Abordagem de Vias Aéreas
Terapia Intensiva na Gravidez
Pós-Graduação AMIB – Faculdade Redentor
Dra Nazah C M Youssef
Mestre em Medicina Interna - UFPr
Especialista em Neurologia e Medicina Intensiva
Diretora Médica da UTI do Hospital das Nações de Curitiba - Pr
Diretora de Responsabilidade Social da Associação Medica do Parana
Tesoureira da Sociedade de Terapia Intensiva do Paraná (SOTIPA)
Supervisora Médica da UTI do Hospital de Clinicas – UFPr
Objetivos
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Revisar as alterações anatômicas e
fisiológicas de VVAA
Revisar as complicações possíveis
Análise clínica de via aérea difícil
Manejo a beira de leito
Importância
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Falha ou impossibilidade de intubação orotraqueal:
- alto risco de hipoxemia e PCR
- alto risco de broncoaspiração
- aumento da morbidade e mortalidade materna
Influenciam abordagem de VVAA:
- alterações anatômicas relacionadas a gravidez
- se intubação é eletiva ou de emergência
- preparo do material
- situação é de risco para mãe e o feto
Importância
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Pode tornar-se um pesadelo!
Falha de intubação na população geral:
1 : 2.330
Falha de intubação na gestante:
1 : 280
Alterações na gravidez
Alterações na gravidez

Estase capilar na mucosa do trato
respiratório:
- edema de faringe, laringe e traquéia
- dificuldade de respiração pelo nariz
- epistaxe
- rouquidão
Alterações na gravidez
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Desvio do estômago para direita pela posição
do útero
Relaxamento do esfincter esofagogastrico
secundário ao aumento de progesterona
Predispõe regurgitação, vômitos e
broncoaspiração
Aumento de peso
dificulta
posicionamento da grávida em posição
supina. Devemos usar coxins para intubação.
Passo No 01
Reconhecer se via aérea é difícil
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Classificação de Mallampati
Classificação de Cormack e Lehane
Extensão da articulação atlanto-occipital
(permite extensão de 35 graus da cabeça
sobre o pescoço)
Distância tiromentoniana
Grau de obesidade
Classificação de Mallampati
Evolução durante a gravidez entre 12 e 38 semanas
Classificação de Cormack e Lehane
Articulação Atlanto-Occipital
Distância tiromentoniana

Medida em cm ou em numero de dedos da
distância entre o queixo e a cartilagem
tireoidea
- > 6,5 cm: intubação fácil
- entre 6,0 e 6,5 cm: intubação difícil mas possível
- < 6,0 cm: laringoscopia e intubação difícil ou
impossível
Retrognatismo
Avaliação de 1500 gestantes
Combinação de fatores
Gestante Obesa
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Gestação em obesas mórbidas tem
maior risco de:
diabetes
hipertensão
pré-eclâmpsia
necessidade de cesárea
Gestante obesa
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
Via aérea obliterada 2 x maior que em não
obesas
Há dificuldade de intubação
Há dificuldade de ventilação (baixa
complacência da caixa toracica e aumento
da pressão intra-abdominal)
Maior taxa de mortalidade materna
Maior taxa de complicação respiratória
(32% x 7% em não obesas)
Passo No 2
Acesso as VVAA

Material adequado a situação
Canula orotraqueal em numero menor para
não danificar a faringe-laringe e evitar
sangramento
Aspiração somente se necessário

Posicionar a paciente
ERRADO – SEM COXIM
CORRETO – COM COXIM
Acesso as VVAA
Anestesia local com xylocaina tópica
base de língua, pilares amigdalianos,
paredes laterais da faringe
 Ventilar com máscara-ambu até
conseguir via aérea definitiva.
 Ideal com 2 pessoas

Técnica de Intubação Orotraqueal
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


Visualizar as cordas vocais
e a epiglote
Introduzir o tubo
orotraqueal até
22-23 cm
Insuflar o cuff com
15 ml de ar
Checar com ausculta e
raio X de tórax
Uso de Troca Tubo
Máscara Laríngea



Dispensa laringoscopia para inserção
Acesso rápido, não precisa compressão cricóide
Para pctes sem risco de broncoaspiração
Máscara Laríngea



Paciente grávida não é a ideal pois tem alto
risco de broncoaspiração
Em situação com risco de vida – “cannot
ventilate, cannot intubate” ajuda muito
Uso em 1067 casos de cesárea eletiva, sem
complicações
Han TH, Brimacombe J, Lee EJ, et al:. Can J Anaesth 2001

Já há mascara laringea em unidades da
Alemanha, Irlanda, Grã-Bretanha.
Combitubo



Inserir as cegas até
a marca referencia
estar alinhada com
dentes incisivos
Insuflar balonete
proximal com 50 80 ml de ar
Insuflar balonete
distal com 10 ml de
ar


Colocar o ambu no
lumen mais longo
Se ausculta
pulmonar for
positiva, quer dizer
que o tubo está no
esofago. Se
negativa, está na
traqueia.

Se o tubo estiver na
traqueia, coloque o
ventilador no lumen
transparente (mais
curto).
Cricotireoidotomia
Técnica de Cricotireoidotomia
Traqueostomia
Quando?
O mais precoce possível em pacientes que
necessitem de ventilação mecânica por mais
de 14 dias,
com trauma buco-maxilar ou cervical, com
queimaduras faciais ou cervicais,
com disfagia orofaringea e que façam
aspiração.
 Técnica cirúrgica
 Técnica percutânea
Conclusão


Assegurar vvaa patentes
Permitir oxigenação adequada para
mãe e para o feto
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Doppler Transcraniano: Diagnóstico ou Terapêutico no AVE