O Projecto e o Relatório de Investigação António Rosado Esquema de Análise para Guiar a decisão em Investigação • Que questões são • • urgentes para mim? Quais são significativas? Que assuntos ou questões me incomodam, intrigam ou despertam curiosidade? • O que é que posso • retirar da experiência dos outros que me possa ajudar? Como é que eles lidaram com o problema? • Que questões me pressionam? • São questões significativas? • Exprimir as questões e raciocinar claramente de forma que os outros possam saber de que questão se trata. • O que é que eu sei • Que outras questões • • sobre o tópico a partir da minha experiência e trabalho? Quais são os constrangimentos de tempo real? • foram levantadas que se relacionam com a minha? Que investigação existe? Que tópicos se relacionam com o meu? • Definir os aspectos do tópico que irão ser estudados. • Que dimensão da questão será observada? • Que outras questões podem ser relacionadas com a minha questão? • Definir e delinear claramente o tópico. • Definir os termos. • Identificar as teorias associadas. • Que tópicos se relacionam com o tópico específico? • Qual o paradigma de investigação em que se situa? • Localizar a investigação anterior e considerar • • como é que esses trabalhos conduziram a questão. Ser crítico na revisão. Considerar alternativas aos problemas dos trabalhos anteriores e os debates não considerados. Em que é que a abordagem presente é melhor? Como demonstrar o poder da abordagem alternativa? Questões de pesquisa • Realistas (exequíveis) • Claras (precisas e unívocas) • Pertinentes • Definir hipóteses sobre o objecto que nos conduza até às questões. • Explicitar hipóteses sobre fenómenos e sobre o conhecimento presente. • Justificar e Integrar as hipóteses nos conjuntos anteriores. • Explicar as hipóteses: qual é o fundamento da minha questão? Definir estratégias para responder às questões • Hipóteses ou Objectivos • Quais foram usadas previamente? • Quais são válidas para utilizar? • O que é importante recolher? • Como é que os dados serão analisados? • É necessário treino especial para utilizar esta estratégia de abordagem? Design ou Delineamento • Definir questões, • Definir termos, • Definir aspectos do tópico a serem estudados, • Destacar a perspectiva teórica adoptada, • Definir o que é importante recolher, • Definir de que forma vou analisar o que recolho. • Qual a amostra e que “design” de recolha de dados? • Que esquema temporal? • Que método de recolha de dados? • Que instrumento? • Quais as variáveis a medir? Em que escala estarão? Quais os procedimentos de tratamento de dados? • Debate específico das questões no confronto com os dados. • Debate específico da metodologia no confronto com os dados. • Verificar as hipóteses; confirmar/infirmar aspectos teóricos. – Apresentação e Discussão • Limitações do Estudo • Quais são as (de)limitações do estudo? • Que afirmações podem ou não ser feitas? • Definir o estudo seguinte a ser feito após este. • Que outras questões posso formular ou reformular? Que recomendações metodológicas, teóricas ou práticas? Normas • O relatório deve ser realizado dentro de um conjunto de regras ou normas que estão mais ou menos organizadas: – Na organização onde a tese se realiza (Faculdade, Universidade).. – Na área científica em causa (ex: normas APA). – No país ou cultura de referência. Estrutura Global (Inv. Quantitativa) • • • • Introdução Revisão de Literatura (às vezes, integrado na Introdução). Metodologia (ou Método) Apresentação e Discussão dos Resultados (ou Resultados e Discussão) • Conclusões e Recomendações (às vezes, incluídos no capítulo anterior); • Referências Bibliográficas (ou Referências) • Anexos – Anexo A; Anexo B; Anexo C, etc. Estrutura Global II • Introdução • • • • • – Enquadramento Teórico (incluindo objectivos, problemas e hipóteses). Método (Participantes, Medidas, Procedimentos) Resultados (ou Resultados e Discussão). Vista global, Aspectos Centrais e Aspectos Adicionais ou Complementares. Discussão (Sumário, Conclusões, Limitações, Direcções para Pesquisa Futura ou Recomendações) Referências Anexos – Anexo A; Anexo B; Anexo C, etc. Investigação Qualitativa - Exemplo • Introdução (justificação, enquadramento, objectivos) • Revisão da literatura geral • Metodologia Geral – Delineamento; Métodos e Procedimentos (Caracterização dos Sujeitos, Condições de Recolha de dados, Recolha de dados, Procedimentos de Análise). Investigação qualitativa • • • • • • • • • • Estudo 1 Introdução Metodologia Resultados Discussão e Conclusões Estudo 2 Introdução Metodologia Resultados Discussão e Conclusões Investigação Qualitativa • Conclusões Gerais – Conclusões, recomendações para a pesquisa e para a “prática”. • Referências • Anexos Outro formato frequente... • Introdução • Capítulo I – Revisão de Literatura – Introdução – Revisão da Literatura – Conclusão • Capítulo II – Objecto de Estudo – – – – – – Introdução Enunciado do Problema Objectivos do Estudo Hipóteses Justificação do Estudo Pressupostos e Limitações O Relatório • Capítulo III – Método(s) e Procedimentos – Introdução – Selecção e Caracterização da Amostra – Métodos e Procedimentos (ou Delineamento) • Modelo de Estudo • Variáveis • Instrumentos/Material • Desenho do Estudo/Procedimento • Análise de Dados/Procedimentos estatísticos O relatório • Capítulo IV- Apresentação e Discussão dos Resultados – Introdução – Apresentação e Discussão • Capítulo V – – – – Resumo Conclusões Limitações Recomendações Outros Elementos • 1ª e 2ª capa (ver normas de referência) • Dedicatória • Agradecimentos • Índice – Do texto – Índice de figuras (com paginação) – Índice de quadros (com paginação) – Índice dos Anexos CAPA • Instituição: No topo, maiúsculas, centrado, nome da Instituição. Ex: Universidade Técnica de Lisboa. Faculdade de Motricidade Humana. Mestrado: 2ª linha, maiúsculas, centrado. Título: central, entre a 11 e 16ª linha • • • • • Apresentar a ideia central do texto, identificando as variáveis ou pontos teóricos em causa; simples e conciso. • Deve ter de 12 a 15 palavras, iniciando-se cada uma com maiúscula, com excepção de artigos, conjunções, etc. Capa • Nome do autor: Completo, centrado, cerca da 20ª linha. Sem • • • • apresentar títulos académicos. Indicação da natureza ou objectivo do trabalho:Tese de Mestrado; documento provisório. Orientador(es): Junto à 24ª linha; o nome deve ser precedido por ORIENTADOR:(em maiúsculas). Muitas vezes aparece o nome da instituição de origem do orientador. O nome da instituição não deve ser abreviado e deve ser escrito apenas com as letras iniciais em maiúsculas; aparece, muitas vezes, debaixo do nome em itálico. Data: no final da capa em posição centrada; só o ano. As primeiras páginas • Agradecimentos (1ª página): referir o nome da pessoa • • ou instituição a quem se agradece, justificando, brevemente, esse agradecimento (suporte financeiro, apoio ao tratamento de dados, etc.) Índice (2ª página): Todos os títulos e sub-títulos do texto e o número da respectiva página, por ordem crescente. Nº da página à direita, junto à margem. Devem manter o aspecto gráfico associado ao seu nível pela tabelação à esquerda de 2 em 2 espaços. – Ex: Capítulos – zero espaços; sub-capítulos – 2 espaços Lista de Tabelas e Figuras • Lista de Figuras e de Tabelas • Referenciadas pelos seus números, em maiúsculas e seguidas de 2 pontos. • Á frente é apresentado o título e depois a página. • • Tabela 1: Médias e Desvios padrões relativos à Indisciplina dos Alunos....27 Figura 2: Gráfico das frequências de resposta por categoria.........38 Anexos • Apresenta-se a informação que, embora possa interessar • • • • • ao leitor, não é necessária à compreensão do trabalho. Relatórios resumidos dos pré-testes Material e instrumentos utilizados Outputs resumidos (tabelas) das análises estatísticas. Identificados por letras maiúsculas (anexo Q) pela ordem referenciada no texto. Cada anexo é apresentado em página separada tendo no topo da página e em posição central a palavra Anexo e sua identificação. Se existir só um anexo não deve utilizar-se letra de identificação. Anexos Frequentes • Ficheiro de Dados • Outputs estatísticos • Provas de papel e lápis utilizadas – Questionários e guiões de entrevistas – Testes – Outros documentos complementares • Unitermos/glossário Garantir a possibilidade de replicação do estudo e a investigação meta-analítica. • Obedece, na integra, aos procedimentos formais • • • • • • convencionados internacionalmente? Conselho: Publication Manual, American Psychological Association, “Last” Edition (APA). Referências ao longo do texto com nome do(s) autor(es) seguido do ano de publicação. Ex: Rosado (2000) Se o nome não faz parte do texto, o nome e a data devem aparecer entre parêntesis. Ex. (Rosado, 2000). Se faz parte, só o ano de edição vai entre parêntesis. Ex: Rosado (2000). Deve aparecer só o apelido (as iniciais dos nomes próprios de todos os autores só no capítulo das referências) Os diferentes autores separam-se por vírgulas com excepção do último, separado por &. • Dois ou mais autores: devem ser todos incluídos na 1ª • • • • referência. – Separados por “e” quando a citação está integrada no texto. – Separados por & quando entre parêntesis. Nas segundas referências refere-se só o nome do primeiro autor seguido de “et al” e a data. Vários textos do mesmo autor com a mesma data; acrescenta-se uma letra minúscula à data. Ex: 1992a; 1992b. Se se inclui um excerto até 40 palavras, este deve vir entre aspas e indicar, entre parêntesis, a(s) página(s) de onde foi retirado. Se o texto exceder as 40 palavras será referido num bloco separado de texto, em linhas retraídas, em letra 10, a 1 espaço, sem aspas e com a indicação da página após o ponto final. • A lista de referências deverá aparecer no final por ordem alfabética do apelido do 1º autor. • Em itálico aparece: – O título do livro – O título da revista onde foi publicado. – Só aparecem as referências do texto. Bibliografia consultada mas não referenciada não aparece. – Bibliografia:= leituras a realizar/aconselhadas. Referências Bibliográficas • • • • • • • • • • Livros Rosado, A . (1998). Nas margens da Educação Física e do Desporto. Edições FMH. Artigos numa publicação periódica Piéron, M., & Renson, D. (1988). Relation pédadogique d´entrainement. Etude en Football. Sport. 121, 25-30. Artigo ou capítulo num livro Ferreira, V. (1986). O Inquérito por questionário na construção de dados sociológicos. In A. Santos & J. Madureira Pinto (Eds.), Metodologia das Ciências Sociais. (pp. 166196). Lisboa: Edições Afrontamento. Actas de Congressos, Simpósios ou Seminários Pieron, M. (1986). Analysis of the Research based on Observation of the teaching of Physical Education. In M. Pieron & G. Graham (Eds.). The Olympic Scientific Congress Proceedings (pp.193-202). Champaign: Human Kinetics. Teses de Mestrado ou Doutoramento Neto, C. (1987). Motricidade e Desenvolvimento: Estudo do Comportamento de crianças de 5-6 anos relativo à influência de diferentes estímulos pedagógicos na aquisição de habilidades fundamentais de manipulação. Tese de Doutoramento Não Publicada. ISEF-UTL. • Texto integral através de bases de dados on-line • Ex: Piéron, M. & Renson, D. (1988). Relation Pédadogique d´entrainement. Etude en Football. Sport. 121, p.25-30. Retrieved August 30, 1999 from Infotrac Web database (Expanded Academic Index ASAP) on the World Wide Web: http://web7.infotrac.galegroup.com/ • Em CD-Rom • Luz,C. & Rosado, A.(2001). Stress, Esgotamento e Intenção de Abandono entre os Árbitros de Futebol Portugueses. Retrieved from Proquest (The New York Times Ondisc, CD-ROM, item nº-9300048522. • Texto integral encontrado na Internet • Myers, D.G. (1996). Exploring Psychology. (pp.345-358). New York:Worth Publishers. Retrieved August 30, 1999, from the World Wide Web: http://www.hope.edu/happy3.html • Referência sem autor • O título surge no lugar do nome de autor, antes da data e deve ser tratado como o título de um livro. • Textos já entregues para publicação mas ainda não editados: no local da data assinalar (in press) ou (no prelo). Os não-publicados tem a data e após o título refere-se tal facto: Trabalho não-publicado. Em caso de tradução acrescente-se a data do trabalho original no final da referência (Ex: Original publicado em 2001). • Múltiplos trabalhos do mesmo autor devem ter em consideração o número de autores associados: em 1º, o autor sózinho, depois com uma ordem crescente de co-autores. • Referências devem ser escritas a um espaço com 2 espaços entre referências. • Uma nova referência deve iniciar-se com uma tabelação de 5 a 7 espaços. • Abreviações aceitáveis: cap.(capítulo); ed. (edição); Ed. Ver. (edição revista); 2ª ed. (segunda edição); Ed. ou Eds. (editor ou editores); Trans.(tradutores); s.d. (sem data); p. ou pp. (página ou páginas);Vol. Ou Vols. (volume ou volumes); No. (número); Pt. (parte); Rel.Tec. (relatório técnico); Supl. (suplemento). Questões de Edição • Gramática: uniformidade nos tempos verbais; verbos no • • passado; frases completas. Estilo impessoal (realizou-se em vez de realizei ou realizámos). Se não puder ser o impessoal deve evitar-se o eu, meu, escrevendo nós, nossos. Palavras estrangeiras devem vir entre aspas e apenas a primeira vez que surgem no texto. Estrutura Global do Projecto de tese (Inv. Quantitativa) • • • • • • • Introdução Revisão de Literatura Metodologia Prevista Conclusão Cronograma/calendarização Referências Bibliográficas Anexos (se apropriado) – Anexo A; Anexo B; Anexo C, etc. O Projecto • Introdução – – – – – – 3-4 páginas Objectivos do Estudo Enunciado do Problema Hipóteses Justificação do Estudo Pressupostos e Limitações • Breve Revisão de Literatura – Cerca de 10 páginas – Formato da tese – Estrutura da tese O Projecto • Métodos e Procedimentos – Previsão (sujeito a mudança). – 10 páginas – Critérios de Selecção e Caracterização Geral da Amostra – Métodos e Procedimentos • Modelo de Estudo • Variáveis • Instrumentos • Desenho do Estudo • Análise de Dados – Limitações do Estudo O projecto • Apresentação e Discussão dos Resultados – Eventualmente esclarecer como é que os dados vão ser apresentados e discutidos. • Conclusão – Eventual Síntese Final (não é frequente). • Cronograma (sequência temporal das diversas etapas do trabalho). • Referências Bibliográficas do documento. Artigos • Cerca de Dez páginas (8 a 12). • 30 linhas por página • Escritos em Word; Times New Roman, tamanho 12. 1,5 de espaçamento. Às vezes, 10, a 1 espaço. • Texto dividido em partes principais e secundárias. • Títulos das principais são centrados e em Bold e das secundárias em itálico à esquerda. • Tabelas e Quadros legendados em cima. – Número, título e legenda.Formato 8 ou 10. Formato habitual: “Simple1” do Word. • Figuras legendadas em baixo (nº, título, legenda). Sem caixa delimitadora. • Vocábulos estrangeiros em itálico. • Notas reduzidas ao mínimo no final do artigo. • Referências bibliográficas reduzidas ao mínimo. • Mais de dois autores: referenciar só o 1º (Rosado et col., 2000). • Bibliografia: no final do artigo, em corpo 8 (10), espaço simples entre linhas. • Notas de rodapé em corpo 8 (10). Muitas abreviaturas estão actualmente em uso para as referências nos artigos: • J para Journal • Sci para Science • Med para Medicine • Int para International • Psychol. para psicologia • Ex:Gleeson M. (1988). The effect of exercising to exhaustation at..... Int J Sports Med 10: 130-143 Abstracts • Título • Autores • Inserção Institucional • Em Português, Inglês e Francês. • 200 a 300 palavras. • Objectivo, metodologia e conclusões essenciais. Resumo e resumo alargado • 2-3 páginas (muito frequente uma só página) • Conteúdo resumido de forma clara e completa embora sucinta. – O problema ou objectivo do estudo (de preferência uma frase). – O método: população estudada (apenas as características pertinentes), design, instrumentos, procedimentos de recolha de dados; – Principais resultados (com níveis de significância). – Conclusão, implicações e aplicações. Esquema para avaliar a dissertação O problema a ser investigado está definido de forma concreta e clara? Está identificado? É passível de ser investigado? Percebem-se quais as variáveis e as relações a investigar? Esclarece-se a sua pertinência (científica e profissional) e justifica-se o estudo? As questões de investigação estão presentes? Existe um panorama geral que enquadra tudo o que se vai seguir? Os termos a utilizar estão bem definidos? Estão sumariados os trabalhos mais importantes e mais recentes em que assenta a investigação? Identifica as teorias associadas e os paradigmas de investigação em que se situam? Apresenta exemplos já concretizados? Esclarece as metodologias adoptadas e as principais conclusões? É suficientemente focada nos aspectos relevantes? Faz análises comparativas? Contém uma análise crítica? Apresenta as alternativas aos problemas dos trabalhos anteriores? Descreve as áreas de debate não consideradas? Explica como é que a abordagem presente é melhor? Parte do geral para o particular? Dá-se conta do que já foi feito para resolver a questão? Dá-se conta do que falta fazer? Dá-se a entender porque é que a nossa estratégia se justifica? Evitam-se detalhes não relevantes? Define, claramente, o tópico e os termos a utilizar? Tem uma estrutura lógica com temas e sub-temas? Termina com uma síntese e suas implicações? As hipóteses operacionalizam as questões de investigação? São testáveis? Que estatísticas vão exigir? (pensar à frente). As afirmações ou expectativas estão de acordo com os problemas enumerados na introdução? São claras, explícitas, não-ambíguas? Existe acordo com a teoria e os marcos teóricos fundamentais? As hipóteses estão justificadas? – Está descrito o modelo do estudo? (experimental, quasi-experimental, não-experimental, correlacional, descritivo, etc.) e situado o paradigma de investigação? – Está descrita a amostra? De que população foi retirada? Que tipos de amostragem (ou que método) foi utilizado? – Como decidiu da dimensão da amostra? Qual é essa dimensão? Qual o método de amostragem? – Será que as características da amostra estão detalhadas? Está de acordo com os objectivos e com a análise estatística que antecipou? • Variáveis: As variáveis dependentes e/ou independentes (ou outras) estão descritas? São operacionais (medíveis)? Em que escala de medida estão? • Instrumentos: O instrumento de recolha de dados está descrito? Houve um estudo-piloto? • Qualidades métricas dos instrumentos: Os resultados obtidos são confiáveis? Que procedimentos foram adoptados para garantir/medir a validade? E a fidelidade? • Apresenta as razões que serviram de base à selecção/construção dos instrumentos? • São apresentadas (boas) referências dos instrumentos? Estudos-piloto, pré-testes? • São referidas as características métricas dos instrumentos? Sensibilidade? Validade? Fidelidade? • São verificadas estas qualidades? • É definido o modo de aplicação, cotação e interpretação dos instrumentos? – Está descrito, em pormenor, como recolhe e analisa os dados? – Os procedimentos estatísticos usados estão descritos? – O nível de significância está previsto? E o poder do teste? – A informação disponível permite replicar o estudo? – Destacam-se aspectos e variáveis que possam interferir na leitura dos dados? – Apresenta os resultados de modo descritivo e pormenorizado, fazendo-se acompanhar por gráficos e quadros elucidativos? Compara os resultados com resultados de outros estudos? Verifica as hipóteses definidas e a medida da resposta aos problemas colocados, no confronto com os dados? Comenta e crítica os resultados obtidos, procurando possíveis justificações? Todas as hipóteses foram testadas? São os testes e as análises adequadas? Estão os pressupostos verificados? São realizados contrastes ou comparações múltiplas? Se sim, é o “alfa” controlado na sua inflação? Se alguma das hipóteses formuladas coincide com a H0 existem preocupações com a potência do teste? Debate a metodologia no confronto com os resultados e com a revisão de literatura? São discutidas as implicações teóricas e práticas dos resultados? Confirma ou infirma aspectos teóricos? Tem uma estrutura lógica com temas e sub-temas? Evita fazer suposições ou generalizações que não têm suporte nos dados? 1. Reconhece-se os limites do estudo? 2. Esses limites são explícitados? 3. Refere-se como os ultrapassar? Voltou ao problema da investigação? Que resposta ou solução encontrou? Que afirmações podem ou não ser feitas? Apresenta as recomendações para prosseguimento da investigação? Que outras questões pode formular ou reformular? Apresenta recomendações de outra natureza (profissional,por ex?) Exercícios Por grupos, com base nos seguintes problemas, operacionalize um projecto de investigação. Questão 1 • Um investigador está interessado em caracterizar o ambiente afectivo que se vive numa situação de treino desportivo, procurando saber se esse ambiente é compatível com a criação de um ambiente orientado para o desenvolvimento de prestações elevadas e para o desenvolvimento pessoal e social dos atletas. Questão 2 • Quais são, efectivamente, os problemas de indisciplina que se vivem nas situações de treino desportivo de elevado rendimento? Como é que esses conflitos são resolvidos pelos treinadores? Questão 3 • A qualidade de um FB depende, também, da persuasão do aluno, isto é, da compreensão e adesão a que o aluno procede. No entanto, pouco se sabe sobre o grau de compreensão do FB, pouco se sabe sobre a credibilidade que o atleta lhe atribui. Qual é o grau de persuasão dos FB’s dos treinadores? Que factores determinam níveis de persuasão diferentes? Questão 4 • Sabemos que as intervenções dos treinadores não se distribuem uniformemente por todos os atletas. Grupos de atletas ou atletas particulares obtém mais FB, mais atenção, mais encorajamento. Será verdade? Questão 5 • A diversidade de procedimentos caracteriza as práticas de avaliação em Educação Física. Afinal como é que avaliamos na nossa disciplina? Questão 6 • Os professores envolvem-se no ensino da Educação Física e do Escolar. Será que o seu perfil de comportamentos é semelhante? • Onde é que se esperam mais diferenças? Questão 7 • Grupos étnicos diferenciados nas aulas de Educação Física vivem e sentem a Educação Física de formas diferenciadas?