AVALIAÇÃO DIAGNÓSTICA DA SÍNDROME DO X FRÁGIL EM PCR CGG-ESPECÍFICO UTILIZANDO DNA OBTIDO DE PAPEL FILTRO (FTA) E CÉLULAS DA MUCOSA ORAL Autores 1 1 2 Roberta Dutra , Marcelo Dorneles , Rui Pilotto , Alexandre Dias 3,4 3 , Leslie Kulikowski , Airton Yamada 1 1 Instituição Labac - Setor de Genética e Genômica do Laboratório Labac (Alameda Augusto Stellfeld, 1727 - Curitiba 2 - PR), UFPR - Serviço de Aconselhamento Genético do Hospital de Clínicas (Rua General Carneiro, 181 3 - Curitiba - PR), HC-FMUSP - Laboratório de Citogenômica do LIM 03 (Av Dr. Eneas de Carvalho Aguiar, 4 255, 2º andar, bloco 12 - São Paulo - SP ), OMIKA - Consultoria em Genética LTDA (Rua Jandiatuba, 143, sala 505 - São Paulo - SP) Resumo OBJETIVOS A Síndrome do X-frágil (SXF) é uma das principais causas de deficiência intelectual herdada e ocorre devido a uma expansão de trinucleotídeos CGG (>200 repetições) na região 5’ não traduzida do gene FMR1 localizado em Xq27.3. Embora a técnica de Southern blot seja o teste amplamente utilizado para o diagnóstico molecular da SXF, este método é trabalhoso, demorado e necessita de grandes quantidades de DNA genômico. A partir disso, nosso objetivo foi padronizar a técnica de PCR (CGG específico) para o diagnóstico molecular da SXF com o kit específico (Amplidex™ FMR1 PCR – Asuragen) em amostras de DNA obtidas de papel filtro e células da mucosa oral. MÉTODOS Foram analisados neste estudo cinco pacientes e para obtenção do DNA genômico foram utilizados três diferentes métodos de coleta: (1) sangue periférico coletado por sistema vacuotainer (com anticoagulante EDTA), (2) células da mucosa oral coletadas por método específico (DNA•SAL™ Oasis Diagnostics®) e (3) sangue coletado em cartões de papel filtro FTA (Whatmann). Para cada amostra, foi realizada a técnica de PCR (CGG específico) utilizando o kit Amplidex™ FMR1 PCR - Asuragen, seguida de eletroforese capilar. A análise da separação dos fragmentos e a conversão dos picos em número de repetições CGG foram realizados utilizando o software GeneMarker V2.6.2 RESULTADOS Dos cinco pacientes analisados, um apresentou resultado positivo para a SXF sendo possível identificar uma expansão de mais de 200 repetições CGG em todas as amostras independente do método de coleta (sangue periférico, papel filtro e células da mucosa oral). Outra do sexo feminino foi identificada com a pré-mutação utilizando apenas a técnica de PCR em todas as amostras. Três pacientes apresentaram resultado negativo para a Síndrome do X Frágil em todos métodos. CONCLUSÃO Os resultados obtidos foram concordantes para todos os pacientes mostrando a capacidade diagnóstica da reação de PCR CGG específico utilizando o kit Amplidex™ FMR1 PCR independente do tipo de coleta utilizado. Utilizando o método de PCR – CGG específico, foi possível fazer o diagnóstico molecular da SFX de forma rápida (menos de 24 horas), com ótimo custo-benefício e eficiência na detecção das repetições CGG, tanto em homens quanto em mulheres com pré-mutação. Além disso, o mesmo kit possibilita a identificação dos alelos com repetições consideradas intermediárias (45 a 55 repetições), a identificação de interrupções AGG e mosaicos baixos (>10%). Assim, essas novas metodologias, aliada à facilidade de coleta do material biológico com papel filtro, permitirá ampliar o diagnóstico molecular da síndrome de X-Frágil. Palavras-chaves: Diagnóstico molecular, Papel filtro , PCR CGG específico, Síndrome do X frágil Agência de Fomento: