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Rio de Janeiro, 12 de Abril de 2012 - Número 4353
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Ongoing
Mais conhecido pela sua presença em mídia, o Ongoing planeja investir no mercado imobiliário brasileiro. É provável
que os portugueses sejam obrigados a ouvir que José Dirceu é seu parceiro na operação. Mas há bons conhecedores do
negócio que garantem ser o ex-senador Gilberto Miranda o sócio de fato do Ongoing.
Segunda chance
A Copel está disposta a comprar a AES Sul. Consultada, a estatal negou o interesse. Mas, segundo o RR apurou, o
governador do Paraná, Beto Richa, já teria conversado sobre o assunto com Tarso Genro.
Atracadouro
Despejada do Atlântico Sul, a Samsung estaria em negociações o estaleiro McLaren, de Niterói (RJ). A ver.
Alta voltagem
Credores da Celpa estariam armando uma arapuca jurídica contra o Grupo Rede. Querem garantir que recursos
arrecadados com a eventual venda de ativos do grupo sejam usados no pagamento de dívidas da empresa paraense.
Consultada, a Celpa não se pronunciou.
Renault
Segundo informações filtradas junto à Renault, a montadora prepara o descredenciamento de revendas menos rentáveis.
Procurada pelo RR, a Renault informou que está ampliando a rede de concessionárias e pretende fechar o ano com 230
pontos de venda.
Telefônica transforma portal Terra em estrela de TV
Ao mesmo tempo em que promove uma carnificina com centenas de demissões nos mais diversos níveis hierárquicos, a
Telefônica trabalha em um de seus principais projetos no Brasil. O grupo pretende montar uma dupla investida na área de
TV. Além da operação de TV por assinatura via satélite, herdada com a compra da TVA, os espanhóis planejam usar o
portal Terra como base para a criação de uma emissora na Internet. Atualmente, o site já oferece conteúdo em vídeo,
como reportagens e reprodução de programas de canais de TV a cabo. A ideia da Telefônica é montar canais próprios,
divididos por temas (esporte, jornalismo, infantil), e com programação regular, como uma emissora convencional.
Procurada, a Telefônica negou o projeto. Não é o que diz um executivo ligado à empresa. Segundo a fonte do RR, a
empresa já fez, inclusive, uma estimativa de investimento em torno de R$ 500 milhões nos próximos dois anos. A maior
parte destes recursos será destinada à parte de tecnologia.
A operação é uma espécie de jabuticaba eletrônica. Será a primeira vez que o Terra vai se aventurar na geração de
conteúdo próprio. Com esta investida, a Telefônica espera cooptar um público de perfil mais jovem que tem como hábito
assistir a filmes e programas via Internet. Não deixa de ser uma forma de compensar as perdas que vêm amargando na
operação de TV via satélite. Entre 2009 e 2011, seu market share no setor caiu de 6,5% para 4,3%.
A legislação favorece o avanço da Telefônica no segmento de TV via Internet. Ao contrário das operadoras de TV por
assinatura por cabo ou satélite, não existe limite de participação estrangeira neste tipo de operação. Por enquanto. As
emissoras de TV aberta têm feito pressão para que se estabeleça uma isonomia regulatória entre o setor, TV a cabo e por
satélite e TV via Internet. Até porque, aos poucos a Web- TV tem se revelando uma incômoda concorrente por audiência
e anunciantes. Nos últimos dois anos, a taxa média de crescimento do número de acessos a TVs na Internet no Brasil foi
de 30%.
CNI
O presidente da CNI, Robson Braga de Andrade, tem tentado uma participação maior e mais frequente dos pesos-pesados
do empresariado em manifestações de defesa da indústria. Mas o máximo que consegue é ser o locutor da pesquisa sobre
a popularidade de Dilma Rousseff. O problema é que Andrade provincianizou a entidade. Em uma métrica que vai de 1 a
100 "Albanos Francos", ex-presidente da CNI, ele deve chegar a menos 1,5. É uma pena porque a CNI tem em seus
quadros um dirigente com a estatura necessária para a missão. É José de Freitas Mascarenhas, um dos vicepresidentes da
CNI e industrialista de cinco costados. Mascarenhas, pela mesma métrica, dá 120 "Albanos".
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Los Grobo planta sua semente na Bovespa
O Brasil tornou-se o sal da terra nos negócios de Gustavo Grobocopatel, um dos maiores nomes do agronegócio na
Argentina. O empresário, que recentemente vendeu 20% da brasileira Ceagro para a Mitsubishi, está arando o solo para a
sua estreia no mercado mobiliário brasileiro. Grobocopatel estuda duas hipóteses: a abertura de capital da própria Ceagro
ou, então, de sua holding no país, a Los Grobo Brasil. Esta última é controlada pela companhia-mãe do empresário na
Argentina, a Los Grobo, detentora de 66,6%, e pelo Vinci Partners, de Gilberto Sayão, dono de 33,3%. Nos dois casos, a
ideia é ofertar em Bolsa até 25% do capital.
Os recursos amealhados na Bolsa serão destinados a reforçar os dois pilares de Gustavo Grobocopatel no Brasil: a
compra de terras e o cultivo de grãos, notadamente para exportação. Aliás, Grobocopatel tem apostado a maior parte de
suas fichas do lado de cá da fronteira, em detrimento da própria Argentina. Os resultados justificam sua postura
brasilianista. O faturamento da Ceagro na última safra foi da ordem de R$ 600 milhões, quase 50% a mais do que na
colheita anterior. Forte na produção de soja e milho, a empresa prepara para a sua primeira safra de algodão, plantado na
Bahia.
Habib´s
O Habib´s vem apertando o cerco aos franqueados. A rede de fast food tem cobrado sistematicamente o aumento dos
índices de rentabilidade.
Komeco
Na edição de ontem, o RR publicou equivocadamente que a Komeco, procurada pela reportagem, não havia se
pronunciado. Em relação à informação veiculada, a empresa garantiu desconhecer que tenha sido citada em qualquer
ação de dumping por parte da concorrência.
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