PERFIL DOS PACIENTES E DESENVOLVIMENTO DE PROTOCOLO DE ACOMPANHAMENTO DE SÍNDROME DE DOWN NA APAE (Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais) - FORTALEZA Autores Instituição Maria Denise Fernandes Carvalho 2 Krishnamurti Carvalho 1,2,3,4 2 , Henrique Girão Martins , Ellaine Dóris Fernandes Carvalho 1 3,1,4 , 2 APAE-Fortaleza - Associação de Pais e AMigos dos Excepcionais (Av Rogaciano Leite 2001), UECE 3 Universidade Estadual do Ceará (Av Paranjana 4000), Unichristus - Unichristus (Rua João Alfredo Gurgel 4 122), Genpharma - Genpharma (Av Dom Luís 1233) Resumo OBJETIVOS Síndrome de Down (SD) constitui uma Cromossomopatia prevalente em nosso meio. Esta doença pode ser potencialmente fatal se não investigada e acompanhada desde o início da fase neonatal, podendo evoluir com complicações que ameaçam a qualidade de vida e sobrevida dos portadores. Existe, portanto, a necessidade do controle e diagnóstico precoce, além de manter um controle rigoroso nos primeiro anos de vida até a fase adulta desses pacientes. Torna-se necessário estabelecer uma metodologia rigorosa para o acompanhamento clínico desses pacientes por meio da investigação precisa e direcionada das principais anomalias presentes. Esse trabalho objetiva traçar o perfil dos portadores de SD atendidos na APAE-Fortaleza e consequentemente criar um protocolo de atendimento e acompanhamento específico para estes pacientes com base na literatura e realidade regional. MÉTODOS O estudo tem caráter analítico e está sendo realizado em forma de corte transversal pela análise de prontuários dos pacientes atendidos na Associação Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE) de Fortaleza-CE. Estão incluídos na pesquisa todos o pacientes portadores de Síndrome de Down, independente de sua etiologia morfogenética, com diagnóstico clínico estabelecido. Estão excluídos do estudo os pacientes que tenham associação da trissomia do cromossomo 21 com alguma outra cromossomopatia. RESULTADOS Há 90 pacientes no estudo cujos dados foram analisados por prontuários. No total 37 tinham diagnóstico confirmado por cariótipo (41,1%), mostrando que as principais alterações cromossômicas em nosso meio são trissmoia livre do 21 (35,6%), mosaicismo (3,3%) e translocação cromossômica (2,2%). Evidenciamos que a patologia mais prevalente nos portadores da Síndrome de Down são as cardiopatias, atingindo 48,9% dos analisados. A cardiopatia isolada mais prevalente foi a comunicação interatrial (CIA) presente em 17,7% dos pacientes, entretanto, quando associadas a outras malformações cardíacas, a prevalência da CIA atinge 35,55% dos pacientes, sendo a segunda cardiopatia isolada mais prevalente a persistência do canal arterial (PCA) encontrado em 5,6% dos analisados. Foi necessário cirurgia cardíaca em 21,1% desses pacientes. Evidenciamos insuficiência cardíaca em tratamento em 8,9% dos pacientes. A segunda comorbidade mais prevalente nesses pacientes é a infecção de vias aéreas superiores de repetição, prevalente em 45,6% dos pacientes, sendo que pelo menos 13,6% dos pacientes tiveram penumonia antes dos 3 anos. CONCLUSÃO Concluimos a análise do perfil dos pacientes com SD atendidos no maior centro de referência de acompanhamento desta Síndrome em Fortaleza. Estamos criando agora o protocolo de acompanhamento destes pacientes no Ambulatório de Genética Médica da APAE-Fortaleza. Palavras-chaves: Síndrome de Down, APAE-Fortaleza, Perfil pacientes, Protocolo de acompanhamento Agência de Fomento: