custo. – Cefalosporinas de 2a Geração – Cefalosporinas de 3a Geração – Cefalosporinas de 4a Geração – Vancomicina – Teicoplanina – Carbapenens – Levofloxacina – Aciclovir EV – Fluconazol EV – Polimixina B – Ampicilina/Sulbactam – Piperacilina/Tazobactam – Linezolida De-escalonamento • Sempre que necessário pedir cultura • Trocar ou interromper ATM após resultado do antibiograma – Dirigir o tto ao patógeno evidenciado Aceitação Médica AÇÕES REALIZADAS - EQUIPE MÉDICA 90,0 80,0 70,0 60,0 Aceit a 50,0 Mant ida com just if icat iva 40,0 Mant ida sem just if icat iva Médico não encont rado 30,0 20,0 10,0 Escolha do ATM Posologia Associação Tempo de Uso