A POPULAÇÃO DA EUROPA NOS
SÉCULOS XVII E XVIII: CRISES E
CRESCIMENTO
Economia Pré Industrial
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Base agrícola
(absorve 80% da
população
disponível;
Evolução
tecnológica muito
lenta (utensílios
rudimentares sem
fertilizantes);
Agricultura
dependente das
condições climáticas
e da fertilidade do
solo

População
vivia
no
limiar
da
sobrevivência face à pouca e instável
produtividade agrícola , subsistindo
muito pobremente.
2ª metade do século XVI e todo o século
XVII conheceu um arrefecimento
climático , alternando entre Invernos
rigorosos e Verões frescos e húmidos
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Colheitas apodreciam
Diminuíam ainda mais a
produtividade agrícola
Agravando a vida já tão difícil da
população
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Economia pré industrial não garante
mais que uma limitada e inconstante
produtividade agrícola
Não suportando significativos
aumentos populacionais a partir de
um certo limite

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Não suportando qualquer desequilíbrio
entre a capacidade produtiva e o número
de homens que podia alimentar
Os dados demográficos revelam que se
nascia, em anos normais, mais do que se
morria , gerando pequenos ganhos
populacionais, que ao fim de uma década
, ultrapassavam as possibilidades
alimentícias.
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Bastava um mau ano climático para
que tal equilíbrio se rompesse
devido à produtividade reduzida.
A fome surgia em força , os corpos
subnutridos não suportavam as
muitas doenças e as pestes e
epidemias multiplicavam-se
Quebra demográfica
Havia depois espaço para a
população recuperar e crescer até
provocar nova rutura e nova
crise demográfica , repetição
cíclica
que
caracteriza
a
demografia do Antigo Regime.
Valores
demográficos
são
violentamente alterados durante
um tempo relativamente curto e
antes de voltar a estabilizar ,
provocam uma quebra brusca da
população

Elevação violenta da
taxa de mortalidade a
que corresponde
posteriormente uma
redução brusca ,
atingindo valores
abaixo dos normais
antes de a estes voltar
e estabilizar nos anos
seguintes

Quando aquelas
alterações da
mortalidade
corresponde uma
evolução brusca, mas
inversa da taxa de
natalidade(1º desce,
dp sobe antes de
regressar a valores
normais e estabilizar)

A taxa de nupcialidade acompanha
paralelamente a evolução da taxa de
natalidade , embora num tempo
anterior.
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FOME
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PESTE
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GUERRA
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Mundo “cheio” em que os homens se
confrontam com uma economia pré
industrial
não permite aumentos significativos da
população
dependente das condições climáticas ,
bastava um mau ano agrícola, característica
do arrefecimento deste período para esgotar
os poucos excedentes armazenados, fazer
disparar os preços dos cereais e multiplicar
as fomes e mortes
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A morte chegava a todas as classes e a todas as
idades
As crianças eram as mais lesadas uma vez que não
resistiam facilmente às más condições de vida da
época (falta de higiene, falta de comida).
As estações do ano em que se morria mais eram no
Verão e no Inverno (aqui os idosos são o grande
numero).
Morria-se mais na cidade que no campo. A cidade é ,
mal arejada, propicia à disseminação de doenças de
toda a ordem, sobretudo no Verão.
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fomes e alimentação deficiente debilitavam os
corpos, que subnutridos cediam a doenças cujo
contágio era fácil entre os esfomeados.
apanhavam toda a população,essencialmente
crianças, adolescentes e adultos jovens, com forte
proporção de mulheres grávidas.
a peste bubónica regressou em força à Europa,
entre 1590 e 1670, representando o terror mais
temido
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Ao quadro ciclico de fomes e pestes junta-se
um clima de guerra
Guerra dos Trinta Anos (1618-1648), foi a
mais devastadora, considerada a maior
catástrofe do séc. XVII
Revoltas urbanas (contra autoridades
burguesas)
Revoltas rurais (contra proprietários e
senhores)

As guerras, pela sua frequência ,
influíram quer na elevada
mortalidade, quer, sobretudo, na
desorganização da vida económica,
provocando a subida de impostos, a
inflação generalizada, desvio de
mão-de-obra e paralisação das
atividades económicas, destruição
nos campo e nas cidades ,
proliferação de epidemias e mortes.
Recuo
da
nomeadamente
infantil.
mortalidade
,
da mortalidade
Resultante de vários fatores:
SECULO
XVIII
A partir
1730- 40
Início do
crescimento
demográfico
- redução da
mortalidade
Inovações na
agricultura
Progressos na indústria
Progressos nos
transportes
Evolução da medicina
(formação de parteiras,
vacinação - varíola
Diminuição das fomes e
doenças (desaparece a
peste negra, mais
higiene, prática da
quarentena.
Nova mentalidade em
relação à criança
Boas condições
climáticas(boas colheitas
adversas à propagação
de epidemias)
Rejuvenes
cimento da
população
europeia
Aumento
da esperança
média de
vida
20
Nova atitude em relação às crianças,
 evita-se o enfaixamento paralisante
propondo o uso de roupa folgada,


evita-se o envio para amas,
multiplica-se o aleitamento
materno e os cuidados atenciosos
Dessas novas atitudes resultam:
 uma afetividade crescente para com as
crianças (em vez do desinteresse incomodado);

uma nova maneira de olhar a
criança, considerada ela própria (e não
mulher ou homem em ponto pequeno) a
quem se deve proporcionar um livre
desenvolvimento físico e psicológico.
Século XVII – disparidades
regionais - frágil equilíbrio
populacional
PESTES
FOMES
Arrefeciment
o do clima
(invernos
rigorosos e
verões
húmidos
PESTE NEGRA
OU
BUBÓNICA
Destruiçã
o de
colheitas
DOENÇAS: Difteria,
cólera, febre tifóide,
tosse
varíola,
convulsa, escarlatina
GUERRAS
GUERRA DOS 30 ANOS
1618-48
Maus anos
agrícolas
Fuga da cidade
para o campo
23
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