Enzima anticoagulante e trombolítica Nos últimos 25 anos houve maior interesse nas pesquisas de métodos para tratamento da trombose venosa, devido ao aumento de sua freqüência. O aumento da incidência de trombose se deve em parte ao maior número de pessoas idosas na população, à sobrevida mais longa de pacientes enfermos e ao aumento da complexidade dos procedimentos clínicos e cirúrgicos. A indústria farmacêutica está em busca de uma substância trombolítica ideal; tal substância deverá ter melhor relação custo-risco-benefício quando comparada às drogas de que dispomos atualmente. Com o objetivo de aprimorar a prevenção e o tratamento da trombose venosa, foi desenvolvido um método de purificação e utilização de uma enzima com ação anticoagulante e trombolítica obtida a partir da peçonha da serpente brasileira Bothrops moojeni. Denominada BthTI, esta enzima reduz a viscosidade do sangue por depletar o estoque de fibrinogênio plasmático e pode ser utilizada por pacientes com desordens trombóticas como rejeição de órgãos transplantados, doenças vasculares, infarto do miocárdio e derrame cerebral. O procedimento cromatográfico de isolamento da BthTI é muito simples, rápido, eficaz e de baixo custo. • Possui efeito trombolítico. • O sangue permanece incoagulável mesmo após 24 horas • Não é inativada e não induz a agregação plaquetária no sangue. • O procedimento de purificação e isolamento utiliza apenas dois estágios cromatográficos. • Estável por anos quando liofilizada e por 40 dias em solução. • Possibilita a prevenção e o tratamento eficaz de distúrbios de coagulação • Baixo custo de produção. • Produto com alta estabilidade (vida de prateleira prolongada). • Não apresenta efeitos colaterais indesejados na dose necessária. A incidência anual de trombose venosa tem sido relatada na ordem de 1,5% a 13,2%. Em torno de 30% dos casos de trombose relacionam-se com a imobilização, cirurgia ou trauma, enquanto outros 30% ocorrem com o uso de contraceptivos orais, gravidez ou período pós-parto (Fonte: Revista Brasileira de Hematologia e Hemoterapia). A incidência de trombose ocorre mais frequentemente em cirurgias gerais (25%), transplantes ou próteses (50 a 60%), infarto do miocárdio (24%), e acidente vascular cerebral (42%) (Fonte: Revista da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo). Somente em 2002, foram realizadas 83 mil cirurgias cardíacas, 60 mil cirurgias oncológicas, 92,9 mil cirurgias de varizes e 23,4 mil transplantes de órgãos pelo SUS (Fonte: site do Ministério da Saúde). Estes dados demonstram que há um grande mercado para fármacos para desordens trombóticas, e a tecnologia em questão tem grande potencial de inserção neste. A invenção, cujo pedido de patente foi depositado, está disponível para licenciamento para empresa interessada em finalizar o desenvolvimento, produzir e comercializar o fármaco. Com a transferência, espera-se agregar valor para a empresa com um produto de alta eficiência e que atende a um mercado expressivo. Co-titularidade: Universidade Federal de Uberlândia Título da Patente: Processo de purificação e uso da enzima anticoagulante e trombolítica BthTI proveniente da peçonha da serpente Bothrops moojeni. (Nº: PI-0406273-6) Elimar Pires Vasconcellos [email protected] Telefone: (31) 3284-1007