Biofísica Biologia estrutural Prof. Dr. Walter Filgueira de Azevedo Jr. wfdaj.sites.uol.com.br BIOFÍSICA Resumo Por que estudar proteínas? Estruturas de proteínas Modelagem molecular de proteínas Modelagem de CDKs Referências wfdaj.sites.uol.com.br BIOFÍSICA Por que estudar proteínas? 1) Identificar mecanismos de funcionamento de proteínas. 2)Protein folding 3) Evolução molecular 4) Modelagem molecular 5) Engenharia de proteínas 6) Desenho de drogas wfdaj.sites.uol.com.br BIOFÍSICA Aminoácidos Glicina Gly G Tirosina* Tyr Y Alanina Ala A Metionina Met M Serina* Ser S Triptofano* Trp W Treonina* Thr T Asparagina* Asn N Cisteina Cys C Glutamina* Gln Q Valina Val V Histidina* His H Isoleucina Ile I Aspartato* Asp D Leucina Leu L Glutamato* Glu E Prolina Pro P Lisina* Lys K Fenilalanina Phe F Arginina* Arg R * podem formar ligações de H http://wfdaj.sites.uol.com.br hidrofobicidade Escala de hidrofobicidade de aa 2,5 2 1,5 1 0,5 0 -0,5 -1 -1,5 W I F L C M V Y P A T H G S Q N E D K R aminoacidos wfdaj.sites.uol.com.br BIOFÍSICA Diagrama de Venn para aminoácidos Cys Val Gly Met Phe Trp Thr Ser Tyr Gln Asn Ala Asp Ile Leu Pro wfdaj.sites.uol.com.br Glu Lys His Arg BIOFÍSICA Cadeia peptídica wfdaj.sites.uol.com.br BIOFÍSICA K23 R124 - E341 R385 Ângulos de torção wfdaj.sites.uol.com.br BIOFÍSICA Ângulos de torção Na cadeia polipetídica a definição do enovelamento da proteína depende dos ângulos de torção anterior ao carbono alfa, chamado de ângulo fi (phi em inglês) (), e do ângulo de torção após o carbono alfa, chamado ângulo psi (). wfdaj.sites.uol.com.br BIOFÍSICA Diagrama de Ramachandran wfdaj.sites.uol.com.br BIOFÍSICA Diagrama de Ramachandran Analysis for 2 previously solved crystallographic PNP structures present 73.9 % of residues in the most favorable, 23.1% in the additional allowed regions, 1.6% in the generously allowed regions, and 1.4 % in the disallowed region. wfdaj.sites.uol.com.br In the present structure 87.7% of the residues are found to occur in the most favored regions, 11.9% in the additional allowed regions and only one residue in the disallowed region of the plot. BIOFÍSICA Estrutura Secundária de Proteínas wfdaj.sites.uol.com.br BIOFÍSICA Hélice alfa wfdaj.sites.uol.com.br BIOFÍSICA Hélice Hélice 310 Hélice Fita Folha beta anti-paralela C N wfdaj.sites.uol.com.br BIOFÍSICA Folha beta anti-paralela C N wfdaj.sites.uol.com.br BIOFÍSICA Folha beta paralela wfdaj.sites.uol.com.br BIOFÍSICA Folha beta paralela wfdaj.sites.uol.com.br BIOFÍSICA Folha beta mista wfdaj.sites.uol.com.br BIOFÍSICA Parâmetros estruturais Estrutura () () n d(Å) p(Å) Hélice -57 -47 3,6 1,5 5,4 Hélice 310 -49 -26 3,0 2,0 6,0 Hélice -57 -70 4,4 1,1 5,0 n: número de resíduos de aminoácido por volta da hélice d(Å) = delocamento ao longo do eixo da hélice p(Å) = passo da hélice (delocamento total de uma volta da hélice) wfdaj.sites.uol.com.br BIOFÍSICA Ângulos de torção da cadeia lateral 5 4 3 2 1 Lisina (Lys) wfdaj.sites.uol.com.br BIOFÍSICA Superestruturas -Combinações de elementos de estrutura secundária -Podem envolver hélices e fitas- -Caracterizam classes de proteínas wfdaj.sites.uol.com.br BIOFÍSICA Grampo beta (beta-hairpin) C N wfdaj.sites.uol.com.br BIOFÍSICA Grampo alfa (alfa-hairpin) C C N N wfdaj.sites.uol.com.br BIOFÍSICA Motivo beta-alfa-beta N C wfdaj.sites.uol.com.br BIOFÍSICA Níveis de estrutura protéica Primária Secundária wfdaj.sites.uol.com.br Terciária Quaternária BIOFÍSICA Classificação de proteínas segundo estrutura secundária e terciária Classe Características Examples Estrutura secundária de hélice alfa Mioglobina Estrutura secundária de folha beta Quimotripsina Presença de -- PNP + Ausência de -- Papaína estrutura (irregulares) wfdaj.sites.uol.com.br Ferrodoxina BIOFÍSICA SCOP (Structural Classification Of Proteins) http://scop.mrc-lmb.cam.ac.uk/scop/ Hierarquia do SCOP (Maio de 2002) Nível Número de casos Classes 7 Folds 686 Superfamílias 1073 Famílias 1827 Domínios 39893 wfdaj.sites.uol.com.br BIOFÍSICA SCOP (Structural Classification Of Proteins) http://scop.mrc-lmb.cam.ac.uk/scop/ Família: Estruturas de proteínas que exibem clara relação evolucionária. Superfamília: Estruturas de proteínas que exibem provável origem evolucionária comum. Fold: Grande similaridade estrutural. wfdaj.sites.uol.com.br BIOFÍSICA SCOP (Structural Classification Of Proteins) http://scop.mrc-lmb.cam.ac.uk/scop/ Classe # folds # superfamílias # famílias 151 252 393 110 205 337 / 113 185 438 + 208 295 454 Multi-dom. 34 34 46 Membrana 12 19 31 Irregulares 58 83 128 Total 686 1073 1827 wfdaj.sites.uol.com.br BIOFÍSICA http://scop.mrc-lmb.cam.ac.uk/scop/pdb.cgi Exemplo:5nul wfdaj.sites.uol.com.br BIOFÍSICA http://scop.mrc-lmb.cam.ac.uk/scop/pdb.cgi Protein: Flavodoxin from Clostridium beijerinckii 1. Root : scop 2. Class: Alpha and beta proteins () 3. Fold : Flavodoxin-like 3 layers, a/b/a, parallel beta-sheet of 5 strand, order 21345 4. Superfamily : Flavoproteins 5. Family : Flavodoxin-related binds FMN 6. Protein : Flavodoxin 7. Species : Clostridium beijerinckii wfdaj.sites.uol.com.br BIOFÍSICA Modelagem molecular de proteínas wfdaj.sites.uol.com.br BIOFÍSICA Paradigma da modelagem molecular por homologia Se uma proteína apresenta estrutura primária similar, identidade seqüencial acima de 30%, há grande probabilidade de conservarem sua estrutura terciária. A existência de identidade entre duas seqüências de proteínas, muitas vezes indica relação evolutiva. wfdaj.sites.uol.com.br BIOFÍSICA wfdaj.sites.uol.com.br BIOFÍSICA Modelagem de CDKs wfdaj.sites.uol.com.br BIOFÍSICA wfdaj.sites.uol.com.br BIOFÍSICA Exemplo: Modelagem da CDK1. Alinhamento ( http://prodes.toulouse.inra.fr/multalin/multalin.html ) > P 1 ; 1 H C L 2 9 4 W e i g h t : 1 . 0 0 M E N F Q K V E K I G E G T Y G V V Y K A R N K L T G E V V A L K K I R T E G V P S T A I R E I S L L K E L N H P N I V K L L D V I H T E N K L Y L V F E F L H Q D L K K F M D A S A L T G I P L P L I K S Y L F Q L L Q G L A F C H S H R V L H R D L K P Q N L L I N T E G A I K L A D F G L A R A F G V P V R T Y T H E V V T L W Y R A P E I L L G C K Y Y S T A V D I W S L G C I F A E M V T R R A L F P G D S E I D Q L F R I F R T L G T P D E V V W P G V T S M P D Y K P S F P K W A R Q D F S K V V P P L D E D G R S L L S Q M L H Y D P N K R I S A K A A L A H P F F Q D V T K P V P H L R L > P 1 ; c d k 1 2 9 7 W e i g h t : 1 . 0 0 M E D Y T K I E K I G E G T Y G V V Y K G R H K T T G Q V V A M K K I R L E S E E E G V P S T A I R E I S L L K E L R H P N I V S L Q D V L M Q D S R L Y L I F E F L S M D L K K Y L D S I P P G Q Y M D S S L V K S Y L Y Q I L Q G I V F C H S R R V L H R D L K P Q N L L I D D K G T I K L A D F G L A R A F G I P I R V Y T H E V V T L W Y R S P E V L L G S A R Y S T P V D I W S I G T I F A E L A T K K P L F H G D S E I D Q L F R I F R A L G T P N N E V W P E V E S L Q D Y K N T F P K W K P G S L A S H V K N L D E N G L D L L S K M L I Y D P A K R I S G K M A L N H P Y F N D L D N Q I K K M - wfdaj.sites.uol.com.br BIOFÍSICA Saída do alinhamento. wfdaj.sites.uol.com.br BIOFÍSICA CDK1+flavopiridol wfdaj.sites.uol.com.br BIOFÍSICA Modelagem da CDK9 wfdaj.sites.uol.com.br BIOFÍSICA Alinhamento das sequências das CDK2 e 9 1 CDK2 2 CDK9 1 15 16 30 31 45 46 60 61 75 76 90 --------------- --------------- -----MENFQKVEKI GEGTYGVVYKARNKL TGEVVALKKIRLDTE TEGVPSTAIREISLL --------------- -----MAKQYDSVEC PFCDEVSKYEKLAKI GQGTFGEVFKARHRK TGQKVALKKVLMENE KEGFPITALREIKIL 1 CDK2 2 CDK9 91 105 106 120 121 135 136 150 151 165 166 180 KELNHPNIVKLLDVI HT--------ENKLY LVFEFLHQDLKKFMD AS-------ALTGIP LPLIKSYLFQLLQGL AFCHSHRVLHRDLKP QLLKHENVVNLIEIC RTKASPYNRCKGSIY LVFDFCEHDLAGLLS N--------VLVKFT LSEIKRVMQMLLNGL YYIHRNKILHRDMKA 1 CDK2 2 CDK9 181 195 196 210 211 225 226 240 241 255 256 270 QNLLINTEG----AI KLADFGLARAFGVPV RT----YTHEVVTLW YRAPEILLGCKYYST AVDIWSLGCIFAEMV TRRALFPGDSE---ANVLITRDG----VL KLADFGLARAFSLAK NSQPNRYTNRVVTLW YRPPELLLGERDYGP PIDLWGAGCIMAEMW TRSPIMQGNTE ---- 1 CDK2 2 CDK9 271 285 286 300 301 315 316 330 331 345 346 360 -----IDQLFRIFRT LGTPDEVVWPGVTSM PDY-KPSFPKWARQD FSKVVPPLDED---- ----GRSLLSQMLHY DPNKRISAKAALAHP -----QHQLALISQL CGSITPEVWPNVDNY ELYEKLELVKGQKRK VKDRLKAYVRDP--- ---YALDLIDKLLVL DPAQRIDSDDALNHD 1 CDK2 2 CDK9 361 375 376 390 391 405 406 420 421 435 436 450 FFQDVTKPVPHLRL- --------------- --------------- --------------- --------------- --------------FFWSDPMPSDLKGML STHLTSMFEYLAPPR RKGSQITQQSTNQSR NPATTNQTEFERVF- --------------- --------------- wfdaj.sites.uol.com.br BIOFÍSICA CDK2+Flavopiridol De Azevedo et al., PNAS. 1996 wfdaj.sites.uol.com.br BIOFÍSICA CDK2+Flavopiridol wfdaj.sites.uol.com.br CDK9+Flavopiridol BIOFÍSICA CDK2+Flavopiridol wfdaj.sites.uol.com.br CDK9+Flavopiridol BIOFÍSICA Ligações de hidrogênio intermoleculares. Inibidor Staurosporine Distância entre inibidor e C=O do Glu81 (Å) 2.75 Distância entre inibidor e N-H da Leu83 (Å) 2.63 Distância entre inibidor e C=O da Leu83 (Å) NO Purvalanol B 3.73 3.18 2.54 Hymenialdisine 2.76 2.74 3.17 NU2058 2.57 3.11 2.34 NU6027 2.84 2.97 2.49 U55 NO 3.30 2.74 PKFO 49-38 2.71 3.13 3.27 Deschloroflavopirido 2.86 2.91 NO Roscovitine NO 3.38 2.82 Olomoucine NO 2.94 2.65 Isopentenyladenine NO 3.39 NO Indirubin 3.04 2.72 3.10 l NO: Não Observada wfdaj.sites.uol.com.br BIOFÍSICA wfdaj.sites.uol.com.br BIOFÍSICA CDK2+Flavopiridol wfdaj.sites.uol.com.br CDK9+Flavopiridol BIOFÍSICA CDK2+Flavopiridol wfdaj.sites.uol.com.br CDK9+Flavopiridol BIOFÍSICA Parâmetros estruturais para CDK e flavopiridol. Parâmetros CDK2 Superfície de contato entre a 320 2 CDK e o flavopiridol (Å) Número de ligações de 5 hidrogênio entre CDK e flavopiridol Principais resíduos envolvidos Lys 33, Asp no contato da CDK com o 89, Cys 91, flavopiridol Asn 139, and Asp152 0.4 IC50 (M) CDK9 332 6 Lys33, Glu81, Leu83, and Asp152. 0.2 De Azevedo et al., Biochemical and Biophysical Research Comm., 293, 566-571 (2002). wfdaj.sites.uol.com.br BIOFÍSICA Trabalho 1) A poli-L-leucina em um solvente orgânico como o dioxano fica em hélice , mas não a poli-L-isoleucina. Por que esses aminoácidos com os mesmos números e tipos de átomos têm diferentes tendências de formação de hélice? 2) A tropomiosina, uma proteína muscular de 70 kd, é uma superfície bifilamentar de hélices . Qual é o comprimento dessa molécula? Considere que a translação por aminoácido em uma hélice é de 1,5 Å. wfdaj.sites.uol.com.br BIOFÍSICA Referências Canduri, F. & De Azevedo, W. F. Jr. Structural Basis for interaction of inhibitors with Cyclin-Dependent Kinase 2. Current Computer-Aided Drug Design 1, 53-64, 2005. Alberts, B. et al. Biologia Molecular da Célula. 4a edição. Artmed editora, Porto Alegre, 2004 (Capítulo 3). wfdaj.sites.uol.com.br BIOFÍSICA