Outubro - 2015 Divulgado em 16 de novembro de 2015. I C V A – O U T U B R O D E 2 0 1 5 ICVA REGISTRA RETRAÇÃO DE 3,3% NO VAREJO EM OUTUBRO Indicador considera a receita de vendas do varejo deflacionada pelo IPCA em relação a outubro de 2014. Sem os efeitos de calendário, que beneficiaram as vendas no mês, queda é de 3,8% Ano contra ano 10.1% 10.1% 10.5% 8.9% 9.5% 8.0% 8.4% 8.6% 8.1% 8.3% 9.0% 8.2% 7.1% 7.3% 7.2% 5.9% 7.9% 6.5% 6.9% 6.9% 6.6% 4.6% 4.3% 3.7% 3.4% 4.5% 1.8% 2.9% 2.1% set/14 out/14 2.1% 1.6% nov/14 dez/14 1.5% jan/15 3.2% 1.9% 2.6% 1.8% 3.6% 4.1% 3.3% 1.1% 0.7% 0.2% fev/15 mar/15 abr/ 15 0.0% 0.4% mai/15 0.6% jun/ 15 0.1% jul/15 - 1.1% ago/15 - 2.3% -3.0% - 2.4% - 2.8% ICVA Nom inal ICVA Nom inal Ajustado ICVA Deflacionado* A receita de vendas do comércio varejista ampliado teve uma retração de 3,3% em outubro em relação ao mesmo período do ano passado, depois de descontada a inflação que incide sobre o setor varejista. É o que aponta o Índice Cielo do Varejo Ampliado (ICVA), divulgado nesta segundafeira (16). Em setembro, o índice havia registrado retração de 3,4%, também em relação ao mesmo mês de 2014 e com o desconto da inflação. set/15 -3.4% ICVA Deflacionado Ajustado Esse é o terceiro mês consecutivo que o desempenho do varejo brasileiro apresenta retração. Diferentemente de agosto e setembro, quando os efeitos de calendário impactaram negativamente o ICVA, em outubro o impacto foi positivo: a troca de dias da semana – uma quarta-feira a menos e um sábado a mais – beneficiou as vendas e acabou superando o impacto do feriado de 12 de outubro, que ocorreu em uma segunda-feira. Pelo ICVA deflacionado ajustado, que desconta os efeitos de calendário, além da 2 I C V A – O U T U B R O D E 2 0 1 5 inflação, o mês apresentou uma retração de 3,8%. Estes dados indicam, portanto, nova desaceleração do varejo ampliado em relação a setembro, quando o indicador apresentou retração de 3,0% nesse mesmo conceito. SETORES Os números nominais, sem o desconto da inflação, ainda indicam um quadro mais estável. O ICVA nominal registrou crescimento de 3,9% em relação a outubro de 2014. Em setembro, o crescimento foi de 3,2%, na mesma base de comparação. Com o ajuste de calendário, o ICVA nominal computou alta de 3,5% no mês – contra 3,6% em setembro. Dentro do conjunto de setores que comercializam bens semiduráveis e duráveis, Materiais para Construção, Vestuário, Móveis, Eletro e Lojas de Departamento registraram retração nas vendas do mês e puxaram o ICVA para baixo. A semana que antecedeu 12 de outubro, dia das crianças, cresceu abaixo da média do ICVA do mês como um todo, o que acabou contribuindo negativamente para o resultado do mês. INFLAÇÃO O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), registrou alta de 9,9% em outubro no acumulado dos últimos 12 meses. O número indica uma aceleração sobre os 9,5% registrados em setembro, no mesmo conceito. Vale lembrar que a cesta de compras no varejo ampliado não inclui itens como energia elétrica, aluguel e condomínio, que são contemplados no IPCA e têm apresentado inflação acima da média dos demais itens. Assim, a inflação no varejo ampliado ficou em 7,5% no acumulado dos últimos 12 meses, também apresentando aceleração em relação aos 6,9% registrados em setembro. Considerando os grandes blocos de setores que compõem o varejo ampliado, todos tiveram retração nas vendas em outubro na evolução anual. Considerando os setores que comercializam bens não duráveis, Drogarias Farmácias – como já registrado, de forma consistente, em meses anteriores do ICVA – puxou novamente as vendas de outubro para cima. O setor de Postos de Gasolina, impactado pela alta da inflação, ficou entre os setores que mais desaceleraram no mês. Finalmente, analisando o grupo de setores da cesta de serviços, Turismo e Transporte estiveram entre os que mais cresceram em vendas em outubro. O segmento de Companhias Aéreas foi um destaque, contribuindo positivamente neste bloco. REGIÕES Em outubro de 2015, todas as regiões brasileiras apresentaram retração no varejo pelo ICVA deflacionado. Assim como em setembro, o Nordeste apresentou a menor retração, de 2,4%, em relação a um ano antes. O Sudeste veio em seguida, com queda de 3,5% na mesma base de comparação. As regiões Centro-Oeste e Norte apresentaram, respectivamente, 3 I C V A – O U T U B R O retração de 3,6% e 4,2% no mês. A região Sul registrou novamente o pior desempenho, com queda de 4,7% na receita deflacionada de vendas em outubro. Vale reforçar, contudo, que o Sul do país foi o mais impactado pela inflação do varejo ampliado. Observa-se que no ICVA nominal, onde não há o desconto da inflação, a região registrou alta de 3,8%, mesmo percentual do Sudeste. Pelo ICVA nominal, D E 2 0 1 5 a região Nordeste apresentou alta de 4,2% em outubro, seguida do Centro-Oeste, com crescimento de 4,1%. Já a região Norte, com 3,0% de alta, teve o menor índice em outubro pelo ICVA nominal. Com exceção de Nordeste e Sudeste, todas as demais regiões apresentaram desaceleração no ritmo de vendas de setembro para outubro deste ano. 4 I C V A – O U T U B R O D E 2 0 1 5 5 I C V A – O U T U B R O D E 2 0 1 5 SOBRE O ICVA O Índice Cielo do Varejo Ampliado (ICVA) acompanha mensalmente a evolução do varejo brasileiro de acordo com a sua receita de vendas, com base em um grupo de mais de 20 setores mapeados pela Cielo, de pequenos lojistas a grandes varejistas. O peso de cada setor dentro do resultado geral do indicador é definido pelo seu desempenho no mês. O ICVA foi desenvolvido pela área de Inteligência da Cielo com base nas vendas realizadas nos mais de 1,7 milhão de pontos de vendas ativos credenciados à companhia. A proposta do Índice é oferecer mensalmente uma fotografia do desempenho do comércio varejista do país a partir de informações reais. COMO É CALCULADO A gerência de Inteligência da Cielo desenvolveu modelos matemáticos e estatísticos que foram aplicados à base da companhia com o objetivo de isolar os efeitos do comportamento competitivo do mercado de credenciamento, como a variação de market share, bem como isolar os efeitos da substituição de cheque e dinheiro no consumo – dessa forma, o indicador não reflete somente a atividade do comércio pelo movimento com cartões, mas, sim, a real dinâmica de consumo no ponto de venda. Esse índice não é de forma alguma a prévia dos resultados da Cielo, que é impactado por uma série de outras alavancas, tanto de receitas quanto de custos e despesas. 6