Ergonomia I Classificação da Ergonomia Ergonomia de concepção Ergonomia de correção Ergonomia de conscientização Ergonomia de participação Ergonomia de Concepção Ocorre quando a contribuição ergonômica se faz durante o projeto do produto, máquina, ambiente ou sistema. Contextualização: Alternativas poderão ser amplamente examinadas Exige maior nível de conhecimento técnico Utiliza-se modelos para testar as situações verificadas Ergonomia de correção É aplicada em situações reais, já existentes, para resolver problemas que se refletem na segurança, fadiga excessiva, doenças do trabalhador ou quantidade e qualidade da produção Contextualização: Geralmente exige custos elevados de implementação Mudanças de postura, dispositivos de segurança e melhoria da iluminação são feitas com mais facilidade Redução de carga mental ou ruídos são mais difíceis Ergonomia de conscientização Procura capacitar os próprios trabalhadores para a identificação e correção dos problemas do dia-a-dia ou aqueles emergenciais. Contextualização: Conscientizar os trabalhadores através de cursos de treinamento e frequentemente reciclagens Ele deve saber exatamente qual a providência a ser tomada em uma situação de emergência Ergonomia de Participação Procura envolver o próprio usuário do sistema, na solução de problemas ergonômicos. Contextualização Baseia-se na crença de que eles possuem conhecimento prático, cujos detalhes podem passar desapercebidos ao analista ou projetista Enquanto a ergonomia de conscientização procura apenas manter os trabalhadores informado, a de participação envolve aquele de forma mais ativa, na busca da solução para o problema, fazendo a realimentação de informações para as fases de conscientização, correção e concepção. Métodos e técnicas em ergonomia Abordagem sistêmica da ergonomia Sistema é um conjunto de elementos (ou subsistemas) que se interagem entre si, com um objetivo comum e que evoluem no tempo” Existem três aspectos que caracterizam um sistema: os seus componentes (elementos ou subsistemas) As relações (interações) entre os subsistemas Permanente evolução Componentes do sistema Fronteira – são os limites do sistema, que pode ter uma existência física ou uma delimitação imaginária para efeito de estudo Subsistemas – são os elementos que compõem o sistema, e estão contidos dentro da fronteira Interações – são as relações entre os subsistemas Entradas (inputs) – representam os insumos ou variáveis independentes do sistema Saídas (output) – representam os produtos ou variáveis dependentes do sistema Processamento – são as atividades desenvolvidas pelos sistemas que interagem entre si para converter as entradas em saídas. Ambiente – são variáveis que se situam dentro ou fora da fronteira e podem fluir no desempenho do sistema O sistema homem-máquina-ambiente É a unidade básica de estudo da ergonomia. O SHMA é constituído basicamente de um homem e uma máquina que interagem entre si para a realização de um trabalho Máquina – abrange qualquer tipo de artefato usado pelo homem para realizar um trabalho ou melhorar o seu desempenho. Desde lápis a aeronaves Existem dois tipos básicos de máquinas: tradicionais e cognitivas O sistema homem-máquina-ambiente Máquinas tradicionais – nos ajudam a realizar trabalhos físicos, como no caso de ferramentas manuais e máquinas-ferramentas. Incluem também os automóveis Máquinas cognitivas – são aquelas que operam sobre as informações. Um exemplo típico é o computador O sistema homem-máquina-ambiente Algumas máquinas simplesmente servem para amplificar ou aperfeiçoar as capacidades humanas, sem alterar a natureza da tarefa. Exemplo: um alto falante amplifica a voz, mas não modifica o conteúdo da fala Outra classe de máquinas é aquela que modifica a natureza da tarefa. Exemplo: dirigir um automóvel é diferente de andar a pé. Interações no SHMA Otimização e subotimização A solução ótima de um problema é aquela que maximiza ou minimiza a função objetivo, dentro das restrições impostas a esse problema. Isso significa que a solução ótima não existe de forma absoluta, mas para certos critérios (função objetivo) definidos, como produção, lucros, custos, acidentes, erros, índices de refugos e outros Otimização e subotimização As soluções que se afastam do ponto ótimo, tanto para cima como para baixo, são chamados de subótimas. Otimização e subotimização As subotimizações ocorrem frequentemente no SHMA. Exemplo: carros esportivos podem passar de 200 km/h, mas a sua potência é subutilizada porque a velocidade máxima permitida na estrada é de 110 km/h. Exemplo 2: serralheiros que cortam com serra manual, por não terem serra elétrica, o que poderia melhorar a produtividade. Nesse caso há uma subotimização da capacidade humana, pela limitação a ferramenta utilizada Consideração errônea da fronteira A subotimização ocorre frequentemente devido à consideração errônea da fronteira do sistema. Ou seja, a solução ótima é procurada dentro de um espaço limitado, inferior ao do sistema, ou por julgamentos errados sobre a verdadeira fronteira do sistema Subotimizações em grandes projetos As subotimizações tendem a aumentar nos grandes projetos, em que cada parte é terceirizada, por se executada por diferentes equipes ou diferentes empresas Para se garantir a otimização global em grandes projetos, é necessário haver uma organização e coordenação eficiente dos diversos subsistemas para garantir um bom desempenho do sistema como um todo.