Ano 6 - Edição 23
Janeiro 2014
2013 TERMINA COM ALTA DA ARROBA
SUPERIOR À DOS CUSTOS
Por Mariane Crespolini dos Santos, Analista de Mercado; equipe Pecuária de Corte Cepea
Ainda nesta edição:
— Valorização da arroba
supera 8,57 p.p. a do COT,
em 2013
— Oferta restrita e demanda
firme garantem ano positivo
ao pecuarista
Assim como observado no terceiro trimestre,
no quarto e último período de 2013, o cenário foi positivo para o pecuarista brasileiro,
com a alta de preços da arroba superando a
dos custos de produção. Na “média Brasil”
(que engloba os estados de GO, MG, MT,
MS, PA, PR, RO, RS, SP e TO), de outubro a
dezembro, o Custo Operacional Total (COT)
subiu 1,13% e o Custo Operacional Efetivo
(COE), 0,76%, em relação ao trimestre anterior (jul-set). Em igual comparação, o boi
gordo (média mensal do Indicador ESALQ/
BM&FBovespa) registrou forte aumento de
5,45%. Para o bezerro (média mensal Indicador MS), o aumento também foi expressivo no intervalo, de 5,2%.
Em outubro, especificamente, a arroba do
boi gordo se valorizou 1,87%, enquanto o
COT e o COE tiveram aumentos de 1,3%
e de 1,49%, respectivamente, em relação a
setembro. Essa alta dos custos pode ser explicada principalmente pela valorização de
1,31% do bezerro, que representa 40,2%
do COT e 51,74% do COE na “média Brasil”. Também contribuíram para os maiores custos o aumento de 3,72% no grupo de insumos para reprodução animal,
resultado do início da estação de monta,
e de 1,94% no das sementes forrageiras,
em decorrência do período de reforma de
pastagem.
Em novembro, apesar do ligeiro recuo de
0,36% no preço da arroba, os custos caíram em maior intensidade, 1,71% para o
COT e 2,46% para o COE (“média Brasil”), na comparação com outubro. Dos
grupos de insumos que tiveram redução
nos valores, destaca-se o de medicamentos antimastíticos, com queda de 1,51%.
Para o grupo de adubos e corretivos, houve pequena redução de 0,36%, enquanto, para o bezerro, houve alta de 0,76%.
Já em dezembro, a arroba do boi gordo
voltou a se valorizar, expressivos 3,94%
em relação a novembro, ao passo que o
COT e o COE tiveram respectivas altas de
1,55% e 1,73%. Para o bezerro, o preço
médio de dezembro/13 (Indicador MS), de
R$ 850,70, foi o maior em termos reais
(deflacionando-se pelo IGP-DI) desde julho
de 2011 e correspondeu a elevações de
3% em relação à média de novembro e de
expressivos 16% sobre a de dez/12. Com
isso, os custos com reposição de animais
aumentaram 3,13% de
novembro para dezembro. No mesmo período,
o grupo sementes forrageiras registrou elevação de
1,4%, mantendo a tendência
de alta observada no segundo semestre. Outro destaque de dezembro foi
a valorização de 3,74% para o grupo de combustíveis e lubrificantes.
ANO – No balanço de 2013, o cenário foi favorável ao pecuarista brasileiro, que, nos dois anos
anteriores, havia amargado margens negativas.
Na “média Brasil”, de janeiro a dezembro, o
Custo Operacional Total (COT) subiu 8,58% e
o Custo Operacional Efetivo (COE), 9,19%. No
mesmo período, a arroba do boi gordo (Indicador ESALQ/BM&FBovespa) se valorizou expressivos 17,15%, impulsionada pela oferta restrita.
Além do menor número de animais confinados
em 2013, o bom desempenho das exportações
contribuiu para reduzir o volume ofertado no
mercado doméstico.
Quanto aos insumos, tanto na “média Brasil”
como nas informações estaduais, alguns grupos
apresentaram aumento de preços inferior ao
da inflação, de 5,53% no acumulado de 2013
(IGP-M). Somente os grupos de animais de reposição (Indicador do bezerro – MS) e máquinas agrícolas é que tiveram altas superiores às
da inflação em todos os estados acompanhados
pelo Cepea.
VARIAÇÃO MENSAL E ACUMULADA (2013)
COE (1)
Estados
out
Nov
COT (2)
dez
jan-dez
out
nov
Boi Gordo R$/@
dez
jan-dez
out
nov
Dez
jan-dez
Ponderações
Goiás
1,71%
0,17%
1,38%
9,98%
1,14%
0,43%
1,26%
7,98%
3,30%
0,43%
3,37%
16,95%
14,99%
Minas Gerais
0,32%
1,69%
0,75%
8,25%
0,26%
1,28%
0,78%
7,76%
3,44%
1,88%
2,79%
15,7%
14,65%
Mato Grosso
3,40%
-3,21%
1,84%
10,28%
2,71%
-2,30%
1,73%
9,04%
3,60%
-0,72%
1,19%
2,96%
14,57%
Mato Grosso
do Sul
0,44%
-0,64%
1,40%
8,00%
0,63%
-0,30%
1,34%
8,35%
2,08%
-0,38%
2,10%
17,42%
12,70%
Pará
0,71%
-4,97%
1,47%
8,21%
0,73%
-4,00%
1,26%
8,04%
-4,40%
4,38%
3,56%
6,00%
9,82%
Paraná
0,52%
1,22%
1,64%
11,02%
0,56%
1,11%
1,79%
10,68%
4,30%
0,00%
3,28%
15,58%
8,23%
Rio Grande
do Sul
0,48%
0,84%
1,45%
8,09%
0,78%
0,60%
1,20%
9,84%
1,36%
5,65%
9,92%
19,82%
7,67%
Rondônia
2,57%
-4,65%
4,71%
11,02%
2,17%
-3,41%
3,86%
10,64%
2,75%
-0,33%
1,79%
13,20%
6,66%
São Paulo
1,10%
0,80%
1,86%
10,61%
1,07%
0,71%
1,55%
9,12%
1,73%
-0,32%
3,95%
16,34%
6,25%
Tocantins
4,63%
-1,00%
0,95%
7,88%
3,56%
-0,42%
0,93%
6,43%
3,38%
-3.39%
2,20%
8,48%
4,47%
Brasil**
1,49%
1,73%
9,19%
1,30%
-1,71%
1,55%
8,58%
1,87%
-0,36%
3,94%
17,15%
100,00%
* Representa o quanto cada estado representa no total dos custos da pecuária no Brasil.
** Referente a 79,22% do rebanho nacional, segundo o Rebanho Efetivo Bovino PPM / IBGE, 2008. Valor da arroba (Indicador do Boi Gordo ESALQ/BM&FBovespa - Estado de São Paulo)
1 - Custo Operacional Efetivo (COE)
2 - Custo Operacional Total (COT)
Fonte: Cepea/USP-CNA
VARIAÇÃO DOS PRINCIPAIS INDICADORES ECONÔMICOS
Out/2013
Nov/2013
Dez/2013
IGP-M
Indicadores
0,86%
0,29%
0,60%
Acumulado_Janeiro IGP-M
4,59%
4,90%
5,53%
Fonte: Cepea
VARIAÇÕES DOS PREÇOS DOS PRINCIPAIS INSUMOS DA PECUÁRIA DE CORTE
Média Ponderada para GO, MT, MS, PA, RO, RS, MG, PR, TO e SP
Média das Ponderações COT
Grupos dos Custos
out – nov – dez/13
Variação mensal e acumulada
out
nov
dez
jan - dez
Bezerro e outros animais de reprodução*
39,52%
1,31%
0,76%
3,13%
21,57%
Suplementação Mineral
11,32%
-0,25%
0,57%
-0,33%
1,51%
Dieta
0,77%
1,21%
0,90%
-0,66%
-3,20%
Adubos e Corretivos
2,35%
-1,19%
-0,36%
-0,30%
-0,29%
Sementes Forrageiras
2,93%
1,94%
0,93%
1,40%
13,29%
Máquinas Agrícolas
4,00%
2,68%
2,72%
0,94%
30,09%
Implementos Agrícolas
1,50%
-0,52%
-3,19%
-2,18%
0,65%
Defensivos Agrícolas
1,62%
0,06%
0,62%
0,29%
4,82%
Medicamentos - Vacinas
1,29%
0,19 %
0,65%
0,43%
4,23%
Medicamentos - Controle Parasitário
0,99%
-0,14%
-0,06%
0,53%
3,42%
Medicamentos- Antibióticos
0,26%
0,40%
0,51%
-0,12%
3,01%
Medicamentos em geral
0,13%
-0,02%
1,43%
-2,00%
6,11%
Insumos para reprodução animal
0,00%
3,72%
1,26%
0,16%
9,84%
Mão de Obra
11,63%
0,00%
0,00%
0,00%
9,00%
Construção Civil
9,79%
0,67%
1,31%
0,61%
8,65%
Brinco de Identificação
0,02%
1,16%
0,12%
2,60%
17,54%
Outros (Energia, Administrativos, Utilitário)
5,00%
*Indicador Bezerro Esalq/BM&fBovespa, Mato Grosso do Sul
Fonte: Cepea/USP-CNA
VALORIZAÇÃO DA ARROBA SUPERA 8,57 p.p. A DO COT
EM 2013
Por Mariane Crespolini dos Santos, Analista de Mercado; equipe Pecuária de Corte Cepea
Na “média Brasil” (GO, MG, MT, MS,
PA, PR, RO, RS, SP e TO), o aumento acumulado no preço do boi gordo em 2013
superou, em 8,57 pontos percentuais,
o Custo Operacional Total (COT), e, em
7,96 p.p o Custo Operacional Efetivo
(COE). Enquanto a arroba (Média Mensal do Indicador ESALQ/BM&FBovespa)
se valorizou 17,15%, o COT acumulou
elevação de 8,58% e o COE, de 9,19%.
Esta foi a terceira maior vantagem ao
pecuarista da série histórica do Cepea –
iniciada em 2004 –, atrás somente dos
resultados verificados em 2007, quando
a arroba se valorizou 24,89 p.p. a mais
que o COT e 23,56 p.p. a mais que o
COE, e em 2010, quando a alta do boi
gordo superou em 19,59 p.p. o COT, e
em 18,6 p.p. o COE.
o COT subiu 22,43 p.p. mais que a arroba,
e o COE, 25,43 p.p. mais.
Entre os estados que compõem a “média
Brasil”, o destaque de 2013 foi para o Rio
Grande do Sul, onde a elevação da arroba
ficou 9,98 pontos percentuais acima da do
COT e 11,74 pontos percentuais superior
à do COE. No Paraná, o boi gordo se valorizou 4,89 pontos percentuais mais que
o COT e 4,56 p.p. mais que o COE. No
Tocantins, a alta do boi gordo superou em
2,06 p.p. a do COT e em 0,6 p.p. a do
COE. Já em Mato Grosso e no Pará, a variação dos custos foi maior que o aumento
da receita, indicando redução na margem
do pecuarista (Figura 1).
Ao analisar os preços do boi gordo, verifica-se que predominaram incrementos no
intervalo de 15,58% a 19,82% entre os
estados pesquisados. A maior elevação foi
verificada no Rio Grande do Sul. Em Rondônia, a arroba registrou alta de 13,2%
e, em Tocantins, de 8,48%. Já os estados do
Pará e Mato Grosso registraram os menores
aumentos nos valores do boi gordo, de 6% e
2,96%, respectivamente.
Diferentemente da arroba, os custos de produção variaram de forma homogênea entre
os estados. As altas mais expressivas em 2013
ocorreram no Paraná, de 10,68% para o COT
e de 11,02% para o COE. Já Tocantins foi o
estado que apresentou os menores aumentos,
de 6,43% e 7,88%, respectivamente, no mesmo período.
A alta de preços do bezerro foi determinante
para elevar os custos em 2013. De janeiro a
dezembro, na “média Brasil”, o animal (Indicador MS) acumulou aumento de 21,57%.
Vale destacar que a compra de bezerros representou, na média do ano, 38,81% do COT. A
elevação mais expressiva dos custos para aquisição de animais foi verificada em Mato Grosso do Sul, de 23,49%, ao passo que o menor
ficou com Minas Gerais, de 6,79%.
Vale lembrar que, em 2010, apesar de os
custos terem subido fortemente, o Indicador ESALQ/BM&FBovespa atingiu patamares recordes, garantindo margem
positiva ao pecuarista. Considerando-se
todo o período
acompanhado
pelo Cepea (de
2004 a 2013),
na maioria dos
anos, o aumento acumulado
dos custos supera o da arroba. O resultado
mais desfavorável ao pecuFigura 1: Variação acumulada do COT e da arroba (janeiro de 2004 a junho de 2013) – Janeiro de 2004 = Base 100.
arista foi o de
Fonte: Cepea
2008, quando
OFERTA RESTRITA E DEMANDA FIRME GARANTEM
ANO POSITIVO AO PECUARISTA
Por Graziela N. Correr, Analista de Mercado; equipe Pecuária de Corte Cepea
Comparado a 2011 e 2012, o ano de
do Custo Operacional Total (COT), de
(Ministério da Agricultura, Pecuária e
2013 foi positivo para o pecuarista bra-
8,58% no mesmo período, correspon-
Abastecimento), em 2013, o consumo
sileiro. Apesar das incertezas macroeco-
dendo à terceira maior vantagem ao
doméstico totalizou 7,2 milhões de to-
nômicas, como o aumento da inflação,
pecuarista da série histórica do Cepea –
neladas e, para 2014, o volume é ain-
o consumo interno manteve-se firme e
iniciada em 2004. Em 2012, ao contrá-
da maior, estimado em 7,5 milhões. A
o câmbio garantiu receita recorde com
rio, enquanto a arroba acumulou des-
taxa de desemprego foi de 4,6% (IBGE)
as exportações de carne bovina. Além
valorização de 5,36%, o COT se elevou
em novembro/13, abaixo da média dos
da maior demanda, a oferta restrita de
em 4,36%, prejudicando fortemente a
últimos 10 anos, de 7%. Quanto à ren-
animais para abate no mercado domés-
margem do setor produtivo.
da dos empregados, nos últimos cinco
anos, houve um incremento real médio
tico contribuiu para resultar em forte
valorização do boi gordo ao longo de
A baixa taxa de desemprego e o aumen-
de 1,3% ao ano, com a média de 2013
2013, de 17,15% (Indicador ESALQ/
to da renda dos brasileiros contribuíram
ficando em R$ 1.904,65 (IBGE). A Figura
BM&FBovespa). O aumento superou
para sustentar a demanda interna de
1 apresenta essa evolução nos últimos
em 8,57 pontos percentuais a variação
carne bovina. Segundo dados do Mapa
11 anos.
Figura 1: Evolução da taxa de desemprego e de rendimento médio do emprego entre 2002 e 2013.
Fonte: PME/IBGE. Elaborado pelo Cepea.
O consumo firme de carne bovina pode
ter sido favorecido, ainda, pelo aumento
nos preços das carnes concorrentes (suína e de frango). Em outubro/13, a carcaça
comum suína no atacado da Grande São
Paulo atingiu a maior média nominal da
série Cepea, de R$ 6,01/kg. Para o frango resfriado, a média nominal recorde foi
batida em setembro/13, de R$ 3,93/kg.
Com isso, em 2013, observou-se uma
diminuição da relação de troca entre essas proteínas, ou seja, o quilo da carne
bovina ficou mais competitivo frente às
carnes suína e de frango. Na média do
ano, o valor de um quilo de carne bovina
equivaleu a 1,3 quilo de suína e a 1,9 de
frango, 0,2 quilo a menos que a relação
do ano anterior (Figuras 2. e 3.).
No mercado externo, a valorização do
dólar frente ao Real somada à recuperação gradativa da crise de 2009 favoreceram os embarques brasileiros de carne
bovina, que bateram o recorde de receita em 2013, de US$ 6,7 bilhões, 14% a
mais que no ano anterior (Secex).
A Figura 4 mostra a evolução da taxa
de câmbio e o volume de exportação de
carne bovina. Nota-se uma relação direta entre essas variáveis, ou seja, quanto
maior a taxa de câmbio, mais competitivo o produto brasileiro fica no mercado internacional, exceto no segundo
semestre de 2008 e em 2009, períodos
de crise financeira mundial.
Para 2014, as perspectivas continuam
positivas. Além das estimativas do dólar
Figura 2: Relação de troca da carne bovina com a de frango.
Fonte: Cepea
Figura 3: Relação de troca da carne bovina com a suína.
Fonte: Cepea
a R$ 2,40 divulgadas pelo Banco Cen-
contribuir para o bom desempenho das
tral (Boletim Focus) e apontadas pela
exportações. Também há negociações
BM&FBovespa (no mercado futuro de
adiantadas para abrir mercados como
dólar), a expectativa de retomada de
Tailândia e Camboja segundo a Abiec
mercados importantes como China e
(Associação Brasileira das Indústrias Ex-
Arábia Saudita, com missões sanitá-
portadoras de Carne).
Do lado da demanda interna, o consumo de carne de boi deverá contar com
rias em dezembro de 2013 e fevereiro de 2014, respectivamente, deverá
o impulso da Copa do Mundo e das eleições presidenciais. Vale reforçar que, se
os preços das carnes suína e de frango
seguirem o mesmo comportamento de
2013, o cenário para a bovina poderá
ser ainda mais positivo.
Na BM&FBovespa, os contratos do boi
gordo confirmam o otimismo do setor
para 2014. O vencimento Maio/2014
aponta a arroba a R$ 109,10 (ajuste do
dia 14/01/14), 17% acima do valor de
liquidação do contrato Maio/2013.
Por outro lado, é preciso considerar aspectos macroeconômicos desfavoráveis,
entre eles déficit público, aumento da
taxa de juros, baixo volume de investimento e a projeção de inflação elevada,
em 6%.
Se os custos de produção se comportarem como em 2013, aumentando acima
da inflação, será importante que o pecuarista esteja atento para administrar os
recursos de forma eficiente, planejando-se para não “perder” as vantagens da
maior receita.
Figura 1: Evolução da taxa de câmbio e da exportação de carne bovina.
Fonte: Cepea e Secex. Elaborado pelo Cepea.
ATIVOS DA PECUÁRIA DECORTE é um boletim
mensal elaborado pela Superintendência
Técnica da CNA e Centro de Estudos
Avançados em Economia Aplicada - Cepea/
Esalq - da Universidade de São Paulo.
Reprodução permitida desde que citada a fonte.
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SGAN - Quadra 601 - Módulo K
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2013 termina com alta da arroba superior à dos custos