ANÁLISE DO CAPITAL DE GIRO
 ESTUDOS DO CAPITAL CIRCULANTE LÍQUIDO:
CCL POSITIVO, NULO E NEGATIVO
 NECESSIDADE LÍQUIDA DE CAPITAL DE GIRO:
Variáveis  NLCDG, Tesouraria; Ciclo Financeiro
 ANÁLISE DINÂMICA DO CAPITAL DE GIRO:
NIG = Ativo e Passivo Cíclicos; Saldo Disponível
= Ativo e Passivo Financeiros (Efeito Tesoura)
 VELOCIDADE DO CAPITAL PRÓPRIO: VCP
 ANÁLISE DO FLUXO DE CAIXA: Geração bruta,
operacional, corrente, saldo e geração líquida.
CAPITAL CIRCULANTE LÍQUIDO
ESTUDOS DO “C.C.L.”
Mostra a variação do Capital Circulante Líquido.
Fórmulas CCL = (AC – PC) ou
CCL = (ELP + PL) – (RLP + AP)
Origem de recursos
não correntes
Aplicações de recursos
não correntes
 Se AC 950 > PC 600  CCL POSITIVO = 350
 Se AC 950 = PC 950  CCL NULO = 0 (zero)
 Se AC 950 < PC 1200 CCL NEGATIVO= (250)
NECESSIDADE DE CAPITAL DE GIRO
Modelo baseado na variável Necessidade Líquida
de Capital de Giro, reclassificando o Circulante em
Aplicações de Capital de Giro – ACG, para as contas
ativas (AC) e em Fontes de capital de giro – FCG,
para as contas passivas (PC).
Fórmula 1ª variável  NLCDG = ACG – FCG
Aplicação Prática: RECORT S/A *dados em R$ mil
NLCDG 2010 = $ 325.141 – $ 115.267 = $ 209.874
NLCDG 2011 = $ 383.577 – $ 108.907 = $ 274.670
Interpretação: A RECORT precisou de $ 209.874 de
recursos para financiar o giro dos seus negócios em
2010 e de $ 274.670 em 2011 (piora de 30,87%).
NECESSIDADE DE CAPITAL DE GIRO
A segunda parte do modelo está baseado na
variável Tesouraria – T, agrupando as Outras
Contas do Ativo Circulante – OCAC que
deverão ser deduzidas das Outras Contas
do Passivo Circulante – OCPC.
Fórmula 2ª variável  T = OCAC – OCPC
Aplicação prática  RECORT *MAHLE ver p.120
T (2010) = $ 152.185 – $ 325.510 = ($ 173.325)
T (2011) = $ 160.120 – $ 335.536 = ($ 175.416)
Interpretação: A RECORT S/A utilizou $ 173.325 de
recursos de terceiros de curto prazo para financiar
suas atividades em 2010 e $ 175.416 em 2011
(apresentou uma leve piora de 1,21%).
NECESSIDADE DE CAPITAL DE GIRO
CICLO FINANCEIRO  parâmetro que indica o
número de dias de vendas que a empresa destina
ao financiamento das NLDCG, por esta fórmula:
CF = ( NLDCG / VENDAS BRUTAS ) x 360 (se anual)
Permite uma projeção futura do volume de capital
necessário para financiar o giro dos negócios.
Aplicação prática  RECORT S/A *MAHLE ver p.120
CF 2010= (209.874 / 1.774.820) x 360= 42,6 dias
CF 2011= (274.670 / 1.809.879) x 360= 54,6 dias
INTERPRETAÇÃO: Em 2010, a RECORT S/A destinou
42,6 dias do seu faturamento para financiar as suas
necessidades de capital de giro e 54,6 dias em 2011,
apresentando uma piora de 28,17%.
NECESSIDADE DE INVESTIMENTO EM GIRO
NIG = ATIVO CÍCLICO (–) PASSIVO CÍCLICO
ATIVO CÍCLICO  DUPLICATAS A RECEBER,
ESTOQUES, ADIANTAMENTOS A TERCEIROS.
PASSIVO CÍCLICO  FORNECEDORES, IMPOSTOS
E ENCARGOS SOCIAIS A RECOLHER.
CAPITAL CIRCULANTE LÍQUIDO  Indica o volume
de recursos do Passivo Permanente (ELP+PL)
alocados para financiar o giro dos negócios.
Se CCL > NIG = SALDO DISPONÍVEL  SD *
*SD = ATIVO FINANCEIRO – PASSIVO FINANCEIRO
ATIVO FINANCEIRO: CAIXA, BANCOS, APLICAÇÃO
FINANCEIRA (curto prazo), DEPÓSITO JUDICIAL.
PASSIVO FINANCEIRO: EMPRÉSTIMO BANCÁRIO,
FINANCIAMENTO (curto prazo).
ANÁLISE DINÂMICA DO CAPITAL DE GIRO
Uma empresa terá EQUILÍBRIO FINANCEIRO, se o
SALDO DISPONÍVEL for POSITIVO, devido o ATIVO
FINANCEIRO ser maior que o PASSIVO FINANCEIRO.
Ela terá DESEQUILÍBRIO FINANCEIRO, se o SALDO
DISPONÍVEL for NEGATIVO (NIG > CCL): PASSIVO
FINANCEIRO foi MAIOR que o ATIVO FINANCEIRO.
EFEITO TESOURA: fundamental para avaliar a saúde
financeira da empresa e pode ser identificado pelo
crescente SALDO DISPONÍVEL NEGATIVO.
OBS: Se a NECESSIDADE DE GIRO foi financiada por
DÍVIDAS de CURTO PRAZO irá aumentar a diferença
entre o NIG e o CCL, agravando o EFEITO TESOURA.
VELOCIDADE DO CAPITAL PRÓPRIO – VCP
Revela quantas vezes o Capital Próprio investido na
empresa conseguirá movimentar em Vendas. Fórmula:
VCP= Receita Líquida Vendas/Patrimônio Líquido
ANÁLISE: Quanto maior for o índice da empresa,
maior será sua agilidade operacional. Para obter o
resultado em dias, é só dividir 360 pelo giro do VCP.
Aplicação Prática do VCP: RECORT (MAHLE*ver p.125)
2010= 1.475.307 / 404.481= 3,65360/ 3,65= 98,6 d
2011= 1.502.961/ 454.626= 3,31360/ 3,31=108,8 d
Interpretação: O giro dos recursos próprios da RECORT
(MAHLE) foi 3,65 vezes em 2010 e 3,31 em 2011; seu
patrimônio líquido se movimentou a cada 98,6 dias em
2010 e 108,8 dias em 2011 (a piora foi de 10,33%).
ANÁLISE DO FLUXO DE CAIXA
A maioria dos problemas de insolvência de uma
empresa é decorrente de falta de controle do caixa.
Para o SEBRAE, “a mortalidade” de novas empresas
está fortemente ligada a fatores conjunturais,
administrativos e principalmente FINANCEIROS”.
A falta de consistência na geração de caixa obriga
a empresa a buscar financiamento junto a terceiros,
pagando juros que podem comprometer seu negócio.
Se ocorrer a rolagem dessa dívida, criará uma “bola
de neve” e pode ocasionar o fechamento da empresa.
A tarefa do gestor de gerenciar o Caixa tem 2 etapas:
Controle diário: de onde veio e para onde foi o dinheiro;
Fazer previsões: para saber com antecedência, de
onde virão e para onde irão os recursos da empresa.
PROJEÇÃO DE NECESSIDADES DE CAIXA:
Orçamento de Caixa é um instrumento de projeção das
entradas e saídas de caixa para um período futuro.
Modelo de projeção de caixa: Permite que a empresa antecipe-se,
identificando as eventuais necessidades futuras de recursos de
curto prazo ou programe suas aplicações de excedentes de caixa.
PERÍODOS
DESCRIÇÃO DOS FLUXOS
A.
Saldo Inicial de Caixa
B.
Entradas Previstas de Caixa
C.
Total Entradas + SI (A + B)
D. Saídas Previstas de Caixa
E.
Total das Saídas
F. Saldo Líquido de Caixa: C – E
G. Saldo Acumulado de Caixa
TOTAL
($)
P1
P2
P3
P4
Pn
($)
($)
($)
($)
($)
APLICAÇÃO PRÁTICA: CIA. ENCUCADA
DESCRIÇÃO DOS FLUXOS
1º TRIMESTRE
DE 2012: $
A – SALDO INICIAL DE CAIXA
B – ENTRADAS PREVISTAS DE CAIXA:
Recebimento de vendas (60% X $ 17.000)
Aumento de capital por integralização
Recebimento de realizável a curto prazo
C – Total das entradas mais o saldo inicial (A + B)
D – SAÍDAS PREVISTAS DE CAIXA:
Compras de estoques
Pagamento de despesas operacionais
Pagamento de despesas financeiras
E – Total das saídas
F – SALDO LÍQUIDO DE CAIXA (C – E)
1.800
10.200
1.000
2.800
15.800
6.900
3.600
2.000
12.500
3.300
Uma sincronização perfeita entre o fluxo de entrada e o fluxo de
saída de caixa é de difícil realização prática. Isso faz com que a
empresa possa enfrentar problemas de caixa durante o trimestre.
CONTROLE DE CAIXA: RECOMENDAÇÕES
1. SEGREGAÇÃO DE FUNÇÕES: O responsável pela movimentação do
caixa não deve acumular outras funções. Exemplos: ser tesoureiro
e contador ao mesmo tempo; o encarregado dos registros contábeis
ser a pessoa responsável para movimentar o caixa.
2. DELEGAÇÃO DE FUNÇÕES: O responsável pelo caixa não deve
permitir o acesso de outras pessoas ao caixa; todo cheque a ser
emitido deve ter a assinatura do tesoureiro e do diretor; quem faz o
pagamento não pode ser a mesma pessoa que autorizou tais gastos.
3. TIPOS DE CONTROLES: Utilizar um fundo fixo para pagar gastos
irrelevantes num período (diário, semanal, mensal). Para os valores
relevantes, deve-se efetuar os pagamentos a terceiros sempre com
cheques NOMINAIS e CRUZADOS, extraindo-se cópias dos mesmos.
4. CONFERÊNCIAS DIÁRIAS: De todos recebimentos e pagamentos,
conciliar os saldos com os extratos e os documentos; analisar os
motivos de atrasos ocorridos nos prazos; checar a numeração dos
cheques ainda não utilizados; realizar aleatoriamente auditorias na
tesouraria; analisar a concessão de adiantamentos ao pessoal.
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5. TÓPICOS ESPECIAIS DE ANÁLISE 5.1 – ÍNDICES - Uni