Março - 2015 Divulgado em 14 de abril de 2015. I C V A – M AR Ç O D E 2 0 1 5 VAREJO AMPLIADO CRESCE 3,3% EM MARÇO, APONTA ICVA O comércio varejista brasileiro apresentou alta de 3,3% em março em relação ao mesmo período do ano passado, depois de descontada a inflação. É o que aponta o Índice Cielo do Varejo Ampliado (ICVA), divulgado nesta terça-feira (14). O indicador mostra que houve uma melhora em relação aos resultados de fevereiro, em que a receita de vendas apresentou retração de 2,4%. A reversão positiva, no entanto, é reflexo do impacto importante de dois fatores principais: os efeitos de calendário e a inflação em Companhias Aéreas no período. Feitos todos os ajustes em relação aos feriados e troca de dias, março teria crescido 1,6%, contra 0,2% em fevereiro no mesmo conceito. Se, além disso, ainda desconsiderássemos o resultado das Companhias Aéreas, o ICVA deflacionado teria registrado alta de 0,8%, frente a 0,9% em fevereiro. Ajustes de Calendário - O deslocamento do carnaval de março, em 2014, para fevereiro, em 2015, beneficiou o mês em 2,7 pontos 2 I C V A – M AR Ç O percentuais. Já a troca de um sábado por uma terça-feira, prejudicou o resultado em 1,2 ponto percentual. Por fim, vale ressaltar que a proximidade com a Páscoa teve um leve impacto positivo – de 0,2 ponto percentual - em alguns setores na última semana de março, principalmente no segmento de Varejo Alimentício Especializado, em que estão as lojas de chocolate. Inflação - No que diz respeito à inflação geral, embora o IPCA, índice oficial de preços divulgado pelo IBGE, tenha apontado para uma nova aceleração em março – com alta de 8,1% no acumulado dos últimos 12 meses -, os preços dos setores que compõem o ICVA cresceram abaixo, 5,4%. Isso porque, por um lado, a forte alta no setor de Energia Elétrica, cujos preços subiram 60,4% no período, não impacta diretamente o índice. Por outro lado, a deflação de 21,4% no setor de companhias aéreas beneficiou significativamente o ICVA deflacionado, conforme já comentado. D E 2 0 1 5 SETORES Os setores de Agências e Operadores de Viagens e Drogarias e Farmácias apresentaram as maiores altas do comércio varejista no mês de março, com relação ao mesmo período do ano anterior. Na outra ponta, os segmentos com maior variação negativa no mesmo período foram os de Móveis e Decoração e Materiais para Construção. Os setores de Hotéis e Varejo Alimentício em Geral apresentaram a maior aceleração em relação ao resultado de fevereiro de 2015. REGIÕES Na quebra dos resultados por regiões em março, o Norte lidera, com alta de 3,9% no ICVA deflacionado em relação a março de 2014, seguido das regiões Nordeste (3,0%), Sudeste (3,4%), Centro-Oeste (2,2%) e Sul (2,0%). 3 I C V A – M AR Ç O D E 2 0 1 5 4 I C V A – M AR Ç O D E 2 0 1 5 5 I C V A – M AR Ç O D E 2 0 1 5 PRIMEIRO TRIMESTRE DE 2015 O ICVA encerrou o primeiro trimestre com crescimento de 1,3% em relação ao mesmo período do ano passado, depois de descontada a inflação. O indicador registra, portanto, a manutenção da trajetória de desaceleração das vendas do varejo neste trimestre, efeito que já vinha sendo observado ao longo de 2014. No quarto trimestre do ano passado, o ICVA deflacionado cresceu 3,2%. O índice nominal, que considera a receita de vendas sem o desconto da inflação, registrou alta de 7,5% no período, frente os 9,4% de crescimento do quarto trimestre de 2014, ambos na comparação com o mesmo período do ano anterior. SETORES A maioria dos setores observados teve desempenho abaixo do ritmo registrado no quarto trimestre. Parte deles, inclusive, apresentou retração na receita de vendas. O grupo de setores de consumo com “giro rápido” - como Varejo Alimentício em Geral, Drogarias e Farmácias, Postos de Combustíveis, Padarias, 6 I C V A – M AR Ç O Lojas de Cosméticos, entre outros – registrou, na média, crescimento acima de zero na comparação com o mesmo período de 2014, descontada a inflação. Ainda assim, houve desaceleração com relação ao trimestre anterior. O destaque fica para o setor de Drogarias e Farmácias, que apresentou a maior alta no grupo. Os setores que comercializam itens duráveis e semiduráveis tiveram baixo patamar de crescimento no trimestre, com desaceleração em relação ao quarto trimestre de 2014 em todos os segmentos analisados. Móveis e Decoração e Materiais para Construção foram os setores com o pior desempenho no período, apresentando retração nas vendas. D E 2 0 1 5 Entre os setores da cesta de serviços, há diferenças entre os resultados. Numa ponta, Alimentação em Bares e Restaurantes apresentou retração na receita de vendas; na outra, Agências e Operadoras de Viagens e Aluguel de Veículos registraram alta. REGIÕES O Norte manteve a dianteira, com alta de 3,0% no primeiro trimestre em relação ao mesmo período do ano passado, depois de descontada a inflação. O Nordeste cresceu 2,3%, seguido das regiões Sul e CentroOeste, com altas de 1,9% e 1,4%, respectivamente. Com crescimento abaixo da média nacional, o Sudeste registrou alta de 0,7%. 7 I C V A – M AR Ç O D E 2 0 1 5 8 I C V A – M AR Ç O D E 2 0 1 5 Gabriel Mariotto Gerente de Inteligência da Cielo 9 I C V A – M AR Ç O D E 2 0 1 5 SOBRE O ICVA O Índice Cielo do Varejo Ampliado (ICVA) acompanha mensalmente a evolução do varejo brasileiro de acordo com a sua receita de vendas, com base em um grupo de mais de 20 setores mapeados pela Cielo, de pequenos lojistas a grandes varejistas. O peso de cada setor dentro do resultado geral do indicador é definido pelo seu desempenho no mês. O ICVA foi desenvolvido pela área de Inteligência da Cielo com base nas vendas realizadas nos mais de 1,6 milhão de pontos de vendas ativos credenciados à companhia. A proposta do Índice é oferecer mensalmente uma fotografia do desempenho do comércio varejista do país a partir de informações reais. COMO É CALCULADO A gerência de Inteligência da Cielo desenvolveu modelos matemáticos e estatísticos que foram aplicados à base da companhia com o objetivo de isolar os efeitos do comportamento competitivo do mercado de credenciamento, como a variação de market share, bem como isolar os efeitos da substituição de cheque e dinheiro no consumo – dessa forma, o indicador não reflete somente a atividade do comércio pelo movimento com cartões, mas, sim, a real dinâmica de consumo no ponto de venda. Esse índice não é de forma alguma a prévia dos resultados da Cielo, que é impactado por uma série de outras alavancas, tanto de receitas quanto de custos e despesas. 10