CAPITULO 8 – TREVA E SOFRIMENTO Completa a comissão, pusemo-nos em marcha. A sombra tornavase novamente densa, frases comovedoras, dolorosas blasfemias, subiam até nós. Tive a ideia que vastíssimo agrupamento de infelizes se rebolcava no solo, em baixo. Gemidos ecoavam. A misericordia do amor Divino nos alcança aonde quer que estejamos Zenóbia explicou que os padecimentos que sentimos não se verificam á revelia da proteção Divina. Incansáveis trabalhadores do bem visitam seguidamente, convocando a renovação espiritual, porém retraem-se endurecidos no mal Raramente nos ouve o apelo. As vezes intentamos impor-lhes o bem. Entretanto, quando retirados do vale, acusam-nos de violentadores, fugindo ao nosso contato. Dez cooperadores a ordem de Zenobia acenderam focos de luz. Contemplamos vasta legião de sofredores, cobria o fundo, um pouco abaixo de nossos pés. A rampa que nos separava não era íngreme, mas compacto e enorme o lamaçal. CAPITULO 8 – TREVA E SOFRIMENTO Alguns pediam socorro e outros revoltados blasfemavam. Ela pediu a Hipólito que se dirigisse as vítimas falando da necessidade de transformação. Ele abriu o evangelho e leu a parabola do homem rico que se vestia de púrpura. Alguns gritavam ataquem o padre e bolas de substancia negra começaram a cair ao nosso lado. Redes luminosas desdobraram-se e as bolas e as setas que nos eram atiradas detinham-se ai, paralisadas por misteriosa força. Zenóbia grita- a rede de defesa, isolando o grupo. Hipólito começou a rogar a Deus por aqueles irmãos, explicando que todos vivemos situações parecidas. Após um tempo ele para e percebe que longas filas de sofredores acorriam de todos os recantos. Estendiam-se em vasta procissão silenciosos e com respeito, parecendo guardar todas as características das enfermidades físicas trazidas da Crosta. Muitos estavam ajoelhados achando-nos embaixadores celestiais. CAPITULO 8 – TREVA E SOFRIMENTO Inicialmente não entendi por que não se aproximavam, quando vi que entre nos e eles cavava-se profundo fosso, e onde haviam possibilidades de transpor agrupavam entidades sinistras vigiando para não passarem. Um deles gritou: Não pedimos o exercito da salvação, fujam daqui. Não desejamos redimir e sim o sistemático culto do ódio e a revolta, contra os deuses e o movimento de aristocracia espiritual. Onde esta o Deus que nos prometeram? Tem o mapa do céu? Voltaremos acaso à ingenuidade primitiva, a ponto de acreditar novamente em mentiras religiosas? Em que remota região se compras a benevolência divina que não se condói de nós? Hipólito: O conhecimento da Divindade e o roteiro celeste encontra-se dentro de nós. CAPITULO 8 – TREVA E SOFRIMENTO Comecei a pensar se não deveríamos nos organizar para arrebatar-lhes as vitimas indefesas? Pensamento de revolta cruzavam-me o cérebro. Por que Hipólito não respondia a altura? Por que não punir aqueles sicários da sombra que denunciavam refinada cultura intelectual? Jeronimo percebendo o perigo do meu estado disse: André extingue a vibração da cólera injusta. Ninguém auxilia por intermédio da irratação pessoal. Não assumas papel de crítico. Revista-te de calma e paciência. Hipólito não pode duelar, responder a insultos é perda de tempo, nem a irmã Zenóbia autorizaria qualquer violência a estes irmãos. Modifica a emissão mental para que não te falte a cooperação construtiva e guardemos a voz, não para condenar, e sim, para informar e edificar cristãmente. CAPITULO 8 – TREVA E SOFRIMENTO Reajustei meu campo emotivo pedindo a Jesus me conferisse forças, para olvidar o homem velho que gritava dentro de mim. Instantânea compreensão brotou-me na consciência. Neste momento começamos a ouvir gritos de apelos a Deus que os ajudassem, que eles erraram, mais queriam reajustar-se. Porém os provocadores diziam que éramos benfeitores engravatados, frios e não faríamos nada. Abeirava-me novamente pelo desequilíbrio mental quando Zenóbia pediu calma e avisou que ninguém esta no abismo sem razão. Varios sofredores correram para se juntar a nos e os malfeitores batiam e impediam que atravessassem e os golpes e pancadas multiplicavam-se CAPITULO 8 – TREVA E SOFRIMENTO Após um tempo Zenobia ordenou que o material de salvamente fosse retirado. Pegou um aparelho que ampliava a sua voz e poderia atingir até os que estivessem dormindo e disse : Regozijei-vos e confiai na proteção de Nosso Senhor Jesus. Dilaceramnos vossas dores a que vos entregastes, apartados da Lei Divina. Se não atravessamos o fosso negro, na tentativa de salvar-vos é por que não detemos imunidades angélicas de amparo. Aguardai confiante, pois amanhã mesmo passara o fogo consumidor e demonstrar-se-á o Supremo Poder. A Casa Transitória persevera convocando almas perdidas na bendita oportunidade do recomeço. Muitos de vocês desprezaram-nos os serviços Não lutamos corpo a corpo, a delegação que o Mestre nos confiou traça-nos deveres de amor. Fomos designados para ministrar o bem, e lamentamos que irmãos desventurados nos ofereçam resistência, mergulhados no pântano da revolta pessoal. CAPITULO 8 – TREVA E SOFRIMENTO Zenobia - ...será inútil procurar-lhe o socorro sem modificação substancial para o bem. Sofredor algum será recolhido só porque implore ajuda com os lábios. Nossa casa de paz cristã é igualmente templo de trabalho e a hipocrisia não lhe pode alterar o ministério santificador. Nossas defesas magnéticas funcionarão rigorosas e apenas corações sinceramente interessados na renovação em Cristo serão portadores de senha indispensável ao ingresso CAPITULO 8 – TREVA E SOFRIMENTO Suportai os verdugos cruéis por mais algumas horas e valei-vos da oração para que não vos faltem energias interiores. Por fim erguei comovente suplica pelo abismo. Semblantes angustiados seguiam-nos atentos, na outra margem, enquanto os impenitentes adversários da luz guardavam silencio. Regressei tristemente, o padecimento da ignorância de fato não tinham limite. CAPITULO 9 – LOUVOR E GRATIDÃO Zenobia - Os ensinos edificantes lançados ao solo do entendimento abrem horizontes novos e claros à investigação mental dos necessitados e sofredores. Desejável para nós é que todos caminhem, utilizando os próprios pés, para que, no futuro, em meio dos serviços naturais da regeneração, não se declarem vitimados por ações de arrastamento , é justo que cada filho de Deus assuma responsabilidades e tome resoluções por si mesmo. ZENOBIA FALA DA AJUDA AOS DOENTES EM FASE TERMINAL – Nossos amigos da Crosta, parcialmente libertos da carne pela atuação do sono, afluem até aqui, todas as noites, trazidos por companheiros espirituais, com o fim de receberem socorros ou avisos necessários. Embora os resultados de nossa visita ao abismo fossem aparentemente mínimos, sentíamo satisfeitos, porque sabiamos que houve a semeadura das verdades eternas nos corações ignorantes, CAPITULO 9 – LOUVOR E GRATIDÃO Era Letícia, que desencarnara há trinta e dois anos e foi mãe de Gutuzo que vinha ao encontro do filho buscando despertar-lhe a consciência para horizontes mais altos da vida. Desprenda-se das idéias antigas para compreender melhor. As concepções inferiores de nosso “eu” também se cristalizam, impedindo a penetração da luz em nosso campo interno. Como pode permanecer em repouso, perante as necessidades primordiais do espírito? Uma tela do tempo foi desdobrada diante de nós, e Luciana usando a clarevidencia, via uma senhora que desejava falar com Gotuzo CAPITULO 9 – LOUVOR E GRATIDÃO Por vezes, o aprendiz retarda-se meses, anos, séculos... Jesus não é senhor da violência e nunca impõe drásticos à obra evolutiva. É cultivador do trabalho, da esperança. Aguardará sempre, nossas decisões de colaborar no apostolado redentor; entretanto, em nosso próprio interesse, deveremos atentar, vigilantes, para os seus ensinamentos, com a sincera disposição de aplicá-los. CAPITULO 9 – LOUVOR E GRATIDÃO O grupo doméstico, amado e inesquecível, espera por você na preparação da felicidade por vindoura!... Voltara em breve, ao agrupamento familiar tendo como avo ,sua esposa Marilia. Gutuzo recebe Marilia , em desdobramento naquela noite reconhecendo suas falhas e pedindo-lhe que o ajude no seu regresso a carne TRECHO DE UMA ORAÇÃO DE ZENOBIA Anula-nos o personalismo inferior para que a consciência do Universo nos esclareça o coração. Levanta-nos o raciocínio para mais alto entendimento; faze-nos vibrar no campo de teus Divinos Pensamentos CAPITULO 10 - FOGO PURIFICADOR Na manhã imediata a Casa Transitória achava-se de posse do roteiro a seguir. Vários servidores de outras organizações ajudavam. André pergunta se a instituição pode alçar vôos de grande alcance e o instrutor responde: — Permanecemos em noutros domínios vibratórios e não podemos ter grandes surpresas. As leis da matéria densa, nossas velhas conhecidas da Crosta Planetária, não são as que presidem aos fenômenos da matéria quintessenciada que nos serve de base às manifestações também transitórias, O homem encarnado somente agora começa a perceber certos problemas inerentes à energia atômica do plano grosseiro em que situa, temporariamente, a personalidade. CAPITULO 10 - FOGO PURIFICADOR Como você não ignora, as descargas elétricas do átomo etérico, em nossa esfera de ação, ensejam realizações quase inconcebíveis à mente humana. Nos círculos carnais, para atendermos aos nossos enigmas evolutivos ou redentores, somos fracos prisioneiros do campo sensorial, prisioneiros que se comunicam com a Vida Infinita pelas estreitas janelas dos cinco sentidos. Não obstante o progresso da investigação científica , o homemapenas conhece, uma oitava parte do plano onde passa a existência. A vidência e a audição,que lhe podem dilatar a pesquisa intelectual, permanecem excessivamente limitadas. Vejamos, por exemplo, a luz solar,que condensa as cores básicas, suscetíveis de serem assinaladas pelo nosso olho, quando na Terra. CAPITULO 10 - FOGO PURIFICADOR Percebemos, tão sômente, as cores que vão do vermelho ao violeta, salientando-se que a maioria das pessoas nada enxerga além das últimas cinco, que são o azul, o verde, o amarelo, o laranja e o vermelho, não registrando o índigo e o violeta. Existem, porém, outras cores no espectro, correspondentes a vibrações para as quais o olho humano não possui capacidade de sintonia. Manifestam-se raios infravermelhos e ultravioletas que o pesquisador humano consegue identificar imperfeitamente, mas que não pode ver. Ocorre o mesmo com a potência auditiva. O ouvido da mente encarnada assinala apenas os sons que se enquadram na tabela de “16 vibrações sonoras a 40.000 por segundo”. As ondas mais lentas ou mais rápidas escapam-lhe totalmente. Há que obedecer às leis da gravitação e da estrutura das formas, na zona de matéria densa, para que a vida atinja seus divinos objetivos espirituais. A matéria e as leis, em nosso plano, permanecem bastante diferenciadas, embora emanem da mesma Origem Divina CAPITULO 10 - FOGO PURIFICADOR A densidade da região influía inequivocamente nos serviços, e os colaboradores despendiam atividades de gigantescas proporções. Todo o pessoal disponível fora convocado ao trabalho e, quando me entregava a transportes admirativos, diante da maquinaria complexa, indescritível na técnica humana, a Irmã Zenóbia, através de Jerônimo, nos pediu colaboração nas defesas magnéticas, em vista da necessidade de empregar maior número de cooperadores na preparação ativa do vôo. Não eram, essas, altas e verticais como as muralhas das fortificações terrestres, mas horizontalmente estendidas, formadas de substância escura, e emitiam forças elétricas de expulsão num raio de cinco metros de largura, aproximadamente, circulando toda a casa. Diversos focos de luz permaneciam acesos e, em rápidos minutos, determinado responsável pela tarefa colocavanos ao corrente do trabalho a executar. CAPITULO 10 - FOGO PURIFICADOR Velaríamos pelo funcionamento regular de certos aparelhos geradores de energia electromagnética, destinados à emissão de forças defensivas, e vigiaríamos o setor que nos fora confiado, para sanar qualquer anormalidade. Temos determinação para receber todos os sofredores que se apresentarem renovados, facultando-lhes ingresso ao pátio interno. Nas últimas horas, a Irmã Zenóbia e os demais administradores da instituição ordenaram acolhimento a todos os transviados que se aproximassem de nós, com sinais legítimos de transformação moral para o bem. Dentro de minha ignorância, não contive a interrogação: — Como nos asseguraremos, porém, dessa renovação? Os sofredores, já modificados para o bem, apresentarão círculos luminosos característicos em torno de si mesmos, logo que, estejam onde estiverem, concentrem suas forças mentais no esforço pela própria retificação. CAPITULO 10 - FOGO PURIFICADOR Entregávamo-nos, tranquilos, ao trabalho, quando indescritível choque atmosférico abalou o escuro céu. Clarão de terrível beleza varou o nevoeiro de alto a baixo, oferecendo, por um instante, assombroso espetáculo. Não era bem o relâmpago conhecido na Crosta, por ocasião das tempestades. Observava- se, ali, o contrário: a tormenta de fogo ia começar, metódica e mecanicamente. Dominou-me angustioso pavor, mas o Assistente Jerônimo revelava-se tão calmo que a sua serenidade era contagiante. — É o primeiro aviso da passagem dos desintegradores A distância de muitos quilômetros, víamos os clarões da fogueira ateada pelas faíscas elétricas na desolada região. O assessor comunicou que a Casa deveria partir dentro de 4 horas, e em virtude disso grande seria o numero de infortunados a procura-lhe as portas. Outro trovão e o fogo riscou em diversas direções. CAPITULO 10 - FOGO PURIFICADOR O trabalho dos desintegradores etéricos, invisíveis para nós, tal a densidade ambiente, evita o aparecimento das tempestades magnéticas que surgem, sempre, quando os resíduos inferiores de matéria mental se amontoam excessivamente no plano. Ouvíamos agora ensurdecedora algazarra de multidões que se aproximavam gritam socorro, socorro. Ajoelhavam e rogavam ajuda, mas seus círculos continuavam escuros. As rogativas sensibilizavam qualquer cooperador menos avisado Impressionavam-nos a forma monstruosas, quando começaram a chegar entidades aureoladas de luz. Trajavam farrapos e traziam sinais de sofrimento. Contemplavam o Alto e tentavam manter o pensamento alheio aos que gritavam e cantavam hinos de reverência ao Senhor, em regozijo da própria renovação, cânticos esses abafados pela algaravia dos rebeldes agitados. CAPITULO 10 - FOGO PURIFICADOR Vinham, de mãos entrelaçadas, como a permutar energias, a fim de que se lhes aumentasse a força para a salvação, no minuto supremo da batalha que mantinham, talvez, desde muito antes. E esse processo de troca instintiva dos valores magnéticos infundia-lhes prodigiosa renovação de poder, porquanto levitavam, sobrepondo-se ao desvairado ajuntamento. Emolduravam-lhes a fronte belos círculos de luz, com brilho mais ou menos uniforme. Enquanto os tipos de semblante sinistro lhes dirigiam insultos, elas cantavam hosanas ao Cristo, entoando louvores, que, de certo, lembravam os júbilos dos primeiros cristãos, persegui-dos e flagelados nos circos, quando se retiravam sob os apupos de espectadores perversos. CAPITULO 10 - FOGO PURIFICADOR Enfermeiros e macas, em grande número, estacionavam, não longe de nós, promovendo socorros imediatos. Quatro horas se passaram e a agora a paisagem era mais sufocante. Serpentes de fogo caiam no solo que começou a tremer sob os nossos pés. O calor asfixiava. O sino tocou para nos recolhermos e a imagem era devasta floresta incendiada, a desalojar feras e monstros de furnas desconhecidas. Começamos escutar os motores e eu pensava que seria de nós se eles invadissem? Todas as portas foram cerradas hermeticamente. Zenóbia nos chamou a sala de orações e explicou que a casa para movimentar-se com exito, não necessitava apenas de forças elétricas, baseadas em simples fenômenos da matéria diferenciada, mas, também, de nossas emissões magnético-mentais, que atuariam como reforço no impulso inicial de subida. Ela abriu a bíblia e leu o Salmo 104. Entao o instituto principiou a elevar-se vagarosamente no inicio e depois em movimento rápido. CAPITULO 10 - FOGO PURIFICADOR Decorridos quase uma hora de voo vertical, alcançamos uma região ensolarada. Após este momento a casa começou a movimentar-se no sentido horizontal. Conversávamos sobre a experiência e após 3:35 reparamos que a Casa Transitória descia suavemente. Regressamos ao círculo de substância densa, embora menos pesada e menos escura e extensa legião de servidores aguardava a nossa chegada para colaborar no esforço de readaptação. CAPITULO 11 – AMIGOS NOVOS • Conduzindo equipamento o indispensável ao trabalho, despedimo-nos da instituição e colocamo-nos a caminho da Crosta e Jeronimo foi mencionando sobre os vários trabalhos que faríamos. • Daremos assistência a amigos que estão prestes a se desfazer do corpo. No sono os conduziremos a Fundação Fabiano para que se habituem lentamente com a ideia de afastamento definitivo. Andre: Todas as mortes são acompanhadas de missões auxiliadoras? Jerônimo: Absolutamente. Reencarnações e desencarnações de modo geral obedecem simplesmente à lei Há princípios biogenéticos orientando o mundo das formas vivas ao ensejo do renascimento físico, e princípios transformadores que presidem aos fenômenos da morte, em obediência aos ciclos da energia vital, em todos os setores de manifestação. CAPITULO 11 – AMIGOS NOVOS Nos múltiplos círculos evolutivos, há trabalhadores para a generalidade, segundo sábios desígnios do Eterno; entretanto, assim como existem cooperadores que se esforçam mais intensamente nas edificações do progresso humano, há missões de ordem particular para atender-lhes as necessidades. Não se trata de prerrogativa injustificável, nem de compensações de favor. O fato revela ordenação de serviços e aproveitamento de valores. Se determinado colaborador demonstra qualidades valiosas no curso da obra, merecerá, sem dúvida, a consideração daqueles que a superintendem, examinando-se a extensão do trabalho futuro. No plano espiritual, portanto, muito grande é o carinho que se ministra ao servidor fiel, de modo a preservar-lhe o devotado Espírito da ação maléfica dos elementos destruidores, com o desânimo e a carência de recursos estimulantes, permitindo-se, simultâneamente, que ele possa ir analisando a magnitude de nosso ministério na verdade e no bem, em face do Universo Infinito. CAPITULO 11 – AMIGOS NOVOS Atingimos pequena cidade do interior, em uma casa humilde. Em breves minutos, nos apresentava ele determinado companheiro, em lamentáveis condições, atacado de cirrose hipertrófica. É Dimas assíduo colaborador dos nossos serviços de assistência, faz muitos anos. Veio de nossa colônia espiritual, há pouco mais de meio século, consagrando-se a tarefa obscura para melhor atender aos divinos desígnios. Desenvolveu faculdades mediúnicas apreciáveis, colocando-se a serviço dos necessitados e sofredores. O quarto permanecia iluminado devido a incessante visita de espíritos benfeitores. Nosso amigo fez-se credor feliz e agora chegou a hora de seu descanso. Surpreendido vi que Dimas se apercebeu da nossa presença. Serrou os olhos do corpo e nos via com os olhos da alma. Fez rogativa pela nossa colaboração. Estava exausto dizia, mas mantinha-se calmo. CAPITULO 11 – AMIGOS NOVOS Jeronimo pediu que eu lhe desse passes. Jeronimo prometeu a Dimas retornar mais tarde. Dois amigos espirituais de Dimas chegaram ao quarto nos saudando. Nos comunicaram que se reuniriam na Casa Tansitoria para prepara-los para a noite liberta-lo definitivamente do corpo. Volitamos da pequena cidade para o Rio de Janeiro Como era bom volitar depois de passarmos aquele tempo em local espesso e escuro. Falava-se da possibilidade de criação do aparelho para voo individual, porem o peso do corpo físico e os cuidados exigidos pela maquina de propulsão não tem condições de substituir ainda por andar na terra CAPITULO 11 – AMIGOS NOVOS Penetramos em outro lar onde um senhor matinha sinais de tuberculose. Ele conversava com duas crianças de 6 e 8 anos com formosa luz aureolava a mente do enfermo. — Papai, mas o senhor acredita que ninguém morre? Indagou o filhinho mais velho. — Sim, Carlindo, ninguém desaparece para sempre e é por isso que desejo aconselhá-los, como pai que sou. Creio que não me demorarei a partir... — Para onde papai? — atalhou o menor. — Para um mundo melhor que este, para lugar, meu filho, onde seu pai possa ajudá-los num corpo são, embora diferente. A mamãe cuidara de vocês e Deus me concederá outro corpo e eu estarei com vocês, sem que me vejam. Jeronimo diz: Vamo-nos Fabio ficara bem. CAPITULO 11 – AMIGOS NOVOS Jerônimo conduzia-nos a confortável apartamento em moderno arranha-céu de elegante bairro. Uma senhora com idade avançada apresentava moléstia do coração. Dois espíritos a acompanhavam e explicaram ser filiada a organizações superiores de nossa colônia espiritual. Fêz profissão de fé na Igreja Presbiteriana e, viúva desde cedo, consagrou-se ao labor educativo, formando a infância e a juventude no ideal cristão. Jeronimo tocou sua fronte e ela pediu a Bíblia e eu apliquei passes reconfortantes. Chegou uma amiga de nosso plano que veio vela-la a cabeceira. Jerônimo explicou-lhe nossa missão. A interlocutora sorriu e considerou: — Reconforta-nos a proteção de que nossa irmã é objeto. No entanto, creio que há forte pedido de prorrogação em favor dela. Todos somos de parecer que deva ser chamada à nossa esfera com urgência, para receber o prêmio a que fêz jus. Todavia, há razões ponderosas para que seja amparada convenientemente, a fim de que permaneça com a família consanguínea, na Crosta, por mais alguns meses. CAPITULO 11 – AMIGOS NOVOS Teremos prazer em ajudar, passaremos todos os dias aqui. Saíram de lá e adentraram em um hospital para visitar Cavalcante que veio de nossa colônia a 60 anos. Um trabalhador cristão virtuoso no serviço ao próximo. Ele sofreria uma intervenção no duodeno no dia seguinte e eles voltariam para acompanhar. Fiz aplicações magnéticas e Cavalcante não nos percebeu devido não possuir bastante educação religiosa para o intercambio. Ele sofria as vibrações do ambiente perturbado e assedio dos parentes desencarnados. Haviam os trabalhos de vigilância mas ele não se preparou para libertar-se do jugo da carne e sofre muito pelos exageros da sensibilidade, mantendo-se excessivamente ligado aos que ama. Adentramos num edifício que asilavam numerosas criancinhas onde se sediava compacta legião de trabalhadores de nosso plano. CAPITULO 11 – AMIGOS NOVOS Achava-se ali Bezerra de Menezes, abraçou-nos um a um. Jeronimo explicou sua missão e ele disse que Adelaide não daria trabalho, pois ela fora uma médium, trabalho para os enfermos, amparou as crianças orfãos, lhe preparam a alma para esta hora. Adelaide emanava raios brilhantes em oração, Bezerra saudou-a e ela disse: sei que é o termino da jornada e estou pronta. Bezerra: sei que é devotada e o médico divino nos autorizou o seu repouso. Pequena auxiliar do instituto quebrou o colóquio anunciando visitas e Adelaide perdeu o contato com Bezerra. O orientador da Casa transitória nos orientou que tomássemos como ponto de referencia o lar coletivo de Adelaide. Diversas entidades amigas operavam na instituição e era um dos raros edifícios da Crosta sem criaturas perversas da esfera invisível. Semelhando-se a Casa transitória a vigilância era severa. Visitávamos a instituição e de todos compartimentos havia luz de nosso plano com abundancia de pensamentos salutares. CAPITULO 12 -EXCURSÃO DE ADESTRAMENTO Devido a muitas visitas com emanações mentais somos obrigados, depois de cada sessão a minuciosas atividades de limpeza. Como sabem, os pensamentos exercem vigoroso contágio e faz-se imprescindível isolar os prestimosos colaboradores de nossa tarefa, livrando-os de certos princípios destruidores ou dissolventes. Esta instituição não apenas ampara as crianças mas também prepara os seres para o Evangelho para infundir espiritualidade superior a mente humana. As casas sociais funcionam como grandes navios abastecendo a coletividade faminta de luz. CAPITULO 12 -EXCURSÃO DE ADESTRAMENTO • Foi nos avisado que Luciana e Irene trariam a irmã Albina e padre Hipólito e eu deveríamos conduzir Dimas, Fábio e Cavalcante àquele compartimento , de onde seguiríamos para a Casa Transitória em excursão de aprendizado e adestramento. • Hipólito me explicou que os que se aproximam da desencarnação normalmente se ausentam do corpo por ação mecânica, ficando fácil leva-los para a tarefa de preparação. • Encontrando Dimas ele pergunta se será hoje o fim e eles dizem que ainda não, que ele deve ir com eles. Demo-nos as mãos e partimos os três juntos para o Rio em busca de Fábio que se ligou a nossa caravana facilmente. Hipólito disse que não convinha levar todos de uma vez. CAPITULO 12 -EXCURSÃO DE ADESTRAMENTO Levamos os dois e voltamos para buscar Cavalcante que mostrava-se muito aflito. Ele se deixava oprimir por impressões de medo. Ministramos passes e anestesiante para que dormisse e o retiramos do corpo. Encontramos a caravana e Jeronimo organizou a corrente magnética, tomando posição guiadora e cada irmão encarnado localizava-se entre dois de nos e fomos para a Casa Transitoria através da volitação. Adelaide e Fabio mostrava-se conscientes e acostumados ao desdobramento. Os demais como Albina jubilava passagens biblicas, Cavalcante buscava a confissão para não enfrentar o juizo com a alma no mal. Ao atravessar a região estratosférica a ionosfera surgiu e Dimas começou a perguntar que rio é este? Estou com medo? Não posso atravessar. O impulso magnético fornecido por Jeronimo era forte e chegaram a casa Transitória. CAPITULO 12 -EXCURSÃO DE ADESTRAMENTO Jeronimo começou explicar sobre o desligamento do organismo espiritual Cavalcante chamou-me e perguntou: será aqui o céu? Albina perguntou a Luciana se aquela era a casa do senhor. Dimas inqueriu a Hipólito se o zona era uma dependência de Marte. Jeronimo considerou: — O plano impressivo da mente grava as imagens dos preconceitos e dogmas religiosos com singular consistência. O trabalho não deve ser brusco para não causar desastres emocionais. Como vemos não é a rotulagem externa ( religião) que socorre o crente nas supremas horas evolutivas. É justamente a sementeira do esforço próprio. TENHAM TODOS UM DOMINGO MARAVILHOSO