Regras SIFI estão reformulando o sistema bancário global Identificação dos riscos futuros Knowledge@Wharton: Eu disse que era a última pergunta, mas eu tenho mais uma. Don, já respondeu isso, porque essa era uma coisa importante que nós não tínhamos discutido. Então eu gostaria de perguntar a cada um de vocês que coisas importantes não discutimos aqui, que talvez devam ser pelo menos mencionadas? Schlich: Essa é uma boa pergunta. Bem, acho que o único assunto que não tocamos, é quando você conversa com os bancos, com os diretores ou com os CFOs, a única coisa que eles estão muito focados - mesmo que seja bom estar focado em todas essas exigências de regulação e eles têm que estar — mas como eles estão lidando com riscos novos e emergentes? Qual é o processo que eles percorrem para identificá-los e, em seguida, para lidar com eles? E eu acho que essa é a atitude certa. E eu acho que é como qualquer outra coisa, é ter as pessoas certas, o processo correto e o tempo para pensar sobre isso. Mas como eles vão lidar com os riscos em evolução? Porque tudo que eu sei é que o risco que causou a última crise, provavelmente, não causará a próxima. Vai ser diferente. E eu acho que nós precisamos estar muito focados em como lidamos com isso. Knowledge@Wharton: Qual você acha que pode ser o risco futuro? Schlich: Essa é uma grande questão. Eu, pessoalmente, acho que vai ser em torno do espaço de TI. À medida que ficamos tecnologicamente mais aprimorados em termos de como lidamos com nossos clientes — vai ser importante proteger essa informação, vai ser muito abordada a questão de ataques e outras coisas. Eu acho que é um dos riscos claros do futuro. Knowledge@Wharton: Qual foi a coisa importante que nós não discutimos aqui? Goldstein: Don mencionou os incentivos dentro da organização. Existe pesquisa recente realmente interessante que mostra que os bancos que pagaram aos seus executivos mais na base do desempenho no títulos de mercado, acabaram correndo mais risco. Isso é realmente impressionante, porque nós sempre ensinamos a nossos alunos que você tem que pagar aos gerentes com base no desempenho dos títulos, de modo que eles internalizem o volume de acionistas, eles tentem maximizar o volume de acionistas. Mas o que vemos aqui é que exatamente esses bancos foram aqueles onde se viu maiores riscos. E a razão é que existe um problema de risco moral dupla aqui. Você tem o problema de risco moral tradicional entre gerentes e acionistas. Mas, então, você tem o problema de risco moral entre acionistas e o governo, o contribuinte. Então eu acho que isso realmente exige uma mudança no nosso modelo de remuneração de executivos. E talvez você não devesse pagar gerentes de banco com base em equivalência patrimonial. Você não deveria lhes dar um incentivo apenas para maximizar o valor do patrimônio, mas sim de forma mais ampla maximizar o valor que vai para todos os detentores de direitos, incluindo os detentores de títulos, acionistas, depositantes e de forma mais geral, os contribuintes. E eu acho que esta é realmente uma grande reforma na remuneração dos executivos. 1 | Knowledge@Wharton knowledge.wharton.upenn.edu