Comportamento & Saúde
Meditação pode ser benéfica
para a saúde das células
A meditação pode trazer benefícios não apenas para a saúde psicológica dos praticantes, mas também pode
afetar as pessoas em nível celular, segundo um estudo da Universidade da
Califórnia. Em testes com 60 pessoas,
os pesquisadores observaram uma associação entre as mudanças psicológicas ocorridas durante a meditação e uma
maior atividade de uma enzima importante para a saúde celular, chamada
telomerase.
De
acordo
com
os
especialistas, essa enzima age sobre os
telômeros - sequências de DNA no final
dos cromossomos, que encurtam a cada
vez que uma célula se divide. Quando
essas estruturas se reduzem demais, a
célula não se divide adequadamente e
morre - processo associado ao
envelhecimento humano. E o papel da
telomerase é justamente reduzir esse
processo.
Publicados na revista científica
Psychoneuroendocrinology, os resultados
indicaram que aqueles que participaram
de um retiro de três meses - quando
meditavam 6h por dia - apresentaram
maiores benefícios em vários aspectos
psicológicos, além de maiores níveis de
telomerase. De acordo com os autores,
a meditação foi associada à redução do
estresse e do neuroticismo - o que estaria
ligado à maior longevidade das células
de defesa do organismo, escreveu o
pesquisador Clifford Saron.
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Violência na TV e nos games
deixa os jovens insensíveis
Crianças e jovens expostos à violência em filmes e jogos eletrônicos podem
se tornar não apenas insensíveis, como
apresentar comportamentos agressivos,
segundo estudo publicado na Oxford
Journal of Social Cognitive and Affective
Neuroscience. De acordo com especialistas dos Institutos Nacionais de Saúde dos
EUA, isso demonstra a importância dos
pais estarem vigilantes em relação ao conteúdo na TV e através de outros meios.
Na pesquisa, 22 garotos com
idades entre 14 e 17 anos assistiram a
clipes de quatro segundos de cenas
violentas, separadas em três blocos de 20
clipes com níveis de violência muito leve,
leve ou moderado. E, após cada clipe, o
participante tinha de apertar um dos dois
botões disponíveis avaliando se o vídeo foi
menos ou mais violento que o anterior.
Avaliando a resposta cerebral os
cientistas notaram que os vídeos violentos,
ao longo do tempo, vão inibindo as reações
emocionais dos jovens a casos e filmes
similares, podendo deixá-los “insensíveis”
e afetar negativamente seu comportamento.
Além disso, os autores destacam
que as descobertas podem ser extrapoladas
para o dia a dia. “As implicações disso são
muitas, e incluem a ideia de que a
exposição contínua a vídeos violentos
deixarão um adolescente menos sensível
à violência, aceitando mais a violência, e
mais propenso a cometer atos agressivos,
pois o componente emocional associado
com a agressão é reduzido, e ele
normalmente age como um freio ao
comportamento agressivo”, concluíram.
Caminhada pode ajudar a
Maioria dos casos de dores nas
prevenir problemas de memória costas é causada pela má postura
Caminhar pelo menos 9 km por
semana pode ajudar a prevenir a perda
de
volume
cerebral
e,
consequentemente, a preservar a
memória dos efeitos do envelhecimento,
segundo recente estudo da
Universidade de Pittsburgh, nos
Estados Unidos. Avaliando 300 pessoas
idosas inicialmente livres de demência,
os pesquisadores notaram que aqueles
que andavam entre nove e 14 km por
semana apresentavam, após nove anos
de acompanhamento, maior volume
cerebral do que aqueles que não
caminhavam tanto.
As análises dos exames de
imagem do cérebro dos participantes
mostraram que aqueles que caminhavam
cerca de 72 quarteirões grandes (entre
nove e 14 km) por semana apresentavam,
nove anos depois, significativamente,
maiores volumes de “massa cinzenta” em
diversas regiões do cérebro, incluindo nas
áreas frontal e occipital, no córtex
entorinal e, principalmente, no hipocampo
- área intimamente associada à memória.
Entretanto, caminhar mais do que 15 km
por semana pareceu não ter benefícios
adicionais na prevenção de problemas
cognitivos.
“O tamanho do cérebro diminui
na vida adulta tardia, o que pode causar
problemas de memória”, escreveu o
pesquisador Kirk Erickson em artigo
publicado neste mês na revista científica
Neurology. “Nossos resultados deveriam
encorajar testes bem desenhados de
exercícios físicos em adultos mais velhos
como uma abordagem promissora para
prevenir demência e doença de
Alzheimer”, completou o especialista.
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A grande maioria das queixas
de dores nas costas é funcional, ou
seja, relacionadas aos vícios de posturas, e falta de ergonomia no trabalho e no cotidiano, segundo especialistas do Grupo Medicina da Coluna.
“Não podemos responsabilizar um único ato ou hábito como os principais
vilões para as dores, geralmente há
uma somatória de causas que culminam com as dores crônicas ou mesmo as crises de agudização”, destacam os especialistas em nota.
Obesidade, sedentarismo e o
hábito de fumar, aliados à falta de
ergonomia no trabalho e em
atividades de vida diária, são
apontados como fatores que
aumentam as chances de uma
pessoa sofrer dor nas costas.
De
acordo
com
os
profissionais, aqueles que têm uma
vida ativa fisicamente, peso adequado
e postura correta no trabalho correm
menos risco de desenvolver essas
dores, e caso isso ocorra, vai chamar
muito mais a atenção do especialista
para que este recorra a exames
subsidiários com intuito de afastar
causas mais graves.
“A má postura é a grande vilã
das dores nas costas. Muitas vezes
achamos que estamos confortáveis,
mas, na verdade, essa sensação não
garante que a coluna esteja
‘protegida’. É preciso prestar atenção
na maneira como sentamos e como
nos postamos nas atividades em que
ficamos muito tempo na mesma
posição ou em atividades repetitivas.”
explica o ortopedista Jefferson
Galves.
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