FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE
CURSO DE PSICOLOGIA
PSICOLOGIA EDUCACIONAL
TDAH: Transtorno do Déficit de Atenção com
Hiperatividade
Adriano Trasantes Oliveira
Carlos Eduardo Polese
Classificação

O nome Transtorno de Déficit de Atenção
(TDA) surgiu pela primeira vez em 1980,
no DSM-III, e era dividido em dois tipos:
TDA com hiperatividade e TDA sem
hiperatividade. Os moldes diagnósticos
que conhecemos hoje são da 4° edição do
DSM (DSM-IV-TR, 2002).
O Que é TDAH?
É
um transtorno
neurobiológico, que
aparece na infância e
freqüentemente
acompanha o indivíduo
por toda a sua vida.
 Ele
se caracteriza por
sintomas de
desatenção, inquietude
e impulsividade.
Transtorno Contemporâneo?
 Mesmo
sendo muito comentado na
atualidade, o TDAH não é uma doença
que surgiu recentemente.

Pré diagnóstico: criança malcriada,
malvada, “burra”, preguiçosa.
 Pós-diagnóstico: doente.
Pós-diagnóstico
 No
primeiro momento o diagnóstico é um alívio
para pais e professores.
 Pais
e escola começam a mudar o ambiente da
criança.
 Efeito
de Arco (Hacking 2006).
 Feedback
Positivo
Pós-diagnóstico
 Um
dos principais problemas do pósdiagnóstico é a estigmatização da criança.
 Uma
criança diferenciada das demais
pelos professores, em sala de aula, pode se
sentir deslocada no ambiente escolar,
agravando seu problema.
Na escola
É
um dos grandes vilões no fracasso escolar.
O
professor pode começar a ver a criança
como doente e isolar a criança.
 Se
o professor não integrar o aluno, este
tende a sucessões de fracassos ou ainda
evasão escolar.
Psicólogo Escolar
 Função:
aumentar a qualidade e a eficiência do
processo educacional através da aplicação dos
conhecimentos psicológicos.
 Deve
ser um agente de mudanças dentro da
escola.
 Psicólogo
escolar: não faz clínica escolar.
Psicólogo Escolar
O
psicólogo escolar será o profissional
que fará a integração deste aluno com a
escola e também, a escola com
conhecimentos específicos.
 Levar
informações e técnicas para
integração dos alunos são as principais
funções do psicólogo escolar no TDAH.
Conhecimentos que fazem a diferença

Em Casa:
◦ Estabelecer normas de comportamento claras e
específicas.
◦ Espaços físicos com poucos fatores de distrações.

Na escola:
◦
◦
◦
◦
Turmas pequenas
Sentar próximo a professora
Sala com menos grau de detalhes
Tarefas crescendo gradualmente

Integrar os conhecimentos psicológicos
com as necessidades dos alunos com
TDAH e, a partir disto, integrar esse aluno
de maneira normal e sem estigmatização,
na escola é o comprometimento que o
psicólogo escolar deve ter.
Medicação
 A principal
arma
médica no controle
do TDAH é a
Ritalina
(metilfenidato).
 Seu
início de ação
dá-se em 30 minutos,
com pico em uma a
duas horas.
Principais Efeitos Colaterais
 Curto
Prazo
Diminuição do apetite
Insônia
Cefaléia
Dor Abdominal
 Longo
Prazo
Dependência
Problemas Cardiovasculares
Redução da Estrutura
Outros Efeitos

Quando a criança para de tomar a Ritalina, pode ocorrer
sofrimento emocional, incluindo depressão, esgotamento
e até suicídio.

Susan Schenk, uma psicofarmacologista da
Universidade A&M de Texas, liderou um estudo de
5000 crianças com TDAH da adolescência até a idade
adulta e concluiu que as crianças tratadas com
medicamentos contra TDAH têm três vezes mais
probabilidade de desenvolver o gosto por cocaína.
Referências
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crianças desatentas no ambiente escolar.
Brzozowski, F., Caponi, S. (2009). Transtorno de Déficit de
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Coutinho, G., Mattos, P., Schmitz, M., Fortes, D., Borges, M.
(2008). Concordância entre relato de pais e professores para
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brasileira.
Matos, P., Pastura, G. (2004). Efeitos colaterais do
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Resultados no Estudo do Transtorno de Déficit de Atenção e
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Rohde, L., Halpern, R. (2004). Transtorno de déficit de
atenção/hiperatividade: Atualização.
Martins, J. (2003). A atuação do psicólogo escolar:
multirreferencialidade, implicação e escuta clínica.
Scheuer, C., Andrade, E. (2004). Análise da eficácia do
metilfenidato usando a versão abreviada do questionário de
conners em transtorno de déficit de atenção/hiperatividade
Obrigado.
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Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade Adriano