Orçamento Público e Mecanismos de Participação Planejamento de políticas públicas – ciclo orçamentário Agosto de 2010 Orçamento Público É um instrumento político que pode estar mais ou menos a serviço da… … Democracia … República … Equidade … Transparência na esfera pública … Sustentabilidade Entendendo o ciclo orçamentário Qualquer política de Estado (Executivo, Legislativo, Judiciário ou Ministério Público) que necessite de recursos públicos para acontecer tem que estar prevista nas leis orçamentárias: no PPA - Plano Plurianual na LDO - Lei de Diretrizes Orçamentárias na LOA - Lei Orçamentária Anual Orçamento Público Instrumento de planejamento de políticas públicas Entende-se por políticas públicas “o conjunto de ações coletivas voltadas para a garantia dos direitos sociais, configurando um compromisso público que visa dar conta de determinada demanda, em diversas áreas. Expressa a transformação daquilo que é do âmbito privado em ações coletivas no espaço público” (Guareschi, Comunello, Nardini & Hoenisch, 2004, pág. 180). Orçamento Público Visão integral e integrada da esfera pública Recursos dos 3 níveis de governo. Incidir sobre o orçamento público é a principal estratégia para efetivar a gestão democrática de políticas públicas. Exemplos de Políticas Públicas em Belo Horizonte Plano BH Metas e Resultados Cidade Saudável Hospital Metropolitano Saúde da Família Melhoria do Atendimento Hospitalar Gestão e Regionalização da Saúde Educação Expansão do Ensino Infantil Expansão da Escola Integrada Melhoria da Qualidade da Educação Cidade Segura Vigilância Eletrônica Espaço Urbano Seguro Exemplos de Políticas Públicas em Belo Horizonte Plano BH Metas e Resultados Cidade com Mobilidade Expansão do Metrô Implantação do “Corta Caminho” Conclusão das Avenidas Antônio Carlos e Pedro I Prioridade ao Transporte Coletivo Gestão Inteligente do Transporte Urbano Novos Terminais Rodoviários Prosperidade Desburocratização e Melhoria do Ambiente de Negócios Promoção de Investimentos Turismo em BH Copa 2014 Exemplos de Políticas Públicas em Belo Horizonte Plano BH Metas e Resultados Modernidade Gestão Estratégica de Pessoas BH Digital Desburocratização e Melhoria do Atendimento ao Cidadão Modernização dos Processos Administrativos Modernização da Receita e Captação de Recursos Cidade com Todas as Vilas Vivas Vila Viva Habitação Cidade Compartilhada Orçamento Participativo e Gestão Compartilhada Exemplos de Políticas Públicas em Belo Horizonte Plano BH Metas e Resultados Cidade Sustentável Coleta, Destinação e Tratamento de Resíduos Sólidos Recuperação Ambiental de BH Estruturação Urbana Movimento Respeito por BH Manutenção da Cidade Parques e Jardins Cidade de Todos BH Cidadania e o SUAS – Sistema Único de Assistência Social Programa de Atendimento ao Idoso Direito de Todos Qualificação, Profissionalização e Emprego Promoção do Esporte Exemplos de Políticas Públicas em Belo Horizonte Plano BH Metas e Resultados Cultura Rede BH Cultural Integração Metropolitana Desenvolvimento Integrado da Região Metropolitana de Belo Horizonte - RMBH Entendendo o ciclo orçamentário Plano Plurianual de Ação Governamental O ciclo orçamentário tem início com a elaboração da proposta do Plano Plurianual (PPAG) pelo Poder Executivo. Isso ocorre no primeiro ano de governo do presidente, governador ou prefeito recémempossado ou reeleito. Esse Plano contém as diretrizes, indicadores, objetivos e metas da administração pública para os próximos quatro anos. Os prazos para isso acontecer estão previstos na Constituição Federal (somente para o âmbito Federal), nas Constituições Estaduais (somente para o âmbito estadual) e nas Leis Orgânicas dos Municípios. Por que, como e quando incidir no Plano Plurianual? No que se refere a políticas desenvolvidas nos âmbitos federal e estaduais, este ano de 2010 deve ser dedicado à elaboração de diagnósticos com o levantamento preciso de indicadores que deverão orientar a elaboração de propostas para os candidatos aos Executivos e Legislativos. Essas propostas devem se converter em metas para o plano plurianual que será elaborado em 2011 para vigorar até 2015. Qualquer atividade que requeira recursos públicos para sua execução deve estar qualificada e quantificada no Plano Plurianual. Por que, como e quando incidir no Plano Plurianual? Nos municípios, no ano passado, houve a elaboração do Plano Plurianual de Ação Governamental - PPAG, que está vigorando de 2010 a 2013. Em Belo Horizonte, de forma inédita, a Câmara Municipal, por reivindicação do Movimento Nossa BH, promoveu seis audiências públicas para a discussão da proposta de PPAG apresentada pela PBH. O debate de representantes dos movimentos sociais e dos vereadores com os gestores gerou alguns aprimoramentos do plano. Outra conquista importante foi a inclusão na Lei do PPAG, de dispositivo sobre a possibilidade de revisão anual. Entendendo o ciclo orçamentário Lei de Diretrizes Orçamentárias - LDO Com base no PPA, o Executivo formula, anualmente, a proposta da Lei de Diretrizes Orçamentárias, definindo prioridades e metas de governo. Os governantes recémempossados baseiam-se no PPA elaborado pelo governo anterior. Essa lei é comumente discutida, aprovada pelo Legislativo e sancionada pelo Executivo no primeiro semestre de cada ano. Ela é básica para a elaboração da lei orçamentária para o ano seguinte. Por que, como e quando incidir na LDO Porque a LDO traz as prioridades que serão consideradas no orçamento do ano seguinte. Análise e crítica do Anexo de Prioridades e Metas. Entendendo o ciclo orçamentário Lei Orçamentária Anual O Poder Executivo formula a proposta de Lei Orçamentária Anual de acordo com o PPA e a LDO. A elaboração da proposta orçamentária começa no início do ano e é concluída depois da aprovação da LDO. Na União, o Presidente tem até 31 de agosto para encaminhar o projeto ao Congresso Nacional. Nos estados e municípios os prazos a serem observados estão previstos nas Constituições Estaduais e Leis Orgânicas Municipais. Aprendendo a linguagem funcional programática Aprendendo a linguagem funcional programática Controle do orçamento público A Constituição Federal estabelece 3 tipos de controle do orçamento o controle interno - que é feito pelas ouvidorias e controladorias ligadas aos órgãos públicos o controle externo - que é exercido pelo Poder Legislativo, auxiliados pelos Tribunais de Contas. o controle social - feito pela sociedade, por meio dos conselhos, conferências, organizações da sociedade civil, movimentos sociais, etc. Monitorando e avaliando o processo orçamentário Tão importante quanto propor ações orçamentárias é acompanhar a sua execução e avaliar a sua eficácia, eficiência e efetividade. Para isso, é necessário: Ter acesso às informações sobre a execução orçamentária Identificar na peça orçamentária as ações que deseja acompanhar; Analisar o ritmo da execução orçamentária e fazer gestões para corrigir eventuais problemas; Avaliar a efetividade do gasto público com base em indicadores formulados a partir do diagnóstico e do plano de ação. Monitorando e avaliando o processo orçamentário Ação Vigilância em Saúde % Pago % Saúde do Trabalhador 188.385,00 240.816,34 127,83% Ações de Imunização/3ª Dose Tetravalente em menor de328.12ano83,0de0 idade 278.842,80 84,94% Vigilância Epidemiológica - Doenças de Notificação Compul 101.s9óri24,a0com 0 Investigação80.encerrada 000,00 oportunamente 78,49% Ações de Vigilância Sanitária 15.651,00 41.240,58 263,50% Ações de Atenção à DST - Aids 1.183.638,00 375.862,70 31,75% Vigilância de Zoonozes 49.445.069,00 1.185.460,76 2,40% Ações de Vigilância Ambiental 335.445,00 0,00 0,00% 240.266,34 120.782,80 17.304,90 2.110,00 81.115,84 252.991,71 0,00 127,54% 36,79% 16,98% 13,48% 6,85% 0,51% 0,00% Subação Orçado Empenhado 0,02% 0,01% 0,00% 0,00% 0,01% 0,02% 0,00% Resumindo o caminho... Resumindo o caminho... Resumindo o caminho... Resumindo o caminho... Aonde se pode chegar . . . Fortalecimento da capacidade deliberativa e avaliativa dos conselhos em relação às políticas públicas. Aumento da participação de segmentos organizados da sociedade na discussão do orçamento público. Aumento da clareza da linguagem orçamentária. Aumento do volume dos recursos destinados a políticas públicas de atenção aos direitos da criança, do adolescente e do jovem. Melhoria na gestão integrada de políticas públicas. Aprofundamento de alianças entre os setores sociais (Estado, empresariado e organizações sociais) promovendo maior sinergia na esfera pública. Novas soluções passam por novos caminhos “Uma nova consciência social pressupõe atuar e conferir à vida e ao mundo um sentido desde a ética da dignidade humana. Na prática, se manifesta quando nos relacionamos com os outros e conosco mesmo, tendo como critério fazer possíveis os direitos humanos para todos. Esses, os direitos humanos, devemos convertê-los como estrutura interna de coerência.” Bernardo Toro Adriano Guerra Secretário Executivo da Oficina de Imagens Membro do Movimento Nossa BH [email protected] Glaucia Barros Gerente de Programas da Fundação AVINA Membro do Movimento Nossa BH [email protected] Por uma cidade mais justa e sustentável www.nossabh.org.br