Nome do exame: X-Frágil - Análise do gene FMR1, FRAXA, Teste de DNA. Código: • XFA Sinonímias: • FRAXA • Retardo Mental ligada ao X e Macroorquidismo • Retardo Mental ligada ao X, Associado com marXq28 • Retardo Mental Sítio Frágil 1 (FMR1) • Síndrome de Martin-Bell • Síndrome do X marcador • Síndrome do X-Frágil • Sítio frágil tipo ácido fólico raro FRA(x)(q27.3) (FRAXA). Prazo para resultado: • 15 a 30 dias. Coleta, processamento, estocagem e envio do material biológico: • Material: Sangue Total em EDTA - Coletar de 3 a 5 ml de sangue total de recém-nascidos, de 5 a 10 ml de sangue total de crianças e de 10 a 20 ml de sangue total de adultos, em dois ou mais tubos com EDTA. Remeter o material em temperatura ambiente, via SEDEX. Sugerimos que o material seja enviado o mais breve possível ao Genetika, devendo chegar em 24 horas, não devendo ultrapassar o prazo de 48 horas após a coleta. Informações necessárias para envio deste exame: • Dados do Paciente: Nome, idade, sexo, endereço, telefone, dados clínicos. • Dados do Médico: Nome, endereço e telefone. • Termo de Consentimento informado livre e esclarecido. • Tipo de material coletado. • Dados específicos para este exame. • Grau de parentesco com o indivíduo afetado. Causas de rejeição de amostras: • Amostras hemolisadas e/ou coaguladas. • Coleta, estocagem e/ou envio impróprio do material. • Falta de documentos exigidos pelo Genetika. • Falta de dados do médico e/ou do paciente. Metodologia: • Reação em cadeia pela polimerase (PCR) e Southern-blot. Determinação do número de repetições do trinucleotídeo CGG no gene FMR-1, em Xq27 (Wang et al. A rapid, non-radioactive screening test for fragile X mutations at the FRAXA. J Med Genet. 32:170-173, 1995.). Southern-blot usando a sonda pE5.1 para identificar grandes expansões do trinucleotídeo CGG (Tarleton J. Detection of FMR1 trinucleotide repeat expansion mutations using Southern blot and PCR methodologies. Methods Mol Biol. 217:29-39, 2003). Estratégia da análise genética: • 1º passo: Análise direta dos trinucleotídeos CGG no gene FMR-1 por PCR. • 2º passo: se não for detectado produto de PCR ou detectado só um alelo em mulheres, então realiza-se Southern-blot para determinar o número de repetições expandidas. Valores de referência: • Normal: alelos contendo menos de 40 repetições CGG • Intermediário: alelos contendo de 40 a 49 repetições CGG • Pré-mutação: alelos contendo de 50 a 200 repetições CGG • Alterado: alelos contendo mais de 200 repetições CGG Interpretação dos resultados: • Mais de 200 repetições CGG estão presentes na maioria dos pacientes com Síndrome do X-Frágil. • Indivíduos com pré-mutação não apresentam sinais de X-Frágil, a não ser ataxia e tremor quando idosos. • Um resultado normal (ou negativo) reduz o risco deste indivíduo ser portador do gene da Síndrome do X-Frágil por mutação no gene FRAXA para 1 a 3%. • Um indivíduo com o resultado alterado (ou positivo), possui mais de 200 repetições CGG, portanto já apresenta sintomas ou tem o diagnóstico da Síndrome do X-Frágil ou muito provavelmente desenvolverá o quadro clínico compatível com a doença. • Um resultado compatível com pré-mutação aumenta o risco deste indivíduo, se for do sexo feminino, vir a ter filhos com FRAXA. Se for do sexo masculino, aumenta o risco de seus netos homens virem a ter a Síndrome do X-Frágil, e dele próprio vir a ter a Síndrome do X – Frágil, com tremor e ataxia. Sensibilidade/especificidade/taxa de detecção da análise: • Taxa de detecção superior a 99% dos casos. Indicações do exame: • Pacientes que possuem suspeita clínica compatível com a Síndrome do X-Frágil. • Indivíduos que tem risco elevado de virem a desenvolver a Síndrome do X-Frágil, por serem parentes de um afetado. • Confirmação do diagnóstico de indivíduos com retardo mental ou atraso no desenvolvimento. • Identificação de mulheres portadoras. • Pacientes com resultado negativo para o teste citogenético de X-Frágil, mas com sintomas clínicos sugestivos da doença. • Pacientes com expressão citogenética de sítio frágil em Xq27-28. • Pacientes idosos com tremor e ataxia (FRATAX). Exames relacionados e oferecidos pelo Genetika: • X-Frágil – Análise de mutação (Pré-Natal) no gene FMR1 (FRAXA), Código XP1, Setor de Genética Molecular. • X-Frágil – Análise de mutação (Pré-Natal) no gene FMR2 (FRAXE), Código XP2, Setor de Genética Molecular. • X-Frágil – Sequenciamento completo, Código XFS, Setor de Genética Molecular. • X-Frágil – Análise de mutação do gene FMR2, Código XFB, Setor de Genética Molecular. Resumo da doença: • A Síndrome do X-Frágil é a causa mais comum de retardo mental herdado com uma incidência de 1 em 1.500 homens e 1 em 2.000 mulheres. A maioria dos homens afetados tem como características físicas: orelhas grandes, queixo proeminente e macroorquidismo depois da puberdade. Outras características dos afetados incluem: autismo ou sinais autísticos, como: hiperatividade, déficit de atenção, pouco contato visual, fala desordenada ou demorada e instabilidade emocional e de linguagem. • FRAXA é uma doença ligada ao cromossomo X, porém há algumas características não usuais. Aproximadamente 30% das mulheres portadoras tem leve retardamento mental e cerca de 20% dos seus filhos são portadores de mutação, mas não são afetados. • A mutação que causa X-Frágil é um trinucleotídeo de repetições CGG polimórfico instável. Nos indivíduos normais, esta região varia de 5 a 40 repetições. Nos pacientes com a Síndrome do XFrágil, esta região mostra expansão considerável maior que 200 repetições, e mães portadoras normais podem transmitir aos filhos homens um alelo pré-mutado que varia entre 50 e 200 repetições. • A pré-mutação, em homens portadores, pode levar a uma desordem neurodegenerativa após os 50 anos (FXTAS ou FRATAX) causando tremor, ataxia e demência, que tornam-se mais severos com a idade. Esses pacientes são geralmente diagnosticados como portadores de Parkinson ou Alzheimer. As mulheres portadoras da pré-mutação apresentam poucos ou nenhum sintoma neurológico aparente, porém podem apresentar distúrbios comportamentais endocrinológicos e reprodutivos como a falência ovariana prematura (FOP) que é a perda da função gonadal definitiva. Benefícios advindos da realização do exame: • Confirmar a hipótese diagnóstica de indivíduos sintomáticos. • Prevenção de complicações futuras. • Melhora na capacidade de prognosticar, baseada na comparação com outros casos da doença descritos na literatura. • A confirmação do diagnóstico pode alterar a conduta médica para o indivíduo e permite suspender condutas e terapias inadequadas. • Permite o aconselhamento genético adequado e planejamento familiar. • Permite reduzir o risco de recorrência da doença na prole de parentes não portadores. • Em muitos casos o teste de DNA pode fornecer informação diagnóstica à um custo menor e com menos risco do que outros procedimentos clínicos-laboratoriais. • teste diagnóstico pode ser realizado em indivíduos de qualquer idade. Vantagens competitivas do Genetika: • Genetika é o primeiro laboratório brasileiro de apoio especializado em Genética a obter o Certificado de Qualidade ISO 9001/00 e possui mais de uma década de experiência na área de genética, já tendo realizado milhares de exames laboratoriais de genética. • Aconselhamento genético pré e pós exame, feito por Médico especialista em Genética Clínica. • Dedica toda a sua infra-estrutura para realizar exclusivamente exames da área de genética médica e Biologia Molecular. • resultado dos exames são facilmente compreendidos, e no laudo constam a metodologia utilizada, interpretação e conclusão. O diretor do laboratório revisa todos os resultados e assina o laudo final. Os resultados são imediatamente transmitidos por telefone ou enviados via fax, e-mail e/ou correio para o médico solicitante, sempre respeitando a privacidade e o sigilo das partes envolvidas no teste. • Possui profissionais qualificados para a realização do exame, com Bioquímicos e Biológos com Mestrado e Doutorado que realizam o processamento das amostras e analisam os resultados obtidos. • Laboratório oferece uma tabela de exames com indicação dos testes mais adequados para cada tipo de caso (por exemplo: um teste para múltiplos agentes infecciosos, teste para uma mutação específica do gene, um painel de mutações ou o seqüenciamento completo do gene). • As informações sobre os exames são facilmente obtidas via fax, telefone, Serviço de Atendimento ao Cliente-SAC (ligação gratuita) ou pela Internet (web site ou e-mail). • Possui laboratórios conveniados nas mais diversas localidades do País, que estão treinados para realizar a coleta e envio das amostras biológicas à sede do Genetika. Limitações do exame: • Cerca de 1% dos casos de mutação em FRAXA não são detectados por este teste. • Somente um gene implicado na doença será estudado. Mutações em outros genes não serão detectadas. Mutações em outros códons e em partes não estruturais do gene não são detectadas. • Teste diagnóstico de um indivíduo pode ter implicações reprodutivas ou psicossociais negativas para outros membros da família. • Para estabelecer um diagnóstico definitivo pode ser necessário mais que um tipo de teste genético. • Teste de DNA nem sempre é a melhor maneira de confirmar um diagnóstico clínico. • Transfusões sangüíneas realizadas até 60 dias antes do teste podem gerar interpretação inconclusiva. Especialidades médicas com interesse no exame: • Ginecologia • Neurologia • Neurologia Pediátrica • Pediatria • Psiquiatria Referências bibliográficas preliminares: • Nowicki ST, Tassone F, Ono MY, Ferranti J, Croquette MF, Goodlin-Jones B, Hagerman RJ. the Prader-Willi Phenotype of Fragile X Syndrome. J Dev Behav Pediatr. Apr;28(2):133-138, 2007. • Huber K. Fragile x syndrome: molecular mechanisms of cognitive dysfunction. Am J Psychiatry. Apr;164(4):556, 2007. • Strom CM, Crossley B, Redman JB, Buller A, Quan F, Peng M, McGinnis M, Fenwick RG Jr, Sun W. Molecular testing for Fragile X Syndrome: lessons learned from 119,232 tests performed in a clinical laboratory. Genet Med. Jan;9(1):46-51, 2007. • Brylawski BP, Chastain PD 2nd, Cohen SM, Cordeiro-Stone M, Kaufman DG. Mapping of an origin of DNA replication in the promoter of fragile X gene FMR1. Exp Mol Pathol. Apr;82(2):190-6, 2007. • MacKenzie JJ, Sumargo I, Taylor SA. A cryptic full mutation in a male with a classical Fragile X phenotype. Clin Genet. Jul;70(1):39-42, 2006. • Zhou Y, Lum JM, Yeo GH, Kiing J, Tay SK, Chong SS. Simplified molecular diagnosis of fragile X syndrome by fluorescent methylation-specific PCR and GeneScan analysis. Clin Chem. Aug;52(8):1492-500, 2006. • Bardoni B, Davidovic L, Bensaid M, Khandjian EW. The fragile X syndrome: exploring its molecular basis and seeking a treatment. Expert Rev Mol Med. Apr 21;8(8):1-16, 2006. • Nichol Edamura K, Pearson CE. DNA methylation and replication: implications for the "deletion hotspot" region of FMR1.Hum Genet. Nov;118(2):301-4, 2005. • Barrett SK, Drazin T, Rosa D, Kupchik GS. Genetic counseling for families of patients with fragile X syndrome. JAMA. Jun 23;291(24):2945, 2004.