Ergonomia I
Características do usuário

Toda ação de manejo implica,
necessariamente, o conhecimento a priori
de algumas características básicas do
usuário, quando se tem por objetivo
conceber, projetar e dimensionar os
elementos operacionais de um produto

Características individuais
◦ Estudos em antropometria apontam
diferenças dimensionais entre os indivíduos
brancos, negros e amarelos e os seus variados
graus de miscigenação
◦ É necessário levar em conta os estudos
relativos às varias faixas dimensionais

Biotipo
◦ Endomorfos
 Indivíduos que apresentam formas arredondadas e
macias, braços curtos e flácidos e muita gordura
◦ Mesomorfos
 Indivíduos do tipo musculoso, com formas
angulosas, ombros e peitos largos e pouca gordura
◦ Ectomorfos
 Indivíduos com corpo e membros longos e finos
com o mínimo de gordura

Combinação dos três tipos


Constitui a maioria dos indivíduos
É difícil encontrar um individuo que se situe em uma
só categoria

Sexo
◦ Fatores relacionados entre as diferenças entre
o sexo masculino e feminino
◦ Exemplo: o homem possui pelo menos 30%
mais força física que a mulher

Faixa etária
◦ A idade influencia as ações, as percepções e
os atributos de força, habilidade, sensibilidade,
precisão, treinamento, experiência, etc.

Instrução
◦ O grau de instrução do usuário influencia, em
geral, sua menor ou maior capacidade
intelectual, cognitiva, psicológica e emocional.

Atributos e qualificação do usuário: são
qualidades intrínsecas ou adquiridas pelo
individuo por meio de estudo,
treinamento e experiência.
◦ Habilidade
 Facilidade e agilidade na manipulação do produto
ou em qualquer tipo de exercitação de movimento
físico
◦ Sensibilidade
 Propriedade de perceber ações a serem realizadas,
de maneira mais aguçada.
 Agir ou reagir às necessidades de uso mais
sutilmente.
◦ Força
 Capacidade para empreender esforços que devem
ser compatíveis com as necessidades exigidas
◦ Precisão
 Capacidade de agir, reagir ou interagir com exatidão
às exigências de uso da tarefa operacional
◦ Compatibilidade
 Coerência em relação às ações desenvolvidas
durante a tarefa
◦ Treinamento
 Tempo prolongado de uso do produto ou da
exercitação da tarefa.
 Caracterizado pela repetição constante ao longo do
tempo
◦ Experiência
 Conhecimentos adquiridos e acumulados ao longo
da vida
Diversidade física e Sensorial do
usuário

Dois fatores são importantes na
concepção de qualquer produto:
1. A degradação natural do corpo e da mente
do ser humano, desde a infância até a velhice
2. Pessoas portadoras de necessidades
especiais (PNES)

Nesse sentido a ergonomia tem uma
estreita relação com o conceito de
design universal

Pressupostos do design universal:
1.
2.
3.
4.
5.
6.
7.
Equiparação nas possibilidades de uso
Flexibilidade de uso
Uso simples e intuitivo
Captação da informação
Tolerância para o erro
Dimensão e espaço para uso e interação
Acessibilidade física: garantia de mobilidade
e usabilidade para qualquer pessoa, em
todos os espaços
8. Acessibilidade virtual: garantia de mobilidade
e usabilidade de recursos computacionais
Classificação da Ergonomia
Ergonomia de concepção
 Ergonomia de correção
 Ergonomia de conscientização
 Ergonomia de participação

Ergonomia de Concepção
Ocorre quando a contribuição
ergonômica se faz durante o projeto do
produto, máquina, ambiente ou sistema.
 Contextualização:

◦ Alternativas poderão ser amplamente
examinadas
◦ Exige maior nível de conhecimento técnico
◦ Utiliza-se modelos para testar as situações
verificadas
Ergonomia de correção
É aplicada em situações reais, já existentes, para
resolver problemas que se refletem na
segurança, fadiga excessiva, doenças do
trabalhador ou quantidade e qualidade da
produção
 Contextualização:

◦ Geralmente exige custos elevados de implementação
◦ Mudanças de postura, dispositivos de segurança e
melhoria da iluminação são feitas com mais facilidade
◦ Redução de carga mental ou ruídos são mais difíceis
Ergonomia de conscientização
Procura capacitar os próprios
trabalhadores para a identificação e
correção dos problemas do dia-a-dia ou
aqueles emergenciais.
 Contextualização:

◦ Conscientizar os trabalhadores através de
cursos de treinamento e frequentemente
reciclagens
◦ Ele deve saber exatamente qual a providência
a ser tomada em uma situação de emergência
Ergonomia de Participação
Procura envolver o próprio usuário do
sistema, na solução de problemas
ergonômicos.
 Contextualização

◦ Baseia-se na crença de que eles possuem
conhecimento prático, cujos detalhes podem
passar desapercebidos ao analista ou
projetista

Enquanto a ergonomia de conscientização
procura apenas manter os trabalhadores
informado, a de participação envolve
aquele de forma mais ativa, na busca da
solução para o problema, fazendo a
realimentação de informações para as
fases de conscientização, correção e
concepção.
MÉTODOS E TÉCNICAS
EM ERGONOMIA
Abordagem sistêmica da ergonomia
Sistema é um conjunto de elementos (ou
subsistemas) que se interagem entre si,
com um objetivo comum e que evoluem
no tempo”
 Existem três aspectos que caracterizam
um sistema:

◦ os seus componentes (elementos ou
subsistemas)
◦ As relações (interações) entre os subsistemas
◦ Permanente evolução
Componentes do sistema
Fronteira – são os limites do sistema, que
pode ter uma existência física ou uma
delimitação imaginária para efeito de
estudo
 Subsistemas – são os elementos que
compoem o sistema, e estão contidos
dentro da fronteira
 Interações – são as relações entre os
subsistemas





Entradas (inputs) – representam os insumos
ou variáveis independentes do sistema
Saídas (output) – representam os produtos
ou variáveis dependentes do sistema
Processamento – são as atividades
desenvolvidas pelos sistemas que interagem
entre si para converter as entradas em
saídas.
Ambiente – são variáveis que se situam
dentro ou fora da fronteira e podem fluir no
desempenho do sistema
O sistema homem-máquinaambiente
Download

Introdução ao Design