Comportamento organizacional em hotéis e restaurantes Uma perspectiva internacional Yvonne Guerrier Capitulo 6 Trabalhando com outras pessoas • Não trabalhamos sozinhos, todo trabalho, seja de qualquer área é diretamente ligado a relação com os colegas do mesmo setor e também de outros departamentos. Grupos formais e informais • Existem dois tipos de grupos no ambiente de trabalho, os formais e os informais, sendo que a maioria das pessoas podem fazer parte dos dois grupos. Grupos formais • São formados para ajudar os funcionários a atingir determinados objetivos organizacionais, geralmente possuem um líder escolhido pela gerência. Grupos Informais • Em toda empresa as pessoas interagem e inevitavelmente foram amizades e alianças. Normas • Resumem e simplificam os processos de influência dos grupos. • Ao comportamento e não aos pensamentos de cada um. • São desenvolvidas somente em relação a comportamentos vistos como importantes. • Costumam desenvolver-se gradualmente, mas podem ser desenvolvidas rapidamente se os membros assim desejarem. • Nem todas as normais aplicam-se a todos. Regras para formação de grupos • Formação: a primeira reunião do grupo • Definição: Estabelecer a ordem de importância dos membros. • Normatização: Desenvolvimento das normas. • Execução: Concentração nas tarefas a serem realizadas com o mínimo de conflito interno. Papéis que as pessoas desempenham • Usina: pessoa criativa e imaginativa, traz soluções rápidas. • Investigador de Recursos: pessoa extrovertida e entusiasta, desenvolve contatos. • Coordenador: pessoa amadurecida, confiante e boa dirigente. • Configurador: pessoa dinâmica e questionadora que trabalha bem sob pressão. • Avaliador monitor: pessoa radical e prática. Examina todas as opções. • Trabalhador de equipe: pessoa cooperativa e diplomática. • Implementador: pessoa disciplinada e eficiente. • Concluinte: pessoa laboriosa e conscienciosa. • Especialista: pessoa determinada e dedicada. Estilo de liderança segundo Fielder • Relação líder-membro: se o líder é aceito. • Estrutura da tarefa: objetivos claros e todos sabem o que estão fazendo. • Poder do cargo: grau em que o líder pode recompensar ou punir seus subordinados. Capitulo 7 Desenvolvendo descrições de funções e estruturas organizacionais • Diferentes abordagens do desenvolvimento de funções e interligações dessas funções da estruturas organizacionais. Introdução No passado • Era tudo mais tranqüilo, havia muito mais gente trabalhando porque a mão de obra era mais barata. • Funções Simples e únicas. • Hoje em dia: • Diminuição do quadro de funcionários. • Tecnologia como substituta da mão de obra Enriquecer e simplificar • Abordagem de funções simplificadas e mecanizadas. • Abordagem de ampliar e desenvolver as funções. Características de uma funçao enriquecida Redesenho das funções é de Hackman e Oldham (1980). Três estados psicológicos. • • • Grau em que o trabalho é sentido como dotado de significado Grau em que eles se sentem responsáveis pelos desdobramentos decorrentes do seu trabalho. O Conhecimento dos resultados de seu trabalho. Características do trabalho que influenciam tais estados psicológicos • • • • • Variedade de habilidade Identidade de tarefas Significância da tarefa Autonomia Feed Back Usando o modelo de Hackman e Oldham, vem para aumentar seu potencial de motivação Enriquecimento de funções: da perspectiva do empregado O enriquecimento de funções trabalha a favor dos empregados. Enriquecimento de funções: da perspectiva do empregador Empowerment vem para estimular a multiqualificação e usando grupos de trabalhos autônomos. Conforme Lashley (1997) é um conceito com diferentes significados em diferentes organizações. Contra o enriquecimento de funções • São empresas nas quais em vez de serem enriquecidas, as funções são simplificadas e especializadas, atribuindo-se pouquíssima autonomia ao pessoal operacional (Fast Foods) • Pessoas menos capacitadas que possam pagar menos. Organização Flexível • Flexibilidade funcional – tem capacidade e disposição para fazer mais de um trabalho. • Flexibilidade Numérica – Poder variar os horários e períodos em que as pessoas trabalham de modo a fazê-los coincidir com os períodos movimentados e calmos do estabelecimento Estratégias de distanciamento Serviços Terceirizados. Estruturas organizacionais. • Diferenciação - Distribuição das atividades entre as pessoas da organização. • Integração - Como essas atividades são coordenadas de modo que todos estejam caminhando basicamente na mesma direção. Dois métodos amplos de solução desses problemas. • O modelo mecanista As tarefas são desmembradas para se formar funções especializadas e claramente definidas, regras e procedimentos padronizados. • O modelo orgânico Coloca-se menos ênfase na especialização funcional e espera-se que as pessoas usem sua iniciativa para resolver problemas, ainda que isso não conste formalmente de suas descrições de função, em vez de passá-los para um superior. Capitulo 8 Gerentes e seus papéis O que fazem os gerentes de hospitalidade? O que você precisa saber para ser um bom gerente? Ser gerente é administrar e saber utilizar o potencial das pessoas. Em geral o que os Gerentes fazem? • • • • • • Possuem ritmo incansável; Variedade, brevidade e fragmentação ; Preferências por questões atuais, especificas e não rotineiras; Preferência por meios de comunicação verbais em vez de escritos Rede de contatos internos e externos Pesadas limitações porem com algum controle sobre o seu trabalho Estilo Gerencial anos 70 • • • • • Autocrático Distanciado da equipe Decisões imediatas Expectativas em relação aos gerentes Proporcionar satisfação ao cliente Qualidades de liderança Qualificações gerenciais • • • Boas habilidades praticas Boa capacidade de comunicar com hospedes e clientes O gerente dos anos 70 • • • Entendimento financeiro limitado Capacidade de por a Mao na massa conhecimento em alimentos e bebidas Formação gerencial Poucas qualidades formais experiência no ramo já contava como qualificação Estilo Gerencial anos 90 • • • • • Democrático, líder ou mediador da equipe Considera opiniões para tomada de decisão Expectativas em relação aos gerentes Controlar os custos cuidando da qualidade Formação e treinamentos apropriados Qualificações gerenciais • • Surgimento do especialista Necessidade da capacidade de comunicação e relacionamento interpessoal O gerente dos anos 90 • • • • Necessidade de planejar e treinamento e desenvolvimento dos outros Conhecimento especializado em finanças Domínio de informática; multiqualificação Formação gerencial freqüentemente recrutados de outros setores de serviços melhor qualificação acadêmica - administrativa por exemplo Goffee e Scase (visão negativa gerencial) Afirmam que os gerentes não estão mais tão comprometidos com suas empresas Destacaram 4 principais influencias para a insatisfação dos gerentes: • • • • Declínio do crescimento organizacional (carreiras mais curtas e menos previsíveis); Reestruturação organizacional (estruturas horizontais); Mudanças tecnológicas (afetaram os requisitos para as qualificações de funções gerenciais; Mudanças socioeconômicas (rejeição a estilos mais autocráticos). Rosabeth Moss e Charles Handy (visões positivas gerenciais) • • • • Novo modelo permitira balanceamento na vida pessoal e profissional, porem as carreiras serão menos seguras. Academicamente bem formado e treinado em habilidades administrativas e empresariais; Ter habilidades “técnicas” administrar pessoas, criatividade e disposição para assumir riscos; Assumir controle da própria carreira (não esperar títulos ou carreiras vitalícias). Mulheres gerentes? • • Ainda há preconceito, não há motivos específicos, Gerência é essencialmente um mundo masculino Capitulo 9 Servindo clientes Servindo Clientes • Como fazer minhas recepcionistas sorrirem? (gerente de hotel na Romênia) • Como se administrar um sorriso? • Linha de frente: – – – – • • • recepcionistas; garçons capitães-porteiros arrumadeiras Hospitalidade Comportamento forçado Personalidade/identidade dentro e fora do trabalho Servindo Clientes • Encontros a serviço • Shamir (1980) descreve, “garçons, recepcionistas não são considerados especialistas ou profissionais como médicos e advogados, atribuindo-se a eles um status inferior em relação a seus clientes”. • Levitt (1972), “em vez de nos concentrarmos em melhorar a capacidade do pessoal de administrar os encontros a serviço, deveríamos nos concentrar em formas de ‘eliminá-los ou suplementá-los’, exemplo, dispor de um equipamento no quarto para fazer o café. Servindo Clientes • “Rotinizar” o encontro a serviço – eliminar o serviço personalizado, exemplo, fast-food (MacDonald´s) • Personalizar o encontro a serviço – para responder as necessidades individuais dos clientes, é preciso habilidades e técnicas • O que os clientes querem? • Cultura, personalidade, negócios, lazer • O cliente nem sempre tem razão Servindo Clientes • O garçom é um ator • O pessoal de atendimento é pago não somente por suas habilidades técnicas, mas por seu ‘trabalho emocional’, por manter o sorriso • As mulheres são melhores em prestar o tipo de trabalho emocional • Uniformes são importantes • Trabalhadores na Europa Oriental • O cliente nem sempre tem razão Servindo Clientes • Uma das habilidades adquiridas pelo bom pessoal de serviço é saber controlar o cliente, isso pode ser feito de forma sutil, de modo que os clientes quase não percebam que estão sendo controlados. Capitulo 10 O ambiente maior Adaptação ao ambiente • Descobrir por que algumas organizações sobrevivem e outras morrem. • Como duas ou mais organizações juntas, podem influenciar o ambiente. Organismos vivos • Esse organismo também precisa de água e alimentos para sobreviver, ou seja, no caso de um hotel, ele busca matéria prima, dinheiro, força de trabalho e clientes. Além disso, o hotel é como se fosse o seu corpo, se esquenta a temperatura, ele mesmo irá abaixar. Essas organizações precisam se transformar para sobreviver, e as mais aptas, sobreviveram. (Seleção natural da natureza – Darwin). Três estágios para a sobreviver • Variação: serviços diferentes ou negócios com algo variado para oferecer aos clientes. • Seleção: O cliente escolhe qual o restaurante, hotel ou empreendimento vai sobreviver. • Retenção: O sucesso do empreendimento retém os clientes, que pode ser usado como uma plataforma para modificações. Competição e colaboração • Organizações isoladas não conseguem sobreviver, mas juntas conseguem melhorar as condições de sobrevivência da espécie. • Tendo o mesmo objetivo, todos saem ganhando • Exemplos • - Rua do Porto em Piracicaba • - Lei anti fumo nos restaurantes Acusações sob as empresas • Poluir o ambiente • Explorar empregados • Estimular o crime e comportamento social indesejado (drogas, prostituição, álcool e etc.) • Destruir a cultura local Empresas hoteleiras multinacionais • Os lucros do turismo voltam a país de origem e não beneficiam o país anfitrião. • CONRAD HILTON DISSE: “Cada um dos hotéis é uma pequena América” Ele quis dizer que transformou cada hotel de sua rede, através de serviços e pessoas, uma prática de gestão americana. • Case da Gâmbia Capitulo 11 O Futuro Avanço na tecnologia • Um exemplo de hotelaria no futuro é um hotel na lua, em 2050. A partir desses princípios, o estudo das organizações provavelmente mudará para se adaptar a novos mercados. • A tecnologia com certeza será outra, os registros são feitos por computadores de alta velocidade, as camareiras serão robôs, as refeições são pré-preparadas e o próprio hospede faz, talvez o hotel tenha somente um funcionário. Mudanças no futuro • É tanta tecnologia que na hora de lazer, as pessoas optarão por fazer o contato “face to face” com as pessoas. • O mundo é global, então no caso de um hotel na lua e uma tecnologia extremamente avançada, as diferenças culturais diminuirão? Usando a criatividade • Com o avanço da tecnologia, e funcionários sendo trocados por máquinas, a estrutura organizacional será horizontal, ou seja, menos setores, menos gerentes e menos funcionários. Isso terá que estar ligado diretamente com a criatividade, para a inovação mesmo com tanta tecnologia. Pensamentos finais • Estamos especulando na verdade outras possibilidades e outras formas de estruturas das organizações de hospitalidade. Elas parecem sólidas e permanentes, porém, são criações humanas e podem ser criadas de maneiras diferentes.