1ª Oficina temática Identidade: quem somos? A Oficina 23/06 Manhã 23/06 Tarde 24/06 Tarde 8:30 às 11:00 Retomando o contato: onde estamos, o que já caminhamos? 11:00 às 12:30 Construindo a identidade do grupo 14:00 às 16:00 Considerações sobre trajetória, governança e causa nas ONGs 16:00 às 18:30 Construindo os indicadores de identidade: origem, formas e qualidade da governança e causa 14:00 às 16:00 Priorização dos indicadores 16:00 às 18:30 Fechamento e próximos passos Onde estamos, o que já caminhamos? “Não tenho um caminho novo, tenho apenas um novo jeito de caminhar” Thiago de Melo Retraçando a caminhada Lançamento do projeto - 09/03/2009 XX ONGs participantes Inscrição das ONGs convidadas – março e abril 29 ONGs inscritas Mobilização dos apoiadores 03 reuniões de planejamento (10/02, 18/03 e 14/05) Oficina de mobilização 22 e 23 de abril Construção de marco conceitual Adesão das ONGs (assinatura dos termos) 04 desistências e 01 nova inscrita 26 ONGs + 4 apoiadores + Icom = 31 ONGs Devolutiva e conversa com as ONGs (maio e junho) Diálogo com 13 ONGs + 13 ONGs a marcar Nosso marco conceitual O QUE É TRANSPARÊNCIA? Relacionamento e comunicação Acontece na relação entre pelo menos dois atores Envolve diversos públicos: fornecedores, público-alvo, colaboradores, conselho, etc Implica comunicação eficiente. Pressupõe responsabilidade sobre o que está sendo mostrado. As relações de poder interferem no grau de transparência. Valores e atitudes Exige coerência entre discurso e prática (transparência nos valores) Implica mudança de postura (abrir mão de certas coisas para algo novo que vai surgir) Tem a ver com aspectos éticos e a sua construção implica considerar a realidade específica, mas também o contexto Envolve não só as organizações, mas o setor Nosso marco conceitual O QUE É TRANSPARÊNCIA? Desenvolvimento institucional É um processo e não um estado Inclui a prestação de contas, mas vai além: envolve processos, procedimentos, valores, relações Ocorre para dentro e para fora da organização Ajuda a saber como somos e a pensar para onde iremos É dinâmica – Podem haver diferentes patamares de transparência ao mesmo tempo e pode variar por tipo de organização É intersetorial (envolve diferentes áreas da organização) Organização com menos reflexão tem menos noção de seus efeitos Levar em conta a legislação Envolve padrões legais que devem ser observados e cumpridos Em alguns casos, é importante discutir e contribuir para repensar os padrões legais Nosso marco conceitual E A FALTA DE TRANSPARÊNCIA… Gera insegurança e frustração Promove o segredo o medo de errar, a paralisia Ocorre a partir da falta de coragem de enfrentar algumas situações (rotinas defensivas) Dificulta o aprendizado Nosso marco conceitual PARA QUÊ TRANSPARÊNCIA? Para ampliar reconhecimento, legitimidade das ONGs e do setor Estimular vínculos e compromissos dos diferentes interessados com a organização Romper “estigmas” Ampliar credibilidade e entendimento do papel das ONGs no espaço público Para promover o desenvolvimento das ONGs e do setor Produção e sistematização de informações relevantes sobre a “vida” da organização Ampliar a reflexão sobre questões éticas e de valores nas ONGs Melhorar a compreensão dos gestores sobre a organização, seus impactos e seus desafios de transparência Promover aprendizados e mudanças em direção ao desenvolvimento das ONGs e ampliação da sua transparência Nosso marco conceitual PARA QUÊ TRANSPARÊNCIA? Para ampliar a visibilidade das ONGs e do setor • Ampliar a divulgação e o uso de informações de qualidade sobre as ONGs • Tornar as ONGs, suas causas, seu trabalho e resultados mais conhecidos • Contribuir na mobilização de recursos e voluntários Para mobilizar, envolver, sensibilizar outros atores socias Melhorar a comunicação e o relacionamento com os stakeholders Estabelecer um diálogo de qualidade com investidores sociais Mostrar à sociedade os resultados e o trabalho do setor (ampliando legitimidade) Fazer da Transparência um ideal convocante, envolvendo os três setores e a mídia (processo político) Nosso marco conceitual PARA QUÊ TRANSPARÊNCIA? Para fortalecer a atuação em rede entre as ONGs Ampliar a comunicação/interação entre as ONGs Criação de oportunidades de colaboração para fortalecimento do setor (comunicação entre plataformas na internet) Construção de padrões comuns de transparência Nosso marco conceitual TRANSPARÊNCIA PARA QUEM? Gestores Técnicos Conselhos e diretoria Voluntários Governo Comunidade Parceiros Financiadores Público-alvo e adotante Nosso marco conceitual QUAIS OS PRINCIPAIS DESAFIOS? NAS ONGs • • • • Inexistência de informações sistematizadas Garantir envolvimento da organização com o processo (motivar) Envolver interessados e não apenas atores internos Apropriação do portal pelas organizações (no seu desenvolvimento) e pelos seus interessados NO PORTAL/MOVIMENTO • • • • • • Integrar informações quantitativas e qualitativos Garantir simplicidade, sem perder profundidade Explorar a interatividade (plataforma dinâmica) Oferecer serviços Interagir com outros movimentos/plataforma existentes Promover a difusão da causa da Transparência (buscar adesões de outros atores sociais) Nossa Matriz de Transparência Transparência como “meio” de promover a sustentabilidade e o desenvolvimento organizacional. Ajuda a gerar capacidade de sustentar o “valor/relevância social” do projeto político da organização e sua credibilidade. Nossa Matriz de Transparência IDENTIDADE - QUEM SOMOS? • Origem e trajetória: De onde viemos? • Governança: Quem nos governa e como? • Ação social: Qual a nossa causa? GESTÃO – COMO FAZEMOS? • Recursos: de onde vem, como são geridos e como são aplicados? • Pessoas: quem são, quais vínculos, como são tratadas? • Processos: como gerimos os serviços e a organização? Que reconhecimento recebemos por isso? Nossa Matriz de Transparência RESULTADOS - O QUE FAZEMOS? • Resultados da ação social: Quais os nossas atividades e resultados? • Impacto da ação social: O que transformamos? PARCERIAS E REDES – COMO NOS RELACIONAMOS? • Financiadores, parceiros: quem são, como se relacionam com a organização? • Redes e espaços de diálogos e articulação pública: quais são, como se insere? O que essa imagem nos revela? Discutindo identidade: Considerações sobre origem, governança e causa nas ONGs A origem A gênese/origem de uma ONG e sua história são elementos definidores da sua identidade. Isso porque a identidade das ONGs não é dada a-priori e tampouco pode ser caracterizada apenas em termos conceituais. Ela se constrói e se reconstrói ao longo do tempo, na sua relação com o seu entorno e com os demais atores sociais. O caminho traçado pela ONG vai definindo os contornos da sua identidade. Sou transparente quanto à minha origem quando divulgo… Iniciativa que levou ao surgimento da organização e demanda que incitou a iniciativa Pessoas, grupos, movimentos que apoiaram o surgimento da organização (instituições de origem) Pessoas e grupos que implantaram a organização (pioneiros fundadores) Momento que a organização surgiu (ano e contexto) Foco da organização na sua origem (missão – projeto sociopolítico). As múltiplas origens das ONGs Toda ONG tem uma origem singular e analisando o setor podemos identificar diferentes perfis: ONGs “pioneiras” de assessoria aos movimentos sociais ONGs ligadas a “novos movimentos sociais” rurais e urbanos ONGs técnicas ONGs ligadas ao Investimento Social Privado ONGs filantrópicas ONGs internacionais E a trajetória? Mas ao longo do tempo a organização vai redefinindo a sua identidade, construindo a sua trajetória... Que legitima a organização; Que ajuda a compreender as mudanças enfrentadas e os aprendizados gerados; Que pode ser constituída a partir de alguns marcos; Que é composta também pelas “fases” que a organização vivencia e seus movimentos: - Pioneira - Diferenciação - Integração A Governança A governança é um outro elemento essencial que determina o “jeito de ser” de uma ONG: A governança é o sistema de “manejo de relações” existente em toda ONG Inclui o Núcleo Gestor (conselho, diretoria e equipe técnica), mas vai além deste É um reflexo das interações internas e externas da organização Determina a forma como as decisões são tomadas e as relações de poder se definem Envolve aspectos formais e informais A Governança: aspectos legais Órgãos Deliberativos • Assembléia Geral (obrigatório para associações) • Conselho Deliberativo (facultativo para associações e obrigatório para Fundações) Órgãos Administrativos • Diretoria (obrigatório) • Conselho Fiscal (obrigatório OSCIP ) Novo Código Civil (Lei nº 10.406 de 10 de janeiro de 2002, já alterada pela Lei nº 11.127 de 28 de junho de 2005)... A governança: componentes A governança ao longo do tempo Aspectos de uma governança mais transparente… Existência de sistema real e não apenas formal de governança Representatividade e diversidade dos membros Probidade e profissionalismo Separação e clareza de papéis entre os niveis Renovação e oxigenação nos cargos (alternância no poder) Participação nas decisões Comunicação entre os níveis A causa da organização A causa de uma organização da sociedade civil é o seu “projeto sociopolítico”, ou seja aquilo que ela se propõe a transformar na sociedade. Responde a um “chamamento” da sociedade; Reflete a iniciativa/vontade dos seus membros; Expressa a vocação da ONG (onde ela faz diferença); Fornece identidade e orientação interna; Fornece legitimação externa. A causa da organização “Uma missão não deve ser inventada,mas percebida naquilo que estamos fazendo.” Jacques Uljeé “Existe no mundo um único caminho por onde só tu podes passar. Aonde leva? Não perguntes, segue-o” F. Nietzsche “Onde cruzam seus talentos e paixões com as necessidades do mundo, lá está a sua direção” Aristóteles Ser transparente na causa exige clareza quanto… Missão Qual necessidade atendemos? Para quem? De que forma? Qual a relevância social dessa missão? Visão Qual a nossa situação desejável no futuro (utopia)? Valores Quais os nossos valores primordiais? Programas Quais as nossas principais linhas estratégicas de ação? Projetos Quais projetos estão sendo desenvolvidos e como eles se inserem nos programas? Atividades/serviços Quais as ações/serviços são oferecidos e como eles se inserem nos programas? Produtos Que tipos de produtos são produzidos/oferecidos?