Técnicas em Imunologia
Parte I
Métodos Laboratoriais em Imunologia
Prof.Doutor José Cabeda
Técnicas de Imunologia
Colheitas

Utilizar o tubo correcto
 Sangue /plasma
 Anticoagulante apropriado
• EDTA
• Citrato
• heparina
 Soro
 Com activador da coagulação
 Com activador da coagulação e gel
separador do coágulo e soro
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Soro

Coagulação deve ser completa
 Cerca de 30 a 60 minutos em tubo sem
anticoagulante
 Cerca de 15 a 30 minutos em tubo com
activador da coagulação
Mais se o indivíduo estiver com
hipocoagulação natural ou induzida
Centrifugar os tubos 10 min a 1,000-1,200g-22ºC
Guardar a 4ºC excepto para CH50 e crioglobulinas



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Que tubo utilizar?

Preparação de leucócitos
 Habitualmente utilizar anticoagulante (qual
depende do teste)
 Purificar as células
 Preservar as células
 Fenotipagem  4ºC
 Cultura/estudos funcionais
• Transportar o sangue a RT rapidamente
• Preparar as células rapidamente
• Cultivar/testar de imediato
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Outros tipos de Amostra (I)

Urina (muito raro)

CSF
Saliva
Liquidos de:
 Sinovial,
 pleura,
 pericárdio,
 peritoneu,
 BAL


Utilizar Tubo c/ EDTA
ou
sem anticoagulante
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Outros tipos de Amostra (II)

Biópsias (aspirados por agulha fina)
 Nódulos linfáticos
 Medula óssea
 Tumores
 etc
Utilizar Tubo c/ EDTA
ou
Com heparina
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Amostras que necessitam de
processamento especial

Complemento


Congelar a –20ºC até 2 horas após colheita
Crioglobulinas
 Colhido em tubo morno, estéril e sem
anticoagulante
 Mantido a 37ºC até ser testado
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O que deve acompanhar a amostra







Identificação completa do doente no tubo e na
requisição (ou código claro e unívoco)
Sexo, data de nascimento
Exame requisitado
Patologia suspeita
Tipo de amostra
Data e hora da colheita
Nome,código e assinatura do Médico requisitante
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Razões de rejeição de amostras

Colheita inapropriada







Tubo errado
Condições de manutenção/transporte incorrectas
Informação incorrecta/ilegível no tubo
Informação no tubo discordante da requisição
Hemólise
Volume insuficiente
Amostra coagulada (em tubo com anticoagulante)
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Técnicas baseadas em
Imunoglobulinas
Ligação dos anticorpos é específica
 Anticorpos podem ser conjugados com um
vasto leque de enzimas e marcadores

Constituem excelentes reagentes para a
identificação sensível e específica de
ligandos
 Permitem o estudo do historial imunológico
de um índivíduo

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Anticorpos como reagentes

Preparação de Anticorpos policlonais
 Inoculação/estimulação de animais
 Adjuvantes
 Que animal
 Que via de inoculação/estimulação
 Colheita, preparação e teste do soro
 Estimulação repetida leva a uma
maturação da especificidade do Ab
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Anticorpos como reagentes

Preparação de anticorpos monoclonais
 Estimular animais como anteriormente
 Colher Linfoblastos B
 Fazer experiências de diluição limite
 Preparar hibridomas com estas células
 Fazer experiências de diluição limite dos
hibridomas
 Testar cada clone para especificidade
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Parte I
Métodos Laboratoriais em Imunologia
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Técnicas baseadas em
imunoglobulinas
Ensaios Liquidos
(ensaios homogéneos)





Difração da luz
 Nefelometria
 turbidimetria
Outros ensaios liquidos
 EMIT
 CEDIA
Imunofluorescência
Aglutinação
Quimioluminescência
Ensaios Sólidos
(ensaios heterogéneos)



ELISA
 Competitivo
 Não-competitivo
indirecto
RIA
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Técnicas baseadas na difracção da luz
Imunoturbidimetria
Nefelometria



Baseada na reacção de
imunoprecipitação
Mede a quantidade de luz
difractada devido à presença de
complexos imunológicos
O ângulo de difracção e o
comprimento de onda são
aspectos importantes
 31º permite melhor razão
sinal/ruído



Baseada na reacção de
imunoprecipitação
Mede a diminuição de luz que
consegue atravessar uma
solução na presença de
complexos imunológicos
O detector está sempre alinhado
com a fonte de luz (0º), pelo
que a medida não é da luz
difractada, mas da não
difractada
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Curva de imunoprecipitação




Assumindo:
 Ig pelo menos bivalentes IgG
 Antigénio com pelo menos 2
epitopes
Se Ab em excesso, um aumento
de Ag implica um aumento da
reacção
Se Antigénio em excesso, um
aumento de antigénio diminui a
probabilidade de um Ab ligar 2
antigénios, o que diminui a
precipitação
A quantificação só é possível se o
anticorpo estiver em excesso
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Cinética da Curva de imunoprecipitação


A reacção inicia-se
imediatamente, sendo visivel
20s após a adição do antigénio
A reacção prossegue de modo
aproximadamente linear até que
a precipitação dos complexos
origina uma aparente
diminuição da reacção
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Rate Nephelometry




[Ab] é constante
Aumento progressivo da
[antigénio]
Deve ser realizada na zona de
excesso de Ab
Em nefelómetros automáticos
deste tipo, 2 [antig] são
inicialmente ensaiadas.
Dependendo do resultado:
 São testadas novas []
 É testada o excesso de antig
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End-point nephelometers




Medida no ponto
máximo da reacção
Medida de branco ou
no inicio da reacção
Valor intrapolado de
uma curva de
calibração
Variações
 Particle enhanced
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Particle enhanced nephelometry

São utilizadas particulas de latex
conjugadas com anticorpo ou antigénio
competidor
 Aumento de sensibilidade
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Ensaios

Requisitos
 Qualquer fluido
 Soro
 Plasma
 Urina
 CSF
 Deve ser diluído (para não
interferir na leitura)
 Amostras ricas em lipídios
devem ser clarificadas por
filtração ou ultracentrifugação
 Amostras ictéricas ou
hemolisadas
 Não afectam a nefelometria
 Afectam a turbidimetria
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Outro ensaios homogéneos



CEDIA
(Cloned enzyme donor assay)
b-galactosidade em 2 fragmentos
inactivos
 enzyme donnor
 Enzyme acceptor
A reacção imune junta-os activando
a enzima.
Se não houver antigénio o
anticorpo liga-se à enzima
inactivando-a

EMIT
(Enzyme multiplied immunoassay
technique)
Aumento ou diminuição da
actividade enzimatica com a
reacção Ag-Ab
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Imunofluorescência





Anticorpos conjugados com
compostos fluorescentes
Conjugado utilizado como
revelador directo
Aumento de 10 a 1000 vezes na
sensibilidade
Grande aumento na rapidez de
detecção
Vantagens relativamente à RIA:
 Tão sensivel
 Reagentes mais estáveis
 Mais fácil de implementar
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Técnicas de Imunologia
Principais fluorocromos utilizados
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Técnicas de Imunologia
Técnicas de imunofluorescência (I)




Directas
 Anticorpo directamente conjugado
Indirectas
 Anticorpo secundário conjugado
Acopladas
 Duas reacções acopladas
Fluorescence polarization immunoassay
 Baseia-se no aumento na polarização da luz emitida
quando um antigénio-FITC forma complexos imunes, o
que se deve às restrições ao movimento rotacional do
antigénio no complexo
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Técnicas de Imunologia
Técnicas de imunofluorescência (II)

Fluorescent Quenching assay
 Método competitivo directo que utiliza [ab] fixa
 Competição para o ab entre o antigénio marcado e o
não marcado (a testar)
 A fluorescência é absorvida (quenched) quando o
antigénio marcado se liga ao anticorpo
 A intensidade de fluorescência é uma medida da
quantidade de antigénio não marcado que competiu
para o anticorpo
 Método indirecto
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Técnicas de imunofluorescência (III)

Substrate labelled Fluorescent immunoassay
 Método indirecto
 Analito ligado a um modulador que influencia o sinal gerado
 Actividade do modulador influenciada pela ligação do Ab
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Técnicas de imunofluorescência (IV)

Fluorescent energy transfer immunoassay
 Método competitivo
 Analito conjugado com FITC
 Anticorpo ligado a Rodamina
 Se o analito conjugado ligar ao
anticorpo, por ressonância a energia
do FITC excita a rodamina
 Se por competição, o analito impedir
o anticorpo de se ligar ao conjugado,
não haverá excitação da rodamina
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Problemas da imunofluorescência


Autofluorescencia
 Proteinas do soro (320350nm)
 Bilirubina (430-470nm)
 Urina apresenta elevada
linha de base
Para obviar a estes problemas
pode-se
 Tratar a amostra com
 Enzimas proteoliticas
 Agentes oxidantes
 Agentes desnaturantes


Quenching
 Bilirrubina
 Hemoglobina
Fotodestruição
 Diminuição da
fluorescência ao
longo da excitação
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Técnicas de Imunologia
Aglutinação



Baseada na reacção ag-ab
Observada visualmente
Tipos:
 Directa (ABO)
 IgM aglutina várias RBC
 IgG necessita de reagente de
Coombs (anti-human-ab) para fazer
a ponte
 Indirecta ou passiva
 Antigénio ligado a subtancia inerte
 Reversa
 Anticorpo ligado a substancia inerte
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Técnicas de Imunologia
Aglutinação de partículas





Mais sensíveis que a aglutinação
Mensurável por nefelometria, turbidimetria,
contagem de partículas
Anticorpo ou antigeneo conjugado com partículas
de látex
Reacção ag-ab aglutina as partículas que saem de
solução
A medida das partículas em solução é
inversamente proporcional ao titulo a determinar
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Ensaio quimioluminescente



Produção de luz por uma reacção química, habitualmente uma reacção
de oxidação-redução
O modo mais sensível de detecção em imunoensaios (atomole=10-18 a
zeptomole=10-21)
Compostos utilizados:
 Esteres de acridina (detecção do NaOH e H2O2)
 Limite de detecção de 0.5 atomoles
 Derivados do isoluminol (detecção com H2O2 e um catalizador)
 Limite de detecção de 50 atomoles
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Enzimas utilizadas em ensaios
quimioluminescentes
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Ensaios em fase sólida

ELISA
 Competitivo

Não competitivo-indirecto
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Ensaios em fase sólida

ELISA
 Sandwich ou de captura
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Resolver problemas do ELISA
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Electroforese de Imunoglobulinas
Electroforese em agarose de alta resolução
 Imunofixação
 Imunosubtracção
 Electroforese capilar

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Electroforese de Ig em agarose
Electroforese + Corar com Ponceau S e secar
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Imunofixação




Electroforese
Aplicação de tira de acetato de celulose com anticorpo
monoespecifico para cada cadeia de Ig. Forma-se um
precipitado onde houver Ig correspondente
Proteinas não pp são lavadas
Corar os pp com amido black nigrosin
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Imunosubtracção
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Crioglobulinas (I)



Tipo I
 Monoclonal (IgG, IgM,
IgA, raramente c.leves)
Tipo II
 Mistas (2 ou mais Ig,
sendo uma monoclonal)
Tipo III
 Policlonal
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Crioglobulinas (II)
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