AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DE MÉRTOLA Escola EB 2,3/ES de São Sebastião de Mértola Curso Profissional de Técnico de Apoio Psicossocial – 3º ano Ano lectivo: 2013/2014 HIPERATIVIDADE Daniela Baiôa nº6 12ºB O QUE É? • O Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH) é uma síndrome caracterizada por desatenção, hiperatividade e impulsividade causando prejuízos a si mesmo e aos outros em pelo menos dois contextos diferentes. • Na Classificação Internacional de Doenças da OMS mais recente é classificado como um Transtorno Hipercinético. CARACTERÍSTICAS • O Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais da Associação Americana de Psiquiatria (DSM IV) subdivide o TDAH em três tipos : TDAH com predomínio de sintomas de desatenção; TDAH com predomínio de sintomas de hiperatividade/impulsividade e; TDAH combinado. • Na década de 1980, a partir de novas investigações, passouse a ressaltar aspectos cognitivos na definição de síndrome, principalmente o déficit de atenção e a impulsividade ou falta de controle, considerando-se, além disso, que a atividade motora excessiva é resultado do alcance reduzido da atenção da criança e da mudança contínua de objetivos e metas a que é submetida. CAUSAS • Várias hipóteses acerca das possíveis causas de TDAH têm sido apresentadas: problemas durante a gravidez ou no parto e exposição a determinadas substâncias, tais como o chumbo. • São vários as complicações associadas: toxemia, eclâmpsia, pós-maturidade fetal, stress fetal, baixo peso ao nascer, hemorragia pré-parto, consumo de tabaco e/ou álcool durante a gravidez e má saúde materna. CAUSAS • Problemas familiares também poderiam propiciar o aparecimento do TDA-H no indivíduo predisposto geneticamente: uma família numerosa, brigas muito frequentes entre os pais, criminalidade dos pais, colocação em lar adotivo ou pais com transtornos psiquiátricos . • Tais problemas não originam o distúrbio mas poderiam amplificá-lo. Um dos possíveis motivos seria a negligência dos pais, que leva as crianças a precisarem se comportar de maneira inadequada para conseguir atenção. CAUSAS • A imagem da direita ilustra áreas de atividade cerebral de uma pessoa sem TDAH e a imagem da esquerda de uma pessoa com TDAH. • Problemas na gravidez estão associados com maior incidência de casos mesmo quando desconsiderados outros fatores como psicopatologias dos pais. FASES DA VIDA Fase Sintomas comuns Bebé Bebé difícil, insaciável, irritado, de difícil consolo, maior prevalência de cólicas, dificuldade para alimentar e problemas de sono. Primeira infância Muito inquieto e agitado, dificuldades de ajustamento, desobediente, facilmente irritado e extremamente difícil de satisfazer. Ensino fundamental Incapacidade de se concentrar, distrações muito frequentes, muito impulsivo, grandes variações de desempenho na escola, se envolve em brigas, presença ou não de hiperatividade. Adolescência Muito inquieto, desempenho inconsistente, sem conseguir se focalizar, problemas para memorizar, abuso de substância, acidentes, impulsividade, muita dificuldade de pensar e se planejar a longo prazo. Adulto Muito inquieto, comete muitos erros em atividades que exigem concentração, desorganizado, inconstante, desastrado, impaciente, não cumpre compromissos, perde prazos, se distrai facilmente, não fica parado, toma decisões precipitadas, dificuldade para manter relacionamentos e perde o interesse rapidamente. TRATAMENTO • Além de fármacos, ministrados com acompanhamento especializado permanente, o tratamento médico pode contar com apoio psicológico, fonoaudiológico, terapêutico ocupacional ou psicopedagógico. • Quem sofre do transtorno e faz uso de medicamentos, como o cloridrato de metilfenidato, a bupropiona, a clonidina e os antidepressivos tricíclicos como a imipramina, tem de 70% a 80% de melhora no aprendizado. TRATAMENTO • Para evitar que se distraia, é recomendado que a pessoa portadora do transtorno tenha um ambiente silencioso e sem distrações para estudar/trabalhar. • Na escola, ela pode se concentrar melhor na aula sentandose na primeira fila e longe da janela. Aulas de apoio com atenção mais individualizada podem ajudar a melhorar o desempenho escolar. • Desde o ponto de vista da psicologia behaviorista, os pais e professores podem recompensar a criança quando seu desempenho é bom, valorizando suas qualidades, mais do que punir seus erros. • A punição, se houver, nunca deve ser violenta, pois isso pode tornar a criança mais agressiva, por medo e raiva da pessoa que a puniu. Além disso, a punição não impede o comportamento indesejado quando o agente punidor não estiver presente. TRATAMENTO • Famílias caracterizadas por alto grau de agressividade e impulsividade nas interações, podem contribuir para o aparecimento de comportamento agressivo, impulsivo ou de uma oposição desafiante nas crianças em diversos contextos. A família tem importante papel no tratamento de transtornos infantis. Não basta medicar a criança. É necessário que os próprios pais façam psicoterapia junto com a criança ou o adolescente.