CAPITULO 6 - DENTRO DA NOITE A diferença de atmosfera, entre o dia e a noite, na Casa Transitória de Fabiano, era quase imperceptível, grandes aparelhos destinados à fabricação de ar puro funcionavam incessantemente, renovando o ambiente geral. Víamos o Sol, que semelhavase a um disco de ouro velho, sem qualquer irradiação. A ausência de vegetação, aliada à neblina pesada e sufocante, infundia profunda sensação de deserto e tristeza Convocou Zenóbia cooperadores, três mulheres e dezessete homens, que, à primeira vista, não pareciam pessoas de cultura e sensibilidade extremamente apuradas, mas que mostravam, no olhar sereno e firme, boa vontade, dedicação leal e caráter resoluto no espírito de serviço. CAPITULO 6 - DENTRO DA NOITE Mais tarde, vim a saber que o instituto asila constantemente variados grupos de entidades, repletas de características humanas primitivistas, mas portadoras de virtudes e valores apreciáveis, que colaboram na execução das tarefas gerais e se educam ao mesmo tempo, preparando- se para reencarnações e experiências de mais elevada expressão. Zenóbia, serena: — Ananias, temos o material de serviço devidamente arregimentado? Não devemos esquecer, principalmente, as faixas de socorro, as redes de defesa e os lança choques. – sim A clarividência de Luciana e a oração de todos os amigos, constituirão fatores decisivos em beneficio da renovação do meu amigo, a fim de que aceite as providências redentoras do futuro. É serviço que prestarão a mim própria, pelo qual serei devedora reconhecida. CAPITULO 6 - DENTRO DA NOITE As 7pm eles partiram e Zenóbia pediu para manter apagado, no trajeto, todo o material luminoso. Sigamos silenciosos, a pé. Não será razoável utilizar a volitação em distância tão curta. Mais justo assemelharmo nos aos pobres que habitam estes sítios, perante os quais, enquanto perdure a pequena caminhada, deveremos guardar a maior quietude. Qualquer desatenção prejudicarnosá o objetivo. A Irmã Zenóbia colocara, diante de nós, adestrado auxiliar especialista na travessia daquelas sendas estreitas. Fundamente espantado, porém, ao ladear imenso charco, ouvi soluços próximos. Guardava a nítida impressão de que as vozes procediam de pessoas atoladas em repelentes substancias, tais as emanações desagradáveis que pairavam no ar. CAPITULO 6 - DENTRO DA NOITE Não aguentei e perguntei se aqueles lamentos eram humanos. Quatro palavras foi o suficiente para aumentarem os pedidos de socorro e aparecerem varias formas monstruosas. Zenóbia e 10 participantes utilizavam minúsculos aparelhos emitindo raios elétricos e eles se afararam. Meu amigo que ajudaremos foi o padre Domênico. Iniciou na primeira mocidade tocado por sublimes esperanças e caira em despenhadeiro pelos caprichos alimentados. CAPITULO 6 - DENTRO DA NOITE Aproveitou-se das casas sagradas a propósitos menos dignos. Recebeu todas as advertências e avisos salutares tendentes a modificarlhe a conduta criminosa e desvairada. Todavia desprezando toda espécie de assistência. Colaborei durante anos consecutivos nos serviços de orientação, mas, pela expressão intensa de fragilidade humana que ainda conservava em minha alma, abandoneio, também, à própria sorte, absorvida por sentimentos de horror. Passaram-se 40 anos e seu endurecimentos precipitou aridez. Para que males maiores não lhe ocorram, fui autorizada a inclui-lo entre os tutelados externos de nossa instituição. Ele tem recebido cooperação sem perceber as operações fluidomagnéticas e precisa regressar a Crosta recapitulando o pretérito em serviço expiatório. CAPITULO 6 - DENTRO DA NOITE Entretanto a sua situação mental dificulta a ação intercessora. Amigos nosso, amparam-me o pedido em beneficio dele que voltará a unir-se como filho sofredor de uma das suas vitimas, que num gesto ofendido eliminou o ofensor a morte. Para reintegra-se nas correntes carnais, ele deve adquirir pelo menos, a virtude da resignação, de modo a não aniquilar o organismo daquela que desempenhara sublime tarefa de mãe. Conseguida esta providência, creio será ele conduzido facilmente a indispensável conformação. Dois auxiliares o trouxeram e Zenóbia sentou e numa posição materna colocou a cabeça de Demênico no colo. Sua imagem era lamentável numa imagem de ódio e desprezo. Não causou emoção alguma aquele contato daquele colo amoroso e nem se apercebeu de nossa companhia. CAPITULO 6 - DENTRO DA NOITE Ela chama seu nome varias vezes e ele pergunta – quem me chama? Não quero sair daqui. Zenóbia pede a Jesus que ele possa escutar e em prece André percebe que forças brilhantes que alcançam o tórax de Zenóbia e suas mãos iluminadas emanavam raios diamantinos Colocou sua mão na sua fronte e chamou-o novamente. -Quem está aqui? -Somos nós – trabalhamos em teu favor. -Fui traído em meu ministério sacerdotal, negaramme os direitos. Que desejas? Não necessito da compaixão alheia. CAPITULO 6 - DENTRO DA NOITE Domênico — faloulhe, então, Hipólito, Não te rebeles contra a determinação da Justiça Divina. — Justiça?— Não possuía eu prerrogativas no apostolado? Não fui sacerdote fiel à crença? Há muitos anos padeço nas trevas e ninguém se lembrou de fazerme justiça. Acalmate! — A consciência é juiz de cada um de nós. Possivelmente envergaste a batina fiel à crença, mas desleal ao dever. Temos conosco alguém com bastante poder de penetração nos escaninhos de tua vida mental. Espera! Vamos orar em silêncio para que a bênção do Senhor se faça sentir em teu coração e, em seguida, passaremos a auxiliarte para que releias, com a serenidade precisa, o livro de tuas próprias ações, compreendendo a longa permanência nos despenhadeiros fatais. CAPITULO 7 – LEITURA MENTAL — Luciana— Padre Domênico, Vossa dor permanece repleta de blasfêmia e desespero, proclamais que as Forças Celestes vos abandonaram ao tenebroso fundo do abismo!... — E, porventura, não é assim? —negamme o direito de reclamar? O Evangelho não tem palavras de mel para o ato de Judas. Deverei, por minha vez, louvar os que me traíram? — Não, Domênico. Vossos amigos não cogitam de criticar instituições. Desejam tão somente ampararvos. Não concordais no vosso desvio da conduta cristã? Teríeis, de fato, agido como sacerdote fiel aos sagrados princípios esposados? — Oh! Que perguntas! — A organização religiosa a que servi prometeume honras definitivas. Não ministrava o Santíssimo Sacramento? Não fui recomendado ao Céu?... Apesar de tais protestos, o padre Domênico já acusava sinais de transformação intima. — As igrejas, meu amigo, são sempre o roteiro de nosso encontro divino com o Pai de Infinito Amor. Ensinam a bondade universal, o perdão das faltas, a solidariedade comum. Mas, e os nossos crimes e fraquezas ? CAPITULO 7 – LEITURA MENTAL Oh! Oh! E a confissão? — tornou Domênico, visivelmente impressionado com as palavras ouvidas — Monsenhor Pardíni ouviume, antes da morte, e absolveume... E confiastes em semelhante medida? Vosso colega de sacerdócio poderia Induzirvos ao bom ânimo e à coragem necessária ao serviço de reparação futura, mas não conseguiria subtrairvos à consciência os negros resultados mentais dos atos praticados. Vosso coração, padre, é um livro aberto aos nossos olhos. Vejo você adentrar uma casa na calada da noite e seduzir uma mulher a uma atividade intima. Da janela espiava o marido que sai correndo vai a venda compra uma garrafa de vinho e coloca veneno dentro. Vai até a igreja e coloca lá a garrafa. Você retorna e a noite da sede busca o vinho e tomando imediatamente é envenenado, percebe a presença do esposo que grita fingindo pedir ajuda. O eclesiástico chega e o acompanhante diz que ele foi a casa deles dar uma palestra a ele e a esposa e ele retornando para fazer companhia passou mal. CAPITULO 7 – LEITURA MENTAL Apos o laudo médico —o bondoso facultativo vos crê suicida e diz ser um ataque de angina. Você percebendo o ocorrido grita em vão, pois ninguém vos ouve. Busca fugir mais invencíveis grilhões vos ligam ao cadáver e as vísceras decompostas. Com o sepulcro do corpo começaram o padecimento, permanecendo atormentado pela forme, sede, ansiedade, dor Sinto que a entidade sofredora de uma mulher vos visita o sepulcro e estende braços horrendos. Sob pavor consegue se desvencilhar do corpo. Recordas o drama da mulher que lhe apareceu. Foi mais uma vitima do vosso poder fascinador. Você lembra que ela lhe procurou e rogou a sua ajuda, agora anunciava um filhinho seu. Quem a socorria? Propõe a solução de um casamento entre ela e um servo. Você ali presente escutava as rogativas sem abalo moral. Ela retorna o lar e envenena-se com formicida com sinais de loucura, seu pai no dia seguinte o busca por necessidade sacerdotal e ele lá chegando com o medico conhecido pede que notifique ser morte natural, com ruptura das veias. CAPITULO 7 – LEITURA MENTAL No dia seguinte segue o funeral sem perceber o vulto da moça que o acompanha e outros vultos do pretérito, almas vingadoras que vos seguem. Vejo também o leito de morte de seu pai que deixou como ultimo desejo legitimar filhos que ele teve em aventuras, garantindo-lhes o futuro prospero. Prometeu ao coração paterno que atenderia seu pedido diante de sua "extremis" . Ele morre e você deposita num móvel o papel, desde este momento ele começou a te seguir, reclamando não te-lo atendido. CAPITULO 7 – LEITURA MENTAL Outro perseguidor é um velho eclesiástico. Você propôs remunerar para ficar com a sua paróquia, pois queria se transferir para lá. Ele não aceita, diz estar velho e cercado de amigos e que os médicos recomendam que fique no litoral , pois a atmosfera marinha facilita o esforço do coração e quer muito morrer lá. Desde então tem te odiado e seguido, perdendo-se no desejo de vingança Você sai dali e conversa com o arcebispo e subornando amigos consegue que ele mude o velho para as montanhas onde rapidamente morre. CAPITULO 7 – LEITURA MENTAL Vejo uma mulher que desencarnou depois de uma cirurgia dos olhos. Foi sua vitima do seu fascinante poder de dominação. Em uma manhã ela bate a porta já envelhecida acompanhada de uma criança de 10 anos pedindo ajuda. Diante de sua frieza ela te relembra do filho que deixaste nos seus braços. Lutara para manter o filho a custa de serviço honesto, mas adoecera e estava cega, implorando seu socorro, pois o menino também doente abeirava-se da morte com tuberculose. Você tocou uma campainha e o servidor trouxe cães bravos que ameaçavam os pedintes. Ambos morrem sem recursos e ela deseja a vingança. Que horror diz Luciana – veja uma diferente mulher de olheiras fundas e negras vestes... Ele grita – basta, basta! Soluços atrozes rebentaram do peito opresso. Depois de uma longa crise de choro Zinóbia pede a Hipólito que semeasse novas ideias no terreno consciencial arado pela dor CAPITULO 7 – LEITURA MENTAL Ele dizia – Existe então justiça divina, anotando-nos as faltas? Há cadastros? TRAZEMOS NA PRÓPRIA CONSCIÊNCIA O ARQUIVO. Neste instante Ernestina sua mãe se faz presente e ajoelha em uma oração. Comoventes gritos – mamãe, mamãe...ajuda-me, perdoa-me. Filho não sei se foste criminoso só sei que te amo. Mãe e Zinóbia terá me esquecido? E a mãe diz não meu filho, ela em esferas superiores pede a Jesus pelo seu auxilio. Mãe desde a infância tínhamos sublime compromisso, a primeira mocidade foi um paraíso de promessas mútuas, se ela não tivesse esposado outro eu não teria vivido isso. Dominado pela dor de perde-la acreditei que a religião me ofereceria refugio contra as tentações. Filho quem teria sido mais vitima? O homem jovem forte que se recolheu livremente a organização religiosa, que poderia ter feito mil projetos no bem ou a pobre menina forçada pelas circunstancias da luta terrestre a desposar um viúvo rodeado de filhinhos aos quais deveria dedicar-se a categoria de mãe? CAPITULO 8 – TREVA E SOFRIMENTO Completa a comissão, pusemo-nos em marcha. A sombra tornavase novamente densa, frases comovedoras, dolorosas blasfemias, subiam até nós. Tive a ideia que vastíssimo agrupamento de infelizes se rebolcava no solo, em baixo. Gemidos ecoavam. Zenóbia explicou que os padecimentos que sentimos não se verificam á revelia da proteção Divina. Incansáveis trabalhadores do bem visitam seguidamente, convocando a renovação espiritual, porém retraem-se endurecidos no mal Raramente nos ouve o apelo. As vezes intentamos impor-lhes o bem. Entretanto, quando retirados do vale, acusam-nos de violentadores, fugindo ao nosso contato. Dez cooperadores a ordem de Zenobia acenderam focos de luz. Contemplamos vasta legião de sofredores, cobria o fundo, um pouco abaixo de nossos pés. A rampa que nos separava não era íngreme, mas compacto e enorme o lamaçal. CAPITULO 8 – TREVA E SOFRIMENTO Alguns pediam socorro e outros revoltados blasfemavam. Ela pediu a Hipólito que se dirigisse as vítimas falando da necessidade de transformação. Ele abriu o evangelho e leu a parabola do homem rico que se vestia de púrpura. Alguns gritavam ataquem o padre e bolas de substancia negra começaram a cair ao nosso lado. Zenóbia grita- a rede de defesa, isolando o grupo. Redes luminosas desdobraram-se e as bolas e as setas que nos eram atiradas detinham-se ai, paralisadas por misteriosa força. Hipólito começou a rogar a Deus por aqueles irmãos, explicando que todos vivemos situações parecidas. Após um tempo ele para e percebe que longas filas de sofredores acorriam de todos os recantos. A distancia de trinta metros. Estendiam-se em vasta procissão silenciosos e com respeito, parecendo guardas todas as características das enfermidades físicas trazidas da Crosta. Muitos estavam ajoelhados achando-nos embaixadores celestiais. CAPITULO 8 – TREVA E SOFRIMENTO Inicialmente não entendi por que não se aproximavam, quando vi que entre nos e eles cavava-se profundo fosso, e onde haviam possibilidades de transpor agrupavam entidades sinistras vigiando para não passarem. Um deles gritou: Não pedimos o exercito da salvação, fujam daqui. Não desejamos redimir e sim o sistemático culto do ódio e a revolta, contra os deuses e o movimento de aristocracia espiritual. Onde esta o Deus que nos prometeram? Tem o mapa do céu? Voltaremos acaso à ingenuidade primitiva, a ponto de acreditar novamente em mentiras religiosas? Em que remota região se compras a benevolência divina que não se condói de nós? Hipólito: O conhecimento da Divindade e o roteiro celeste encontra-se dentro de nós. Hipólito segue falando e eu reparei que ali não s encontrava nenhuma criança. CAPITULO 8 – TREVA E SOFRIMENTO Comecei a pensar se não deveríamos nos organizar para arrebatar-lhes as vitimas indefesas? Pensamento de revolta cruzavam-me o cérebro. Por que Hipólito não respondia a altura? Por que não punir aqueles sicários da sombra que denunciavam refinada cultura intelectual? Jeronimo percebendo o perigo do meu estado disse: André extingue a vibração da cólera injusta. Ninguém auxilia por intermédio da irradiação pessoal. Não assumas papel de crítico. Revista-te de calma e paciência. Hipólito não pode duelar, responder a insultos é perda de tempo, nem a irmã Zenóbia autorizaria qualquer violência a estes irmãos. Modifica a emissão mental para que não te falte a cooperação construtiva e guardemos a voz, não para condenar, e sim, para informar e edificar cristãmente. CAPITULO 8 – TREVA E SOFRIMENTO Reajustei meu campo emotivo pedindo a Jesus me conferisse forças, para olvidar o homem velho que gritava dentro de mim. Instantânea compreensão brotou-me na consciência. Neste momento começamos a ouvir gritos de apelos a Deus que os ajudassem, que eles erraram mais queriam reajustar-se. Porem os provocadores diziam que éramos benfeitores engravatados, frios e não faríamos nada. Abeirava-me novamente pelo desequilíbrio mental quando Zenóbia pediu calma e aviso que ninguém esta no abismo sem razão. Varios sofredores correram para se juntar a nos e os malfeitores batiam e impediam que atravessassem. Zenobia pediu que outra extremidade fosse criada para que passassem e os golpes e pancadas multiplicavam-se CAPITULO 8 – TREVA E SOFRIMENTO Não lutamos corpo a corpo, a delegação que o Mestre nos confiou traça-nos deveres de amor. Fomos designados para ministrar o bem, e lamentamos que irmãos desventurados nos ofereçam resistência, mergulhados no pântano da revolta pessoal. Após um tempo Zenobia ordenou que o material de salvamente fosse retirado. Pegou um aparelho que ampliava a sua voz e poderia atingir até os que estivessem dormindo e disse : Regozijei-vos e confiai na proteção de Nosso Senhor Jesus. Dilaceram-nos vossas dores a que vos entregastes, apartados da Lei Divina. Se não atravessamos o fosso negro, na tentativa de salvar-vos é por que não detemos imunidades angélicas de amparo. Aguardai confiante, pois amanhã mesmo passara o fogo consumidor e demonstrar-seá o Supremo Poder. A Casa Transitória persevera convocando almas perdidas na bendita oportunidade do recomeço. Muitos de vocês desprezaram-nos os serviços CAPITULO 8 – TREVA E SOFRIMENTO Zenobia - ...será inútil procurar-lhe o socorro sem modificação substancial para o bem. Sofredor algum será recolhido só porque implore ajuda com os lábios. Nossa casa de paz cristã é igualmente templo de trabalho e a hipocrisia não lhe pode alterar o ministério santificador. Nossas defesas magnéticas funcionarão rigorosas e apenas corações sinceramente interessados na renovação em Cristo serão portadores de senha indispensável ao ingresso CAPITULO 8 – TREVA E SOFRIMENTO Suportai os verdugos cruéis por mais algumas horas e valei-vos da oração para que não vos faltem energias interiores. Por fim erguei comovente suplica pelo abismo. Semblantes angustiados seguiam-nos atentos, na outra margem, enquanto os impenitentes adversários da luz guardavam silencio. Regressei tristemente, o padecimento da ignorância de fato não tinham limite. CAPITULO 9 – LOUVOR E GRATIDÃO Zenobia - Os ensinos edificantes lançados ao solo do entendimento abrem horizontes novos e claros à investigação mental dos necessitados e sofredores. Desejável para nós é que todos caminhem, utilizando os próprios pés, para que, no futuro, em meio dos serviços naturais da regeneração, não se declarem vitimados por ações de arrastamento , é justo que cada filho de Deus assuma responsabilidades e tome resoluções por si mesmo. ZENOBIA FALA DA AJUDA AOS DOENTES EM FASE TERMINAL – Nossos amigos da Crosta, parcialmente libertos da carne pela atuação do sono, afluem até aqui, todas as noites, trazidos por companheiros espirituais, com o fim de receberem socorros ou avisos necessários. Embora os resultados de nossa visita ao abismo fossem aparentemente mínimos, sentíamo satisfeitos, porque sabiamos que houve a semeadura das verdades eternas nos corações ignorantes, CAPITULO 9 – LOUVOR E GRATIDÃO Era Letícia, que desencarnara há trinta e dois anos e foi mãe de Gutuzo que vinha ao encontro do filho buscando despertar-lhe a consciência para horizontes mais altos da vida. Desprenda-se das idéias antigas para compreender melhor. As concepções inferiores de nosso “eu” também se cristalizam, impedindo a penetração da luz em nosso campo interno. Como pode permanecer em repouso, perante as necessidades primordiais do espírito? Uma tela do tempo foi desdobrada diante de nós, e Luciana usando a clarevidencia, via uma senhora que desejava falar com Gotuzo CAPITULO 9 – LOUVOR E GRATIDÃO Por vezes, o aprendiz retarda-se meses, anos, séculos... Jesus não é senhor da violência e nunca impõe drásticos à obra evolutiva. É cultivador do trabalho, da esperança. Aguardará sempre, nossas decisões de colaborar no apostolado redentor; entretanto, em nosso próprio interesse, deveremos atentar, vigilantes, para os seus ensinamentos, com a sincera disposição de aplicá-los. CAPITULO 9 – LOUVOR E GRATIDÃO O grupo doméstico, amado e inesquecível, espera por você na preparação da felicidade por vindoura!... Voltara em breve, ao agrupamento familiar tendo como avo ,sua esposa Marilia. Gutuzo recebe Marilia , em desdobramento naquela noite reconhecendo suas falhas e pedindo-lhe que o ajude no seu regresso a carne TRECHO DE UMA ORAÇÃO DE ZENOBIA Anula-nos o personalismo inferior para que a consciência do Universo nos esclareça o coração. Levanta-nos o raciocínio para mais alto entendimento; faze-nos vibrar no campo de teus Divinos Pensamentos