Controle - e descontrole - do Ciclo Celular As três vertentes: 1. Os fãs do Pink Floyd, que acreditavam que a chave estava nas vias disparadas pelos 10% de soro fetal 2. Os caçadores de galinhas, que procuravam por oncogenes inseridos em retrovírus tumoral 3. Os enfurnados nos laboratórios estudando levedura e rãs, que não têm cancer, e descobriram o relógio Vertente 1, das células 3T3 • Meio de cultura – Dulbecco Modified Eagle Medium (DMEM) • sais, aminoácidos, vitaminas, glicose • tampão bicarbonato/ác. carbônico pH 7 em 5% CO2 • ou sal de fruta ENNO, caixa Tupperware e esponja – Soro fetal bovino • 10% v/v, seria o que uma célula “veria” • Cultilab (Campinas) • SORO x PLASMA: o que corre nos vasos? – PDGF: importante fator plaquetário do soro Só vou repicar umas células... • • • • Lavar 2x com PBS Adicionar 1 mL de tripsina em PBS EDTA Deixar filme de tripsina Ressuspender em meio com soro – o soro inativa a tripsina – subcultivar com diluição (1/4, 1/6...) • Anotar o número da passagem no frasco Fibroblastos: modelo de estudo • Célula normal = inibição por contato – cresce até a “confluência” ou “monocamada” – pára de se dividir com conteúdo de DNA de G1 – motivo: p27 bloqueia quinases reguladoras das etapas do ciclo, exceto a da mitose – células ficam quiescentes, mas não como Go • Célula tumoral: perde inibição por contato – empilha = focos de transformação – ensaio: nº de placas com foco (+TPA ou PMA) Descobrindo quanto se vai viver • Pedaço de tecido – embrião ou braço + pinça + tesoura – colonização da superfície da placa = cultura primária (geralmente fibroblastos) – crise: cerca de 100 passagens se o doador for jovem e morte da cultura por senescência – protocolos iniciais: quase sempre resultavam em células transformadas (empilhavam) – protocolo 3T3 ou 10T1/2: imortais normais (repiques feitos sem adimitir confluência) Fases do ciclo de divisão celular • Dois eventos visíveis – M= células redondas e bi-refringentes – S = incorporação de Timidina tritiada ou BrdU • Dois vãos ou “gaps” – G1, antes de S (DNA = 2C) – G2, depois de S (DNA = 4C) • Detecção de proliferação – FACS, incorporação de BrdU ou índice mitótico • Células quiescentes = estado “G zero” (Go) Duração do ciclo • Variações de G1 – G1 é ausente em embriões (não em mamíferos) • até a midi-blástula – Variável, porque soma-se a paradas intermitentes em Go • Variações de S – curta em embriões (não em mamíferos) • uso de maior número de origens de replicação • Determinação do tempo de dobramento – curva de crescimento em plote logarítmico Sincronização das células • Todas na mesma fase do ciclo – Mitotic Shake-off (destacamento mitótico) • Nocodazole 50 ng/ml por 4 horas (<100% em M) • BANG, BANG, BANG – Carenciamento para soro (24 h) • • • • células mais jovens que meio G1 páram (G1pm) células mais velhas que meio G1 ciclam (G1ps) ao final das 24 h, todas se acumulam em Go demoram o dobro de G1 para percorrer Go/G1 – Afidicolina (inibe Pol. alfa): bloqueio em fase S Lesões em DNA • Quebras em cadeias de DNA – – – – sedimentação em gradiente de sacarose desnaturação alcalina suave (Bihrimboin) eluição alcalina relaxamento de nucleóides • Quantificação das modificações químicas • Inibição de síntese de DNA – taxa de incorporação de timidina tritiada – velocidade de crescimento da cadeia de DNA Sobrevivência celular • Letalidade é um evento raro • Segue distribuição de Poisson • Classe Zero de Poisson – quando a média de eventos letais é de 1 por célula – 37% das células sobrevivem • Ombro da curva de sobrevivência – indica capacidade de suportar lesões – por reparo ou pouca genotoxicidade Muitas lesões? • Pode ser disparada a apoptose – morte celular programada – diferente de necrose – iniciada por proteólise limitada mediada por caspases – envolve ação de nucleases que atacam o DNA • Bloqueios de ciclo celular evitam apoptose – permitem tempo de reparo – mecanismos de checagem ou “checkpoints” Instabilidade genômica • Câncer = pelo menos 4 mutações – incompatível com ocorrência ao acaso – necessário instabilidade genômica • Mutações – reguladores do próprio ciclo celular – positivos = protoncogenes (vírus RNA animal) – negativos = supressores de tumor (vírus DNA) • Afetam o relógio do ciclo celular – quinases dependentes de ciclinas v-sis BPV E5 v-Erb-B EJ-ras v-Ha-ras v-src HPV E6 HPV E7 SV40 Large T v-fos v-jun c-myc pessoas pessoas pessoas pessoas pessoas pessoas pessoas pessoas pessoas pessoas pessoas pessoas