A importância da coleta de dados subjetivos para o Processo de Enfermagem Profa. Dra. Maria Helena Baena de Moraes Lopes Universidade Estadual de Campinas UNICAMP FCM ENFERMAGEM - FCM Introdução Fenômenos do âmbito de resolução da enfermagem = Reações Humanas Risco de baixa acurácia interpretação do comportamento humano Número reduzido de indicadores para afirmar um diagnóstico Não se apresentam todas as características definidoras (CD) CD comuns a vários diagnósticos O que são dados Obtidos pela percepção através dos sentidos observações documentadas Execução de um processo de medição resultados da medição Dado, Informação, Conhecimento Elementos fundamentais para a comunicação e a tomada de decisão Dados: São elementos brutos, sem significado (...) constituem a matéria-prima da informação; dados sem qualidade levam a informações e decisões da mesma natureza (Angeloni, 2003) Dado, Informação, Conhecimento Informações: Dado organizado que fornece a base para o processo de decisão; são dados com significado; são dados contextualizados que visam fornecer uma solução para determinada situação de decisão; a matéria-prima para se obter conhecimento Dado, Informação, Conhecimento Conhecimento: Informação processada pelos indivíduos; argumentos e explicações que interpretam um conjunto de informações. Trata-se de conceitos e raciocínios lógicos essencialmente abstratos que interligam e dão significado a fatos concretos. Envolve hipóteses, teses, teorias e leis O que é subjetivo que é próprio do sujeito ou a ele relativo; que pertence ao sujeito enquanto ser consciente (Wikcionário) diz-se do que é válido para um só sujeito e que só a ele pertence, pois integra o domínio das atividades psíquicas, sentimentais, emocionais, volitivas, etc. deste sujeito (Dic. Aurélio) Dados subjetivos Visão do indivíduo em relação a uma situação ou acontecimentos Percepções, sentimentos, idéias sobre si e seu estado de saúde Exige interação/comunicação Como coletar dados subjetivos Entrevista=processo complexo que exige habilidade de comunicação e interação (interpessoal) Foco nas reações humanas passíveis de intervenção de enfermagem Troca de informações entre entrevistador e entrevistado Observação: informações uso dos sentidos para obter Como coletar dados subjetivos Técnicas de entrevista Verbal Perguntas: abertas: Como? Que? Quem? Onde? Por quê? fechadas: respostas curtas como: "sim" e "não“ tendenciosas reflexivas: “devolver a pergunta” de aprofundamento Incentivo à comunicação Como coletar dados subjetivos Técnicas de entrevista Não verbal: expressão facial, posição do corpo, toque, ouvir atento Paraverbal: tom de voz, ritmo, suspiros, períodos de silêncio e a entonação dada, às palavras Como coletar dados subjetivos Evitar barreiras Escuta atenta: ouvir no sentido de compreender Buscar “ver” o invisível; perceber o que não está sendo dito Perguntas em profundidade=conhecimento do fenômeno Evitar perguntas tendenciosas Falar “com alguém” X falar “para alguém” Como coletar dados subjetivos Chamar a pessoa pelo nome (considerar preferências) “Nós” ao invés de “eu” ou “você” Usar vocabulário acessível Evitar interrupções Evitar fazer anotações demoradas Evitar juízos de valor: certo, errado, bem, mal, bastante, adequado, “direitinho” Importância dos dados subjetivos Diagnósticos em geral Diagnósticos psicossociais: índice de registro (Lopes et al – dados não publicados) baixo baixa acurácia (Lunney et al, 1997) Desafios