Medicina na Idade Média
“Yo no creo em brujas, pero que las hay,las hay...”.
Idade Mé
Média
Decadência do Império Romano do Ocidente (século V d.C.)
Invasões dos povos bárbaros
Várias regiões da Europa – baixa densidade populacional e
baixo índice urbano.
Mortes provocadas pelas guerras – às doenças – a
insegurança; existentes após o fim do Império Romano
Mudanças econômicas e sociais na Europa Ocidental
Fim do Império Carolíngio (século IX d.C.) – Feudalismo
Estrutura da sociedade – três grupos sociais com status fixo –
os clé
clérigos,
rigos os nobres e os servos
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Um padre, um
cavaleiro e um
trabalhador. Esta
miniatura medieval
ilustra a ideologia
das três ordens
sociais (os que
rezam, os que
guerreiam, os que
trabalham).
Os monges conservaram o saber clássico durante
a época medieval
Têm importância especial nesta manutenção do
saber os copiadores de livros
O conhecimento médico baseava-se nos textos
gregos e romanos sobreviventes que ficaram
preservados em monastérios e outros lugares
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Medicina na Idade Média
A medicina medieval foi uma mescla dinâmica de ciência e
misticismo
As idéias sobre a origem e a cura das enfermidades não eram
puramente científicas
Também tinha importância a base espiritual, e fatores como o
destino, o pecado, e as influências astrais
A medicina durante a Idade Média da Europa Mediterrânea se
desenvolveu ao redor da transmissão e interpretação da obra
de Galeno
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Ao lado do ocaso do Império romano ocidental, o episódio
mais importante dessa época foi o surgimento do cristianismo
Porém a queda moral da sociedade, o caos político, a fome
excessiva e a miséria de grandes massas da população,
associados a uma série de epidemias, contribuiu para gerar
um ambiente favorável ao crescimento ou retorno das
religiões pagãs
A medicina caiu assim facilmente em mãos de charlatões,
astrólogos e aventureiros que se aproveitaram da penúria e
ignorância de gentes que haviam perdido a confiança nos
médicos ao comprovar sua impotência para conter as
epidemias
A praga em Roma
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Séc. V a X Alta Idade Média – medicina centrada nos
monasté
monastérios
Séc. XI a XIII – se vive a influência árabe
A Escola de Salerno dominou as correntes culturais a
partir do séc. XI
A Idade Média findou com um período pré-renascentista
que tem seu florescimento no séc. XIV.
Nos mosteiros medievais, os doentes eram
tratados com orações e remédios
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A influência do cristianismo na Medicina – negativa.
Ressurgiu fortemente a idéia de que a doença era o fruto do
pecado.A possessão pelos demônios e a feitiçaria também
eram aceitas como causas de enfermidades
O tratamento principal era pelo arrependimento, pela oração,
sacrifícios, etc. O uso de remédios se torna secundário, e
deveria ser acompanhado pela oração
As peregrinações ou o contato com objetos sagrados são
considerados como excelentes para produzir curas de
doenças graves.
Nesse período - e especialmente no século VII - surge o
culto popular aos santos curadores.
Cosme e Damião - curavam com auxílio da fé
São Sebastião e São Roque - são invocados contra a
praga (peste)
Santa Luzía - enfermidades dos olhos
São Braz - enfermos da garganta
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A Medicina, como profissão, praticamente desaparece. O povo
mantém certo conhecimento popular de uso de ervas, aliado a
práticas de magia das curandeiras.
Quando esses recursos não bastam, recorre-se aos mosteiros.
Vários mosteiros foram criados especificamente para dar apoio
aos doentes.
Os monges tinham a obrigação de estudar as versões latinas
simplificadas de Hipócrates e de Galeno, e estudar a obra sobre
remédios de Dioscorides.
Em 1130, o concílio de Clermont proibiu a prática da Medicina aos
monges, pois ela os distraia das obrigações principais.
Após Galeno, não são conhecidos grandes autores médicos
No século IV, Oribasius de Bizâncio (325-403) escreve uma
grande enciclopédia médica, em grego, sem acrescentar muita
coisa a Galeno e outros autores antigos
Isidoro de Sevilha(570 a 636) – Procurou compilar todo tipo de
conhecimento, escrevendo uma espécie de enciclopédia,
baseia-se principalmente em Galeno.
Alexandre de Tralles (526-605) - certa originalidade em sua
obra - reuniu suas observações sobre patologia e tratamento
das enfermidades internas.
Paulo de Egina (625-690) – notável cirurgião, ginecólogo e
tocólogo - extirpou amígdalas; praticou irrigações da bexiga e
ressecções de costelas por empiema pleural.
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INFLUÊNCIA DA MEDICINA ARABE NO OCIDENTE
A medicina árabe conservou para o Ocidente o tesouro
médico produzido pelos gregos, enriquecendo-o com seus
avanços em Química, Farmácia, Botânica e administração
de hospitais
As mais importantes obras antigas são traduzidas e comentadas
pelos árabes e passam a circular pelo mundo islâmico. O idioma
árabe se torna, na época, o idioma científico e filosófico mundial
De um modo geral, os pensadores árabes respeitavam e
seguiam as autoridades clássicas. Tinham um bom
conhecimento de plantas e remédios, mas davam pouca
importância à anatomia e cirurgia
O RENASCIMENTO CULTURAL DA IDADE MÉ
MÉDIA
A partir dos séculos XI e XII, os europeus iniciam a tradução de
muitos textos antigos, conservados pelos árabes, e de obras
árabes originais, para o latim
Através dos árabes, os europeus redescobriram Hipócrates, Galeno,
Aristóteles e muitos outros autores que já não eram mais lidos
No século XII, são criadas as primeiras universidades. Nas
universidades, os estudos médicos seguiam principalmente as
obras de Galeno e de Avicena
Os médicos formados pelas universidades, nesse período, eram
poucos. A prática médica continuava na mão de leigos
Surgem escolas médicas desvinculadas tanto dos mosteiros
quando das universidades, como a famosa escola de Salerno,
criada no século XII.
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AS GRANDES PESTES MEDIEVAIS
No final da Idade Média e no Renascimento a Europa foi
varrida por grandes pestes, de diversos tipos
Durante a Idade Média, as cruzadas colocaram os europeus em
contato com outros povos e com doenças desconhecidas
No Renascimento, as grandes navegações tiveram um efeito
semelhante
Uma das mais terríveis epidemias medievais foi a peste negra.
Iniciou-se em 1347 ou 1348 e estima-se que matou 1/3 da
população da Europa
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As antigas teorias médicas não conseguiram explicar essa
peste
Galeno não falava sobre nada parecido
Todos percebiam que a peste passava de uma pessoa para
outra
A idéia que surgiu foi isolar todas as pessoas que estivessem
vindo de locais infectados e esperar durante vários dias
O medo era tanto que se acreditava poder adquirir a
enfermidade até pelo olhar
Ninguém compreendia a doença e os médicos nada podiam
fazer contra ela
Médico da Idade Média com
fato "protector" anti-peste
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"os judeus envenenaram o mundo" – por isso mataram todos os
judeus da região
A influência dos astros, que modificou o ar e atuou sobre os humores do
corpo humano
"nada era melhor do que fugir do lugar antes de ficar infectado"
Para curar os doentes, tentava-se utilizar sangrias e evacuações,
além de remédios
Apesar de teriagas milagrosas, de nada adiantou a fértil imaginação dos
médicos, diante da peste. A destruição foi imensa.
Esta e outras pestes tiveram enorme efeito sobre o povo, que
passou a viver temendo pela próxima epidemia mortal
O desconhecimento das causas das doenças levava a todo tipo
de especulação
a religião utilizou as pestes para lembrar aos pecadores que
deviam temer a Deus;
Ressurgiram com muita força as crenças em poderes mágicos
ou diabólicos como causadores de enfermidades.
Foi especialmente durante a Inquisição, com a caça às bruxas,
que se tornou claro como essas crenças eram fortes e
difundidas.
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Na Idade Média e no
Renascimento,
popularizou-se a crença
de que as feiticeiras ou
bruxas podiam controlar
os poderes da natureza,
causando tempestades
e epidemias.
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