MÓDULO 3 APLICAÇÕES CLÍNICAS DA TCC Rita Amorim 9 8363-3210 MODULO 3 18. Aplicações da TCC 18.1. Transtornos de Ansiedade Infantil 18.2. Depressão Infantil 18.3. Transtorno bipolar Infantil 18.4. TDAH - TDO 18.5. Transtorno de conduta Na infância não podemos afirmar que há uma variável única que apareça como a causa da psicopatologia. Entende-se que o comportamento é multideterminado por um número de fatores causais (biológicos, genéticos, interpessoais e ambientais) que interagem contribuindo para o desenvolvimento patológico. Mas, há evidência empírica relativa a que a intervenção sobre o processamento individual de informação apresenta uma importante incidência sobre as manifestações emocionais e comportamentais (Kendall, 2000) Esses processos cognitivos são condicionados por crenças que o indivíduo mantêm sobre si mesmo, o mundo e o futuro. Estas crenças são construídas ao longo do desenvolvimento e funcionam como lentes que guiam a percepção, recuperação, processamento e interpretação da informação. Quando a resposta emocional ou comportamental da criança a um evento é desadaptativa, presume-se a ingerências nas suas habilidades comportamentais, ou distorções nas crenças e processos resultantes. TRANSTORNO DE ANSIEDADE EM CRIANÇAS Como sentimos emocionalmente a ansiedade ? Normalmente, aparece em nossa vida como um sentimento de apreensão, uma sensação de que algo está para acontecer, uma expectativa e um estado de alerta. A ansiedade é responsável por uma constante pressa em terminar as coisas que ainda nem começamos, um estado de "susto crônico e contínuo". É a corrida para não deixar nada para trás. É um estado de alarme contínuo e uma prontidão para o que der e vier. Ansiedade é um sentimento vago e desagradável de medo, apreensão, caracterizado por tensão ou desconforto derivado de antecipação de perigo, de algo desconhecido ou estranho. Em crianças, pode causar efeito significativo no funcionamento diário, criar um impacto na trajetória do desenvolvimento e interferir na capacidade de aprendizagem, no desenvolvimento de amizades e nas relações familiares. Diferentemente dos adultos, crianças podem não reconhecer seus medos como exagerados ou irracionais, especialmente as menores. A ansiedade envolve componentes: Cognitivos: avaliações de situações e eventos são vistas como um risco antecipado (ideias catastróficas, sensação de insegurança, sentimentos de inferioridade) Fisiológicos: prepara o corpo para alguma ação que se faça necessária . Ex. luta ou fuga (taquicardia, opressão no peito, sintomas respiratórios e gastrointestinais como náuseas) Comportamentais: ajuda a criança a antecipar e evitar um perigo futuro.(evitamento/esquiva, inquietação) Ansiedade é uma resposta normativa concebida para facilitar a auto-proteção, com o foco particular do medo e da preocupação variando de acordo com o desenvolvimento da criança e suas experiências anteriores. A preocupação é um dos componentes mais importantes da ansiedade. O conteúdo foca-se no desempenho escolar, em morrer, na saúde (machucar e ferir) e nos contatos sociais e pensamentos autocríticos e de perigo ou ameaça, porém se alteram ao longo da infância. Relacionando medo e ansiedade a: Crianças muito pequenas: ruídos repentinos, acontecimentos inesperados e cautela em relação a estranhos; Conforme a criança vai desenvolvendo apego, é comum surgir um medo de separação no final do primeiro ano. Em torno dos 6a: continuam as preocupações com a perda do pais ou em se separar deles; Entre 10 e 13a: surgem temores quanto a ferimentos, morte, perigos e desastres naturais; Na adolescência: Temores são baseados em comparações sociais, é comum a ansiedade em relação a falhas, críticas e aparência física. 2 1 1 – Hipotálamo Região neurológica mais importante para o início do processo orgânico de ansiedade. Uma região capaz de integrar uma série de informações recebidas pelo SNC. Sistema Límbico 2 - Depois de integradas essas informações, o Hipotálamo age sobre a Hipófise. A Hipófise, passa a estimular 3 - As Supra-Renais toda a produz adrenalina e cortisol constelação endócrina do ( são glândulas da maior importância no processo de organismo. Ansiedade e Estresse) 4 - Através de um esquema neuroendócrino-visceral todo organismo participará da atitude do Estresse e da Ansiedade 3 Avaliação Infantil durante anamnese: Entrevista clínica estruturada ou semi-estruturada obter o diagnóstico investigar as informações – identificar e quantificar os sintomas e áreas de comprometimento - definir alvos de mudança terapêutica Auto relatos dos pais – professores - criança TRANSTORNOS DE ANSIEDADE Instrumentos: MASC Escala de levantamento de medos Inventário de Ansiedade Traço Estado para Criança (IDATE), Escala de Ansiedade Infantil "O Que Penso e Sinto" (OQPS) CBCL - Inventário de Comportamentos da Infância e Adolescência Escala Yale-Brown de Obsessões e Compulsões versão para crianças (Y-BOCS-VC) Inventário de Obsessões de Leyton Inventário de Ansiedade e Fobia Social para Crianças (ISPAI-C) Utilizar critérios do DSM IV TRANSTORNOS DE ANSIEDADE Tratamento farmacológico: Não são considerados terapêutica de primeira escolha em crianças e adolescentes. Há alguns estudos com utilização de fluoxetina e sertralina associada à TCC Tratamento com a TCC: Objetivo: Consiste em ajudar a criança identificar e questionar o seu pensamento disfuncional desconfirmar crenças catastróficas E não em substituir pensamentos, Centra-se em acalmar sintomas angustiantes (psicológicos, emocionais, comportamentais-corporais ou somáticos, cognitivos e interpessoais) ensinando mais habilidades de enfrentamento. Envolve três estágios: A psicoeducação (TCC – transtorno - seus aspectos neurobiológicos e psicológicos) e reações fisiológicas; A reestruturação cognitiva – erros cognitivos (catastrofização) As intervenções baseadas em exposições e prevenções de resposta ao estímulo fóbico. TRANSTORNOS DE ANSIEDADE Intervenções e Técnicas da TCC: Consciência das reações corporais em estado de ansiedade Automonitoração Treino de respiração Treinamento em relaxamento Reestruturação cognitiva Técnica de exposição gradual – imaginação e in vivo Utilização de recompensas contingentes Solução de problemas Correção de pensamentos distorcidos TRANSTORNOS DE ANSIEDADE Treino de habilidades sociais Prevenção de respostas baseadas em hierarquia de sintomas Hierarquia de Evitação e Medo lista-se as “10 mais” difíceis situações numa ordem estabelecida de acordo com o nível de medo e\ou evitação. Estas situações são avaliadas pela ação da criança e dos pais em uma escala de 0 a 10 (0=sem medo, sem evitação - 10=medo extremo, sempre evita). Processo terapêutico Automonito raçao Instrumento específico Balões Objetivo Determina Unidades subjetivas de sofrimento Trilhas do medo Serve como base para construção de hierarquia de ansiedade e medo Termômetro do medo Identifica os componentes cognitivos, emocionais, interpessoais , fisiológicos e comportamentais do medo Inventários de Avalia o grau de medo e ansiedade – Serve como autos relatos base para a intervenção Avalia quantitativa e qualitativamente os componentes específicos de medos e ansiedades. – Fornece alvos para o tratamento Relaxamento Respiraçao diafragmática Relaxamento Muscular Progressivo ContraDessensibilizaçao condicionam sistemática ento Diminui a tensão muscular e as queixas somáticas Fantoches – Treinamento de Habilidades role-play Sociais Enevoar-se Prática de HS de maneira divertida e gradual Ignorar e afastar-se Distração Observação Diário de provocações Rompe as associações entre sinais geradores de ansiedade e resposta do medo Quando sente-se provocado fingir espanto e responder com humor ( a criança desaponta seus provocadores Observar como o outro lida com as provocações Registrar (Como fui provocado - Como me senti O que passou em minha cabeça - O que fiz Como funcionou t=terrível o=ótimo) Depressão Infantil Transtorno Bipolar Infantil A depressão se manifesta de modos diferentes conforme a idade da criança FAIXA ETÁRIA Feto AUTOR REFERE QUE: Eduardo Sá (2001) Os fetos podem deprimir, devido por ex.: Ansiedade maternal na gravidez, Atraso no desenvolvimento fetal ou após o nascimento. Primeira Infância (0 a 2 anos):, Clerget (1999) A ansiedade pode se apresentar com: Recusa em alimentar-se; Atraso no crescimento, no desenvolvimento psicomotor, da linguagem; Perturbação do sono e afecções somáticas. Idade préescolar (2 a 6 anos): Kashani, et al. (1987) A perturbação depressiva, se manifesta por Distúrbios de humor Distúrbio vegetativo; Clerget (1999) Nas crianças pequenas, podem existir: Comportamentos regressivos a todos os níveis, nomeadamente a nível esfincteriano, motor e de linguagem. FAIXA ETÁRIA AUTOR Idade Escolar (6 a 12 anos):, Clerget (1999) REFERE QUE: Entre os 6 e os 8 anos - tristeza prolongada, ansiedade de separação e sintomas psicossomáticos. Acima de 8 anos: expressam os seus sentimentos depressivos através de baixa auto-estima, ideias autodepreciatórias, sintomas psicossomáticos, baixa de energia, interesse e desespero, etc. Muitas vezes manifesta dificuldades escolares, elevação da ansiedade, do desinteresse, das dificuldades da concentração intelectual e dos problemas de comportamento, além dos problemas alimentares e de sono. Podem também surgir queixas psicossomáticas. Sintomas comuns: Humor depressivo ou irritável, dificuldade de concentração, alteração do sono (frequente hipersonia em crianças) ou apetite, sintomas de culpa ou inutilidade, diminuição de interesses, isolamento social, declínio escolar, fadiga e pensamentos de morte ou suicídio, ainda que em crianças menores de sete anos a noção de morte não tenha conotação definitiva. A irritabilidade e o comportamento agressivo são sintomas frequentes entre os adolescentes deprimidos, principalmente no sexo masculino. Comorbidades Ansiedade, Transtorno do déficit de atenção e hiperatividade, Uso de substâncias químicas (álcool e drogas) e Transtorno de conduta. É comum também: problemas neurológicos que sofreram danos cerebrais, portadores de epilepsia ou enxaqueca. Avaliação: Entrevista com pais e outros; Observações em sessões, em casa e na escola Desenhos, redações, argila, etc... Inventários e monitoramento de atividades diárias; Investigações das principais características e funcionamento social e conjugal dos pais que podem estar influenciando direta ou indiretamente o comportamento da criança e Na comunicação familiar, desempenho de papéis, regras, punições, etc... Comportamentos familiares que exponha a criança a riscos, como violência doméstica (incluindo negligência, abuso psicológico, físico e sexual), alcoolismo, drogadição, etc... Modelo cognitivo da depressão proposto por Beck Alterar a visão de si, dos outros e do futuro (tríade cognitiva), uma vez que elas podem ser errôneas, demasiadamente rígidas, difíceis de serem mudadas, levando o sujeito à disfuncionalidade. Técnicas Psicoeducação; Treinamento de Habilidades Sociais e Assertividade (iniciar e manter diálogos, defender seu ponto de vista e entender que os outros podem não concordar, que isso não significa ser rejeitado, expressar seus desejos de forma adequada, etc...) Treinamento de Resolução de Problemas Modelação – estimular o paciente na busca de um comportamento desejado. Treinamento aos pais Curso de Enfrentamento da Depressão – (CADA) Adolescentes 14-18a (16 sessões de 2h) Grupo em formato de um curso com forte traço psicoeducacional, de caráter não estigmatizante Papel terapeuta instrutor em diversas técnicas como: Fase aguda: Monitoramento do estado de ânimo Habilidades Sociais Atividades agradáveis Manejo da ansiedade Reestruturação cognitiva Técnicas de comunicação Resolução de problema Com pais (2 sessões): Treinamento em habilidades de resolução de conflitos TRANSTORNO BIPOLAR NA INFÂNCIA E ADOLESCÊNCIA Transtorno bipolar do humor Alterações cíclicas do humor que se manifestam com episódios depressivos alternando-se com episódios de euforia/mania em diferentes graus de intensidade. Está associado a alterações cerebrais funcionais envolvendo áreas como o lobo pré-frontal e a amígdala, fundamentais para o processamento das emoções e motivação. E também: A produção de serotonina, neurotransmissor que atua no funcionamento harmônico do sistema nervoso. Fase maníaca Estado de humor excessivamente elevado, eufórico Agitação de fala e comportamento Excesso de pensamentos Alterações no sono Fase depressiva Baixa auto-estima com sentimentos de tristeza, vazio, falta de esperança, culpa excessiva ou pessimismo. Choro e melancolia. Sentimentos de inferioridade. Fadiga ou perda de energia e outros ...... Estado misto É caracterizado por sintomas depressivos e maníacos acentuados acontecendo simultaneamente em um mesmo dia. Estado de hipomania É um estado de euforia mais leve, que não causa muitos prejuízos Transtorno ciclotímico ou ciclotimia Há uma alteração crônica e flutuante do humor, alternando períodos de sintomas maníacos e períodos de sintomas depressivos não graves e nem suficientes para se ter certeza de se tratar de depressão ou de mania. O TB acarreta graves problemas no funcionamento global das crianças e nos relacionamentos familiares. Elas apresentam dificuldades acadêmicas, nas relações interpessoais e apresentam maior risco para abuso de substâncias, além de problemas legais, maior frequência de comportamento suicida, e também maior número de hospitalizações. O TBI é uma doença séria que prejudica severamente o crescimento emocional e cognitivo da criança. Em adolescentes: Comumente não é reconhecido até o final da adolescência devido às características da fase; Podem ser confundidos com o TDAH, com um transtorno de comportamento, com o TDO ou com o transtorno de conduta (TC) e com a esquizofrenia. Os sintomas mais frequentemente encontrados: mudanças episódicas de humor (depressão e irritável) e raiva descontrolada, com ausência de diferença de gênero na apresentação dos sintomas. Psicofármacos: Estabilizadores de humor – primeira escolha: lítio, Valproato de sódio , carbamazepina, antipsicótico (risperidona) Estimulantes - Com comorbidade ao TDAH: pode ser tratado, mas somente após estabilização com um estabilizador do humor (antidepressivos e estimulantes podem exacerbar sintomas de mania). A TCC Inclui dois componentes: O cognitivo Que enfatiza a noção de que pacientes com transtorno bipolar desenvolvem estilos de pensamentos sobre si ou sobre o mundo, demasiadamente negativos ou positivos. Ex. crenças de que “Não valho nada, ninguém gosta de mim” ou “Sou muito melhor do que todos, posso fazer o que eu quiser”, desenvolvendo, assim, quadros de depressão ou mania; O comportamental Aborda-se questões de modificação de comportamento, a fim de melhorar os sintomas e o relacionamento social Ex.: Agenda de atividades físicas, culturais e sociais para melhora dos sintomas depressivos e treinos de manejo da raiva para sintomas de impulsividade. Os esquemas situação-pensamento-ação são trabalhados buscando o reconhecimento e entendimento dos pensamentos distorcidos, modificando a forma de reagir às situações. Técnicas: Psicoeducação: (Fornecer material educativos) Auxiliar a família a reconhecer os comportamentos da criança como doença para pode prevenir crises e melhorar a interação e o apoio familiar. Focar a melhora da comunicação e gerando estratégias de resolução de problemas sociais; Indicar associações locais e se necessário, programa e inclusão escolar, principalmente durante o período de crise Técnicas de manejo da impulsividade (comportamentos) (ABC, habilidades sociais); Técnica de relaxamento e respiração (crises maníacas) Técnica de resolução de problemas. Recompensas Fortalecimento da auto-estima Modelagem Contenção de contingências - negociação e troca. Treinamento de pais, com objetivo de diminuir o comportamento-problema da criança ou adolescente. TRANSTORNOS DE COMPORTAMENTO TDAH Transtorno desafiador de Oposição (TDO) Transtorno de conduta Crianças que não conseguem parar quietas, estão o tempo todo “aprontando”, “a mil”, como se estivessem “ligadas na tomada”. Muitas vezes parecem não ouvir quando chamadas, e quando “ouvem” parecem ter muita dificuldade em se organizar para fazer o que lhes é pedido. Frequentemente têm dificuldade em aguardar sua vez nas atividades, interrompem os outros, mudam de assunto de forma recorrente e agem impulsivamente, chegando a apresentar comportamentos agressivos. Na escola apresentam, frequentemente, dificuldades no aprendizado, assim como no relacionamento com seus colegas, levando tanto a repetências quanto à evasão escolar, a expulsões e a sentimentos de menos valia e baixa autoestima. Etiologia: Barkley postula que a conduta disfuncional da criança seria problemática multicausal relacionando os fatores: Características da criança: Fatores neurobiológicos, que influenciam no seu temperamento e no funcionamento das áreas do córtex pré-frontal orientadas ao planejamento, inibição e controle das condutas. Estressantes ambientais: características do ambiente de criação e desenvolvimento da criança. Consequências: reforço positivo e negativo dos comportamentos disfuncionais. Características dos pais: possível psicopatologia em figuras significativas Além de incompatibilidade de características entre pais e as crianças podem apresentar déficits na flexibilidade ou adaptabilidade, na tolerância à frustração e\ou na resolução de problemas. Isso seria produto das dificuldades nas funções executivas, habilidades de processamento verbal, regulação das emoções, flexibilidade cognitiva (ex. pensamento de tudo ou nada, concreto) e nas habilidades sociais TDAH Um transtorno de origem na infância que caracteriza-se por dificuldades intensas e persistentes na regulação da atenção e/ou impulsividade e hiperatividade frequente, levando ao comprometimento da vida social, profissional e acadêmica. Estudos epidemiológicos realizados em diversos países, com características culturais revelaram que o TDAH existe em todas as culturas. Esses estudos comprovam que o TDAH NÃO é secundário a fatores ambientais como estilo de educação dos pais (a famosa “falta de limites”) ou conseqüência de conflitos psicológicos. Sabe-se que várias áreas cerebrais estão envolvidas no TDAH, principalmente o córtex pré-frontal, que funciona como um “freio” inibitório. Para prestar atenção a um estímulo precisamos constantemente filtrar, ou inibir os demais estímulos a nossa volta. Portanto, um comprometimento dessa região torna a pessoa mais desatenta, hiperativa e impulsiva. Avaliação diagnóstica do TDAH: É feito a partir da demonstração de características neurocomportamentais de desatenção e hiperatividade/impulsividade comprometedoras do funcionamento do indivíduo e impróprias para determinada fase do desenvolvimento. Na maioria dos casos, sinais de hereditariedade É preciso descartar a hipótese de Retardo Mental. • Não existem exames laboratoriais específicos; • Como pesquisa utiliza-se a tomografia, ressonância magnética ou SPECT cerebral; • Utiliza-se a história clínica completa, entrevistas (com criança, pais e professores) • Avaliação médica neurológica • Avaliação neuropsicológica (WISC-WAIS e outros) Comorbidades com o TDAH: • Transtornos disruptivos (transtornos de conduta e transtorno desafiador de oposição) – entre 30 e 50% • Depressão – entre 15 a 20% • Transtornos de ansiedade – aproximad. 25% • Transtorno de Aprendizagem – 10 a 25% • Abuso e/ou depend.de drogas – entre 9 e 40% TRANSTORNO DESAFIADOR DE OPOSIÇÃO - TDO É a maior comorbidade encontrada em crianças e adolescentes. Sua incidência pode chegar à 65% dos casos de TDAH (DDA) dos quais 63% são meninos e 32% são meninas. Caracteriza-se por um comportamento desafiador e opositivo com relação às figuras de autoridade, principalmente pais e professores. Para enfrentar e desobedecer aos comandos destes, violam regras, mentem, podem ser agressivos, desrespeitando limites e direitos alheios. Esse comportamento resulta em respostas punitivas, raivosas, descontroladas às quais crianças e adolescentes revidam descontroladamente. Geralmente sentem-se injustiçados por tantas críticas e punições, gerando uma maior baixa auto-estima, mais agressividade, maiores taxas de disfunção escolar e transtornos anti-sociais. TDO Etiologia: Acredita-se que fatores genéticos associados a desencadeadores ambientais possam estar envolvidos (práticas parentais inflexíveis/inadequadas/inconsistentes. Sintomas: Iniciam-se normalmente antes dos 8 anos de Idade; TRATAMENTO MEDICAMENTOSO TDAH - TDO MEDICAMENTOS RECOMENDADOS EM CONSENSOS DE ESPECIALISTAS TDAH NOME QUÍMICO NOME COMERCIAL DOSAGEM DURAÇÃO APROXIMADA DO EFEITO PRIMEIRA ESCOLHA: ESTIMULANTES (em ordem alfabética) Lis-dexanfetamina Venvanse Metilfenidato (ação Ritalina curta) Concerta 30, 50 ou 70mg pela manhã 12 horas 5 a 20mg de 2 a 3 vezes ao dia 3 a 5 horas 18, 36 ou 54mg pela manhã 12 horas Metilfenidato (ação prolongada) Ritalina LA 20, 30 ou 40mg pela manhã 8 horas SEGUNDA ESCOLHA: caso o primeiro estimulante não tenha obtido o resultado esperado, deve-se tentar o segundo estimulante TERCEIRA ESCOLHA Atomoxetina (1) Strattera 10,18,25,40 e 60mg 1 vez ao 24 horas dia QUARTA ESCOLHA: antidepressivos Imipramina (antidepressivo) Tofranil 2,5 a 5mg por kg de peso divididos em 2 doses Nortriptilina (antidepressivo) Pamelor 1 a 2,5mg por kg de peso divididos em 2 doses Bupropiona 150mg 2 vezes ao dia (antidepressivo) Wellbutrin SR QUINTA ESCOLHA: caso o primeiro antidepressivo não tenha obtido o resultado esperado, deve-se tentar o segundo antidepressivo SEXTA ESCOLHA: alfa-agonistas Clonidina (medicamento Atensina anti-hipertensivo) (2) 0,05mg ao deitar ou 2 vezes ao 12 a 24 dia horas OUTROS MEDICAMENTOS Modafinila (medicamento para distúrbio do sono) Stavigile 100 a 200mg por dia, no café Outros medicamentos que ainda não existem no Brasil: Focalin – um “derivado” do metilfenidato (uma parte da própria molécula) Daytrana – um adesivo (para colocar na pele) de metilfenidato Dexedrine – uma anfetamina (Dextroanfetamina); existe a formulação de ação curta e de ação prolongada Adderall – uma mistura de anfetaminas; existe a formulação de ação curta e de ação prolongada - See more at: http://www.tdah.org.br/br/sobretdah/tratamento.html#sthash.VBxNbZS7.dpuf TRANSTORNO DE CONDUTA Dentro da psiquiatria da infância e da adolescência é um dos quadros mais problemáticos por situar-se nos limites da psiquiatria com a moral e a ética. Anteriormente chamado de Delinquência, o qual se caracteriza por um padrão repetitivo e persistente de conduta anti-social, agressiva ou desafiadora, por no mínimo seis meses. Causa sérios prejuízos no funcionamento social, acadêmico ou ocupacional, favorecendo uma espécie de círculo vicioso: transtornos de conduta, prejuízo sócio-ocupacional, repressões sociais, rebeldia, mais transtorno de conduta. A baixa tolerância a frustrações favorece as crises de irritabilidade, explosões temperamentais e agressividade exagerada, parecendo, muitas vezes, uma espécie de comportamento vingativo e desaforado. Sintomas: Crueldade com animais Destruição propriedade alheia Brigas Fuga de casa Imposição de sexo a força Crueldade com pessoas Uso de armas Provocação de incêndio Ausência na escola Roubos ……. O diagnóstico de Transtorno de Conduta deve ser feito muito cuidadosamente, pois pode ser indício do TDAH, ou Retardo Mental, Episódios Maníacos do Transtorno Afetivo Bipolar ou mesmo a Esquizofrenia. Tratamento psicofármaco Estimulantes: metilfenidato (reduzem comportamento desinibido) Estabilizador do humor: litio – anticonvulsivantes (reduzem descontrole comportamental) Antipsicóticos: Risperidona (reduz atividade do SNC) Adrenérgicos: clonidina, propanolol…. (aumenta a tolerância a frustração) Foco da TCC está nas percepções e nos pensamentos das crianças agressivas, que costumam se caracterizar pela percepção de ameaças e frustrações; Nas funções cognitivas de autocontrole, ajuste, avaliação e resolução de problemas (Kendall, 2000) As técnicas e objetivos estão direcionados aos déficits e as distorções do processamento cognitivo dos eventos e a sua regulação sobre emoções, principalmente a ira. Abordagens com a TCC Psicoeducação – TCC e trantorno e aumento de capacidades de raciocínio moral (sugestão de dilemas morais) Automonitoração (modelo ABC) Proporcionar consequências imediatas do bom e do mau comportamento. (o que ganha\o que perde) Treinamento no manejo da raiva Habilidades comportamentais básicas (HS) Treinamento de empatia Resolução de problemas Abordagens com a TCC Análise racional (RPD – reatribuiçao - Qual seria outra explicação para a situação?) Projeção do tempo Abordagens auto-instrutivas (de propósito – Sem querer) Técnicas de relaxamento e de respiração Modelagem Manejo do comportamento em público Programas de treinamento de pais (TP) Formas de disciplina moderada Trabalhando com pais (Orientação e treinamento) Rita Amorim Psicóloga Neuropsicóloga 9 8363-3210 [email protected] E POR QUE TREINAR PAIS????? Stanley G. P. Hall, em 1888, fundou a primeira instituição destinada ao estudo do desenvolvimento infantil e em específico à educação de pais, estabelecendo nova perspectiva sobre o cuidado aos filhos. Na segunda metade do século XX surgiu a necessidade de os pais adotarem postura democrática na educação de seus filhos, baseada no respeito mútuo, no reconhecimento dos sentimentos da criança e no favorecimento do autoconhecimento. O papel dos pais foi considerado vital para o adequado desenvolvimento dos filhos, na perspectiva denominada abordagem ecológica do desenvolvimento. Hoje - Treinamento a pais Objetivos incluem: Melhorar a competência e habilidades parentais para lidar com os problemas do comportamento infantil; Aumentar o conhecimento parental sobre as causas do comportamento infantil inadequado, e Os princípios que estão submetidos ao aprendizado social deste comportamento; Melhorar aceitação pela criança das ordens e regras dadas pelos pais. A orientação a pais busca assim intervir no contexto familiar, investigando quais reforçadores contribuem na manutenção do comportamento desadaptativo da criança e alterando o padrão de relação entre os pais e filhos, de modo que seja reforçado e apoiado diretamente o comportamento pró-social em vez de comportamentos coercitivos (Kazdin, 1988 apud Caballo, 2007). O treinamento de pais é empregado principalmente no tratamento de crianças que mostram problemas de comportamento manifestos, como birras, agressões, ou ainda desobediência excessiva, porém antes de alterar os comportamentos da criança, é importante compreender os fatores causais desses comportamentos, como: As características da criança Os estressores ambientais As características dos pais As consequências situacionais Para modificar o ambiente de uma criança é necessário: que os pais se disponibilizem a trabalhar em conjunto com o terapeuta no mesmo “plano de jogo” para que a criança receba os mesmos sinais sem confusão. Primeira estratégia no trabalho com os pais é: EDUCAÇÃO/Psicoeducação: Papel do Terapeuta: assegurar-se de que eles tenham informações básicas gerais, como conhecimento do comportamento ao desenvolvimento e reconhecimento dos antecedentes e das consequências do comportamento. A educação se dá através de discussões, leituras, modelagem e lição de casa. Educar clientes e pais sobre o modelo de tratamento é um passo fundamental para desmistificar a terapia e incentivar uma atitude colaborativa. (A.T.Beck e col., 1979) Aprendizagem Por meio de modelos, observando o comportamento de outras pessoas e nele fundamentando os próprios padrões. É necessário que os pais tenham informações básicas gerais como: Conhecimento do comportamento adequado ao desenvolvimento discussões, leituras e modelagem, folhetos, livros para leitura sobre a TCC e desenvolvimento infantil Reconhecimento dos antecedentes e das consequências dos comportamentos deles e de seus filhos. A função do terapeuta no TCC infantil é ensinar aos pais um conjunto de habilidades comportamentais e técnicas para ajudá-los a modificar os seus comportamentos e os das crianças. Fatores de riscos que aumentam o risco de as crianças desenvolverem problemas comportamentais e emocionais significativos (Caballo e Simón, 2007): Falta de uma relação afetiva e positiva com os pais, Apego inseguro, Práticas disciplinares de rigidez, inflexíveis ou inconsistentes; Inadequada supervisão e relação com os filhos; Conflitos e as rupturas do casamento Psicopatologia dos pais (especialmente depressão da mãe) Interações mal adaptadas entre os pais e as crianças. Alguns padrões de interação familiar podem contribuir com os problemas comportamentais desafiadores dos filhos: 1. Baixo nível de reforço para qualquer obediência existente Pais passam a negligenciar comportamento positivos dos filhos e consideram quase que exclusivamente os negativos 2. Comportamentos negativos ciclo de punição inconsistente ameaças raivosas relacionamento pais e filhos deteriora-se com insultos, afrontas e palavrões destrutivos, conflitos interpessoal aumenta e a auto estima de todos fica abalada Pais começam abdicar de seu papel parental, desistem de acompanhar o comportamento dos filhos e adotam atitude “seja o que Deus quiser”. Agressão Seja por meio de comportamentos verbais ou não-verbais, a agressão pode ser reforçada, quando o indivíduo consegue algo numa relação social (Fariz, Mías & Moura, 2005). Os pais que utilizam o castigo físico como meio de interromper o comportamento agressivo de uma criança podem reduzir a frequência ou intensidade do mesmo, no momento em que o castigo é imposto; no entanto, oferecem também um modelo agressivo à criança (Bandura, Ross, & Ross, 1961) A agressão pode causar 2 efeitos colaterais ao outro: o comportamento de agressão e o contracontrole. Efeito Agressão O comportamento agressivo pode ser induzido por punição tem oportunidade de atacar quem puniu. Efeito é o contracontrole: o indivíduo punido encontra uma forma de controlar quem o puniu, este controle pode ou não envolver agressão aberta: Ex: uma criança pode adoecer, vomitar, ficar inquieta coagindo os pais a disponibilizarem atenção, entre outras possibilidades. TÉCNICAS E INSTRUÇÕES AOS PAIS 1. Definir problemas Modelo ABC (conhecimento do comportamento adequado e do inadequado) A = Antecedentes ou gatilhos para o comportamento (o que vem antes); B = significa o comportamento; C = representa as consequências que aumentam ou diminuem a frequência do comportamento (o que vem depois). ABC A = dar uma ordem ao filho ou solicitar para repartir alguma coisa B = acessos de raiva (gritos, choros, chutes, palavrões, jogar-se no chão.........) C = a) Mandar limpar o quarto, colocar de castigo (diminui comportamento indesejável) b) Dar risadas, ficar quietos, fingir que nada aconteceu.. (aumenta comportamento indesejável) 2. Definir comportamento desejável / esperado Ajudar aos pais a desenvolver expectativas mais realistas para o comportamento de seus filhos, de acordo com seu nível de habilidades e desempenho anterior neste sentido. 3. Utilizar do Reforço + e Reforço (-) Para aumentar comportamentos desejáveis: Reforço + : Uma consequência desejada que vem imediatamente depois de um comportamento, que aumenta a probabilidade de que a mesma volte a se repetir. Alguma coisa boa é adicionada (dar mais atenção ao filho, elogiá-lo, sorrisos abraços, tapinhas nas costas....) Reforço (– ): é a suspensão de uma situação negativa pré-existente ou a evitação de uma consequência indesejada. Trata-se de algo que se quer evitar. Alguma coisa ruim é removida ou evitada para aumentar a frequência do comportamento desejado (ex. os pais param de gritar, xingar de desleixado, preguiçoso, etc. Extinção Todo comportamento que não produz nenhuma consequência negativa nem positiva tende a diminuir com o tempo. Ex: Pais dão ordens à criança e não pressionam o filho e acompanham o desenvolvimento e resultados, sem a valorização necessária junto a ela. Recompensa (aumenta o comportamento desejado) Elogios, abraços, um brinquedo, uma folga ou até remover algumas coisas que a criança tenha que cumprir e não gosta, por exemplo tarefas domésticas 4. Manejo das Ordens Observar o entendimento das ordens pelo filho e se necessário, repeti-las Modelagem e feedback corretivo das ações; Atenção seletiva às posturas corporais e faciais no momento da ordem (pais precisam emitir sinceridade com o comando ao filho) Ordens e autoridade Dar comando = dar uma ordem (não fazer pedidos) Praticar comandos é reforçar obediência, restabelecer o funcionamento executivo adequado aos pais reafirmar sua autoridade legítima em casa sem apelar para coação e punições. Ordens e autoridade É importante os pais deem apenas as que eles estão dispostos a fazer cumprir; Comandos devem ser específicos com tempo para término esperado - 1 de cada vez – com explicações firmes, rápidas, claras e objetivas – e assegurar que a criança está prestando atenção e entendendo as ordens Elogiar a criança por obediência espontânea diminui o pensamento tudo-ou-nada das famílias e a visão do filho que os pais o veem apenas em seu aspecto ruim Evitar súplicas ao filho (por favor parem de brigar, pelo menos por mim!) Dar comando específicos com tempo determinado, uma ordem de cada vez de forma clara e objetiva e direta. 5.Treinamento de resolução do problema familiar Afrouxar padrões rígidos diferenciar entre questões negociáveis e inegociáveis e ajudar a lidar com frustrações da falta de gratificação na maioria das exigência dos adolescentes) Ouvir o problema do ponto de vista do outro (quando as verdadeiras motivações aparecem, cada membro da família beneficia-se da perspectiva mais ampla). Situação-Reação-Consequência Co mpo rtamento do filho (Situação ) Reação dos pais R eação d o F i l ho ( ap ó s i nt er venção d o s p ai s) 6. Avaliar freqüência intensidade e duração do problema gravidade Seg x ter quarta quinta sexta xxxxx xx 7h 8h xx 9h 10h 11h 12h 13h 14h 15h xxxx 16h 17h 18h Mapa de frequência sab dom x x x xxxx x de Taylor 7. HORA DE BRINCAR Ter o tempo de brincar Brincar com as crianças seguindo a liderança dela (tempo de chão). Com adolescentes: • Passar um tempo não-eventual permitir que o filho escolha coisas que aprecia devem participar com observações positivas, mas não fazer perguntas • dar orientações ou fazer correções Ser interativo, mas não crítico Tempo de brincar (sem controle dos pais com o brinquedo): A criança se sente reforçada; O vínculo é fortalecido; Reforça comportamento positivo; Eleva autoestima; A criança se sente valorizada leva à maior obediência serve como oportunidade para modular resoluções de problemas Permitir escolhas (escolher o lugar no banco do carro, ouvir sua música preferida, a mesa do restaurante, etc). 8. Compreender os sentimentos da criança Projeção de tempo Rastrear com o filho a raiva durante um tempo (0-10) Associar o nível de raiva às suas ações Socraticamente conduzi-lo à descoberta de que, embora a raiva dure um tempo curto período, ele paga por suas ações impulsivas por um tempo mais longo. Crianças disruptivas e desafiadoras não têm empatia pelos outros. Elas não se importam em fazer o outro sofrer. Os pais podem mostrá-las como adquirir um senso de como o outro se sente: Questionando????? O que você fez? Como você acha que ele se sentiu? Como você queria que ele se sentisse quando você o....(xingou bateu)? Fazer daquele jeito incomoda você? Se alguém o xingasse, como você se sentiria? O quanto nossos sentimentos são iguais e diferentes ao do outro? Depois do entendimento: O que você pode dizer ou fazer para ele que vai mostrar-lhe que você o entende? 9. Extinção /Ignorar comportamentos Inclui desviar toda atenção. Os pais não podem responder ao comportamento, às discussões ou ao choramingo da criança. 1º - Pais precisam ter certeza de que podem ignorar o comportamento, considerando-o se é perigoso ou destrutivo; 2º - Devem ser capazes de ignorar a intensidade total do comportamento e resistir a explosão de intensidade antes que ele se acalme; 3º - Devem se preparar para “um aumento de frequência do comportamento a ser extinto” 10. Time-out Iniciar o processo identificando e explicando à criança os comportamentos que querem extinguir: A criança deve ficar numa cadeira em local da casa com o mínimo possível de distrações e de reforçadores, até que o comportamento seja extinto; Deve também saber as razões do time-out e sua duração (deve ser breve 1 min por ano de idade); Se a criança estiver gritando e/ou levantando a cadeira, o pai deve dizer: “Você só sairá quando estiver sentada na cadeira e quieta”; O Time-out somente terminará quando a criança estiver comportando-se adequadamente. Deverá reforçar positivamente com um sorriso, dizendo “parabéns é dessa forma que deve agir, mas sem que seja um ganho secundário para a criança. MODELO DE INTERVENÇÃO COM PAIS COMPORTAMENTOS HUMOR/ APATIA/ DESÂNIMO PRINCIPAIS TÉCNICAS Psicoeducação, Reforço positivo (elogios); Monitoramento do comportamento; Role-playing; Ordens e instruções claras ANSIEDADE/ AGITAÇÃO / EVITAÇÕES Psicoeducação; Reforço positivo (elogios); Monitoramento do comportamento; Role-playing; Ordens e instruções claras DESATENÇÃO/ IMPULSIVIDADE/ Psicoeducação; Reforço positivo (elogios) Remover recompensas e privilégios HIPERATIVIDADE Monitoramento do comportamento; Role-playing; Modelagem; Time-out; Controle de fichas; Ignorar comportamentos indesejáveis; Ordens e instruções claras DESRESPEITO A REG R A S / AGRESSIVIDADE Psicoeducação; Reforço positivo (elogios) Remover recompensas e privilégios; Monitoramento do comportamento; Role-playing; Modelagem; Time-out; Controle de fichas; Ordens e instruções claras; Ignorar comportamentos indesejáveis Sessões 1. Psicoeducação sobre a TCC 2. Psicoeducação sobre agressão e aprendizagem social 3. Contrato 4. Identificação de metas e objetivos: O que eu quero que meu filho mude? Como eu quero que meu filho seja? 5. Apresentação dos conceitos de reforço e punição 6. Levantamento de características positivas e negativas do filho 7. Levantamento das formas atuais de manejo dos comportamentos-problemas e formas de reforço e punição 8. Definição de comportamentos problemas – reais 9. Debate e instruções sobre reforço e punição a partir dos comportamentos problemas-reais dos filhos 10.Treinamento de reforço e punição a partir dos comportamentos já listados / confrontar com a conduta já tomada pelos pais 11. Treinamento para dar ordens e instruções 12. Role-play: ensaio de cenas de comportamentos adequados e inadequados e de oferta de reforço/punição 13. Avaliação das modificações de manejo das mudanças comportamentais infantis 14. Prevenção de recaída DICAS AOS PAIS Dedique um tempo ao seu filho diariamente. Converse com ele e realize atividades esportivas ou de lazer. Esportes coletivos (inclusive os de luta como o judô) auxiliam na socialização e na formação de conceitos como respeito e disciplina. Explique claramente regras, instruções e as consequências de seu comportamento (limites). Proponha acordos e privilégios em caso de atitudes assertivas. Elogie atitudes positivas como reforçamento. Evite punições físicas (bater na criança reforçará comportamentos agressivos com outros colegas na escola, por exemplo). Retire privilégios em caso de maus comportamentos. Comunique-se com professores e coordenadores da escola sempre que necessário. Realize passeios, almoços, jantares com toda a família (a integração familiar é essencial para auxiliar no manejo do transtorno) Estabeleça prioridades com o filho na resolução de problemas; Reveja e recicle a reeducação dos papéis familiares; Controle de impulsividade dos seus próprios comportamentos. Seja persistente na ajuda ao filho. Modifique horários e ambientes de estudos. Acompanhe seu filho ao elaborar e utilizar o planejamento semanal. Acompanhe diariamente seus filhos nas tarefas escolares, trabalhos e estudo de provas. OBRIGADA Rita Amorim Rua Loefgreen, 1279 – sala 605 – Vila Clementino [email protected] 8363-3210 7824-7439 123*90420 BIBLIOGRAFIAS Bunge, E. Terapia cognitiva com crianças e adolescentes: Aportes técnicos – Casa do Psicólogo. Daniel J. Carlat – Entrevista Psiquiátrica – Artmed Dorothy Stubbe – Psiquiatria da Infância e Adolescência – Artmed; Judith S. Beck – Terapia Cognitiva – Teoria e Prática – Artmed Mark A. Reinecke, Frank M. Dattilio, Arthur Freeman – Terapia Cognitiva com Crianças e Adolescentes – Manual para a prática clínica – Artmed Paul Stallard – Bons Pensamentos – Bons Sentimentos – Artmed http://www.tdah.org.br/br/sobre-tdah/tratamento.html BIBLIOGRAFIAS Paulo Kanapp e outros - Terapia Cognitivo-Comportamental no Déficit de Atenção/Hiperatividade –– Artmed Paulo Knapp & Colaboradores – Terapia Cognitivo Comportamental na Prática Psiquiátrica - Artmed; Renato Maiato Caminha, Marina Gusmão Caminha – A Prática Cognitiva na Infância –– Roca Robert D. Friedberg, Jéssica M. McClure - A Prática Clínica de Terapia Cognitiva com Crianças e Adolescentes –– Artmed; Russell A. Barkley - TDAH – Guia completo para profissionais, professores e pais –- Artmed Bunge E., Gomar M. Mandil J. Terapia Cognitiva com crianças e adolescentes – Aportes Técnicos – Casa do Psicólogo 125