Biofísica
Biofísica da visão
Prof. Dr. Walter Filgueira de Azevedo Jr.
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BIOFÍSICA
Resumo
 Ótica geométrica
 Anatomia do olho
 Erros de visão
 Ilusão de ótica
 Estrutura da retina
 Mácula e fóvea
 Fotorreceptores
 Absorção da luz pela rodopsina
 Estrutura do bastonete
 Estrutura do cone
 Excitação dos fotorreceptores
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BIOFÍSICA
Índice de Refração
A refração ocorre quando um feixe luminoso incide sobre um meio material
transparente e sofre um desvio. Considerando-se um meio transparente, como o vidro,
a luz ao incidir sobre o vidro sofre uma diminuição da sua velocidade de propagação,
quando comparada com a velocidade de propagação do feixe luminoso no ar.
Ar
Vidro
Feixes luminosos
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BIOFÍSICA
Índice de Refração
Uma forma de quantificar a refração de um meio material é por meio do índice de
refração. O índice de refração é determinado pela divisão da velocidade de
propagação da luz no ar (vAr), pela velocidade da luz no vidro(vVidro), conforme a
equação abaixo. Quanto maior a redução da velocidade de propagação da luz, ao
entrar no vidro, maior será seu índice de refração. O índice de refração pode ser
usado para caracterizar qualquer sistema ótico, tais como, lentes, instrumentos óticos
e o olho.
Velocidade de propagação da luz no ar
n=
vAr
vVidro
Velocidade de propagação da luz no vidro
Índice de refração do vidro
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BIOFÍSICA
Índice de Refração
Se a velocidade de propagação da luz no vidro passa para 200.000 km/s, temos que o
índice de refração do vidro (n) é de 1,5, como mostrado abaixo. Observe que o índice
de refração é uma grandeza física adimensional.
n=
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vAr
300.000 km/s
=
= 1,5
vVidro
200.000 km/s
BIOFÍSICA
Lente Convexa
A lente convexa focaliza os feixes
luminosos de uma fonte distante,
do lado esquerdo da figura,
focalizando-o para uma ponto, no
outro lado da lente. Esse ponto é
chamado de foco, e a distância da
lente até o foco de distância focal.
Feixes luminosos
foco
Lente convexa
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BIOFÍSICA
Lente Côncova
A lente côncova diverge os feixes
luminosos de uma fonte distante,
ao contrário da lente convexa a
lente côncova não apresenta ponto
focal.
Feixes luminosos
Lente côncova
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BIOFÍSICA
Poder de Refração
Podemos medir o poder de
refração de uma lente a partir do
conceito de dioptria. Definimos
dioptria como a razão entre 1 metro
e a distância focal da lente, assim
uma lente com distância focal de 1
metro apresenta poder de refração
de 1 dioptria, se a distância focal
for de 0,5 m o poder de refração é
de 2 dioptrias, com uma distância
focal de 10 cm temos 10 dioptrias.
f
1m
Poder de refração = 1m / f
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BIOFÍSICA
Formação de Imagem
Fontes puntiformes
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Pontos focais
BIOFÍSICA
Formação de Imagem no Olho
Podemos fazer uma analogia de
uma câmara fotográfica com o olho.
Em ambos temos um sistema de
lentes, que foca a imagem de um
objeto sobre uma região específica,
no caso dos olhos, a retina, na
câmara, o filme. Como na câmara, a
imagem no olho forma-se invertida, o
cérebro corrige e interpreta a
informação como se a imagem
estivesse na posição original.
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olho
cristalino
BIOFÍSICA
Anatomia do Olho
Pupila
Íris
Córnea
Humor aquoso
Zônula
Câmara posterior
Músculo ciliar
Cristalino
Coróide
Esclerótica
Humor vítreo
Retina
Fóvea
Disco ótico
Nervo ótico e vasos retinais
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BIOFÍSICA
Índice de Refração do Olho
Ar (n=1,0)
Pupila
Íris
Córnea (n=1,38)
Humor aquoso (n=1,33)
Zônula
Câmara posterior
Músculo ciliar
Cristalino
(n=1,40)
Coróide
Esclerótica
Humor vítreo (n=1,34)
Retina
Fóvea
Disco ótico
Nervo ótico e vasos retinais
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BIOFÍSICA
Mecanismo de Acomodação
1) Menor refração
(músculo ciliar relaxado)
O olho é capaz de aumentar o poder
de refração do cristalino, de 20 para
até 34 dioptrias em crianças e
jovens. Para isso o cristalino
modifica sua forma, de ligeiramente
convexa, para uma forma com alta
convexidade.
Nos
jovens,
o
cristalino é formado por uma
cápsula elástica, repleta de fibras
viscosas, de origem protéica e
transparente. Quando o cristalino
está relaxado, o mesmo assume
forma quase esférica, devido à
elasticidade da cápsula do cristalino
(figura 2), com maior poder de
refração.
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Córnea
Humor aquoso
2) Maior refração
(músculo ciliar contraído)
Íris
Músculo ciliar
Cristalino
Zônulas
Humor vítreo
A contração do músculo ciliar leva as
inserções periféricas dos ligamentos do
cristalino a tracionarem para frente,
relaxando um pouco a tensão sobre o
cristalino. Há uma redução do diâmetro
do círculo das fixações de ligamento,
permitindo uma menor tensão sobre o
cristalino (figura 2).
BIOFÍSICA
Mecanismo de Acomodação
1) Menor refração
(músculo ciliar relaxado)
Assim, quando ocorre a contração
das fibras musculares lisas no
músculo ciliar, o mesmo relaxa os
ligamentos da cápsula do cristalino,
que toma uma forma mais esférica,
aumentando o poder dióptrico do
cristalino (figura 2). Com o músculo
ciliar relaxado, o poder dióptrico do
cristalino é mínimo (figura 1).
Resumindo,
músculo
ciliar
contraído,
máximo
poder
de
refração, o olho está acomodado.
Com o músculo ciliar relaxado, o
cristalino é tensionado, diminuindo o
poder de refração do cristalino.
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Córnea
Humor aquoso
2) Maior refração
(músculo ciliar contraído)
Íris
Músculo ciliar
Cristalino
Zônulas
Humor vítreo
BIOFÍSICA
Miopia e Hipermetropia
A) Emetropia
O olho normal, ou emétrope, é mostrado na
figura A. No olho normal objetos situados à
distância são focalizados sobre a retina. No
olho míope, a imagem é formada antes da
retina, como mostrado na figura B. Na maioria
das vezes, um globo ocular mais longo é a
causa da miopia, ou, em outras vezes, o poder
de refração muito grande do sistema de lentes
do olho é a causa. No olho com hipermetropia
a imagem é formada após a retina, como
destacado na figura C. A hipermetropia é em
geral devida a um globo ocular mais curto, ou,
algumas vezes, devida a um poder de refração
menor do sistema de lentes do olho, quando o
músculo ciliar está relaxado.
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B) Miopia
C) Hipermetropia
BIOFÍSICA
Correção da Miopia
A correção da miopia se faz com a
colocação de lentes côncavas, que leva a
imagem a se formar mais longe. Com o
poder de refração adequado, a imagem se
formará sobre a retina. Para determinar o
grau adequado da lente côncova o
procedimento de tentativa e erro e
adotado, até determinar-se a lente que
coloca a imagem formando-se sobre a
retina.
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BIOFÍSICA
Correção da Hipermetropia
A correção da hipermetropia se faz com a
colocação de lentes convexas, que leva a
imagem a se formar mais perto. Com o
poder de refração adequado, a imagem se
formará sobre a retina. Para determinar o
grau adequado da lente convexa o
procedimento de tentativa e erro e também
é adotado.
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BIOFÍSICA
Astigmatismo
O astigmatismo ocorre quando a córnea apresenta um formato oblongo, ou, mais
raramente, o cristalino apresenta tal formato. O cristalino de um olho astigmático
apresenta um formato da parede lateral de um ovo deitado. Para corrigir essa
anomalia é necessário o uso de lentes cilíndricas. Tais lentes tem a capacidade de
mudar a distância focal do olho, na direção onde o raio de curvatura da córnea difere
de suas demais partes.
Uma forma de saber se uma pessoa tem astigmatismo é olhando para a figura abaixo
sem óculos. Veja se consegue ver nitidamente todas as linhas.
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BIOFÍSICA
Correção do Astigmatismo
Você pode ver se uma pessoa que usa óculos tem astigmatismo. Coloque a lente dos
óculos sobre palavras de um livro, por exemplo, e gire a lente. Se as palavras
sofrerem deformação a pessoa tem astigmatismo. Se não ficar evidente realize um
desenho parecido com o da figura ao lado.
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BIOFÍSICA
Correção do Astigmatismo
No procedimento experimental abaixo, vemos que a imagem formada pela vela
aparece alongada no anteparo. Observe as situações mostradas nas figuras (b) e (c).
O copo, funcionando como uma lente cilíndrica, faz com que os raios de luz que o
atravessam convirjam na direção paralela ao eixo do copo, mostrando portanto, uma
imagem alongada.
a)
b)
c)
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BIOFÍSICA
Moscas Volantes
Pupila
Íris
Córnea
Humor aquoso
São manchas ou pontos escuros no
campo
de
visão.
Em geral, são pequenas opacidades
dentro de uma gelatina que temos
dentro do olho, chamada humor vítreo.
O vítreo preenche toda a cavidade
posterior
do
globo
ocular.
Embora
esses
corpos
flutuantes
pareçam estar na frente do olho, eles
estão realmente flutuando dentro da
gelatina e a sombra deles é projetada
sobre
a
retina,
conforme
a
movimentação
dos
olhos.
Zônula
Câmara posterior
Músculo ciliar
Cristalino
Coróide
Esclerótica
Humor vítreo
Retina
Fóvea
Disco ótico
Fonte: http://www.portaldaretina.com.br/ilusoes/index.asp
Nervo ótico e vasos retinais
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BIOFÍSICA
Causas das Moscas Volantes
Pupila
Íris
Córnea
Humor aquoso
São causadas por alterações que
ocorrem no vítreo, o gel que
preenche o olho, em decorrência da
idade
ou
doenças
oculares.
Geralmente é acompanhado por um
encolhimento
ou
condensação,
chamado de descolamento do vítreo
posterior, sendo essa uma causa
bastante comum de moscas volantes.
Elas podem resultar também de
inflamações dentro dos olhos ou por
depósitos de cristais que se
depositam na gelatina do vítreo.
Zônula
Câmara posterior
Músculo ciliar
Cristalino
Coróide
Esclerótica
Humor vítreo
Retina
Fóvea
Disco ótico
Fonte: http://www.portaldaretina.com.br/ilusoes/index.asp
Nervo ótico e vasos retinais
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BIOFÍSICA
Ilusão de Ótica
As ilusões de ótica indicam uma segmentação entre a percepção de algo e da
concepção desta outra realidade, a ordem de percepção não influencia a
compreensão de algumas imagens. Principalmente nos últimos 20 anos, os cientistas
mostraram um progresso na área óptica. As ilusões causam surpresa quando são
percebidas de formas diferentes e até um certo tipo de divertimento.
As ondas de luz penetram no olho então entram em celas de foto receptivas na retina.
A imagem formada na retina é plana, contudo, percebemos forma, cor, profundidade e
movimento. Isso ocorre porque nossas imagens de retina, se em uma imagem 2D ou
3D, são representações planas em uma superfície encurvada. Para qualquer
determinada imagem na retina, há uma variedade infinita de possíveis estruturas
tridimensionais.
Fonte: http://www.portaldaretina.com.br/ilusoes/index.asp
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BIOFÍSICA
Ilusão de Ótica
Algumas ilusões trabalham exatamente no fato de sermos juntamente com os
macacos os únicos seres que percebem a noção de largura, altura e profundidade;
uma das explicações para este fato é que temos os olhos na frente da cabeça e não
dos lados como na maioria dos animais.
A percepção que uma pessoa tem do mundo exterior de seu olho não depende
apenas do órgão da visão, mas também de suas emoções, seus motivos, suas
adaptações, etc. A Psicofísica estuda estas percepções e mostra que o mesmo
estímulo físico pode produzir percepções muito variadas.
Fonte: http://www.portaldaretina.com.br/ilusoes/index.asp
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BIOFÍSICA
Tipos de Ilusão de Ótica
Ambíguas
As imagens ambíguas, sempre contém
mais de uma cena na mesma imagem.
Seu sistema visual interpreta a imagem
em mais de um modo. Embora a imagem
em sua retina permaneça constante,
você nunca vê uma mistura estranha das
duas percepções sempre é uma ou a
outra.
A ilusão do vaso Rubim é uma ambígua
ilusão figura/fundo. Isto porque podem
ser percebida duas faces brancas
olhando uma para a outra, num fundo
preto ou um vaso preto num fundo
branco.
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Fonte: http://www.portaldaretina.com.br/ilusoes/index.asp
BIOFÍSICA
Tipos de Ilusão de Ótica
Escondidas
São imagens que a primeira vista não
apresentam nenhum significado, mas
depois de observar você irá se
surpreender.
Na figura ao lado focalize seu olhar no
pontinho preto no centro do círculo...
Agora movimente-se para frente e para
trás... (ainda olhando para o pontinho).
Fonte: http://www.portaldaretina.com.br/ilusoes/index.asp
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BIOFÍSICA
Tipos de Ilusão de Ótica
Letras
Nossos olhos realmente nos enganam, aqui você descobrirá várias formas e tipos de
letras que enganam nossa vista.
Olhe
abaixo
e
diga
as
CORES,
não
as
palavras...
Conflito no cérebro: o lado direito do seu cérebro tenta dizer a cor,
enquanto
o
lado
esquerdo
insiste
em
ler
a
palavra.
Fonte: http://www.portaldaretina.com.br/ilusoes/index.asp
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BIOFÍSICA
Tipos de Ilusão de Ótica
Arte
São obras publicadas de artistas
consagrados com maravilhosas
ilusões de óptica.
Preste atenção: nesta imagem
existem 9 pessoas. Tente encontrálas...
Fonte: http://www.portaldaretina.com.br/ilusoes/index.asp
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BIOFÍSICA
Tipos de Ilusão de Ótica
Arte
O enigmático sorriso da Monalisa, de Leonardo
da Vinci, é "uma ilusão que aparece e
desaparece devido à maneira peculiar como o
olho humano processa as imagens", de acordo
com uma pesquisa sobre os mecanismos da
visão da neurobióloga Margaret Livingstone.
Dentro do Congresso Europeu de Percepção
Visual
(ECVP
2005)
a
pesquisadora
argumentou que quando no século XVI
Leonardo Da Vinci pintou a Monalisa conseguiu
um efeito pelo qual o sorriso desaparece
quando o quadro é visto diretamente e só
reaparece quando a vista é fixada em outras
partes
do
quadro.
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BIOFÍSICA
Estrutura da Retina
As células sensíveis à luz localizam-se na camada mais interna da retina, a luz
incidente nas células fotorreceptoras atravessam diversas camadas, antes de
sensibilizá-las. Tal arranjo pode parecer ineficiente, contudo a perda da energia
luminosa é mínima, devido a baixa absorção luminosa das camadas que antecedem
às células fotorreceptoras.
Fonte: http://www.diptech.com.br/seminars/visao/monografia/visao_monografia.htm
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BIOFÍSICA
Estrutura da Retina
Seção da retina
Camada pigmentar
Camada de cones e
bastonetes
Camada nuclear
externa
Camada plexiforme
externa
Luz
Camada nuclear
interna
Após atravessar o sistema de lentes
do olho e o humor vítreo, a luz atinge
a retina na sua superfície interna,
atravessando diversas estruturas,
tais como, as células ganglionares,
as camadas plexiformes e nucleares,
até atingir a camada dos bastonetes
e cones.
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Camada plexiforme
interna
Camada de células
gaglionares
Camada da fibra
nervosa
Luz
Estrutura da Retina
Seção da retina
Camada pigmentar
Camada de cones e
bastonetes
Camada nuclear
externa
Camada plexiforme
externa
Luz
Camada nuclear
interna
A acuidade visual é reduzida, pois o
sinal luminoso tem que atravessar
um sistema de camadas, antes de
chegar nas células fotossensíveis.
Os cones são responsáveis pela
visão de cores e os bastonetes são
responsáveis, principalmente, pela
visão no escuro.
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Camada plexiforme
interna
Camada de células
gaglionares
Camada da fibra
nervosa
Luz
Estrutura da Retina
Seção da retina
Camada pigmentar
Camada de cones e
bastonetes
Camada nuclear
externa
Camada plexiforme
externa
Luz
Camada nuclear
interna
Na região central da retina, (região
foveal), as camadas iniciais são
afastadas lateralmente, evitando
parte da perda da acuidade visual.
A camada pigmentar contém
melanina, que tem função similar
ao interior negro das câmaras
fotográficas.
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Camada plexiforme
interna
Camada de células
gaglionares
Camada da fibra
nervosa
Luz
Mácula e Fóvea
No centro da retina temos uma região
denominada mácula, que apresenta uma
área inferior a 1 mm2. Na região central da
mácula destaca-se uma região ocupada só
por cones, tais cones apresentam uma
estrutura especial, que auxilia no registro de
imagens. Sua estrutura com corpo delgado,
diferentemente dos restantes dos cones,
que são maiores e localizados na periferia
da retina. A região da fóvea humana tem
uma área de aproximadamente 0,13 mm2 e
160 mil células fotorreceptoras por milimetro
quadrado.
O
falcão
apresenta
aproximadamente
1
milhão
de
fotorreceptores, numa mesma área, o que
aumenta a sua acuidade visual.
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Região mácula com a fóvea no centro. As imagens obtidas
com tomografia de coerência óptica (OCT – Optical
Coherence Tomography), com diferentes resoluções.
Fonte:
http://www.universovisual.com.br/publisher/preview.php?edi
cao=1005&id_mat=894
BIOFÍSICA
Fotorreceptores
A retina apresenta dois tipos de fotorreceptores: os cones e os bastonetes. Os cones
são encontrados em maior concentração na fovea centralis e são responsáveis pela
visão detalhada, precisa e colorida. Os bastonetes são encontrados em toda a retina
periférica, sendo receptores muito sensíveis à luz, por isso, deles depende a visão em
baixa intensidade luminosa.
Os bastonetes possuem um pigmento fotossensível chamado rodopsina. O cromóforo
da rodopsina é o 11-cis-retinal (Vitamina A). Esse cromóforo liga-se à opsina para
formar o complexo binário rodopsina. Os fotopigmentos existentes nos cones são
chamados de iodopsinas. Os cones possuem iodopsinas, que combinadas com o
retinal formam três pigmentos distintos: Um sensível ao azul, outro ao verde e outro ao
vermelho. Assim temos cones sensíveis a cada umas destas cores.
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BIOFÍSICA
Bastonete e Cone
A) Bastonete
B) Cone
Discos
Na figura ao lado temos um diagrama do
bastonete e do cone. Os bastonetes são
geralmente mais longos e estreitos que
os cones, apresentam diâmetro entre 2 a
5 m, enquanto os cones apresentam
diâmetro variando de 5 a 8 , com
exceção da região foveal, onde os cones
apresentam diâmetro de 1,5 m. No
segmento externo do bastonete e cone
está localizada a substância sensível à
luz. Para o bastonete é a rodopsina, e
para o cone a iodopsina. Observa-se a
presença de diversos discos nas
estruturas de ambas células, tais discos
nos cones são invaginações na
membrana celular.
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Segmento
externo
Espaço
Citoplasmático
Membrana
Plasmática
Segmento
externo
Cílio
Mitocôndrias
Segmento
interno
Segmento
interno
Núcleo
Terminal
sináptico
Vesículas
sinápticas
Terminal
sináptico
BIOFÍSICA
Bastonete e Cone
A) Bastonete
B) Cone
Discos
O terminal sináptico, mostrado no
diagrama ao lado, é responsável pela
comunicação com as células neuronais
subseqüentes,
chamadas
células
horizontais e bipolares. Essas células
representam os estágios seguintes da
visão.
Segmento
externo
Espaço
Citoplasmático
Membrana
Plasmática
Segmento
externo
Cílio
Mitocôndrias
Segmento
interno
Segmento
interno
Núcleo
Terminal
sináptico
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Vesículas
sinápticas
Terminal
sináptico
BIOFÍSICA
Excitação dos Fotorreceptores
Na escuridão, a membrana dos bastonetes
apresenta canais iônicos abertos, permitindo a
passagens de íons. É possível detectar um
corrente elétrica (I) entre os dois segmentos do
bastonete (corrente de escuro). O influxo iônico
poder ser devido aos íons de Na+(em 90% dos
casos), ou aos íons de Ca++ (em 10% dos
casos). A corrente de escuro (I) mantém o
bastonete despolarizado (-40 mV), liberando um
neurotransmissor,
muito
provavelmente
glutamato, no nível de células bipolares e
horizontais.
Segmento
externo
Segmento
interno
Terminal
sináptico
Fonte: Garcia, E. A. C. Biofísica.
Savier, 2000 (pg. 269).
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Editora
BIOFÍSICA
Decomposição da Rodopsina
Uma molécula de rodopsina consiste de uma proteína, chamada opsina, e de um
grupo prostético, que absorve a luz, o 11-cis-retinal. A rodopsina é uma proteína
transmembrana do bastonete. A absorção do fóton pelo 11-cis-retinal modifica sua
estrutura tridimensional, resultando no isômero, todo-trans-retinal. Tal mudança
acarreta uma variação conformacional na estrutura da opsina, indicando que houve
absorção da energia luminosa.
Fonte: http://www.scienceofspectroscopy.info/
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BIOFÍSICA
Decomposição da Rodopsina
Fonte: Purves et al., Vida A ciência
da Biologia. 6a. Ed. Artmed editora,
2002 (pg. 805).
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BIOFÍSICA
Decomposição da Rodopsina
Rodopsina + luz
Prelumirrodopsina
Lumirrodopsina
Metarrodopsina I
Metarrodopsina II
Retinal + Opsina
Fonte: http://www.scienceofspectroscopy.info/
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BIOFÍSICA
Absorção da Luz pela Rodopsina
1. Um fóton ativa um elétron no 11-cis-retinal, levando à formação da metarrodopsina
II, a forma ativa da rodopsina.
2. A metarrodopsina II ativa várias moléculas de transducina, um tipo de proteína G.
3. A transducina, na forma ativa, atua ativando várias moléculas de fosfodiesterase.
4. A fosfodiesterase (PDE) ativada catalisa a hidrólise de GMPc (monofosfato cíclico
de guanosina), formando 5’-GMP. A diminuição da concentração de GMPc leva ao
fechamento dos canais de Na+ e Ca++ da membrana celular dos bastonetes. O
GMPc, antes de ser hidrolisado, estava ligado aos canais de Na+ e Ca++, o que
deixava os canais abertos, permitindo o influxo de Ca++ e Na+, em condições de
escuridão. A hidrólise de GMPc provoca o fechamento dos canais de Na+ e Ca++.
Com o fechamento desses canais iônicos a membrana hiperpolariza. A
diminuição do potencial de membrana inibe a formação de glutamato,
passando a informação da excitação luminosa para as células bipolares e
horinzontais.
5. Em seguida, a rodopsina quinase inativa a metarrodopsina II, e toda a cascata
volta ao estado normal (escuridão), com os canais de Na+ abertos.
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BIOFÍSICA
Absorção da Luz pela Rodopsina
Fonte: Purves et al., Vida A ciência
da Biologia. 6a. Ed. Artmed editora,
2002 (pg. 806).
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BIOFÍSICA
Absorção da Luz pela Rodopsina
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BIOFÍSICA
Absorção da Luz pela Rodopsina
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BIOFÍSICA
Estrutura do Cone
A figura ao lado mostra um diagrama
esquemático de um cone, destacandose os discos do segmento externo e, em
seguida,
sucessivas
ampliações,
indicando como as proteínas iodopsinas
estão inseridas na estrutura do cone. As
iodopsinas
são
proteínas
trasnsmembranas, como as rodopsinas,
sendo que existem três tipos de
iodopsina, uma para a cor vemelha,
outra para o verde e uma para o azul.
Fonte: Garcia, E. A. C. Biofísica. Editora Savier, 2000
(pg. 268).
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BIOFÍSICA
Sensibilidade às Cores
Fonte: http://hyperphysics.phy-astr.gsu.edu/hbase/vision/colcon.html#c1
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BIOFÍSICA
Trabalho
1) Faça um diagrama esquemático do olho humano, indicando os seus principais
componentes.
2) Descreva o processo de acomodação do cristalino.
3) Descreva a absorção da luz pelo bastonete.
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BIOFÍSICA
Referências
PURVES, W. K., SADAVA, D., ORIANS, G. H. HELLER, H. G. Vida. A
Ciência da Biologia, 6a ed. Artmed editora.2002.
GARCIA, E. A. C. Biofísica. Editora Savier, 2000.
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Biofísica