Rita Amorim 9 8363-3210 MODULO 3 18. Aplicações da TCC 18.1. Transtornos de Ansiedade Infantil 18.2. Depressão Infantil 18.3. Transtorno bipolar Infantil 18.4. TDAH - TDO 18.5. Transtorno de conduta 19. Atividades práticas - Estudo e discussão de Caso Prático Na infância não podemos afirmar que há uma variável única que apareça como a causa da psicopatologia. Entende-se que o comportamento é multideterminado por um número de fatores causais (biológicos, genéticos, interpessoais e ambientais) que interagem contribuindo para o desenvolvimento patológico. Mas, há evidência empírica relativa a que a intervenção sobre o processamento individual de informação apresenta uma importante incidência sobre as manifestações emocionais e comportamentais (Kendall, 2000) Esses processos cognitivos são condicionados por crenças que o indivíduo mantêm sobre si mesmo, o mundo e o futuro. Estas crenças são construídas ao longo do desenvolvimento e funcionam como lentes que guiam a percepção, recuperação, processamento e interpretação da informação. Quando a resposta emocional ou comportamental da criança a um evento é desadaptativa, presume-se a ingerências nas suas habilidades comportamentais, ou distorções nas crenças e processos resultantes. TRANSTORNO DE ANSIEDADE EM CRIANÇAS Como sentimos emocionalmente a ansiedade ? Normalmente, aparece em nossa vida como um sentimento de apreensão, uma sensação de que algo está para acontecer, uma expectativa e um estado de alerta. A ansiedade é responsável por uma constante pressa em terminar as coisas que ainda nem começamos, um estado de "susto crônico e contínuo". É a corrida para não deixar nada para trás. É um estado de alarme contínuo e uma prontidão para o que der e vier. Ansiedade é um sentimento vago e desagradável de medo, apreensão, caracterizado por tensão ou desconforto derivado de antecipação de perigo, de algo desconhecido ou estranho. Em crianças, pode causar efeito significativo no funcionamento diário, criar um impacto na trajetória do desenvolvimento e interferir na capacidade de aprendizagem, no desenvolvimento de amizades e nas relações familiares. Diferentemente dos adultos, crianças podem não reconhecer seus medos como exagerados ou irracionais, especialmente as menores. A ansiedade envolve componentes: Cognitivos: avaliações de situações e eventos são vistas como um risco antecipado (ideias catastróficas, sensação de insegurança, sentimentos de inferioridade) Fisiológicos: prepara o corpo para alguma ação que se faça necessária . Ex. luta ou fuga (taquicardia, opressão no peito, sintomas respiratórios e gastrointestinais como náuseas) Comportamentais: ajuda a criança a antecipar e evitar um perigo futuro.(evitamento/esquiva, inquietação) Ansiedade é uma resposta normativa concebida para facilitar a auto-proteção, com o foco particular do medo e da preocupação variando de acordo com o desenvolvimento da criança e suas experiências anteriores. A preocupação é um dos componentes mais importantes da ansiedade. O conteúdo foca-se no desempenho escolar, em morrer, na saúde (machucar e ferir) e nos contatos sociais e pensamentos autocríticos e de perigo ou ameaça, porém se alteram ao longo da infância. Relacionando medo e ansiedade a: Crianças muito pequenas: ruídos repentinos, acontecimentos inesperados e cautela em relação a estranhos; Conforme a criança vai desenvolvendo apego, é comum surgir um medo de separação no final do primeiro ano. Em torno dos 6 a: continuam as preocupações com a perda do pais ou em se separar deles; Entre 10 e 13 a: surgem temores quanto a ferimentos, morte, perigos e desastres naturais; Na adolescência: Temores baseados em comparações sociais, é comum a ansiedade em relação a falhas, críticas e aparência física. 1 2 1 – Hipotálamo Região neurológica mais importante para o início do processo orgânico de ansiedade. Uma região capaz de integrar uma série de informações recebidas pelo SNC. 2 - Depois de integradas essas informações, o Hipotálamo age sobre a Hipófise. A Hipófise, passa a estimular 3 - As Supra-Renais toda a produz adrenalina e cortisol constelação endócrina do ( são glândulas da maior importância no processo de organismo. Ansiedade e Estresse) 4 - Através de um esquema neuroendócrino-visceral todo organismo participará da atitude do Estresse e da Ansiedade 3 Avaliação Infantil durante anamnese: Entrevista clínica estruturada ou semi-estruturada obter o diagnóstico investigar as informações – identificar e quantificar os sintomas e áreas de comprometimento - definir alvos de mudança terapêutica Auto relatos dos pais – professores - criança Instrumentos: MASC Escala de levantamento de medos Inventário de Ansiedade Traço Estado para Criança (IDATE), Escala de Ansiedade Infantil "O Que Penso e Sinto" (OQPS) CBCL - Inventário de Comportamentos da Infância e Adolescência Escala Yale-Brown de Obsessões e Compulsões versão para crianças (Y-BOCS-VC) Inventário de Obsessões de Leyton Inventário de Ansiedade e Fobia Social para Crianças (ISPAI-C) Utilizar critérios do DSM IV Tratamento farmacológico: Não são considerados terapêutica de primeira escolha em crianças e adolescentes. Há alguns estudos com utilização de fluoxetina e sertralina associada à TCC Tratamento com a TCC: Objetivo: Não consiste em substituir pensamentos, mas sim ajudar a criança identificar e questionar o seu pensamento disfuncional desconfirmar crenças catastróficas Centra-se em acalmar sintomas angustiantes (psicológicos, emocionais, comportamentais-corporais ou somáticos, cognitivos e interpessoais) ensinando mais habilidades de enfrentamento. Envolve três estágios: A psicoeducaçao (TCC – transtorno - seus aspectos neurobiológicos e psicológicos) e reações fisiológicas; A reestruturação cognitiva – erros cognitivos (catastrofização) As intervenções baseadas em exposições e prevenções de resposta ao estímulo fóbico. Intervenções e Técnicas da TCC: Consciência das reações corporais em estado de ansiedade Automonitoração Treino de respiração Treinamento em relaxamento Reestruturação cognitiva Técnica de exposição gradual – imaginação e in vivo Utilização de recompensas contingentes Solução de problemas Correção de pensamentos distorcidos Treino de habilidades sociais Prevenção de respostas baseadas em hierarquia de sintomas Hierarquia de Evitação e Medo lista-se as “10 mais” difíceis situações numa ordem estabelecida de acordo com o nível de medo e\ou evitação. Estas situações são avaliadas pela ação da criança e dos pais em uma escala de 0 a 10 (0=sem medo, sem evitação - 8=medo extremo, sempre evita). Processo Instrumento Objetivo terapêutico específico Determina Unidades subjetivas de sofrimento Automonito Balões raçao Serve como base para construção de hierarquia Trilhas do de ansiedade e medo medo Termômetro Identifica os componentes cognitivos, emocionais, interpessoais , fisiológicos e do medo comportamentais do medo Inventários de autos relatos Avalia o grau de medo e ansiedade – Serve como base para a intervenção Avalia quantitativa e qualitativamente os componentes específicos de medos e ansiedades. – Fornece alvos para o tratamento Relaxamento Respiraçao diafragmática Relaxamento Muscular Progressivo ContraDessensibilizaçao condicionam sistemática ento Treinamento de Habilidades Sociais Fantoches – role-play Enevoar-se Diminui a tensão muscular e as queixas somáticas Rompe as associações entre sinais geradores de ansiedade e resposta do medo Prática de HS de maneira divertida e gradual Quando sente-se provocado fingir espanto e responder com humor ( a criança desaponta seus provocadores Ignorar e afastar-se Observar como o outro lida com as provocações Distração Observação Registrar (Como fui provocado - Como me Diário de senti - O que passou em minha cabeça - O que provocações fiz - Como funcionou t=terrível o=ótimo) Depressão Infantil Transtorno Bipolar Infantil A depressão se manifesta de modos diferentes conforme a idade da criança FAIXA ETÁRIA AUTOR REFERE QUE: Feto Eduardo Sá (2001) Os fetos podem deprimir, devido por ex.: Ansiedade maternal na gravidez, Atraso no desenvolvimento fetal ou após o nascimento. Primeira Clerget (1999) Infância (0 a 2 anos):, A ansiedade pode se apresentar com: Recusa em alimentar-se; Atraso no crescimento, no desenvolvimento psicomotor, da linguagem; Perturbação do sono e afecções somáticas. Idade préescolar (2 a 6 anos): Kashani, et al. (1987) A perturbação depressiva, se manifesta por Distúrbios de humor Distúrbio vegetativo; Clerget (1999) Nas crianças pequenas, podem existir: Comportamentos regressivos a todos os níveis, nomeadamente a nível esfincteriano, motor e de linguagem. FAIXA ETÁRIA Idade Escolar (6 a 12 anos):, AUTOR Clerget (1999) REFERE QUE: Entre os 6 e os 8 anos - tristeza prolongada, ansiedade de separação e sintomas psicossomáticos. Acima de 8 anos: expressam os seus sentimentos depressivos através de baixa auto-estima, ideias autodepreciatórias, sintomas psicossomáticos, baixa de energia, interesse e desespero, etc. Muitas vezes manifesta dificuldades escolares, elevação da ansiedade, do desinteresse, das dificuldades da concentração intelectual e dos problemas de comportamento, além dos problemas alimentares e de sono. Podem também surgir queixas psicossomáticas. Sintomas comuns: Humor depressivo ou irritável, dificuldade de concentração, alteração do sono (frequente hipersonia em crianças) ou apetite, sintomas de culpa ou inutilidade, diminuição de interesses, isolamento social, declínio escolar, fadiga e pensamentos de morte ou suicídio, ainda que em crianças menores de sete anos a noção de morte não tenha conotação definitiva. A irritabilidade e o comportamento agressivo são sintomas frequentes entre os adolescentes deprimidos, principalmente no sexo masculino. Comorbidades Ansiedade, Transtorno do déficit de atenção e hiperatividade, Uso de substâncias químicas (álcool e drogas) e Transtorno de conduta. É comum também: problemas neurológicos que sofreram danos cerebrais, portadores de epilepsia ou enxaqueca. Avaliação: Entrevista com pais e outros; Observações em sessões, em casa e na escola Desenhos, redações, argila, etc... Inventários e monitoramento de atividades diárias; Investigações das principais características e funcionamento social e conjugal dos pais que podem estar influenciando direta ou indiretamente o comportamento da criança e Na comunicação familiar, desempenho de papéis, regras, punições, etc... Comportamentos familiares que exponha a criança a riscos, como violência doméstica (incluindo negligência, abuso psicológico, físico e sexual), alcoolismo, drogadição, etc... Modelo cognitivo da depressão proposto por Beck Alterar a visão de si, dos outros e do futuro (tríade cognitiva), uma vez que elas podem ser errôneas, demasiadamente rígidas, difíceis de serem mudadas, levando o sujeito à disfuncionalidade. Técnicas Psicoeducação; Treinamento de Habilidades Sociais e Assertividade (iniciar e manter diálogos, defender seu ponto de vista e entender que os outros podem não concordar, que isso não significa ser rejeitado, expressar seus desejos de forma adequada, etc...) Treinamento de Resolução de Problemas Modelação – estimular o paciente na busca de um comportamento desejado. Treinamento aos pais Curso de Enfrentamento da Depressão – (CADA) Adolescentes 14-18a (16 sessões de 2h) Grupo em formato de um curso com forte traço psicoeducacional, de caráter não estigmatizante Papel terapeuta instrutor em diversas técnicas como: Fase aguda: Monitoramento do estado de ânimo Habilidades Sociais Atividades agradáveis Manejo da ansiedade Reestruturação cognitiva Técnicas de comunicação Resolução de problema Com pais (2 sessões): Treinamento em habilidades de resolução de conflitos TRANSTORNO BIPOLAR NA INFÂNCIA E ADOLESCÊNCIA Transtorno bipolar do humor Alterações cíclicas do humor que se manifestam com episódios depressivos alternando-se com episódios de euforia/mania em diferentes graus de intensidade. Está associado a alterações cerebrais funcionais envolvendo áreas como o lobo pré-frontal e a amígdala, fundamentais para o processamento das emoções e motivação. E também: A produção de serotonina, um neurotransmissor que atua no funcionamento harmônico do sistema nervoso. Fase maníaca Estado de humor excessivamente elevado, eufórico Agitação de fala e comportamento Excesso de pensamentos Alterações no sono Fase depressiva Baixa auto-estima com sentimentos de tristeza, vazio, falta de esperança, culpa excessiva ou pessimismo. Choro e melancolia. Sentimentos de inferioridade. Fadiga ou perda de energia e outros ...... Estado misto É caracterizado por sintomas depressivos e maníacos acentuados acontecendo simultaneamente em um mesmo dia. Estado de hipomania É um estado de euforia mais leve, que não causa muitos prejuízos Transtorno ciclotímico ou ciclotimia Há uma alteração crônica e flutuante do humor, alternando períodos de sintomas maníacos e períodos de sintomas depressivos não graves e nem suficientes para se ter certeza de se tratar de depressão ou de mania. O TB acarreta graves problemas no funcionamento global das crianças e nos relacionamentos familiares. Elas apresentam dificuldades acadêmicas, nas relações interpessoais e apresentam maior risco para abuso de substâncias, além de problemas legais, maior frequência de comportamento suicida, e também maior número de hospitalizações. O TBI é uma doença séria que prejudica severamente o crescimento emocional e cognitivo da criança. Em adolescentes: Comumente não é reconhecido até o final da adolescência devido às características da fase; Podem ser confundidos com o TDAH, com um transtorno de comportamento, com o TDO ou com o transtorno de conduta (TC) e com a esquizofrenia. Os sintomas mais frequentemente encontrados: são mudanças episódicas de humor (depressão e irritável) e raiva descontrolada, com ausência de diferença de gênero na apresentação do sintomas. Psicofármacos: Estabilizadores de humor – primeira escolha: lítio, Valproato de sódio , carbamazepina, antipsicótico (risperidona) Estimulantes - Com comorbidade ao TDAH: pode ser tratado, mas somente após estabilização com um estabilizador do humor (antidepressivos e estimulantes podem exacerbar sintomas de mania). A TCC Inclui dois componentes: O cognitivo Que enfatiza a noção de que pacientes com transtorno bipolar desenvolvem estilos de pensamentos sobre si ou sobre o mundo, demasiadamente negativos ou positivos. Ex. crenças de que “Não valho nada, ninguém gosta de mim” ou “Sou muito melhor do que todos, posso fazer o que eu quiser”, desenvolvendo, assim, quadros de depressão ou mania; O comportamental Aborda-se questões de modificação de comportamento, a fim de melhorar os sintomas e o relacionamento social Ex.: Agenda de atividades físicas, culturais e sociais para melhora dos sintomas depressivos e treinos de manejo da raiva para sintomas de impulsividade. Os esquema situação-pensamento-ação são trabalhados buscando o reconhecimento e entendimento dos pensamentos distorcidos, modificando a forma de reagir às situações. Técnicas: Psicoeducação: (Fornecer material educativos) Auxiliar a família a reconhecer os comportamentos da criança como doença para pode prevenir crises e melhorar a interação e o apoio familiar. Focar a melhora da comunicação e gerando estratégias de resolução de problemas sociais; Indicar associações locais e se necessário, programa e inclusão escolar, principalmente durante o período de crise Técnicas de manejo da impulsividade (comportamentos) (ABC, habilidades sociais); Técnica de relaxamento e respiração (crises maníacas) Técnica de resolução de problemas. Recompensas Fortalecimento da auto-estima Modelagem Contenção de contingências - negociação e troca. Treinamento de pais, com objetivo de diminuir o comportamento-problema da criança ou adolescente. Transtornos de comportamento TDAH Transtorno desafiador de Oposição (TDO) Transtorno de conduta Crianças que não conseguem parar quietas, estão o tempo todo “aprontando”, “a mil”, como se estivessem “ligadas na tomada”. Muitas vezes parecem não ouvir quando chamadas, e quando “ouvem” parecem ter muita dificuldade em se organizar para fazer o que lhes é pedido. Frequentemente têm dificuldade em aguardar sua vez nas atividades, interrompem os outros, mudam de assunto de forma recorrente e agem impulsivamente, chegando a apresentar comportamentos agressivos. Na escola apresentam, frequentemente, dificuldades no aprendizado, assim como no relacionamento com seus colegas, levando tanto a repetências quanto à evasão escolar, a expulsões e a sentimentos de menos valia e baixa auto-estima. Etiologia: Barkley postula que a conduta disfuncional da criança seria problemática multicausal relacionando os fatores: Características da criança: Fatores neurobiológicos, que influenciam no seu temperamento e no funcionamento das áreas do córtex pré-frontal orientadas ao planejamento, inibição e controle das condutas. Estressantes ambientais: características do ambiente de criação e desenvolvimento da criança. Consequências: reforço positivo e negativo dos comportamentos disfuncionais. Características dos pais: possível psicopatologia em figuras significativas Além de incompatibilidade de características entre pais e as crianças podem apresentar déficits na flexibilidade ou adaptabilidade, na tolerância à frustração e\ou na resolução de problemas. Isso seria produto das dificuldades nas funções executivas, habilidades de processamento verbal, regulação das emoções, flexibilidade cognitiva (ex. pensamento de tudo ou nada, concreto) e nas habilidades sociais Um transtorno de origem na infância que caracteriza-se por dificuldades intensas e persistentes na regulação da atenção e/ou impulsividade e hiperatividade frequente, levando ao comprometimento da vida social, profissional e acadêmica. Estudos epidemiológicos realizados em diversos países, com características culturais revelaram que o TDAH existe em todas as culturas. Esses estudos comprovam que o TDAH NÃO é secundário a fatores ambientais como estilo de educação dos pais (a famosa “falta de limites”) ou conseqüência de conflitos psicológicos. Sabe-se que várias áreas cerebrais estão envolvidas no TDAH, principalmente o córtex pré-frontal, que funciona como um “freio” inibitório. Para prestar atenção a um estímulo precisamos constantemente filtrar, ou inibir os demais estímulos a nossa volta. Portanto, um comprometimento dessa região torna a pessoa mais desatenta, hiperativa e impulsiva. Avaliação diagnóstica do TDAH: É feito a partir da demonstração de características neurocomportamentais de desatenção e hiperatividade/impulsividade comprometedoras do funcionamento do indivíduo e impróprias para determinada fase do desenvolvimento. Na maioria dos casos, sinais de hereditariedade É preciso descartar a hipótese de Retardo Mental. • Não existem exames laboratoriais específicos; • Como pesquisa utiliza-se a tomografia, ressonância magnética ou SPECT cerebral; • Utiliza-se a história clínica completa, entrevistas (com criança, pais e professores) • Avaliação médica neurológica • Avaliação neuropsicológica (WISC-WAIS e outros) Comorbidades com o TDAH: • Transtornos disruptivos (transtornos de conduta e transtorno desafiador de oposição) – entre 30 e 50% • Depressão – entre 15 a 20% • Transtornos de ansiedade – aproximad. 25% • Transtorno de Aprendizagem – 10 a 25% • Abuso e/ou depend.de drogas – entre 9 e 40% É a maior comorbidade encontrada em crianças e adolescentes. Sua incidência pode chegar à 65% dos casos de TDAH (DDA) dos quais 63% são meninos e 32% são meninas. Caracteriza-se por um comportamento desafiador e opositivo com relação às figuras de autoridade, principalmente pais e professores. Para enfrentar e desobedecer aos comandos destes, violam regras, mentem, podem ser agressivos, desrespeitando limites e direitos alheios. Esse comportamento resulta em respostas punitivas, raivosas, descontroladas às quais crianças e adolescentes revidam descontroladamente. Geralmente sentem-se injustiçados por tantas críticas e punições, gerando uma maior baixa auto-estima, mais agressividade, maiores taxas de disfunção escolar e transtornos anti-sociais. TDO Etiologia: Acredita-se que fatores genéticos associados a desencadeadores ambientais possam estar envolvidos (práticas parentais inflexíveis/inadequadas/inconsistentes. Sintomas: Iniciam-se normalmente antes dos 8 anos de Idade; TRATAMENTO MEDICAMENTOSO TDAH - TDO NOME QUÍMICO NOME COMERCIAL DOSAGEM DURAÇÃO DO EFEITO MEDICAMENTOS DE PRIMEIRA LINHA Metilfenidato (ação curta) Metilfenidato (ação prolongada) Atomoxetina RitalinaUTILIZADAS NO5TRATAMENTO a 20mg deDO2 TDAH a 3 vezes MEDICAÇÕES ao dia Concerta 18 a 72mg pela manhã Ritalina LA 20 a 40mg pela manhã Strattera bloqueador de NA Antidepressivo 10,18,25,40 e 60mg 1 vez ao dia 3 a 5 horas Cerca de 12 horas Cerca de 8 horas Cerca de 24 horas MEDICAMENTOS DE SEGUNDA LINHA (não são a primeira opção) Tofranil 2,5 a 5mg por kg de peso divididos em 2 doses Nortriptilina (antidepressivo) Pamelor 1 a 2,5mg por kg de peso divididos em 2 doses Bupropiona (antidepressivo) Wellbutrin SR 150mg 2 vezes ao dia Atensina 0,05mg ao deitar ou 2 vezes ao dia Imipramina (antidepressivo) Clonidina (medicamento anti-hipertensivo) 12 a 24 horas Dentro da psiquiatria da infância e da adolescência é um dos quadros mais problemáticos por situar-se nos limites da psiquiatria com a moral e a ética. Anteriormente chamado de Delinquência, o qual se caracteriza por um padrão repetitivo e persistente de conduta anti-social, agressiva ou desafiadora, por no mínimo seis meses. Causa sérios prejuízos no funcionamento social, acadêmico ou ocupacional, favorecendo uma espécie de círculo vicioso: transtornos de conduta, prejuízo sócio-ocupacional, repressões sociais, rebeldia, mais Transtorno de Conduta. A baixa tolerância a frustrações favorece as crises de irritabilidade, explosões temperamentais e agressividade exagerada, parecendo, muitas vezes, uma espécie de comportamento vingativo e desaforado. Sintomas: Crueldade com animais Destruição propriedade alheia Brigas Fuga de casa Imposição de sexo a força Crueldade com pessoas Uso de armas Provocação de incêndio Ausência na escola Roubos ……. O diagnóstico de Transtorno de Conduta deve ser feito muito cuidadosamente, pois pode ser indício do TDAH, ou Retardo Mental, Episódios Maníacos do Transtorno Afetivo Bipolar ou mesmo a Esquizofrenia. Tratamento psicofármaco Estimulantes: metilfenidato (reduzem comportamento desinibido) Estabilizador do humor: litio – anticonvulsivantes (reduzem descontrole comportamental) Antipsicóticos: Risperidona (reduz atividade do SNC) Adrenérgicos: clonidina, propanolol…. (aumenta a tolerância a frustração) Foco da TCC está nas percepções e nos pensamentos das crianças agressivas, que costumam se caracterizar pela percepção de ameaças e frustrações; Nas funções cognitivas de autocontrole, ajuste, avaliação e resolução de problemas (Kendall, 2000) As técnicas e objetivos estão direcionados aos déficits e as distorções do processamento cognitivo dos eventos e a sua regulação sobre emoções, principalmente a ira. Abordagens com a TCC Psicoeducação – TCC e trantorno e aumento de capacidades de raciocínio moral (sugestão de dilemas morais) Automonitoração (modelo ABC) Proporcionar consequências imediatas do bom e do mau comportamento. (o que ganha\o que perde) Treinamento no manejo da raiva Habilidades comportamentais básicas (HS) Treinamento de empatia Resolução de problemas Abordagens com a TCC Análise racional (RPD – reatribuiçao - Qual seria outra explicação para a situação?) Projeção do tempo Abordagens auto-instrutivas (de propósito – Sem querer) Técnicas de relaxamento e de respiração Modelagem Manejo do comportamento em público Programas de treinamento de pais (TP) Formas de disciplina moderada BIBLIOGRAFIAS Bunge, E. Terapia cognitiva com crianças e adolescentes: Aportes técnicos – Casa do Psicólogo. Daniel J. Carlat – Entrevista Psiquiátrica – Artmed Dorothy Stubbe – Psiquiatria da Infância e Adolescência – Artmed; Judith S. Beck – Terapia Cognitiva – Teoria e Prática – Artmed Mark A. Reinecke, Frank M. Dattilio, Arthur Freeman – Terapia Cognitiva com Crianças e Adolescentes – Manual para a prática clínica – Artmed Paul Stallard – Bons Pensamentos – Bons Sentimentos – Artmed BIBLIOGRAFIAS Paulo Kanapp e outros - Terapia Cognitivo-Comportamental no Déficit de Atenção/Hiperatividade –– Artmed Paulo Knapp & Colaboradores – Terapia Comportamental na Prática Psiquiátrica - Artmed; Cognitivo Renato Maiato Caminha, Marina Gusmão Caminha – A Prática Cognitiva na Infância –– Roca Robert D. Friedberg, Jéssica M. McClure - A Prática Clínica de Terapia Cognitiva com Crianças e Adolescentes –– Artmed; Russell A. Barkley - TDAH – Guia completo para profissionais, professores e pais –- Artmed Atividades práticas - Estudo de Caso Crença Central (Qual é a crença mais central sobre si mesmo?) __________________________________________________________________ __________________________________________________________________ __________________________________________________________________ __________________________________________________________________ Crenças intermediárias _________________________________________________________ _________________________________________________________ _________________________________________________________ ________________________________________________________ HD:______________________________________________________________ Eixo DSM IV: ______________________________________________________ Estratégias Comportamentais (Quais comportamentos o ajudam a lidar com a crença?) ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ Metas e Intervenções: ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ [email protected]