Fevereiro - 2015
Divulgado em 16 de março de 2015.
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COM IMPACTO DO CARNAVAL, VAREJO TEM RETRAÇÃO DE 2,4% EM
FEVEREIRO, APONTA ICVA
O desempenho das vendas do comércio
varejista brasileiro, medido pelo Índice
Cielo do Varejo Ampliado (ICVA),
registrou queda de 2,4% em fevereiro
na comparação com o mesmo mês do
ano passado, depois de descontada a
inflação - o que representa uma baixa
de 4,5 pontos percentuais em relação
ao índice de janeiro (2,1%). Esta foi a
primeira vez que o indicador apresentou
resultado negativo desde o início da
série histórica, em janeiro de 2013. O
índice nominal, que considera a receita
de vendas sem o desconto da inflação,
registrou crescimento de 4,5%.
É importante observar, entretanto, que o
índice deflacionado só ficou abaixo de
zero por conta do feriado de Carnaval,
que impactou negativamente o
crescimento em 2,6 pontos percentuais.
Isso porque, no ano passado, o feriado
não caiu em fevereiro, e, sim, em
março. Portanto, na comparação ano
contra ano, fevereiro de 2015 ficou
prejudicado. Sem o efeito, o índice teria
registrado alta de 0,2%. De qualquer
forma, o ICVA aponta uma
desaceleração em fevereiro em relação
a janeiro - que, no mesmo conceito,
apresentou crescimento de 1,5%.
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O gráfico acima, que traz a série
histórica do ICVA deflacionado com
ajustes de calendário desde janeiro de
2013, mostra a manutenção da trajetória
de desaceleração das receitas do varejo
nos dois primeiros meses de 2015,
verificada desde o início do ano
passado.
INFLAÇÃO
De acordo com o índice oficial de
preços, o IPCA, divulgado pelo Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE), a inflação acelerou novamente
em fevereiro. O índice acumulado em
12 meses ficou em 7,7%.
A inflação foi impactada principalmente
pelo aumento nos preços de
combustíveis e energia elétrica. No que
diz respeito ao ICVA, a alta na conta de
energia não influencia o indicador. Já o
aumento nos preços dos combustíveis,
na outra ponta, interfere nos resultados
do setor de Postos de Gasolina, que faz
parte do ICVA.
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Se considerarmos apenas os setores
que compõem o índice, a inflação foi de
7,0%.
SETORES
A maioria dos setores levados em
consideração na metodologia do ICVA
cresceu abaixo do ritmo registrado em
janeiro. Parte deles, inclusive,
apresentou retração na receita de
vendas.
Os setores de consumo com “giro
rápido” - como Varejo Alimentício em
geral, Padarias, Lojas de Cosméticos,
Veterinárias e Pet shops e Drogarias e
Farmácias – registraram, na média,
crescimento acima de zero, mesmo com
o efeito do Carnaval. Porém, o ritmo de
alta foi mais fraco que o dos meses
anteriores. Entre esses setores, Postos
de Gasolina foi o que mais desacelerou
em relação a janeiro.
Os setores que comercializam itens
duráveis e semiduráveis, que já vinham
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puxando o ritmo de crescimento do
indicador para baixo, também
desaceleraram, de modo geral.
Vestuário e Eletroeletrônicos, que
haviam mostrado recuperação no mês
de janeiro, conforme apontamos no
relatório passado, voltaram a ter forte
desaceleração. Para esses setores, o
feriado de Carnaval teve impacto
negativo relevante.
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setores que aceleraram. Houve
desaceleração nos segmentos de
transportes, incluindo táxis, ônibus
intermunicipais e, principalmente, nos
resultados das companhias aéreas.
Desconsiderando o setor de
Companhias Aéreas, o ICVA
deflacionado de fevereiro teria
registrado queda de 1,7%, em vez de
2,4%.
Em relação à cesta de serviços,
Recreação e Lazer está entre os poucos
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A região Norte foi a única que registrou
crescimento na receita de vendas em
fevereiro sobre o mesmo mês de 2014,
com ligeira alta de 0,8%, descontada a
inflação. Ainda assim, o resultado foi 3,2
pontos percentuais menor em relação a
janeiro. As demais regiões do país
apresentaram queda no desempenho
do varejo no último mês.
Em fevereiro, a maior retração veio do
Sudeste (-2,8%), seguida das regiões
Nordeste (-1,4%) e Centro-Oeste
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(-1,3%) – responsáveis pelas maiores
oscilações negativas no período, -4,8
pontos percentuais e -4,4 pontos
percentuais, respectivamente, em
relação a janeiro. O Sul encerrou o mês
com queda de 0,2% na receita de
vendas deflacionada do varejo.
Gabriel Mariotto
Gerente de Inteligência da Cielo
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SOBRE O ICVA
O Índice Cielo do Varejo Ampliado (ICVA) acompanha mensalmente a evolução do
varejo brasileiro de acordo com a sua receita de vendas, com base em um grupo de
mais de 20 setores mapeados pela Cielo, de pequenos lojistas a grandes varejistas. O
peso de cada setor dentro do resultado geral do indicador é definido pelo seu
desempenho no mês.
O ICVA foi desenvolvido pela área de Inteligência da Cielo com base nas vendas
realizadas nos mais de 1,6 milhão de pontos de vendas ativos credenciados à
companhia. A proposta do Índice é oferecer mensalmente uma fotografia do
desempenho do comércio varejista do país a partir de informações reais.
COMO É CALCULADO
A gerência de Inteligência da Cielo desenvolveu modelos matemáticos e estatísticos
que foram aplicados à base da companhia com o objetivo de isolar os efeitos do
comportamento competitivo do mercado de credenciamento, como a variação de
market share, bem como isolar os efeitos da substituição de cheque e dinheiro no
consumo – dessa forma, o indicador não reflete somente a atividade do comércio pelo
movimento com cartões, mas, sim, a real dinâmica de consumo no ponto de venda.
Esse índice não é de forma alguma a prévia dos resultados da Cielo, que é impactado
por uma série de outras alavancas, tanto de receitas quanto de custos e despesas.
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