Cegueira acarreta custos sociais e econômicos
A cegueira tem profundas consequências humanas e sócio-econômicas. Os custos de perda
de produtividade, da reabilitação e da educação dos cegos constituem um fardo econômico
significativo para o indivíduo, a família e a sociedade. Os efeitos econômicos da deficiência
visual pode ser divididos em custos diretos e indiretos. Os custos diretos são aqueles do
tratamento das doenças oculares, incluindo as proporções relevantes de custos de serviços
médicos, produtos farmacêuticos, pesquisa e administração. Os custos indiretos incluem a
perda de ganhos de pessoas com deficiência visual e seus cuidadores e os custos para
recursos visuais, equipamentos, modificações nas casas, reabilitação, perda de receita fiscal,
dor, sofrimento e morte prematura que pode resultar do problema visual.
A pobreza conduz à perpetuação de problemas de saúde, incluindo a saúde ocular. Além
disso, impõe barreiras ao acesso aos cuidados. Em seu Relatório de Desenvolvimento
Mundial de 1993, o Banco Mundial introduziu o conceito de “Deficiência Ajustada aos Anos
de Vida"(DALY).
O indicador QALY (quality-ajusted life years) é um indicador mais amplo e de medida mais
complexa que o DALY, pois incorpora o conceito de qualidade de vida além da incapacidade
física. Para cada ano de perfeita saúde é estabelecido o valor 1.0 (um). O valor 0.0 (zero) é
atribuído à morte. Para a vida com cegueira é usualmente dado o valor de 0,4, ou seja,
perda de 0.6 ponto.
Os custos globais diretos com a cegueira são estimados em 25 bilhões de dólares. Este total
é, no mínimo, dobrado quando levamos em conta os custos indiretos. A previsão é que o
número atual de cegos no planeta alcance 76 milhões em 2020. Todavia, uma intensa
conjugação de esforços e a injeção de recursos adicionais podem desacelerar este
crescimento, de modo que cheguemos a 2020 com 24 milhões de cegos, evitando, ainda,
que a cegueira inutilize 429 mil pessoas/ano.
1
Download

Cegueira acarreta custos sociai