Estrutura da Dissertação - parágrafo
Existe íntima relação entre os
vocábulos raciocínio e argumentação
porque a expressão verbal do
raciocínio chama-se argumento
Tipos de Raciocínio
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Apodítico:é o que se estrutura com
tom
de
verdade
absoluta;
a
argumentação fecha as possibilidades
contestatórias,
sendo
inteiramente
impossível ilidi-la.
Exemplo: “ Quem crer e for batizado
será salvo”, dizem as Escrituras.


Dialético:
O raciocínio é aberto a
discussões, permitindo controvérsias e
contestação, apesar de o emissor
trabalhar as hipóteses de forma a
convencer o leitor daquela que pretende
seja mais aceitável.
Exemplo: Publicidade do detergente
“limpol” da Bombril.

Retórico: Concilia dados racionais e
emocionais; é variante do raciocínio
dialético, diferindo-se dele por ampliar
o envolvimento do ouvinte-alvo ( leitor
a que se destina a argumentação). É
o raciocínio preferido de políticos e
advogados.

Silogístico:
é aquele que segue a
estrutura do silogismo: duas proposições
(premissas) encadeiam-se e delas se
chega a uma conclusão.

Todo círculo é redondo.
Ora, nenhum triângulo é redondo.
Logo, nenhum triângulo é círculo.
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A Argumentação - tipos
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1. Por exclusão: o redator propõe várias
hipóteses e vai eliminando uma por
uma, para se fixar em seu objetivo. É
um recurso argumentativo em que o
leitor vai superando as hipóteses não
aceitas pelo autor para com ele chegar
a hipótese defendida.
Exemplo: Prof. Dr. Damásio


2. Pelo absurdo: consiste em se refutar
uma asserção, mostrando-lhe a falta de
cabimento ao contrariar a evidência.
Exemplo: argumento do lobo (fábula de
Esopo) ao dizer que o cordeiro lhe
turvava a água, sendo que este estava
muito mais abaixo .

3. De autoridade: a intenção é mais
confirmatória do que comprobatória. O
argumento apóia-se na validade das
declarações de um especialista da
questão ( que partilha da opinião do
redator).

É largamente explorado no discurso
jurídico.
Falácias da Argumentação
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1. Confusão entre fato e argumento:
não se narra um acontecimento,
esperando que o leitor tire conclusões
argumentativas da situação concreta.

2. O redator não deve fazer do texto
dissertativo, sendo este uma abstração,
um raciocínio inverossímel, que não
possa ressoar na concretude, pois sua
aplicação será inviável.

3. Os argumentos não devem ser tão
específicos que não se apliquem a a
outros casos, ou tão genéticos que se
tornem vagos ou imprecisos.

4. Não se pode esquecer da
contradição em que se afirma e nega a
mesma coisa sobre determinado objeto
e da falsa analogia em que o raciocínio
conclui
apressadamente
algumas
particularidades de uma idéia, dandolhe uma extensão que não lhe é
cabível.

5. Falha comum no discurso jurídico é a
petição de princípio. Segundo Othon
Garcia “é o argumento de quem não
tem argumentos, pois apresenta a
própria declaração como prova dela...”

Exemplo: O réu cometeu homicídio
porque matou a vítima.

6. Falsa causa: motivada pela
observação inexata, interpretando fator
por meros indícios, como se fossem
evidências.
É
comum
haver
argumentação equivocada por erro de
julgamento pelo descuido de verificação
do nexo causal na demonstração dos
fatos.
Posturas do emissor na elaboração do parágrafo
1. Posturas filosóficas
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Dialética de Platão
É o exame da questão polêmica, com
reflexão dos pólos opostos: tese e antitese.
Pela dialética, o redator deve refletir sobre os
prós e contras, fatores favoráveis e
desfavoráveis, antes de tomar uma posição
diante de assunto controvertido.

Disputa de Santo Tomás de Aquino

A disputa pressupõe a defesa de tese. O
redator irá ter um ponto e vista (sim ou não)
sobre determinada questão e apresentará os
argumentos que motivaram sua eleição por
esta ou aquela postura.

Na disputa, os argumentos devem ser
distribuídos em gradação crescente.

O processo jurídico é de natureza
dialética, mas nas partes há predomínio
da disputa, ou seja, o Autor deve trazer
aos autos todos os argumentos que
demonstrem a veracidade de seu
raciocínio, o mesmo fazendo o Réu.
2. Posturas Psicológicas
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1. Fora do campo observado:
- maior neutralidade;
- mais objetividade;
- observação centrada no
comportamento;
- ênfase para substantivos e verbos.

O exercício behaviorista exige uma
escolha criteriosa dos vocábulos,
procurando dar-lhes a significação
precisa, de valor denotativo, buscando
sempre a generalização;

As palavras são secas; os verbos
incisivos e os estímulo produzem
respostas previsíveis.

2. Dentro do campo observado:

- menos controle;
- mais subjetividade;
- observação centrada na percepção;
- ênfase para adjetivos e elementos
circunstanciais.
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A gestalt postula duas teses básicas em sua
teoria:
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1. O todo é maior que a soma das partes;
2. A Lei do Equilíbrio.
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A adjetivação exerce papel importante e a
frase ganha valor estilístico por sua
pontuação e ritmo: a musicalidade e a
sinestesia caminham de mãos dadas.
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