Agosto - 2015
Divulgado em 15 de setembro de 2015.
I C V A
–
AG O S T O
D E
2 0 1 5
ICVA REGISTRA RETRAÇÃO DE 2,8% PARA O VAREJO EM AGOSTO
Indicador considera a receita de vendas do varejo deflacionada pelo IPCA em comparação com
agosto de 2014; sem os efeitos de calendário, o número seria -2,3%
A receita de vendas do comércio varejista
ampliado apresentou retração de 2,8% em
agosto em relação ao mesmo período do
ano passado, depois de descontada a
inflação que incide sobre o varejo. É o que
aponta o Índice Cielo do Varejo Ampliado
(ICVA), divulgado nesta terça-feira (15). Em
julho, o índice havia registrado crescimento
de 0,1%, também em relação ao mesmo
mês de 2014 e com o desconto da inflação.
Após dois meses consecutivos com
resultados beneficiados pelos efeitos de
calendário, principalmente em razão da
base de comparação favorável – já que os
feriados e pontos facultativos em dias de
jogos da Copa do Mundo do ano passado
prejudicaram os resultados –, o mês de
agosto
de
2015
foi
impactado
negativamente pelo calendário: neste ano,
agosto teve uma segunda-feira a mais e
uma sexta-feira a menos que o mesmo mês
de
2014.
As
sextas-feiras
têm
historicamente receita de vendas em torno
de 23% maior que uma segunda-feira.
Descontado esse efeito, o varejo ampliado
teria apresentado retração de 2,3% na
2
I C V A
–
AG O S T O
receita deflacionada em agosto em
comparação com mesmo mês do ano
passado. Em julho, também sem os efeitos
de calendário, o crescimento seria de -1,1%,
na mesma base de comparação. Os
números indicam, portanto, desaceleração
do varejo ampliado de julho para agosto.
Os números nominais, sem o desconto da
inflação, indicam o mesmo quadro. O ICVA
nominal registrou crescimento de 4,1% na
comparação com agosto de 2014. Em julho,
o crescimento foi de 7,9%, também na
comparação com o mesmo mês do ano
passado. Sem os efeitos de calendário, o
ICVA nominal de agosto teria registrado alta
de 4,6%, enquanto julho teria registrado
6,6%, no mesmo conceito.
INFLAÇÃO
Conforme divulgado pelo Instituto Brasileiro
de Geografia e Estatística (IBGE), o Índice de
Preços ao Consumidor Amplo (IPCA)
registrou alta de 9,53% em agosto no
acumulado dos últimos 12 meses. O
número é muito próximo dos 9,56%
registrados em julho deste ano, no mesmo
conceito.
Vale lembrar que o IPCA inclui itens que não
fazem parte da cesta de compras do varejo
– por exemplo, energia elétrica, aluguel e
condomínio, que inclusive têm apresentado
inflação acima da média dos demais itens.
Considerando apenas os setores do varejo
ampliado, a inflação foi de 7,1% no
acumulado dos últimos 12 meses.
As passagens aéreas, que costumam ter
uma grande variação nos preços e que
fazem parte da cesta de compras do varejo
D E
2 0 1 5
ampliado, registraram deflação de 14,6%
em agosto, de acordo com o IPCA, após
apresentarem inflação de 25,2% em julho –
o que impactou positivamente o ICVA
deflacionado neste mês.
SETORES
De modo geral, quase todos os setores
desaceleraram de julho para agosto. As
principais exceções foram Lojas de
Departamento
e
Supermercados
e
Hipermercados, que tiveram recuperação
neste mês, muito embora ainda tenham
apresentado
taxa
de
crescimento
deflacionado abaixo de zero.
Dentro do bloco de setores da cesta de
serviços, aqueles relacionados ao turismo
tiveram crescimento acima de zero e
contribuíram positivamente para o ICVA
deflacionado do mês de agosto, assim como
havia acontecido nos meses de junho e
julho. Já o setor de Alimentação – Bares e
Restaurantes, contribuiu negativamente
para o índice do mês.
Considerando o grupo de setores que
comercializam bens semiduráveis e
duráveis, em que as compras têm
tipicamente valor médio mais alto e são
mais dependentes de crédito, todos
puxaram o ICVA de agosto para baixo.
Fazem parte desse grupo os setores de
Materiais para Construção, Vestuário,
Móveis, Eletro e Lojas de Departamento,
entre outros.
Por fim, entre os setores que comercializam
bens não duráveis, Drogarias e Farmácias,
que já vinha consistentemente como
destaque positivo, puxou novamente as
3
I C V A
–
AG O S T O
vendas para cima em agosto em
comparação com o mesmo mês do ano
passado. O setor de Postos de Gasolina
permaneceu, neste mês de agosto, com
crescimento próximo ao da média do ICVA.
D E
2 0 1 5
seguida, com queda de 2,1% e 2,3%,
respectivamente. O Sudeste teve retração
de 3,0% e a região Sul apresentou o pior
desempenho, com retração de 3,1% na
receita deflacionada de vendas em agosto.
Pelos índices nominais, o Nordeste também
liderou, com alta de 6,1%, seguido pelo Sul,
com 4,2%. Sudeste, Centro-Oeste e Norte,
tiveram desempenho igual, com 4,1% de
crescimento.
REGIÕES
O Nordeste liderou o crescimento em
agosto, na comparação com o mesmo mês
de 2014, e foi a única região que não
apresentou retração no ICVA deflacionado
do mês. Norte e Centro-Oeste vieram em
Todas
as
regiões
apresentaram
desaceleração no ritmo de vendas, de julho
para agosto deste ano.
Crescimento da Receita de Vendas | Por região
Ano contra ano
Norte
ago/14
set/14
out/14
nov/14
ICVA Nom inal
dez/14
jan/15
ICVA Deflacionado*
fev/15
mar/15
abr/ 15
mai/15
jun/ 15
jul/15
ago/15
* Deflação pelo IPCA ajustado ao mix e peso de setores con tidos n o ICVA
4
I C V A
–
AG O S T O
D E
2 0 1 5
5
I C V A
–
AG O S T O
D E
2 0 1 5
SOBRE O ICVA
O Índice Cielo do Varejo Ampliado (ICVA) acompanha mensalmente a evolução do varejo
brasileiro de acordo com a sua receita de vendas, com base em um grupo de mais de 20 setores
mapeados pela Cielo, de pequenos lojistas a grandes varejistas. O peso de cada setor dentro do
resultado geral do indicador é definido pelo seu desempenho no mês.
O ICVA foi desenvolvido pela área de Inteligência da Cielo com base nas vendas realizadas nos
mais de 1,6 milhão de pontos de vendas ativos credenciados à companhia. A proposta do Índice
é oferecer mensalmente uma fotografia do desempenho do comércio varejista do país a partir
de informações reais.
COMO É CALCULADO
A gerência de Inteligência da Cielo desenvolveu modelos matemáticos e estatísticos que foram
aplicados à base da companhia com o objetivo de isolar os efeitos do comportamento
competitivo do mercado de credenciamento, como a variação de market share, bem como
isolar os efeitos da substituição de cheque e dinheiro no consumo – dessa forma, o indicador
não reflete somente a atividade do comércio pelo movimento com cartões, mas, sim, a real
dinâmica de consumo no ponto de venda.
Esse índice não é de forma alguma a prévia dos resultados da Cielo, que é impactado por uma
série de outras alavancas, tanto de receitas quanto de custos e despesas.
6
Download

Agosto - 2015