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Rio de Janeiro, 03 de Junho de 2013 - Número 4634
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GE Healthcare mostra à Philips que também tem saúde
Após passar um longo período sentada no córner, a GE Healthcare está decidida a ir para o centro do ringue e chamar a
Philips para a briga. Por briga entenda- se a disputa pelo emergente mercado de equipamentos médicos no Brasil,
notadamente por meio da compra de empresas nacionais. Até o momento, a Philips Healthcare, unidade de saúde do
grupo holandês, lidera a contenda de lavada. Nos últimos seis anos, fez seis aquisições no país, em um investimento na
casa dos 350 milhões de euros. A GE promete não poupar esforços e muito menos recursos na tentativa de recuperar o
tempo e o território perdidos. Esta é justamente a missão prioritária do novo CEO da GE Healthcare na América Latina,
Joe Shrawder, no cargo há cerca de três meses.
Os norte-americanos teriam reservado cerca de R$ 500 milhões para aquisições no Brasil. Há dois nomes piscando no
radar do grupo: a paulista BHP e a paranaense Biometrix. A primeira comercializa de estações de redução de pressão e
alarmes a reguladores de sucção e umidificadores. A segunda distribui equipamentos nas áreas de automação laboratorial,
diagnósticos, e produtos usados em procedimentos de transplante. Procurada, a GE informou que "analisa oportunidades
de empresas que apresentem um diferencial ao portfólio, mas não há verba ou planos definidos para futuras aquisições."
Pela forte estratégia de expansão no país e o declarado apetite por novas aquisições, a Philips Healthcare é o adversário
natural a ser batido. Mas, além da necessidade de compensar a letargia do passado, o movimento da GE também tem
caráter profilático. O mercado brasileiro de equipamentos para a área de saúde caminha para uma consolidação quase
inexorável, com a crescente chegada ou a expansão de grandes players internacionais. É o caso, por exemplo, da
Samsung, que lançou recentemente um plano de investimentos com o audacioso objetivo de assumir, em até dez anos, a
liderança global do setor.
A refinaria de papel da Petrobras
Como se não bastassem as dificuldades de funding, a Petrobras ainda vai ter de exumar outros sapos para destravar a
construção da refinaria Premium II, no Maranhão. Há problemas na documentação do terreno cedido pelo governo do
estado à União, o que tem atrasado o processo de transferência definitiva para a Petrobras. Ao mesmo tempo, existe uma
Funai no caminho da estatal. Até o momento nem sinal de uma solução final para a transferência dos índios que vivem na
região. Curiosamente, a Funai já emitiu sua anuência à construção da refinaria.
Resultado: na própria Petrobras, o senso comum é que dificilmente a Premium II entrará em operação em 2017, como
prevê o cronograma original. O cumprimento deste prazo depende do início das obras ainda neste ano, hipótese cada vez
menos provável. Procurada, a Petrobras comunicou que a licença de instalação e terraplenagem já foi emitida, mas
confirmou que a obra ainda "está condicionada à anuência da Funai e à criação de uma reserva para a tribo dos Anacés".
A estatal admitiu ainda que está ?realizando a reavaliação do projeto e sua adequação aos parâmetros internacionais da
indústria de petróleo e gás, o que será concluída em julho de 2013?. Pensando bem, para que pressa se o projeto de
engenharia ainda não foi sequer definido?
Luiza Helena Trajano
De um lado, a empresária Luiza Helena Trajano quer mais crédito para os clientes do Magazine Luiza; do outro, o Itaú,
sócio da Luizacred, insiste em fechar as comportas. Já se viu esse filme antes nas telas da Americanas e da C&C,
parceiras do banco até o ano passado. Procurado, o Itaú disse que "as decisões da parceria são tomadas em conjunto e
levam em consideração os interesses das partes." Curiosamente, ou não, o Magazine Luiza confirmou que o "Itaú vem
adotando uma política conservadora de concessão de crédito". Afirmou, no entanto, que a prática "não vem gerando
qualquer atrito". Ufa, menos mal!
Sonae Sierra
A portuguesa Sonae Sierra vai disputar as próximas concessões de aeroportos no Brasil. Pretende pousar nesta pista em
parceria com a conterrânea Empark.
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"Power Gates"
Bill Gates, aliás, um fundo de invstimentos ligado a ele está prospectando projetos em energia renovável no Brasil. Não
custa lembrar que, entre outros negócios afins à área, o fundador da Microsoft é acionista de uma usina de etanol na
Califórnia.
Prejuízo da Celg
A Celg, que está sendo jogada no colo maternal da Eletrobras, caminha para fechar o ano com um prejuízo acima de R$ 1
bilhão. Recorde histórico da distribuidora goiana.
NARating Fernando
Terni está recebendo o downgrade do downgrade em sua passagem como presidente da Alliar Medicina Diagnóstica. O
executivo está balançando feito vara verde. Imaginar que ele já dirigiu corporações do porte de ABB, Intelig, Nokia e
Schincariol. Consultada, a Alliar disse que "confirma a permanência de Terni na presidência". Por que? Estava para sair?
InfraBrasil
O InfraBrasil, que reúne em sua távola redonda o BNDES e uma miríade de fundações, vai ganhar um reforço. A Caixa
Econômica Federal está com um pé no capital do fundo. Procurados, InfraBrasil e CEF não se pronunciaram.
Gol contra
O presidente da Gol, Paulo Sergio Kakinoff, vai aterrissando lentamente para fora do cargo. O último voo cego do
executivo foi revelar que a empresa negociou parcerias com três companhias aéreas. Como nada aconteceu, a
inconfidência soou como uma tríplice confissão de fracasso numa tacada só.
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