Análise de Decisão Aplicada a Gerência Empresarial – UVA Conceitos Básicos Bibliografia: ALMEIDA, Adiel – Cap I Prof. Felipe Figueira www.felipefigueira.com [email protected] 1 2 Definição de decisão • de ( em latim parar, extrair, interromper). • caedere (cindir, cortar). • Tomada ao pé da letra a palavra decisão significa “parar de cortar” ou deixar fluir”. • Uma decisão precisa ser tomada sempre que estamos diante de um problema que possui mais que uma alternativa para a sua solução. Concentrar-se no problema certo possibilita direcionar corretamente todo o processo. 3 O que é uma decisão? • O problema analítico está em definir o melhor e o possível em um processo de decisão (Romero, 1996). • As decisões podem ser simples ou complexas, específicas ou estratégicas. • As consequências advindas das decisões podem apresentar-se: imediatas, de curto prazo, longo prazo ou de combinação das formas anteriores (impacto multidimensional). 4 Tomada de decisão • Segundo Milan Zeleny (1994), a tomada de decisão é um esforço para tentar resolver problemas de objetivos conflitantes, cuja presença impede a existência da solução ótima e conduz à procura do “melhor compromisso”. • Para Hammond, Kenney e Raiffa (1999), os objetivos ajudam a determinar quais informações devem ser obtidas, permitem justificar decisões perante os outros, estabelecem a importância da escolha e permitem estabelecer o tempo e o esforço necessários para cumprir a tarefa. 5 Decidir é posicionar-se em relação ao futuro! Também: • O processo de colher informações, atribuir importância a elas, posteriormente buscar possíveis alternativas de solução e, depois, fazer a escolha entre alternativas; • Dar solução, deliberar, tomar decisão. • É escolher uma alternativa em um conjunto de alternativas possíveis sob a influência de pelo menos dois parâmetros. • Para decidir, o ser humano usa parâmetros qualitativos e quantitativos. 6 Decisões e o mundo atual • No mundo globalizado tentamos tomar decisões mais rápidas, corretas e abrangentes. As decisões, normalmente buscarão minimizar perdas, maximizar ganhos e criar uma situação em que comparativamente o decisor julgue que houve elevação (houve ganho) entre o estado de natureza em que se encontrava e o estado em que ele irá encontrar-se após a decisão tomada. • Os cenários são alternativas passíveis de materialização. 7 Atores da decisão • Decisor(es): influencia(m) no processo de decisão de acordo com o juízo de valor(es) e/ou relações que se estabeleceram. Essas relações devem possuir caráter dinâmico, pois poderão ser modificadas durante o processos de decisão devido ao enriquecimento de informações e/ou interferência de facilitadores. É quem ratifica e assume consequências. 8 Atores da decisão • Facilitador(es): é (são) um (dos) líder(es) experiente(s) que deve(m) focalizar a(s) sua(s) atenção(ões) na resolução do(s) problema(s) coordenando os pontos de vista do(s) decisor(es), mantendo o(s) decisor(es) motivado(s) e destacando o aprendizado no processo de decisão. Deve manter uma postura neutra. 9 Atores da decisão • Analista(s): é (são) o(s) que faz(em) a análise, aulixia(m) o(s) facilitador(es) e o(s)decisor(es) na estruturação do(s) problema(s) e identificação dos fatores do meio ambiente que influenciam na evolução, solução e configurações do problema. Ajudam os outros a visualizá-lo. 10 Influência da cultura no apoio a decisão e aspectos fundamentais • Transmitida: herança ou tradição social. • Aprendida: pois não é manifestação genética do homem. • Compartilhada: é um fenômeno social. 11 Níveis da cultura • Ideológico: totalidade de significados, valores e normas que possuem os indivíduos e grupos. • Comportamental: totalidade das ações significativas. • Material: objetos ou veículos materiais através dos quais se exterioriza o nível ideológico. 12 Cultura e decisões • A cultura faz parte do modo de ser, agir e expressar-se dos indivíduos e grupos humanos. • A cultura influencia o ser humano e vice-versa. Como isso afeta as decisões? • O decisor fará suas atribuições de pesos para critérios influenciado por seus valores pessoais, que determinarão suas preferências. • Um modelo é uma representação da realidade, vista por meio dos recursos (cultura) do analista e/ou decisor. 13 Sistema • Conjunto de elementos (partes ou subsistemas), que interagem, trocando informações e controles que se destina a uma finalidade específica. • Engenharia de sistemas (ES) tem como propósito planejamento, desenvolvimento, construção, modificação e avaliação de um sistema. 14 Enfoque sistêmico • Identificar a definição, missão e/ou finalidade de um sistema. • Entender como elementos do sistema interagem e influenciam-se para realização dos seus objetivos. • Utilizar modelo(s) para auxiliar(em) a identificação do(s) problema(s) específico(s). 15 Problema • Para o correto entendimento de um problema, é necessário decompô-lo em partes que facilitem a definição de passos necessários para a solução. • Problema: - todo resultado considerado indesejado; - algo que está errado e deve ser corrigido. 16 Crenças e Experiências • Uma crença prova apenas a existência do “fenômeno da crença”, mas de forma alguma a realidade de seu conteúdo (Carl Gustav Jung). • A experiência não é, em absoluto, o único campo ao qual nossa compreensão pode ficar confinada: a experiência nos diz o que é, mas não que deva ser necessariamente o que é e não o contrário. Ela nunca nos dá portanto, quaisquer verdades realmente gerais. E nossa razão, que está particularmente ansiosa por esta classe de conhecimento, é provocada por ela, e não satisfeita. As verdades gerais, que ao mesmo tempo trazem o caráter de uma necessidade interior, devem ser independentes da experiência –claras e certas por si mesmas” –Kant. 17 Para construir um sistema • Qual é o problema? (O que mudar?) • O que se pretende obter? (especificar os objetivos) • O que deve fazer o sistema? • Qual o grau de perfeição a ser atingido? • Onde terá lugar o estudo? • Quem ou o que será afetado? 18 Para o desenvolvimento de um sistema • Problema – definição e identificação da situação problemática. • Objetivos – propósito ou finalidade do sistema. • Âmbito – profundidade necessária. • Grupos – pessoas envolvidas. • Incertezas, imprecisões e informações dúbias (sistema não determinístico). • Duração – cronograma de trabalho, prazos e metas, horizonte de tempo (tempo é um insumo em restrição). • Listagem de alternativas – construção de cenários, construção da solução e montagem do plano de implementação. 19 Os elementos do sistema • Meio ambiente – variáveis independentes. Está fora do controle do sistema, condiciona seu funcionamento e é constituído por fatores externos e outros sistemas. • Entradas ou insumos (recursos) – variáveis dependentes. São as informações, capital, recursos, inputs, mão-de-obra, energia, matéria-prima, etc. • Saídas (resultados ou produtos) – variáveis resultantes, output. Buscam atender ao propósito, constituídas de respostas desejadas (que devem ser maximizadas) e por respostas indesejadas, que devem ser minimizadas. • Processos, subsistemas e modelos, que são o que agregam valor – processos são o núcleo do sistema, pois transformam entrada em saída. Seu estado final é determinado pelo estágio inicial. • Controle e realimentação – feedback. Permitem melhorar o rendimento e quantificar os resultados, bem como manter-se informado sobre o desempenho. 20 Modelo • Modelo é uma representação da realidade, projetada para algum propósito definido. • Todo modelo para ser utilizado deve ser validado. • Os modelos permitem a representação, entendimento, análise e quantificação da realidade. • Modelos são representações simplificadas (assunções) da realidade. • A avaliação do modelo deve ser feita nos termos e nos aspectos do estudo a ser realizado, pois só é válido para a finalidade a que foi criado! • A qualidade do modelo sofre influências pelo tempo disponível para confecção, pelo pessoal envolvido e pelos recursos materiais. 21 Classificação dos Modelos • Quanto a propriedade: - icônicos – imagens do sistema (mapas). - analógicos – empregam um conjunto de propriedades para empregar outro. Ex. tensão em uma balança representa o peso de um objeto. - simbólicos – fórmulas matemáticas. • Quanto ao uso: - prescritivos, o decisor decide se aceita ou não. - construtivos, construção do modelo de forma interativa e coerente com os objetivos e valores do decisor. - descritivos, apenas descrição do mundo como ele é, sem preconceitos. - normativos, visão do mundo por meio de processos idealizados, defendendo o uso de fórmulas. • Quanto a natureza: - concretos: físicos e geométricos - abstratos: matemáticos, lógicos e esquemáticos. 22 Eficácia do sistema Desempenho Emprego Aprestamento EFICÁCIA 23 Eficácia • Emprego é o uso adequado dos meios disponíveis. • Desempenho é a medida em que o sistema é capaz de fazer se estiver em perfeito estado de funcionamento (teste de verificação). • Aprestamento divide-se em: - disponibilidade - pronto quando preciso, é a probabilidade de se estar pronto para operar quando necessário. - confiabilidade - manter-se funcionando. Probabilidade de operar corretamente, por tempo determinado. 24 Quantificação • Lorde Kelvin diz que é preciso medir aquilo sobre o qual está se falando e expressá-lo em números. Quando não se pode fazê-lo, o conhecimento não passa de superficial e ainda não chegou ao estágio da ciência. • Doutrina é o conjunto de princípios que servem de base a um sistema; opinião de autores; ensinamentos. • Dogma é o ponto fundamental indiscutível de uma doutrina. 25 A persistência é o caminho do êxito.