Deficiência Visual e Atendimento Educacional Especializado Experiência de Vida... Definição de Deficiência Visual A deficiência visual refere-se a uma situação irreversível de diminuição da resposta visual, em virtude de causas congênitas ou hereditárias, mesmo após tratamento clínico e/ou cirúrgico e uso de óculos convencionais. Classificação Podemos classificáclassificá-la em dois grupos: Cegueira: é a perda total da visão ou resíduo Cegueira: mínimo de visão, e que, no entanto leva o educando a utilizarutilizar-se do Código do sistema Braille para ler e escrever além de outros recursos didáticos e equipamentos especiais para a sua educação. Baixa visão: visão: é uma deficiência que requer a utilização de estratégias e de recursos específicos, sendo muito importante compreender as implicações pedagógicas dessa condição visual e usar os recursos de acessibilidades adequados no sentido de favorecer uma melhor qualidade de ensino na escola. Quanto mais cedo for diagnosticada, melhores serão as oportunidades de desenvolvimento e de providências médicas, educacionais e sociais de suporte para a realização de atividades cotidianas. A cegueira se divide em: Cegueira congênita:: é a ausência da visão manifestada durante os primeiros anos de vida. Cegueira adventícia: a perda da visão de forma imprevista ou repentina. É ocasionada por causas orgânicas ou acidentais. RECURSOS DE ACESSIBILIDADE PARA OS ALUNOS COM BAIXA VISÃO Auxílios ópticos Quatro lupas de apoio e de mão e um telescópio Lembrete: Nem todo aluno com baixa visão necessita de recursos ópticos, segundo orientação oftalmológica. Auxílios Não Ópticos •Iluminação natural do ambiente; •Uso de lâmpada incandescente e ou fluorescente no teto; •Contraste nas cores,por exemplo: branco e preto,preto e amarelo; •Visores, bonés, oclusores laterais; •Folhas com pautas escuras e com maior espaço entre as linhas; •Livros com texto ampliado; •Canetas com ponta porosa preta ou azul-escura; •Lápis (6b) com grafite mais forte; • Colas em relevos coloridas ou outro tipo de material para marcar objetos ou palavras; • Prancheta inclinada para leitura; •Tiposcópio: dispositivo para isolar a palavra ou sentença; •Circuito fechado de televisão (CCTV): consiste em um sistema de câmera de televisão acoplado a um monitor que tem por finalidade ampliar o texto focalizado pela câmera; •Lupa eletrônica: recurso usado para ampliação de textos e imagens. RECURSOS DE ACESSIBILIDADE PARA OS ALUNOS CEGOS Prancheta de plástico com uma reglete de metal e um punção azul. Máquina de escrever em Braille mecânica na cor cinza O Processo de Aprendizagem do aluno com deficiência visual Por ser a deficiência visual uma limitação sensorial, ela pode manifestar efeitos sobre o desenvolvimento da criança, quando esta não for atendida em suas especificidades. O atendimento às suas necessidades educacionais especiais inclui variedade de experiências, formação de conceitos, orientação e mobilidade, interação com o ambiente e acesso a informações impressas em braille, em caracteres ampliados e outros. Os processos de construção do conhecimento pela criança cega são semelhantes aos das crianças videntes. Porém, os profissionais que atuam nessa área devem proporcionar experiências que desenvolvam habilidades aprendidas naturalmente pelas pessoas videntes. Existem, portanto, atividades que precisam ser deliberadamente ensinadas para as crianças cegas para que possam estabelecer relações com o meio e perceber formas, tamanho, distância, posição e localização de objetos. ATENDIMENTO EDUCACIONAL ESPECIALIZADO PARA DEFICIENTES VISUAIS O atendimento educacional especializado, em sala de recursos multifuncionais para alunos com deficiência visual, deverá possibilitar o desenvolvimento das atividades mais simples de interação com o mundo, a realização do processo de alfabetização pelo Sistema Braille ou a utilização de caracteres ampliados ou recursos específicos conforme a necessidade dos alunos com baixa visão. As salas de recursos são espaços onde professores operacionalizam as complementações curriculares específicas necessárias à educação dos alunos com deficiência visual, realizando o atendimento educacional especializado e a confecção de materiais adaptados. Também, deverá possibilitar atendimento nas áreas específicas de orientação e mobilidade, atividades da vida prática, escrita cursiva, sorobã, acesso às tecnologias de informação e outros. QUAL É A FUNÇÃO DO PROFESSOR DA SALA RECURSO? O professor da sala recurso tem a dupla função de prestar atendimento direto ao aluno e indireto através de orientação e assistência aos professores da classe comum, as famílias dos alunos e aos demais profissionais que atuam na escola. • Realizar adaptação de gráficos, mapas, tabelas e outros materiais didáticos para uso de alunos cegos cegos;; • Transcrição de materiais, braille/tinta, tinta/braille, e gravação de textos em áudio;; áudio • Incentivar a utilização de recursos ópticos, (lupas manuais e eletrônicas) e não ópticos, (cadernos de pauta ampliada, iluminação, lápis e canetas adequadas); • Adaptar material em caracteres ampliados para uso de alunos com baixa visão, além de disponibilizar outros materiais didáticos; • Desenvolver técnicas e vivências de orientação e mobilidade e atividades da vida prática para autonomia e independência; • Desenvolver o ensino para o uso do sorobã; • Promover adequações necessárias para o uso de tecnologias de informação e comunicação. O QUE O ALUNO APRENDE NA SALA RECURSO? Sistema Braille; Uso do Sorobã; Ensino de Orientação e Mobilidade; Atividade de vida prática; Uso de recursos tecnológicos adaptados; CAP-CENTRO DE APOIO CAPPEDAGÓGICO ÀS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA VISUAL E PROFESSOR DE SALA RECURSO CENTRO DE APOIO PEDAGÓGICO PARA DEFICIENTES VISUAIS TRÊS CORAÇÕES - MG Núcleos: • Formação • Produção • Convivência • Tecnologia “ACESSIBILIDADE: UM DIREITO DE TODO CIDADÃO!” Acessibilidade: Condição para utilização, com segurança e autonomia, total ou assistida, dos espaços, mobiliários e equipamentos urbanos, das edificações, dos serviços de transporte e dos dispositivos, sistemas e meios de comunicação e informação, por pessoa com deficiência ou mobilidade reduzida. Exemplos de Acessibilidade Barreiras Qualquer entrave ou obstáculo que limite ou impeça o acesso, a liberdade de movimento, a circulação com segurança e a possibilidade das pessoas se comunicarem ou terem acesso à informação. Vias públicas Bueiros destampados Edificações Elevadores com Porta estreita e sem sinalização em Braille Transportes Ônibus não adaptados Comunicações e informações Telefones Públicos não adaptados Semáforo Sonoro CRENÇAS, MITOS E CRENÇ CONCEPÇ CONCEP ÇÕES ACERCA DA CEGUEIRA Para Refletir “A ignorância popular põepõe-me com os nervos em franja. [… […] Os outros fazemfazem-me sentir mais cega do que eu já já sou sou””. [Sandra Estevão]. A imagem socialmente construída acerca da falta da visão é a de que pessoas com cegueira vivem nas trevas, imersas em uma espécie de noite eterna. Geralmente, a cegueira é associada à ideia de escuro e da mais absoluta falta de luz. Há pessoas que utilizam eufemismos com a intenção de evitar ou suavizar as palavras cego e cegueira. Todos os cegos são iguais? Certa vez, em uma parada de ônibus, um transeunte perguntou ao rapaz negro, acompanhado de sua colega branca, se eles eram irmãos só por que ambos eram cegos. Outra idéia circulante é a de que todas as pessoas com cegueira se conhecem, são amigas ou que seus cônjuges, namorados, pais e filhos também são pessoas com cegueira. Isso porque essas pessoas são vistas como se fossem uma grande família, irmandade ou congregação, casta ou clã, uma espécie rara que vive em bando. Fale diretamente com o cego... Não grite com o cego... Sentidos mais aguçados? Sexto sentido e poderes extra sensoriais... Nota-se, também, a atribuição de um sexto sentido e de poderes extra sensoriais, que tornam estas pessoas mais especiais do que as outras. Desde a Antiguidade, prevalece o mito de que as pessoas com cegueira possuem dons inatos e talentos naturais para a música. Para o senso comum, os cegos são capazes de identificar e reconhecer o tom de voz de uma pessoa, ainda que não tenha contato freqüente com ela, ou mesmo quando se encontram em ambientes superlotados e ruidosos. O mais surpreendente é o fato de acreditar que a modulação da voz é suficiente para se perceber as oscilações do estado emocional ou adivinhar feições e traços físicos de alguém. As pessoas com cegueira tem memória extraordinária... Reconhecimento de cores... Outra idéia errônea é de que alguns cegos são hábeis em reconhecer as cores pelo tato, quando o que está em jogo talvez seja o uso eficiente do resíduo visual que possibilita o vislumbre de tons e matizes contrastantes. Pode ser simplesmente a experiência de recorrer a pistas como, textura, modelo e outros esquemas de referências usados para o reconhecimento de objetos, peças, roupas e artefatos com os quais tem familiaridade. Identificação do dinheiro... O reconhecimento do dinheiro pelo tato também é um mito,porque apenas as moedas podem ser identificadas pelo formato ou diferença de tamanho. Muitas pessoas ficam admiradas quando vêem um cego tirar do bolso ou da carteira as notas de diferentes valores para dar o troco ou efetuar um pagamento. Neste caso, não se trata de clarividência ou refinamento do tato. Trata-se de um arranjo do dinheiro de acordo com critérios e códigos pessoais de ordem e organização. Familiaridade do percurso do ônibus... Como o cego se locomove? A crença de que os cegos contam os passos para o deslocamento de um determinado ponto a outro é um equívoco porque este expediente é inviável em decorrência da energia e do esforço despendido, além dos eventuais atropelos e distrações presentes no trajeto. Como se dirigir ao cego... O uso de termos pejorativos como “ceguinho”, o emprego dos verbos sentir, ouvir ou escutar em substituição ao verbo ver e a infantilização ao empregar as palavras no diminutivo quando se dirigem a elas. CONCEPÇÕES DOS CONCEPÇ EDUCADORES ...“Parecia-me impossível uma pessoa cega conseguir se virar sozinha em diferentes ambientes e que era triste viver no”escuro” o tempo todo; ...” Tinha medo dos cegos e pensava que todos eram sujos”; “...Os cegos não podiam ser independentes das pessoas normais, teriam muitas dificuldades para aprender a ler e escrever mesmo em Braille e não podiam associar o concreto com o lúdico por não conhecer o mundo visual;” ...”Não tinham condições de se locomover sozinhos, não podiam trabalhar, divertir-se, viajar ou viver normalmente como alguém que tem uma visão perfeita;” ...”Precisam de Deus em suas vidas por estarem sempre deprimidas e tristes;” ...”Tinham muitos limites não sendo capazes de ter uma vida ativa Precisam de Deus em suas vidas por estarem sempre deprimidas e tristes; que possuíam um dom o qual não era desenvolvido em todos;” ...”A pessoa cega era impossibilitada de brincar, correr, andar sozinha por ruas movimentadas, trabalhar, jogar futebol, ter uma vida independente”; ...”Eram pessoas diferentes que necessitavam da ajuda de seus familiares, cuja única alternativa de tratamento seria ir ao oftalmologista;” ...”Pessoas extremamente dependentes para comer, caminhar, fazer compras e viver, com capacidade para exercer apenas algumas funções;” ...”Sentia piedade e uma grande vontade de ajudá-la e fazer as coisas por ela;” ...”A criança com cegueira não deveria estar em sala de aula com crianças normais;” ...”Sentia pena e pensava que suas vidas eram muito difíceis;” ...”Acreditava que executar o trabalho em sala de aula regular com esse aluno era uma missão impossível;” ...”Pensava que uma criança com cegueira simplesmente não avançava em sua aprendizagem;” ...”Imaginava que para elas a vida não tinha mais sentido, que eram pessoas tristes, amargas e muito dependentes;” ...”O cego dificilmente poderia exercer uma ; profissão e concluir uma faculdade;” ...”Não deveriam freqüentar a escola ou permanecer nela, pois,em função da cegueira, não teriam condições de exercer uma profissão e todo esforço nesse sentido seria um sacrifício inútil;” ...”O aluno cego deveria ser alfabetizado em escolas especializadas e ali receber o ensino,não poderia estudar na sala comum, devido aos conteúdos escolares privilegiarem a visualização em todas as áreas do conhecimento; “ ...”Acreditava que cegos possuíam os sentidos do tato e audição mais acentuados de forma a compensar a falta de visão. Considerava-os limitados e incapazes de aprender até mesmo o básico;” ...”Não imaginava como as pessoas cegas tinham a idéia de cor e sempre achei que seria uma ironia usar palavras ou verbos como “Você viu”? ...”Achava que tinha que carregar as ; pessoas cegas;” ...”Julgava que os sentidos deles eram muito aflorados, permitindo assim uma supersensibilidade;” ...”Supunha que apresentavam dificuldades de aprendizagem, déficit intelectual e incapacidade de executar qualquer tipo de trabalho;” ...”Para mim, a falta da visão afetava o cérebro, comprometia a inteligência e os cegos deveriam ser tratados como coitadinhos;” ...”Acreditava que os cegos não conseguiam aprender pelo fato de não associarem o nome ao objeto;” ...”Imaginava que o suporte para a educação do aluno cego se limitaria ao Braille e a atividades que estimulem o tato e a audição.” Orientações aos professores: LÍNGUA PORTUGUESA O aluno com deficiência visual, com antecedência, deverá receber escrito em Braille, o vocabulário que irá ser dado na aula; Os vocábulos apresentados em classe deverão ser soletrados; O aluno deverá ser incentivado a soletrar as palavras, cujas grafias sejam significativamente mais difíceis; Os desenhos, esquemas, as figuras, gravuras e demais imagens (inclusive as mostradas em vídeo) deverão ser apresentadas antecipadamente ao aluno, devendo, ainda, serem descritos em português; A áudioáudio-descrição deverá ser acompanhada da exploração tátil, da figura ou do desenho, sempre que isso for possível; As anotações de sala, feitas pelo aluno deverão ser revistas/corrigidas diariamente, para evitar os “erros” de ortografia decorrentes da diferença entre a pronúncia da língua portuguesa ou estrangeira e sua grafia; A matéria escrita no quadro deverá ser fornecida ao aluno, preferivelmente em Braille, antes da aula, ou depois dela, em situações excepcionais; O professor deverá oferecer momentos educacionais suplementares ao aluno com deficiência, em horário que não o retire da sala de aula. As aulas ou momentos suplementares com o aluno com deficiência são importantes para preparação das aulas e exploração do material a ser usado pelo professor e demais alunos. No entanto, esses momentos suplementares não podem retirar o aluno do momento pedagógico da classe; O Professor de Português ou de língua estrangeira deve lembrarlembrar-se de que em situação de teste as perguntas que impliquem recorrer aos textos para ilustrar as respostas devem ser comedidas, pois isto requer do aluno com deficiência muito tempo, o que os pode pôr em desvantagem. HISTÓRIA E GEOGRAFIA Os mapas, gráficos e esquemas em testes de História, Geografia e outras disciplinas devem ser oferecidos em relevo e acompanhados de perguntas as quais, sozinhas, possam ser respondidas sem o auxílio da visão; Os textos mais curtos e diretos são mais acessíveis e podem ser apresentados escritos em Braille ou oralmente; É preferível apresentar dois ou mais textos menores, sobre o assunto do qual se estiver ensinando, a fazer uso de um texto longo e/ou cheio de figuras (sem áudioáudiodescrição ou em relevo), ainda que ele tenha vindo no livro adotado; Por vezes, perguntas e testes terão de ser adaptados. O aluno se beneficiará de perguntas que permitam a oferta de resposta direta e não requeira recurso de produção de mapas, tabelas, gráficos e demais figuras em relevo, uma vez que tais produções exigem maior tempo e prática (nem sempre disponíveis ao aluno, em momento de avaliação, teste ou similares); Dever--seDever se-á tirar uma ou mais perguntas ou dar mais tempo, para o aluno poder fazer o teste. As perguntas tiradas podem ser feitas durante as aulas. Não se trata de fazer testes mais fáceis ou com menor qualidade, porém, contemplar a necessidade educacional do aluno com deficiência ou com dificuldade de aprendizagem. CIÊNCIAS, FÍSICA E QUÍMICA A exploração de esquemas, gráficos, manuseio de material do Laboratório devem ser feitos com o aluno, inclusive antecipadamente, sempre que possível; As observações ao microscópio, os eventos químicos observados exclusivamente pela visão, entre outros, sempre que não puderem ser substituídos por vias sensoriais tátil, auditiva, olfativa ou gustativa devem ser fornecidas ao aluno pelo professor, de maneira oral, ou ainda descritas por um colega ou auxiliar no laboratório; Na exibição de um filme, transparência ou "slides" o professor deverá oferecer ao aluno com deficiência visual, a áudioáudio-descrição, podendo o professor, valer valer--se de um colega do aluno para fazer tal atividade, de modo que ambos aprendam juntos. Por exemplo, o professor poderá recorrer a um aluno que talvez não viesse prestar muita atenção ao filme, caso não tivesse colaborando com o colega; Os esquemas e mapas muito densos, com relevo inadequado e sem áudioáudio-descrição não são de grande valia para os alunos; Os gráficos, mapas, tabelas etc. devem ser oferecidos em partes, sempre que forem grandes, em Braille ou apenas em relevo. O tato faz uma leitura seqüencial da informação, assim, muitas informações em um pequeno espaço, ou mesmo que poucas em um espaço muito grande, dificultará a aquisição e/ou processamento das informações, logo, dificultando a compreensão desses gráficos, tabelas, mapas, desenhos, esquemas e demais configurações bidimensionais; No laboratório ou em qualquer outra situação em que se puder propiciar a experiência concreta ao aluno, isso deverá ser feito, tanto permitindo que ele faça a experiência diretamente, como colaborando com ela indiretamente, por exemplo, anotando os dados observados pelos colegas etc. A observação, a experimentação e a exploração do concreto, do tridimensional, do palpável é muito importante para os alunos. GarantiGaranti-las ao aluno com deficiência contribuirá com sua participação plena no cotidiano da escola, em todas as atividades e lugares, tendo como conseqüência sua verdadeira inclusão na escola. MATEMÁTICA Os exercícios escritos no quadro devem ser lidos em voz alta; É preferível se obter um único exercício bem executado, pelo aluno, do princípio ao fim, e devidamente corrigido pelo Professor, a se ter muitos exercícios, por acabar e sem correção; Deve--se oferecer esquemas/exercícios menos densos e mais significativos; Deve Deve--se ajudar o aluno a treinar cálculo mental e aprender a recorrer a ele Deve para a solução dos problemas; O professor deve favorecer, ao aluno, a leitura , em voz alta, dos exercícios que resolveu; Cálculos muito "complicados", que envolvam muitas contas longas (demasiado grandes) devem ser oferecidos ao aluno, apenas quando já estiver resolvendo as operações menores e menos complexas, com maior desenvoltura; O professor deve ter consigo, nas aulas, o código Braille para Matemática, de modo a poder ajudar o aluno quando não souber um sinal, ou símbolo novo, ou, ainda, para quando o aluno precisar lembrarlembrar-se de um código já aprendido; O material concreto, tridimensional, palpável, deve estar à mão do Professor de modo a poder servirservir-se dele, quando a explicação ou compreensão da matéria assim o exigir. EDUCAÇÃO ARTÍSTICA Os alunos com deficiência visual podem fazer muitas das coisas que se faz com a visão, valendovalendo-se do tato e dos demais sentidos, embora nenhum deles, ou eles em conjunto substituirão a visão. Os alunos cegos não podem ver as cores. Estas são modalidade específica da visão. Todavia, é importante que as cores sejam ensinadas às pessoas cegas, por exemplo falando de suas variações de tonalidade, azul claro, verde escuro, onde aparecem, na maçã vermelha, no cabelo amarelo do amiguinho etc.; que elas se combinam quando juntas, por exemplo, na blusa e na sandalinha rosas da amiguinha; Os alunos terão grande proveito ao usarem diferentes materiais, com diferentes texturas, que permitam diferentes temperaturas, que provocam diferentes odores etc, devendo esses materiais fazer parte dos trabalhos de toda a turma na classe; O trabalho que não for possível fazer, sem a visão, deverá contemplar o aluno cego, por exemplo permitindo com que ele participe de fases do trabalho, cortando, dobrando colando ou dando idéias; - todos se beneficiarão, quanto mais o professor propiciar o trabalho em grupo, o trabalho participativo na sala; O desenho e o desenhar devem fazer parte do ensino do aluno com deficiência, com prioridade para as orientações de como representar as coisas na maneira que se as vê, perspectiva, frente, atrás etc. Colagens e outras técnicas devem ser ensinadas, cuidando para que o aluno cego possa oferecer ao seu trabalho, a mesma beleza visual que oferecerá com a estética tátil; a beleza e a estética visual precisam ser ensinadas e estarem presentes nas produções dos alunos para que sejam apreciadas, também nesse particular; Elogios e similares sempre desempenham um papel favorável na educação das crianças, porém, o excesso e elogios quando o trabalho merece maior cuidado poderá ser danoso, uma vez que o aluno pode, de fato, achar que o que fez já está bom mesmo, assim não buscando aprimoraraprimorar-se. Não se trata de fazer do aluno um artista, mas se for essa sua habilidade, ajudáajudá-lo a tirar o máximo dela; Para a produção dos trabalhos escolares, o aluno deverá receber informações que, por vezes, já estão disponíveis para as pessoas que enxergam. A observação e a exploração de objetos, animais, flores, ambientes reais, concretos e/ou sua descrição devem compor a educação artística e visual do aluno com deficiência. EDUCAÇÃO FÍSICA Os alunos com deficiência visual deverão ter a oportunidade de participar de todas as atividades propostas para a classe; Quando uma atividade requerer a visão e não puder ser adaptada ou substituída por outra, deverdeverse se--á propiciar com que o aluno participe dessa atividade junto com seu colega, ou colegas; As atividades propostas devem estar em consonância com o objetivo educacional do professor, assim ele deverá pensar quais atividades cumprem esses objetivos; A competição, muitas vezes promovida nas atividades em educação física, deve ser substituída pela cooperação, participação, colaboração de cada um para o bembem-estar e a aprendizagem de todos; As atividades que exigem deslocamento em maior velocidade deverão ser praticadas em ambientes propícios e esses devem ser apresentados/explorados pelo aluno com deficiência antes da aula; O professor deverá valervaler-se de seu próprio corpo, ou do corpo do aluno, para mostrar os movimentos necessários ao cumprimento do exercício proposto; O professor deverá propiciar ao aluno o máximo de liberdade e possibilidade de exploração do espaço físico da quadra de esportes e dos demais ambientes da escola; O aluno deverá ser incentivado a deslocardeslocar-se pela escola, com ou sem bengala (preferencialmente com esta), em todos os espaços escolares; Lembrando que educação física é antes de mais nada educação, o professor deverá aproveitar para ensinar não só os limites e regras pertencentes aos jogos, mas também a própria relação social que advém do contato com o outro; Cada aluno deverá ter a oportunidade de trabalhar com o outro, descobrindo suas potencialidades, limites e habilidades;