IMPLANTAÇÃO DE METODOLOGIA PARA TRIAGEM MOLECULAR DE INDIVÍDUOS COM
A SÍNDROME DO CROMOSSOMO X FRÁGIL EM PACIENTES COM RETARDO MENTAL
FRITSCH, Patrícia. M1.; MAZZEU, Juliana F2.; CORDOBA, Mara S3.; VERSIANI, Beatriz R3.; SAFATLE,
Heloisa P.N3.; QUEIROZ, Lilian B.3.; LIMA Beatriz4.; MARTINS DE SÁ, César4.; FERRARI, Íris2.
(1) Programa de Pós-Graduação em Patologia Molecular, Universidade de Brasília, Brasília, DF
(2) Departamento de Genética e Morfologia, Universidade de Brasília, Brasília, DF
(3) Hospital Universitário/ Faculdade de Medicina, Universidade de Brasília, Brasília, DF
(4) Departamento de Biologia Celular, Universidade de Brasília, Brasília, DF
RESUMO
A síndrome do X frágil (SXF) é causada por um aumento do número de repetições de trinucleotídeos CGG
na região 5’ não traduzida do gene FMR1 (fragile X mental retardation 1), localizado no cromossomo X na
região Xq27.3. Indivíduos normais apresentam entre 20 e 50 repetições CGG enquanto portadores de prémutação apresentam de 55 a 200 repetições, e afetados possuem mais de 200 repetições que levam à
hipermetilação e inativação do gene FMR1. Objetivo: Implantar uma metodologia de triagem molecular
para a SXF capaz de identificar portadores de mutação completa, e de pré-mutação no gene FMR1.
Metodologia: Foram investigados 97 indivíduos com retardo mental (RM) sendo 67 homens e 30 mulheres
e 50 familiares de afetados pela SXF. A metodologia utilizada, baseada na PCR, foi adaptada de Khaniani et
al (Mol Cytogenet.; 2008). Com essa metodologia pudemos distinguir pré-mutações maiores que 120
repetições CGG. Resultados: Dos 97 pacientes com RM testados cinco apresentaram resultado positivo
para a presença de mutação completa na PCR. Os testes em familiares de afetados com XF revelaram quatro
outros afetados e quatro portadores de pré-mutação. Em 38 mulheres, das quais 18 eram parentes de XF, o
resultado da PCR foi inconclusivo. Conclusão: Em serviços de genética clínica como o do HUB/UNB a
implantação de uma metodologia de PCR que identifique indivíduos com mutação completa, pré-mutação e
indivíduos normais em uma única reação para diagnóstico de X frágil é importante porque permite uma
triagem mais eficiente dos pacientes com RM, bem como de indivíduos com FXTAS (Síndrome de Tremor e
Ataxia associada ao X frágil) e menopausa precoce, condições que podem ser causadas por pré-mutações no
gene FMR1. Uma vez excluído o diagnóstico de SXF, outras abordagens devem ser utilizadas para se
investigar causas menos freqüentes de RM, principalmente outras formas de RM ligado ao X.
Palavras-chave: Síndrome do X frágil. FMR1. PCR. Retardo Mental.
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