Déficit de Atenção e Hiperatividade Ana Cláudia de Araújo Hein Rodrigues Fonoaudióloga Déficit de Atenção e Hiperatividade É um transtorno neurobiológico, de causas genéticas, que aparece na infância e pode acompanhar o individuo por toda vida. Déficit de Atenção e Hiperatividade Ele se caracteriza por sintomas de desatenção, inquietude e impulsividade. Ele é chamado às vezes de DDA (Distúrbio do Déficit de Atenção). Déficit de Atenção e Hiperatividade É o transtorno mais comum em crianças e adolescentes. Ele ocorre em 3 a 5% das crianças. Causas • Hereditariedade • Substâncias ingeridas na gravidez • Exposição a chumbo • Sofrimento fetal • Problemas familiares ção e Hiperatividade Estudos científicos mostram que portadores de TDAH têm alterações na região frontal e as suas conexões com o resto do cérebro. A região frontal orbital é uma das mais desenvolvidas no ser humano em comparação com outras espécies animais e é responsável pela inibição do comportamento (isto é, controlar ou inibir comportamentos inadequados), pela capacidade de prestar atenção, memória, autocontrole, organização e planejamento. Déficit de Atenção e Hiperatividade Déficit de Atenção e Hiperatividade O que parece estar alterado nesta região cerebral é o funcionamento de um sistema de substâncias químicas chamadas neurotransmissores (principalmente dopamina e noradrenalina), que passam informação entre as células nervosas (neurônios). SINTOMAS TDAH na infância em geral se associa a dificuldades na escola e no relacionamento com demais crianças, pais e professores. As crianças são tidas como "avoadas", "vivendo no mundo da lua". Crianças e adolescentes com TDAH podem apresentar mais problemas de comportamento, como por exemplo, dificuldades com regras e limites. Sintomas As crianças com TDAH, em especial os meninos, são agitados ou inquietos. Frequentemente têm apelido de "bicho carpinteiro" ou coisa parecida. Na idade pré-escolar, estas crianças mostram-se agitadas, movendo-se sem parar pelo ambiente, mexendo em vários objetos como se estivessem “ligadas” por um motor. Mexem pés e mãos, não param quietas na cadeira, falam muito e constantemente pedem para sair de sala ou da mesa de jantar. Elas têm dificuldades para manter atenção em atividades muito longas, repetitivas ou que não lhes sejam interessantes. Elas são facilmente distraídas por estímulos do ambiente externo, mas também se distraem com pensamentos "internos", isto é, vivem "voando". Nas provas, são visíveis os erros por distração (erram sinais, vírgulas, acentos, etc.). Como a atenção é imprescindível para o bom funcionamento da memória, elas em geral são tidas como "esquecidas": Cont... Sintomas Quando elas se dedicam a fazer algo estimulante ou do seu interesse, conseguem permanecer mais tranqüilas. Isto ocorre porque os centros de prazer no cérebro são ativados e conseguem dar um "reforço" no centro da atenção que é ligado a ele, passando a funcionar em níveis normais. Cont... Sintomas Elas também tendem a ser impulsivas (não esperam a vez, não leem a pergunta até o final e já respondem, interrompem os outros, agem antes de pensar). Frequentemente também apresentam dificuldades em se organizar e planejar aquilo que querem ou precisam fazer. Seu desempenho sempre parece inferior ao esperado para a sua capacidade intelectual. Sintoma O TDAH não se associa necessariamente a dificuldades na vida escolar, embora esta seja uma queixa frequente de pais e professores. É mais comum que os problemas na escola sejam de comportamento que de rendimento. Questionário para diagnóstico 1. Não consegue prestar muita atenção a detalhes ou comete erros por descuido nos trabalhos da escola ou tarefas. 2. Tem dificuldade de manter a atenção em tarefas ou atividades de lazer 3. Parece não estar ouvindo quando se fala diretamente com ele. 4. Não segue instruções até o fim e não termina deveres de escola, tarefas ou obrigações. 5. Tem dificuldade para organizar tarefas e atividades 6. Evita, não gosta ou se envolve contra a vontade em tarefas que exigem esforço mental prolongado 7. Perde coisas necessárias para atividades (p. ex: brinquedos, deveres da escola, lápis ou livros) 8. Distrai-se com estímulos externos 8. Distrai-se com estímulos externos 9. É esquecido em atividades do dia-a-dia 10. Mexe com as mãos ou os pés ou se remexe na cadeira 11. Sai do lugar na sala de aula ou em outras situações em que se espera que fique sentado 12. Corre de um lado para outro ou sobe demais nas coisas em situações em que isto é inapropriado 13. Tem dificuldade em brincar ou envolver-se em atividades de lazer de forma calma 14. Não para ou frequentemente está a “mil por hora” Tratamento • Medicamentos • Acompanhamento psicológico • Acompanhamento fonoaudiológico Orientações aos professores • Considerar os pontos fortes da criança e conhecer as atividades que mais as motivam • Trabalhar atividades no computador • Exercícios de concentração • Sistematizar tempo de estudo • Explicar de maneira clara as tarefas • Orientar a criança a esperar sua vez, reforçando seu comportamento. • Lembrar a • criança que ela tem que pensar antes de responder • Não propor atividades com limite de tempo. • Dar mais atenção á criança • Sentar em círculos para que a criança mantenha contato visual com outras crianças. • Usar sempre aproximidade física, para não deixar a criança se distrair. • Colocar os alunos em lugares longe de qualquer coisa que os distraia. • Textos com muitos desenhos podem distrair muito, dê textos menores e com menos figuras. • Sempre checar no caderno se a criança copiou. • Agrupar os alunos para realizarem atividades. • Trabalhar com material concreto e visual. Não sobrecarregue o aluno. • Destaque os pontos positivos. • Varie sempre o tom de voz. • Quando explicar a matéria, faça pergunta em particular para a criança.