MESTRADO EM GESTÃO Docente: Professor Doutor Nuno Melão COMO PLANEAR INICIATIVAS DE E-BUSINESS EM COMPANHIAS ESTABELECIDAS Porqûê? por se tratar de um tema actual e de grande impacto a nível mundial; TESTA, M.G. et al (2006), refere que o comércio electrónico está a provocar tantas e tão grandes mudanças nas organizações das empresas e na relação das empresas com os seus clientes, parceiros e fornecedores, que desencadeou uma nova era no mundo dos negócios; A expansão deste tipo de comércio electrónico foi tão grande que, no final dos anos 90 e inícios de 2000, os mercados electrónicos (e_marketplace) atingiram um valor de cerca de 1900 (RAO, Subba S. et al; 2006) Para a realização deste trabalho recorremos ao Artigo analisado intitulado por: “How to Plan E_Business Initiatives in Established Companies”, à Internet, mais especificamente às bases de dados ProQuest, b-on e GIANTI, e bibliografia facultada pelo docente da respectiva cadeira “O comércio electrónico é a realização de toda a cadeia de processos de negócio num ambiente electrónico, por meio da aplicação intensa das tecnologias de comunicação e de informação, atendendo aos objectivos do negócio” ALBERTIN, Alberto L. (2000) “Numa primeira fase, o comércio electrónico tentou assegurar que todas as empresas, fossem elas grandes ou pequenas, tivessem uma página na Internet. Numa segunda fase, o comércio electrónico debruçou-se sobre as transacções, isto é, nas compras e vendas através da internet. Hoje em dia, foca o seu interesse nas vantagens que a organização pode obter através da internet. “ KALAKOTA, R. e ROBINSON, M. (2000) “Ainda que o crescimento do comércio electrónico esteja expandido, já tendo atingido valores bastante significativos, há uma constante preocupação relativamente aos desafios tecnológicos, nomeadamente no que diz respeito à estruturação de processos e estratégias” TESTA, M.G. et al (2006) Assim, BASU, Amit e MUYLLE, Steve (2007), salientam a importância da criação de um processo molde (The E-Business Planning Process) para a implementação do e_business. (1) Identificar o potencial do e- business; (2) Funcionalidade do e-business; (3) Benefícios do e-business; (4) Dar prioridade às iniciativas do ebusiness. Criação de valor – que advém da relação entre os stakeholders, pois trata-se de uma relação de confiança e proximidade; Redução de custos - apesar de inicialmente ser algo dispendioso ao nível da implementação do processo, após a conclusão desta etapa chegar-se-á a uma redução de custos, pois com o uso de uma plataforma de comércio electrónico é possível a redução de distâncias, a aquisição de novos clientes, e ao mesmo tempo, possibilitar o self service por parte dos mesmos. Nesta etapa a empresa traça o objectivo principal de modo a ir de encontro às necessidades que antecipadamente foram identificadas. Esta etapa é constituída por três processos: processo de transacção : processo que presta apoio à compra e venda online, nomeadamente, a procura de produtos, autenticação, validação, pagamento e logística dos mesmos; processo de suporte e decisão: que permite que a companhia obtenha informações de forma a usar os modelos analíticos para a tomada de decisões efectivas no negócio, nomeadamente, configuração, colaboração, e ferramentas/dados analíticos; processo de integração : interligação dos dados fornecidos anteriormente, que passa por duas fases: integração de dados e de integração de aplicações de forma a aumentar o cruzamento de dados. Uma vez que todas as empresas têm um software que permitem um acesso externo a todas as pessoas, incluindo empresas competidoras, existem seis iniciativas que são enunciadas pelos autores, relativamente ao e-business, para garantir a sua sustentabilidade: externalização de network; a propriedade da base de dados; a propriedade de conhecimento de base; a propriedade de hardware e software; personalização e parceiros exclusivos. Nesta etapa salienta-se a importância da existência de uma relação entre os projectos da organização para que estes se encontrem interligados e inseridos na mesma estratégia. Tais ligações podem ser examinadas através da arquitectura tecnológica de informação, envolvendo as mesmas diferentes leis de arquitectura de rede, dependendo cada nível de arquitectura dos elementos dos níveis inferiores. A natureza global da tecnologia, o baixo custo, as inúmeras oportunidades para alcançar centenas de milhares de pessoas, a natureza interactiva, a variedade de possibilidades, reforçada pelo rápido crescimento das infraestruturas de suporte (especialmente a internet), resultam em muitos benefícios potenciais para as organizações, indivíduos e sociedade (TURBAN et al., 1999). possibilita a expansão do mercado de regional para nacional e internacional; com baixo investimento de capital, uma empresa pode obter mais facilmente lucros; redução de custos para criação, processamento, distribuição, armazenamento e recuperação de bens baseados na informação; proporciona a redução de custos na prestação de serviços ao cliente, aumentando, ao mesmo tempo, a qualidade da relação entre o cliente e fornecedores; menores custos para implementar produtos ou serviços que desencadeiem grandes vantagens competitivas; baixo custo de comunicação; flexibilidade. possibilita que clientes possam comprar ou fazer outras transacções 24 horas por dia, 7 dias por semana, e de qualquer lugar do mundo; em alguns casos, como produtos digitais, estes têm entrega rápida, e os consumidores podem receber informações relevantes e detalhadas em segundos; facilita a interacção com outros consumidores, formando comunidades electrónicas para trocar ideias e experiências; gera uma maior competição, o que vai provocar uma maior descida de preços. igualdade de acesso à informação e ao conhecimento; redução das diferenças entre países e culturas; facilita a disponibilização de produtos e serviços por pequenas empresas ou empresas isoladas geograficamente; entrega imediata; relativamente à entrega dos produtos a troca ou devolução possa ser feita rapidamente. Perda de identidade cultural e económica; Ausência de segurança na internet; Dependência das tecnologias de informação e comunicação; Custos das telecomunicações; Concluímos, assim, que este tipo de comércio é parte integrante de quase todas as empresas, pelo facto de, tal como já referimos anteriormente, acarretar tantos e tão grandes benefícios, não só para a empresa, mas também para o consumidor e sociedade. Contudo, fazemos novamente alusão a uma das desvantagens que sobe o nosso ponto de vista é crucial que é a falta de segurança na internet, e relativamente a esta desvantagem TESTA, M.G. et al (2006) referem que apesar do roubo poder ser efectuado de várias formas, para além da compra electrónica, é neste tipo de compra que é observado a menor tranquilidade das pessoas. ALBERTIN, Alberto L.; A evolução do comércio eletrônico no mercado brasileiro; In:ENANPAD; 24; 2000. BASU, Amit e MUYLLE, Steve; How to Plan E-Business Initiatives in Established Companies; SLOANREVIEW.MIT.EDU; 2007. KALAKOTA, R.; ROBINSON, M.; E-business 2.0 Roodmap for sucess; Editora: Addison-Wesley; 2000; p.3-6. RAO, S.Subba et al.; How buyers expected benefits, perceived risks, and e-business readiness influence their e-marketplace usage; United States; Industrial Marketing Management; n.36; 25 de Setembro, 2006; p. 10351045. TESTA, M. G.; LUCIANO, E. M.; FREITAS, H. Comércio electrónico: tendências e necessidades de pesquisa. Rio de Janeiro: Revista ANGRAD, v. 7, n. 1, Jan-Mar 2006, p. 23-42; TURBAN, Efraim et al; Electronic commerce: a managerial perspective; New Jersey; Prentice-Hall; 1999. Trabalho elaborado por: Carla Pereira; Hélio Santos; Joana Vieira; Susana Salvado