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Sulfabril encontra um fio de esperança
Um dos mais conturbados e longevos processos de falência envolvendo uma grande empresa nacional teve um novo e
importante capítulo. A juíza responsável pelo caso, Quitéria Tamanini Peres, da 1ª Vara Cível de Blumenau, determinou
a liberação de recursos para o pagamento de R$ 9 milhões aos funcionários da Sulfabril. Por si só, a cifra representa uma
gotícula em um oceano: equivale a apenas 15% da dívida trabalhista ou menos de 2,5% do passivo total da tecelagem,
que já estaria na casa dos R$ 400 milhões. A decisão, no entanto, vale mais pelo seu efeito simbólico e sinalizador. Ela
reacendeu a expectativa de que a Justiça, enfim, autorize a realização de um leilão para a venda da Sulfabril, colocando
um ponto final numa novela que se arrasta desde 1999, quando a falência da companhia foi decretada.
Revigorados pela decisão judicial, nas últimas semanas os próprios funcionários têm procurado os bancos credores da
empresa - uma extensa lista que reúne Itaú, Banco do Brasil, Citibank e Société Générale, entre outros. Os trabalhadores
vêm tentando convencer as instituições financeiras a capitanearem um consórcio que se candidataria à compra da
indústria catarinense. A formação desta tropa de choque teria dois objetivos: pressionar a Justiça a marcar o leilão e atrair
uma empresa do setor para a empreitada, o que, já na partida, garantiria o posterior desembarque dos bancos.
Companhias do setor, como a também catarinense Malwee, teriam sido sondadas. Procurada pelo RR, a Sulfabril negou o
interesse dos funcionários e dos bancos na aquisição do controle. Afirmou ainda que o "processo de venda segue
normalmente e o tempo oportuno será definido pela Justiça". É exatamente o que os credores mais querem ouvir. Ao
longo destes 14 anos, a falência da empresa tem ricocheteado nas paredes dos insondáveis labirintos do Judiciário. Por
duas vezes, o leilão para a venda da companhia esteve na iminência de ser marcado. Na mais recente, em 2009, o Grupo
TKR Participações chegou a se candidatar à aquisição da tecelagem. Em ambos os casos, no entanto, o sócio controlador
e ex-presidente da companhia, Gerhard Horst Fritzsche, afastado da gestão durante o processo de falência, conseguiu
embargar a operação. Fritzsche, aliás, é responsável direto por colocar mais tempero neste caldeirão jurídico. O
empresário foi acusado de irregularidades na transferência de ativos da Sulfabril a terceiros. Em 2005, acabou condenado
pela 1ª Vara Criminal de Blumenau por crimes falimentares que teriam sido cometidos antes da falência da companhia.
Em um ponto, os funcionários da Sulfabril e os bancos já estão de pleno acordo: o leilão judicial é visto como a única
possibilidade para o soerguimento da empresa e a consequente quitação da maior parcela possível do passivo. Mesmo
carregando sobre as costas uma falência de quase uma década e meia, a companhia continua produzindo em sua fábrica
de Blumenau. No entanto, como não poderia deixar de ser, a tecelagem está distante de seus melhores dias, quando
chegou a faturar por ano mais de US$ 200 milhões e somou cerca de seis mil empregados. Nos últimos três anos, teria
apresentado uma receita média na casa dos R$ 70 milhões
Eletrobras
Já existem articulações no governo para um novo empréstimo do BNDES à Eletrobras. A cifra ficaria próxima dos R$
2,5 bilhões que a estatal recebeu recentemente para conseguir pagar seus dividendos.
Lenovo
A Lenovo já teria programado para 2014 uma nova ampliação de sua fábrica de computadores em Itu, que passa, neste
momento, por obras de expansão. A decisão reduz ainda mais as possibilidades de o grupo chinês fazer novas aquisições
no país ? no ano passado comprou a CCE Informática.
Desembarque
O Brasil entrou no mapa da austríaca Senoplast, uma das maiores fabricantes europeias de filmes plásticos. Executivos da
companhia fizeram chegar ao ministro Fernando Pimentel a intenção de construir uma planta no país em 2014.
Ferrugem
Mesmo com o câmbio contra, a direção da Rexam no Brasil está fazendo contorcionismos para aumentar as exportações
de latinhas de alumínio e compensar, ao menos em parte, a estagnação do mercado interno. Por aqui, a empresa já vai
festejar se conseguir igualar os 12 bilhões de latinhas vendidas no ano passado.
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Ecorodovias
A Ecorodovias, empresa de concessões da CR Almeida, planeja uma emissão no exterior. Quem sabe, com os recursos
em mãos, os herdeiros de Cecílio do Rego Almeida não compram a parte da italiana Impregilo?
Inferno
A húngara Hell, que chegou ao Brasil no ano passado, promete fazer o diabo para comprar empresas nacionais e ganhar
terreno no mercado de bebidas energéticas. O primeiro nome da lista seria o da Globalbev, que domina 10% do setor.
Fundo Brasil
A Hamilton Lane, uma das maiores gestoras de recursos dos Estados Unidos, com aproximadamente US$ 130 bilhões em
carteira, está montando um fundo de private equity voltado ao Brasil. Na mira, o setor de varejo e empresas de
commodities agrícolas.
Colombo
Adelino Colombo está novamente à procura de um executivo. Dois nomes à frente de redes varejistas concorrentes já
foram procurados. O difícil é convencê-los de que, desta vez, a profissionalização da Lojas Colombo é para valer.
Recauchutagem
A luz amarela está piscando no painel da Goodyear. O crescimento das vendas no primeiro semestre ficou abaixo da
expectativa. Caso o desempenho se repita nos próximos meses, a direção da empresa deverá reavaliar o plano de
investimentos no Brasil. Procurada, a empresa garantiu que vai manter os investimentos previstos para 2013.
Cancela
As negociações para o desembarque da Cosan na ALL voltaram a engarrafar. Os acionistas Wilson de Lara e Ricardo
Arduini teriam feito novas exigências para reduzir sua participação na empresa.
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