Biofísica Modelos Atômicos e Espectroscopia Prof. Dr. Walter Filgueira de Azevedo Jr. wfdaj.sites.uol.com.br BIOFÍSICA Resumo Modelos de atômicos de J. J. Thomson e de Rutherford Modelo do átomo de hidrogênio de Bohr Níveis de energia Espectros atômicos Espectro de absorção Espectro de emissão Fluorescência Bioluminescência Fosforescência Microondas Referências wfdaj.sites.uol.com.br BIOFÍSICA Modelo e J. J. Thomson Elétrons Núcleo positivo wfdaj.sites.uol.com.br BIOFÍSICA Modelo de Rutherford wfdaj.sites.uol.com.br BIOFÍSICA Modelo de Bohr Raio da órbita do elétron no nível n: rn = n2r1 r1 = 0,53 Å Para a primeira órbita, o estado fundamental do átomo temos (n=1): r3 r2 r1 r1 = 0,53 Å Para a segunda órbita (n=2): r2 = n2.0,53 Å = 22.0,53 Å = 4.0,53 Å = 2,12 Å E assim podemos determinar o raio da órbita para qualquer estado. wfdaj.sites.uol.com.br BIOFÍSICA Modelo de Bohr Energia do elétron no nível n: En = - 13,6 eV n2 r3 r2 Para o nível 1 ( estado fundamental do átomo) temos (n=1) r1 En = - 13,6 eV = -13,6 eV 12 Para o nível 2, n=2, temos: En = - 13,6 eV = -3,4 eV 22 e assim podemos calcular para qualquer nível. wfdaj.sites.uol.com.br Fóton é emitido com energia E = hf BIOFÍSICA Espectros Atômicos Segundo o modelo atômico de Bohr, a radiação eletromagnética é emitida ou absorvida, quando um elétron faz uma transição de uma órbita para outra. wfdaj.sites.uol.com.br BIOFÍSICA Espectro de Emissão 1 1 Ei E f 13,6eV ( 2 2 ) hf n f ni 13,6eV Ei ni2 E2 E = h.f, onde h é constante de Planck, e f a freqüência. 13,6eV Ef n 2f wfdaj.sites.uol.com.br E1 BIOFÍSICA Níveis de Energia 0 n -0,85 -1,51 n4 n3 n2 Energia (eV) -3,40 Energia do elétron no nível n para o átomo de H En = - 13,6 eV n2 -13,6 wfdaj.sites.uol.com.br n1 BIOFÍSICA Fonte: www.biolum.org Níveis de Energia (Exemplo) Calcule o comprimento de onda da radiação emitida quando o elétron do átomo de hidrogênio efetua uma transição de ni=2 para nf=1. hc hc E hf E2 E1 E2 E1 hc (4,14.1015 )(3.108 ) 1,22.107 m 1220Å 13,6eV 13,6eV 3,4 13,6 4 1 wfdaj.sites.uol.com.br BIOFÍSICA Arranjo Experimental para Obter o Espectro de Emissão Prisma Gás excitado Fenda Placa fotográfica wfdaj.sites.uol.com.br BIOFÍSICA Espectro de emissão do ferro Fonte: http://en.wikipedia.org/wiki/Image:Emission_spectrum-Fe.png Espectro de emissão do H Fonte:http://projects.cbe.ab.ca/sss/science/physics/map_north/applets/hydrogenatom/applethelp/lesson/lesson.html Arranjo Experimental para Obter o Espectro de Absorção Prisma Fonte de luz contínua Gás Fenda Placa fotográfica wfdaj.sites.uol.com.br BIOFÍSICA Fluorescência A energia luminosa, quando incide sobre matéria pode ser absorvida. A energia contida na luz pode ser convertida em calor, energia química, ou excitar uma molécula. Quando uma molécula absorve luz um dos seus elétrons é promovido a um nível energético mais alto. Esse processo é rápido, levando em média 10-15s. O estado excitado da molécula é altamente instável, e essa energia absorvida pode ser perdida na forma de calor e emissão de um fóton de mais baixa energia. Normalmente o estado excitado dura aproximadamente 10-8s, e, então desaparece por emissão de fluorescência, dissipação de calor, o por absorção fotoquímica. Fluorescência e conversão a calor levam o átomo ou molécula ao seu estado fundamental, o único efeito líquido é a conversão da energia absorvida do fóton em calor e talvez um fóton de mais baixa energia. O gráfico no próximo slide mostra a evolução temporal da absorção e fluorescência. wfdaj.sites.uol.com.br BIOFÍSICA Fluorescência Energia (eV) Dissipação de calor Fluorescência E=h.f Absorção E’=h.f’ Estado fundamental 10-13 wfdaj.sites.uol.com.br 10-12 10-11 10-10 10-9 10-8 Tempo(s) BIOFÍSICA Fluorescência Fonte: http://www.scienceofspectroscopy.info/ Fluorescência Fonte: http://www.scienceofspectroscopy.info/ Fluorescência Diversas moléculas biológicas emitem radiação de fluorescência característica. A clorofila das folhas emite fluorescência na cor vermelha, as proteínas emitem fluorescência na faixa do ultravioleta, devido à presença do aminoácido triptofano em sua estrutura primária. Outro aspecto interessante da fluorescência é conhecido como bioluminescência, que ocorre em diversos organismos, tais como vaga-lúmens e diversas espécies de peixes, moluscos e bactérias. A bioluminescência é usada por esses organismos para comunicação social, para propósito sexuais, mimetismo, para repelir predadores e atrair presas. wfdaj.sites.uol.com.br BIOFÍSICA Bioluminescência Oneirodes sp. (E. Widder) Bactérias Gaussia princeps (T. Frank) Fonte: www.biolum.org Fonte: www.biolum.org Paraphyllina intermedia (E. Widder) Bioluminescência Chauliodus sloani (E. Widder) Krill antártico Lampyris noctiluca Fonte: www.biolum.org Fonte: www.biolum.org Bactérias bioluminescentes (http://www.erc.montana.edu/Bioglyphs/) Bioluminescência Em 1887 Raphael Dubois realizou um experimento para o estudo das causas da bioluminescência. Ele isolou as substâncias químicas de um mexilhão bioluminescente. Esse mexilão foi moído e dissolvido em água fria. Nessa situação era possível observar e emissão de luz por vários minutos, até que e emissão acabava. Realizando o mesmo experimento com água quente não havia emissão de luz, contudo, ao adicionar o conteúdo quente à água fria, que já havia parado do emitir luz, o líquido voltava a emitir luz. Ele chamou a substância ativa na água fria de luciferase, e a substância na água quente de luciferina. Fonte: www.biolum.org wfdaj.sites.uol.com.br BIOFÍSICA Bioluminescência Por que essa diferença de comportamento na água fria e na água quente? No mexilhão temos as substâncias luciferina e luciferase, a luciferase é uma enzima que catalisa uma reação química de quebra da luciferina, com liberação de energia luminosa. No sistema com água fria as duas moléculas estão intactas, e a luciferase pode catalisar a reação de quebra da luciferina com a emissão de luz. No caso da água quente a luciferase está desnaturada, perdendo sua atividade catalítica, contudo a luciferina, que não é uma proteína, continua intacta, e ao ser adicionada à água fria a mesma sofre quebra, devido à presença da luciferase na água fria. A reação química de quebra da luciferina está descrita no próximo slide. wfdaj.sites.uol.com.br Fonte: www.biolum.org BIOFÍSICA Bioluminescência luciferina + ATP → luciferil adenilato + PPi luciferil adenilato + O2 → oxiluciferina + AMP + luz Fonte: www.biolum.org wfdaj.sites.uol.com.br BIOFÍSICA Luciferase Fonte: www.biolum.org wfdaj.sites.uol.com.br BIOFÍSICA Bioluminescência Luciferina de vaga-lume wfdaj.sites.uol.com.br Coelenterazina(luciferina de cefalópodes) BIOFÍSICA Fosforescência Outro processo pelo qual átomos e moléculas emitem luz, quando excitados é conhecido como fosforescência. Experimentalmente, a fosforescência é diferenciada da fluorescência pelo tempo envolvido do processo de emissão da luz. Geralmente a fosforescência é mais demorada, levando tempo da ordem de milisegundos, enquanto a fluorescência leva tempo da ordem de microsegundos. wfdaj.sites.uol.com.br BIOFÍSICA Fosforescência Fonte: http://www.scienceofspectroscopy.info/ Fosforescência Fonte: http://www.scienceofspectroscopy.info/ Microondas wfdaj.sites.uol.com.br BIOFÍSICA Microondas Fonte: http://www.scienceofspectroscopy.info/ wfdaj.sites.uol.com.br BIOFÍSICA Trabalho Alguns níveis energéticos de um átomo hipotético com um elétron valem: n E(eV) 1 -15,60 2 -5,30 3 -3,08 4 -1,45 a. trace o diagrama de níveis de energia; b. determine a energia necessária para ionizar o átomo; c. calcule o comprimento de onda mínimo para transição que sai do nível n = 2 e termina no nível 1. wfdaj.sites.uol.com.br BIOFÍSICA Referências OKUNO, E., CALDAS, I. L., CHOW, C. Física para ciências biológicas e biomédicas. Editora Harbra, 1986. http://www.scienceofspectroscopy.info/ www.biolum.org wfdaj.sites.uol.com.br BIOFÍSICA