VAREJO CRESCE 3,4% EM SETEMBRO, APONTA ÍNDICE DA CIELO
Percentual registra o aumento da receita de vendas deflacionada pelo IPCA na comparação com setembro de 2013; terceiro
trimestre apresentou baixo patamar de crescimento
Barueri, 15 de outubro de 2014 – O desempenho do comércio varejista brasileiro registrou novamente baixo
crescimento no mês de setembro. Dados do Índice Cielo do Varejo Ampliado (ICVA) deflacionado pelo IPCA,
divulgado hoje (15), apontam crescimento de 3,4% na receita de vendas deflacionada do setor, em comparação
com o mesmo período de 2013. O ICVA nominal – sem o desconto da inflação – registrou 10,1%, na mesma base
de comparação.
O ICVA de setembro de 2014 foi impactado positivamente pelo calendário, em razão de uma terça-feira a mais e
um domingo a menos em comparação com setembro de 2013. Historicamente, as terças-feiras costumam
apresentar um volume de vendas 20% maior que o de um domingo. Descontando esse efeito, para o mês de
setembro, o ICVA deflacionado teria crescido 2,9% na comparação com o mesmo mês do ano passado. Pelo ICVA
nominal, o crescimento seria de 9,5%, também em relação a setembro de 2013.
“A exemplo dos meses de junho, julho e agosto, o mês de setembro confirma que o varejo ampliado brasileiro
está em um patamar inferior de crescimento se compararmos com os dados do primeiro semestre deste ano”,
analisa Gabriel Mariotto, gerente de Inteligência da Cielo.
Setores
Os setores de Alimentação (Bares e Restaurantes) e Supermercados e Hipermercados, que impactaram
positivamente o crescimento em agosto, não repetiram o mesmo desempenho e apresentaram desaceleração em
setembro. Por outro lado, os setores de Materiais de Construção e Lojas de Departamento apresentaram
aceleração, embora ainda estejam em patamar baixo de crescimento. Drogarias e Farmácias foi o setor que mais
cresceu em setembro, e apresenta bom desempenho tanto em receita nominal como em receita deflacionada.
Regiões
As regiões Norte e Centro-Oeste lideraram o ranking de desempenho de vendas do varejo em setembro, com alta
de 6,6% e 5,8% pelo ICVA deflacionado, respectivamente. Sul e Nordeste apresentaram um volume de
crescimento menor, com 4,2% e 3,9% pelo ICVA deflacionado, mas ainda acima da média nacional. A região
Sudeste, que costuma registrar índices mais baixos por conta do de safio estatístico de expansão em um mercado
já maduro, apareceu em último lugar no mês, com alta de 2,6%.
No índice nominal, a região Norte liderou o crescimento, com alta de 12,9%. Em seguida, vieram as regiões
Centro-Oeste, com crescimento de 12,6%, Sul, 11,0%, e Nordeste, 10,9%. O Sudeste cresceu abaixo da média
nominal nacional, com alta de 9,3%.
Terceiro Trimestre
Considerando os dados consolidados do terceiro trimestre de 2014, o ICVA deflacionado pelo IPCA apresentou
alta de 3,6% ante 2,9% registrado no segundo trimestre de 2014. Já o ICVA nominal apontou um crescimento de
10% no último trimestre, contra 10,8% no trimestre anterior.
“A explicação para essa pequena aceleração do ICVA em receita deflacionada no terceiro trimestre se dá pela
menor pressão de preços, principalmente em setores de serviços, como Companhias Aéreas e Hotéis, observada
no período - o que não ocorreu no segundo trimestre”, observa Mariotto. “O destaque, no entanto, é que o
patamar de crescimento do terceiro trimestre se manteve bem próximo ao do trimestre anterior, ambos em
níveis inferiores aos dos primeiros meses do ano e também do final de 2013”, afirma Mariotto.
Considerando os dados consolidados do terceiro trimestre do ano, a região Norte apresentou o melhor
desempenho, com crescimento de 5,8% na receita deflacionada; em seguida vem a região Centro-Oeste, que
cresceu 4,6%. A região Sul apresentou alta de 3,8%, seguida da Região Nordeste, com expansão de 3,6%, e
Sudeste, com 3%.
Como é calculado o ICVA
O Índice Cielo do Varejo Ampliado – ICVA acompanha mensalmente a evolução do desempenho do varejo
ampliado brasileiro com base em um grupo de 24 setores mapeados pela Cielo, de pequenos lojistas a grandes
varejistas. O ICVA não tem correlação com o desempenho financeiro da Cielo. Para criar um i ndicador neutro que
refletisse puramente a atividade econômica e o apetite de consumo no comércio, sem qualquer inferência a seus
resultados, a companhia desenvolveu modelos matemáticos para isolar os efeitos do comportamento
competitivo do mercado de credenciamento – como a variação de market share, por exemplo. Também foram
isolados os efeitos da maior participação de cartões na economia pela substituição de cheque e dinheiro. Os
dados que compõem o Índice são capturados, de forma agregada, da base de mai s de 1,4 milhão de pontos de
venda ativos credenciados à Cielo em todo o Brasil, tanto nas lojas físicas como nos canais mobile e e -commerce.
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