João Victor Rossi Galastri
Acadêmico 4º ano medicina
Faculdade de Medicina de Marília
Definição
 Cefaléia: todo processo doloroso referido no segmento
cefálico, o qual pode originar-se em qualquer das
estruturas faciais ou cranianas.
 Cefaléia Primária: “Trata-se de cefaléia crônica, de
apresentação episódica ou contínua e de natureza
disfuncional, o que significa a não participação de
processos estruturais na etiologia da dor[1]”
1- Sanvito WL and Monzillo PH. Cefaléias primárias aspectos clínicos e terapêuticos. Med Rib 1997 30:437-438
Classificação
 Segundo a Etiologia:
 Cefaléias primárias: são as que ocorrem sem etiologia
demonstrável pelos exames clínicos ou laboratoriais
usuais.
 Cefaléias secundárias: são as provocadas por doenças
demonstráveis pelos exames clínicos ou laboratoriais.
Nestes casos, a dor seria conseqüência de uma agressão
ao organismo, de ordem geral ou neurológica.
Classificação
 Segundo o modo de instalação e evolução:
 Cefaléias explosivas: são as que surgem abruptamente, em
fração de segundo, atingindo a intensidade máxima
instantaneamente (ruptura de um aneurisma arterial
intracraniano ou de outras malfomações vasculares ou
orgástica)
 Cefaléias agudas: são as que atingem seu máximo em
minutos ou poucas horas.
 Cefaléias subagudas: instalação insidiosa, atingindo o ápice
em dias ou poucos meses (até três meses)
 Cefaléias crônicas: são as que persistem por meses ou anos e,
em geral, são primárias.
Bases Anatômicas
 Estruturas sensíveis à dor na extremidade cefálica:
 Todas as estruturas faciais superficiais ou profundas; couro cabeludo; o periósteo
craniano; os vasos sanguíneos extracranianos; as artérias do círculo de Willis e as porções
proximais extracerebrais de seus ramos; os grandes seios venosos intracranianos e suas
veias tributárias; a parte basal da dura máter; os nervos sensitivos.
Principais Tipos:
 Enxaqueca/Migrânea
 Cefaléia em salvas
 Cefaléia do tipo tensional
 Cefaléia Crônica Diária
Enxaqueca
Definição:
 Trata-se de uma reação neurovascular, anormal, num
organismo geneticamente vulnerável, que se exterioriza,
clinicamente, por episódios recorrentes de cefaléia e
manifestações associadas e que, geralmente, dependem
da presença de fatores desencadeantes.
 Dois fatores fundamentais da Enxaqueca: o endógeno e o
exógeno, e a conjugação de fatores endógenos (genéticos)
e exógenos (ambientais) é fundamental para a
deflagração da crise.
Enxaqueca
Epidemiologia:
 Tem início, geralmente, na infância, na adolescência
ou nos primórdios da idade adulta.
 É mais frequente no sexo feminino, na proporção de 3:1
 Estima-se que 12% da população sofra de enxaqueca.
Enxaqueca
 Fisiopatologia:
 Teoria Vascular:
 Vasoconstrição inicial  aura
 Vasodilatação posterior  cefaléia
 Observa-se que, quando um paciente com cefaléia recebe
vasodilatadores como nitrato, a cefaléia é intensificada,
enquanto que pacientes que recebem vasoconstritores como
agonistas da 5-HT têm sua cefaléia atenuada
Enxaqueca
 Teoria Depressão Alastrante (DA):
 onda de despolarização que se alastra pelo córtex cerebral,
movendo-se da região occipital em direção à frontal a uma
velocidade de cerca de 3mm/min.
 começa com uma breve onda de excitação, seguida por um
prolongado período de depressão neuronal e acompanhada de
uma hipoperfusão alastrante no mesmo território e profundas
alterações metabólicas e iônicas. Sugere-se que a aura migranosa
resulta desta DA que suprime a atividade neuronal à medida que
ela progride no córtex cerebral.
Enxaqueca
 Teoria Neurovascular:
 A Teoria Neurovascular propõe que tanto um “gerador de migrânea”
como a DA podem ativar axônios do nervo trigêmeo, os quais
antidromicamente promovem a chamada inflamação estéril
neurogênica perivascular em torno de vasos meníngeos associados aos
terminais axônicos (Sistema trigêmino-vascular)
 Quando ativado, o nervo trigêmeo também transmite impulsos
dolorosos para o núcleo caudal do trigêmeo (ação ortodrômica), que
libera impulsos para centros superiores do cérebro (reconhecimento da
dor). Os neuropeptídeos responsáveis pela inflamação neurogênica
também podem sensibilizar terminações nociceptivas, provendo um
mecanismo que sustenta a dor
 Nessa teoria, a vasodilatação não é a causa da dor migranosa, mas um
fenômeno associado, atribuível à ativação trigeminal
Enxaqueca
 Teoria Serotoninérgica:
 Durante as crises:


Pico inicial no nível de serotonina (5-HT) plasmática 
vasoconstrição  hipoperfusão  aura
Queda subseqüente no nível de serotonina plasmática 
vasodilatação  hiperperfusão  cefaléia
Enxaqueca
Fisiopatologia:
 Várias hipóteses
 A Hipótese Integrada
da patogênese da
migrânea é uma
tentativa de consolidar
várias teorias e explicar
diversas observações
relacionadas à dor
migranosa
Enxaqueca
Alteração genética de um canal
de cálcio cerebral específico
Ativação do sistema
Trigeminovascular
liberação de
substâncias
neurotransmissoras,
vasodilatadoras,
como o CGRP e a SP
Estado de hiperexcitabilidade que torna o
SNC mais susceptível a estímulos externos
(luminosos, alimentares) e internos
(estresse emocional)
Liberação de radicais
H+, K+
Aparecimento da
Depressão Alastrante (DA)
Aura
Condução
antidrômica
Cefaleia
Inflamação estéril
neurogênica perivascular
Condução
ortodrômica
trigeminal
Enxaqueca
 Formas Clínicas:
 Enxaqueca sem aura: é a mais freqüente e representa aproximadamente
80% das formas. Pode ser definida como dor de cabeça idiopática,
recorrente, manifestando-se por crises com duração de 4-72 horas. Do ponto
de vista clínico, a dor costuma apresentar localização unilateral, qualidade
pulsátil, intensidade moderada ou acentuada, sendo exacerbada pelas
atividades físicas de rotina e, habitualmente, fazem parte da crise náuseas
e/ou vômitos, foto e fonofobia.
 Enxaqueca com aura: é menos freqüente e representa aproximadamente 10
a 15%. É caracterizada pela presença de aura, que se exterioriza por
manifestações neurológicas reversíveis que, por sua vez, sinalizam
comprometimento do córtex cerebral ou do tronco encefálico. Foi
estabelecido o tempo mínimo de 4 mininutos para a duração da aura como
forma de diferenciá-la dos sintomas semelhantes observados durante um
ataque isquêmico transitório, que são habitualmente mais fugazes. A
duração habitual da aura é de 5 a 20 minutos, mas pode chegar até a 60
minutos.
Enxaqueca
 Quadro Clinico Típico:
 4 Fases:
Enxaqueca
 Pródromo:
 Precedem a crise propriamente dita em várias horas ou até por




período superior a vinte e quatro horas.
Distúrbios do humor (irritabilidade, ansiedade, euforia,
depressão)
Distúrbios do sono (bocejos freqüentes, sonolência, insônia)
Distúrbios intelectivos (embotamento mental, diminuição da
concentração, aumento da acuidade mental)
Distúrbios gastrointestinais (inapetência, bulimia, dispepsia,
obstipação)
Enxaqueca
 Aura:
 Sinais de disfunção neurológica focal
 Duração: 5-20min
 Pode preceder (minutos a horas) ou acompanhar a fase álgica
Alterações visuais mais comuns:
escotomas cintilantes (pontos
cegos e pontos de luminosidade)
e espectro de fortificação
(linhas em zigue-zague)
Enxaqueca
 Fase Álgica:
 Dor Pulsátil (mas pode também ser em pressão)
 Tipicamente unilateral, mas pode ser bilateral
 Intensidade moderada ou forte
 Fronto-temporal
 Duração: 4-72h
 Exacerbada por esforços físicos
 fotofobia (80% dos casos)
 fonofobia
 osmofobia
 fenômenos vasomotores
 sintomas gastrintestinais
Paciente interrompe
suas atividades
habituais
Enxaqueca
 Pósdromo:
 Fase de exaustão.
 Pacientes precisam de período de repouso
Enxaqueca
Diagnóstico
Enxaqueca
 Fatores Desencadeantes:
 Problemas emocionais (ansiedade ou depressão)
 Modificação do ciclo vigília-sono (excesso ou privação do sono)
 Ingestão de bebidas alcoólicas (particularmente de vinho tinto)
 Ingestão de determinados alimentos (chocolate, certos tipos de
queijos defumados)
 Jejum prolongado
 Exposição a odores fortes e penetrantes ou a estímulos
luminosos intensos
Enxaqueca
 Tratamento:
 -Medidas Gerais: afastar fatores predisponentes ou
desencadeantes
 Para casos leves:
 - Compressão das artérias temporais
 - Aplicação de gelo ou spray gelado na têmpora
 - Escalda-pés quente, mais toalha fria na cabeça
 - Banho de contraste (quente - frio)
 - Indução de sono não medicamentoso
Enxaqueca
 Tratamento:
 Crise aguda:
 - Análgesico não narcótico (AAS, Paracetamol)
 - Anti-inflamatório não esteroidal, mais antiemético
(Naproxen Sódico ou Ibuprofeno)
 - Derivados ergóticos (Agonistas não-seletivos da
serotonina, estimula a musculatura lisa vascular, causando
vasonconstrição de artérias e veias)
 - Isometepteno
 - Triptanos: Sumatriptan (Agonistas seletivos dos
receptores serotoninérgicos 5-HT1 vasoconstrição
preferencial dos vasos cerebrais e meníngeos).
Enxaqueca
 Tratamento:
 Profilático:
 - Bloqueadores dos canais de cálcio: Flunarizina 5-10 mg/d
 - Betabloqueadores: Propranolol 40-160 mg/dia ou Atenolol
(50-100 mg/dia)
 - Antidepressivos Tricíclico: Amitriptilina 50-150 mg/dia
 - Derivados do ergot: Maleato de Metisergida 3-6 mg/dia ou
Pizotifeno (2-4 mg/d)
Cefaléias em Salvas
Epidemiologia:
 Prevalência de 0,4 a 1%
 Homens são mais acometidos, proporção de 6:1
 Primeiros surtos costumam aparecer entre os 20 e 50 anos
de idade
Cefaléias em Salvas
 Forma Episódica: é caracterizada por surtos de dor que
desaparecem num prazo de 7 dias a um ano, separados
por períodos livres de dor superiores a 14 dias.
 Forma Crônica: as crises ocorrem por período superior
a um ano sem que haja remissões ou com remissões
menores que 14 dias.
Cefaléias em Salvas
Fisiopatologia:
2 Teorias:
 Teoria Central: Papel fundamental do hipotálamo, que possui a
função de modular as funções autonômicas e o ciclo circadiano.
Esse “relógio biológico” que explicaria a periodicidade das crises
de CS é modulado pela serotonina e, talvez, à semelhança com o
mecanismo das enxaquecas, possa ocorrer uma instabilidade na
função deste neurotransmissor.
 Teoria Periférica: Fluxo sangüíneo aumentado na vasculatura
extracraniana secundárias a descargas neuronais
operacionalizadas através do 5º nervo (sistema trigêminovascular). A dor, durante as crises, envolve liberação de
substâncias provocadoras de dor (bradicinina, galanina e
substância P, entre outras).
Cefaléias em Salvas
Quadro Clínico:








Início súbito, atingindo seu pico entre 2 e 15 minutos
Excruciante, explosiva e ocasionalmente de caráter latejante
Paroxismos de dor na região ocular de curtíssima duração (segundos)
O quadro álgico localiza-se no globo ocular ou ao seu redor
Crises são unilaterais
Duração das crises de 20 minutos a 180 minutos
O número de crises pode chegar a 8 por dia (média de 2/dia)
Nas formas crônicas, as crises deixam de ter caráter diário e acontecem
duas a três vezes na semana
 O quadro álgico costuma ser acompanhado de manisfestações
autonômicas unilaterais (lacrimejamento é mais frequente, além de
congestão ocular e nasal, rinorréia, sudorese, palidez na região frontal,
discreto edema palpebral)
Cefaléias em Salvas
 Crises podem ser desencadeadas pela ingestão de bebidas
alcoólicas, independentemente da quantidade ingerida.
 Ocorrem, geralmente, 5 a 45 minutos após a sua ingestão.
 Grande parte dos pacientes é grande consumidora de
álcool e fumo
Diagnóstico
Clínico
Cefaléias em Salvas
Tratamento:
 Sintomático (da crise):
 Inalação de oxigênio puro (5 a 7 litros/minuto durante 5 a
15minutos)
 Tartarato de Ergotamina (sublingual) ou com Diidroergotamina
injetável (não disponível no mercado brasileiro).
 Mais eficaz no combate à crise é o Sumatriptan (via subcutânea),
eficaz em 90% das vezes
 Profilático:
 Bloqueador de canal de cálcio (Verapamil – melhor ou Flunarizina
– resultados piores)
 Prednisona
 Maleato de Metisergida
 Valproato de Sódio
CEFALÉIA DO TIPO TENSIONAL
Epidemiologia:
 Mais frequente das cefaléias
 Prevalência de 88% das mulheres e 69% em homens
 Pico ocorre na 4ª década
 Dos pacientes com cefaléia tensional episódica: 35% têm de 1 a 7
crises anuais; 60% de 8 a 179 crises; e 3% mais de 180 crises por
ano.
 A cefaléia tensional crônica tem prevalência bem menor: 3% da
população com predomínio do sexo feminino (2:1)
CEFALÉIA DO TIPO TENSIONAL
Classificação:
 Cefaléia do Tipo Tensional Episódica: Definida como episódios
recorrentes de cefaléia. Não apresenta pródromos ou aura. A dor
é de caráter contínuo, não pulsátil, referida como pressão ou
aperto. Sua intensidade varia de um grau leve a moderado. Sua
localização é variável, envolvendo as regiões frontal, temporal
occipital e parietal, de modo isolado ou combinado
 Cefaléia do tipo tensional crônica: Os critérios para se firmar esse
tipo de diagnóstico exigem que os pacientes apresentem dor de
cabeça no mínimo durante 15 dias por mês e por um período que
varia, entre diferentes fontes, de 3 a 6 meses. Acredita-se que em
tais pacientes coexistam patologias da esfera psicoafetiva
(ansiedade ou depressão)
CEFALÉIA DO TIPO TENSIONAL
Quadro Clínico:
 Não latejante; em “peso”, “pressão”, “constrição”
 Intensidade fraca a moderada (não acorda o paciente;





o paciente não precisa parar seus afazeres)
Fronto-occipital ou têmporo-occipital
Bilateral em 90%
Duração prolongada: de 30 min a vários dias
Não piora com esforço físico ou movimento da cabeça
Geralmente no período vespertino ou noturno (após
um dia estressante)
CEFALÉIA DO TIPO TENSIONAL
 Fisiopatologia:
 Acreditava-se que a contração prolongada da musculatura
pericraniana, determinada por reação emocional ou pela própria dor
levaria a uma isquemia tecidual e à dor conseqüente.
 Intensas pesquisas na fisiopatogenia da Cefaléia Tensional nos
últimos anos,e alguns autores acreditam ter uma base comum entre a
enxaqueca e cefaléia tensional, pois ambas respondem a
antidepressivos tricíclicos.
CEFALÉIA DO TIPO TENSIONAL
 Fatores desencadeantes:
 Tensão emocional
 Situações que exigem contração muscular prolongada:



esforços visuais
dirigir veículos
outras situações de estresse
CEFALÉIA DO TIPO TENSIONAL
Tratamento:
 Crises:
 Relaxamento, Banho Quente, Diversão, Massagem, Ioga
 Analgésicos comuns (Paracetamol)
 AINES
 Benzodiazepínicos
 Profilático:
 Auxílio psicológico ou psiquiátrico
 Antidepressivos tricíclicos
 Mudanças nos hábitos de vida
 Técnicas de Relaxamento
Comparação entre Enxaqueca e
Cefaléia Tensional
Enxaqueca
CTTE
CTTC
Aura
Sim ou Não
Não
Não
Lateralidade
Uni ou Bilateral
Bilateral
Bilateral
Intensidade
Moderada/Grave Fraca/Moderada
Fraca/Moderada
Caráter
Pulsátil
Pressão
Pressão
Atividade Física
Piora
Pode Melhorar
Indiferente
Náusea/Vômito
Sim
Não
Não
Foto/Fonofobia
Sim
Não
Não
Duração
4-72 horas
30min – 7 dias
+15 dias/mês
Fator Desencadeante
Sim
Sim
Sim
História Familiar
Sim
Menos Frequente
Menos Frequente
Período Menstrual
Agrava
Não Agrava
Não Agrava
CEFALÉIA CRÔNICA DIÁRIA
 Dos pacientes que procuram tratamento médico para suas
dores de cabeça, cerca de 35 a 40% têm cefaléia com uma
freqüência quase que diária
 Pacientes que iniciam sua história de crises de enxaqueca,
com ou sem aura, ao redor dos 20 anos de idade, e que,
progressivamente, vão se tornando mais freqüentes.
 Padrão de cefaléia tipo tensional, de caráter diário ou quase
diário, associado a episódios de dor, com características e
comemorativos das enxaquecas.
CEFALÉIA CRÔNICA DIÁRIA
Fatores Predisponentes:
 Consumo abusivo de analgésicos (presente em cerca de





80% dos pacientes);
Alterações psicoafetivas (depressão e ansiedade);
Situações traumáticas da vida;
Hipertensão;
Reposição hormonal feminina;
Estresse
CEFALÉIA CRÔNICA DIÁRIA
Quadro Clínico:
 A qualidade da dor pode ser extremamente variável, mas, na
maioria das vezes, é constante, em pressão ou em aperto, mas
pode ser pulsátil.
 Algum tipo de sensação na região nucal pode ser concomitante,
como sensação de rigidez ou de tensão na musculatura da região
posterior do pescoço.
 Em relação à localização da dor, as topografias mais comuns são
bifrontal, occipitonucal, bitemporal, vértex e holocraniana.
 Uma minoria de pacientes pode vir a apresentar dor
exclusivamente unilateral, sem variação de lado
CEFALÉIA CRÔNICA DIÁRIA
 Quadro Clínico:
 Comumente, os pacientes referem algumas características
sensoriais típicas da migrânea, como fotofobia, fonofobia e
osmofobia;
 Assim como certas alterações gastrintestinais, como náuseas e
anorexia.
 Fenômenos oculares também são descritos.
 Sintomas psicológicos e manifestações psicossomáticas são
comumente encontrados (fadiga, dificuldade de concentração,
irritabilidade, depressão, ansiedade)
CEFALÉIA CRÔNICA DIÁRIA
 Fatores Agravantes
 Excesso ou falta de sono
 Alterações climáticas: temperatura e umidade do ar
 Certos alimentos como o chocolate e o álcool também são
referidos como agravantes da dor.
 Fatores Amenizadores
 Sono
 Atividades de lazer
 Silêncio
 Escuridão,
 Compressas frias
 Massagens
CEFALÉIA CRÔNICA DIÁRIA
Fisiopatologia:
 Alguns dados experimentais apontam para alterações em
estruturas centrais de excitação no tronco encefálico,
particularmente no sistema trigemino-vascular.
 3 aspectos fisiopatológicos principais para o desenvolvimento e
perpetuação da CCD e abuso de analgésicos:
 o papel do fator de crescimento do nervo (NGF)
 a sensibilização dos neurônios trigeminais
 e a modulação da dor no diencéfalo
 Foi demonstrado que o limiar à dor foi mais baixo em pacientes
que sofrem de CCD
 Foi observado depósito de ferro na substância cinzenta
periaquedutal
CEFALÉIA CRÔNICA DIÁRIA
 Tratamento:
 Parada imediata do uso de medicações analgésicas (nesta




fase, poderá ocorrer uma piora temporária na intensidade
de suas crises)
Antidepressivos Tricíclicos (preferência a Amitriptilina)
Betabloqueadores
Valproato de Sódio
Mesmas doses preconizadas para o tratamento das
enxaquecas.
Sinais de Alarme
 Início após os 50 anos
 Início súbito
 Características progressivas (intensidade, freqüência,







duração)
Caráter intenso e persistente
Matinal ou que acorda o indivíduo à noite
Recente em paciente com neoplasia ou HIV
Doença sistêmica (febre, rigidez de nuca, rash cutâneo)
Sinais neurológicos focais
Edema de papila
Resistente ao tratamento convencional
FIM
Obrigado
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Seminário apresentado pelo aluno João Victor Rosssi