ANÁLISES TÉCNICA E
FUNDAMENTALISTA DE AÇÕES
Professor Eduardo Olbera Ferrer
Diretoria de Gerenciais
ANÁLISES TÉCNICA E FUNDAMENTALISTA
DE AÇÕES
As escolas técnica e fundamentalista são duas
formas diferentes de se analisar a performance
das empresas no tocante ao seu desempenho
financeiro.
 Apesar de ter uma mesma função – a de auxiliar
o investidor no processo de tomada de decisão –
possuem características bastante diferentes
conforme a seguir.

ANÁLISES TÉCNICA E FUNDAMENTALISTA
DE AÇÕES
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Escola fundamentalista
Tenta medir o valor intrínseco de um ativo, ou seja
determinar um valor adequado que reflita a situação
da empresa no presente e as expectativas futuras.
 O valor intrínseco inclui fatores difíceis de
quantificar como posicionamento da empresa no
mercado.
 Análise fundamentalista estuda as questões relativas
à economia e perspectivas do segmento a que
pertence a empresa.
 Avalia como ocorre o gerenciamento da empresa.

ANÁLISES TÉCNICA E FUNDAMENTALISTA
DE AÇÕES
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Escola técnica
Analisa os dados gerados pelas transações como preço
e volume.
 Utiliza os gráficos na busca de padrões.
 Visualiza a ação dos componentes emocionais
presentes no mercado.
 Analisa as tendências e busca determinar alvos (até
onde os preços irão se movimentar).

ANÁLISE FUNDAMENTALISTA
A análise fundamentalista busca,
basicamente, avaliar a saúde financeira das
empresas, projetar seus resultados futuros
e determinar o preço justo para as suas
ações.
 Para isso, os analistas levam em
consideração os chamados fundamentos da
empresa, isto é, todos os fatores macro e
microeconômicos que influenciam no seu
desempenho.
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ANÁLISE FUNDAMENTALISTA
De um lado, o analista avalia fatores como
inflação, taxas de juros, câmbio, Produto
Interno Bruto (PIB), finanças públicas e
decisões governamentais;
 De outro, olha para as características do
setor em que a empresa atua, seus
concorrentes e para os resultados da
empresa, como balanços, dividendos, lucro,
governança corporativa etc.
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ANÁLISE FUNDAMENTALISTA
Os balanços são uteis por refletirem a situação
econômico financeira da empresa. Constituído por
ativos, passivos, demonstrativo de resultado e
demonstração de origem e aplicação dos recursos,
indicam a performance financeira da empresa.
 Quando comparados ano a ano, mostram a
evolução dos negócios da empresa.
 Dos balanços são extraídos alguns índices
importantes na análise fundamentalista:
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ANÁLISE FUNDAMENTALISTA
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Ebitda (na sigla em inglês, Lucro antes de
impostos, juros, depreciação e amortização):

o Ebitda representa o Lucro Operacional,
crescido de depreciação eamortização inclusas
no custo dos produtos vendidos e nas despesas
operacionais. Ele é expresso em percentual do
faturamento, ou seja, quanto de lucro restou de
cada real gerado pela atividade operacional da
empresa.
ANÁLISE FUNDAMENTALISTA
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Valor de empresa sobre Ebitda (VE /
Ebitda):

relaciona o valor de empresa com sua
capacidade de geração de caixa, aferida pelo
Ebitda. O valor de empresa equivale ao valor de
mercado acrescido de sua dívida líquida, ou
seja, o valor pertencente aos acionistas e aquele
pertencente aos credores. O valor de mercado,
por sua vez, é expresso pela cotação da ação
multiplicada pela quantidade total de ações.
ANÁLISE FUNDAMENTALISTA
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Margem Bruta:

relaciona Lucro Bruto com as vendas em um
determinado exercício. Demonstra quanto, de
cada real vendido, permaneceu na empresa na
forma de Lucro Bruto.
Margem Bruta = Lucro Bruto / Vendas Líquidas
ANÁLISE FUNDAMENTALISTA
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Valor Patrimonial da Ação (VPA):

representa o valor intrínseco da ação.
VPA = Patrimônio Líquido / Quantidade de
Ações
Se as ações são negociadas acima de seu VPA,
significa que o mercado tem boas expectativas
em relação à empresa e, por isso, os
investidores aceitam pagar mais do que a ação
teoricamente valeria.
Do contrário, significa que o mercado tem
expectativas negativas em relação à empresa ou
a seu setor.
ANÁLISE FUNDAMENTALISTA
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Preço por Valor Patrimonial da Ação
(P/VPA):

indica a relação entre o preço da ação (sua
cotação no mercado) e seu valor patrimonial.
Fórmula: Preço da ação / VPA
Se o resultado for acima de 1, significa que
a ação está sobreavaliada pelo mercado.
Abaixo de 1, indica que está subavaliada.
ANÁLISE FUNDAMENTALISTA
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Rentabilidade sobre Patrimônio (RPL):

representa a taxa de retorno do acionista,
medindo a capacidade da empresa de gerar
lucro a partir de seu patrimônio, ou seja, do
capital investido.
RPL = Lucro Líquido / Patrimônio Líquido
Quanto maior for esse indicador, melhor.
Ao aumentar de ano em ano, esse múltiplo
mostra que a performance da empresa foi
melhor (pois mostra que o mesmo capital
gerou mais lucro).
ANÁLISE FUNDAMENTALISTA
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Preço / Lucro (P/L): é um dos múltiplos mais
importantes da análise fundamentalista.
Indica ao acionista o tempo de retorno do
seu investimento, isto é, o número de anos
necessários para que o investidor lucre a
partir de sua aplicação.
Fórmula: Preço da ação / Lucro por ação
ANÁLISE FUNDAMENTALISTA
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Taxa de retorno (TR):

é o inverso do P/L. Assim, a TR mostra,
percentualmente, o quanto se obtém em um ano.
TR = (L/P) x 100
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Dividend Yield (DY):

indica o quanto a empresa distribui de dividendos a
seus acionistas, em percentual sobre o valor de
mercado da ação.
DY = (Valor total dos Dividendos / Cotação da
Ação) x 100
ANÁLISE FUNDAMENTALISTA
Soma-se a esses indicadores os clássicos de
análises de balanços: índices de liquidez,
atividade, rentabilidade e endividamento.
 Todos esses índices, analisados em conjunto,
indicam a performance financeira da empresa.
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ANÁLISE TÉCNICA
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A análise técnica ou análise gráfica, de maneira
resumida, é uma abordagem que utiliza gráficos
como ferramenta principal para determinar o
melhor momento (e preço) para comprar e vender
ativos. Em complemento a utilização de gráficos,
a análise técnica inclui também uma série de
teorias sobre como acontecem os movimentos do
mercado.
ANÁLISE TÉCNICA
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Histórico

As origens da análise técnica moderna estão nos
trabalhos de Charles Dow no início do século XX.
Dow junto com Edward D. Jones publicava um
informativo financeiro que mais tarde seria o "The
Wall Street Journal". Através do jornal, Dow
apresentava suas observações sobre o comportamento
do mercado. O conjunto desses textos seria
posteriormente reunido, gerando o que pode ser
considerado o início da análise técnica: a teoria de
Dow.
ANÁLISE TÉCNICA
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A análise técnica funciona porque o mercado
corresponde à soma dos desejos, medos e
expectativas das pessoas. O valor de um ativo
reflete o encontro entre os que acreditam que o
ativo irá se valorizar (compra) versus aqueles que
pensam o contrário (venda). Essas manifestações
aparecem nos gráficos.
ANÁLISE TÉCNICA
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Conhecendo o gráfico de barras
A barra oferece uma série de informações sobre o que acontece no
pregão. O segmento de reta para a esquerda é a abertura, ou seja, o
valor do primeiro negócio que ocorreu no dia. O segmento para a
direita é o valor de fechamento, representando o preço do último
negócio no pregão. O ponto mais alto da barra coincide com o preço
máximo praticado durante o pregão, enquanto que a extremidade
inferior corresponde ao preço mínimo.
 O tamanho da barra (distância entre o máximo e o mínimo) nos
oferece alguns dados, mostrando um pouco sobre como foi a batalha
entre compradores e vendedores. Uma barra pequena ou média,
normalmente, demonstra um mercado calmo, sem grandes conflitos.
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ANÁLISE TÉCNICA
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Conhecendo o Gráfico de Candles:
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O gráfico de candles é composto por duas partes: corpo e sombras. O corpo é a
parte entre a abertura e o fechamento (parte mais alargada da figura acima),
caso a abertura tenha sido inferior ao fechamento (um dia de alta) o corpo
recebe, por exemplo, a cor branca. Se o fechamento foi menor que a abertura (um
dia de queda) o corpo recebe outra cor, preto por exemplo. Assim, como pode ser
visto na figura, em um dia de alta a abertura delimita a parte inferior do corpo
candle e em um dia .de queda o contrário.
ANÁLISE TÉCNICA
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Em gráficos de candles podem ser utilizados
todos os preceitos da teoria de Dow e padrões
clássicos que veremos a seguir. Além disso, os
candles introduzem um novo conjunto de padrões.
O mesmo gráfico de barras do Bovespa está sendo
representado com candles abaixo:
ANÁLISE TÉCNICA
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Periodicidade:
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



Diário: Representando 1 pregão
Semanal: Uma barra ou candle representando todos
os pregões da semana.
Mensal: Uma barra ou candle representando todos os
pregões do mês.
Anual: Uma barra ou candle por ano.
Intraday (também chamados intradia). Em um
gráfico intraday o intervalo utilizado corresponde,
normalmente, a alguns minutos. Os mais comuns: 1,
5, 15, 30 e 60 minutos.
ANÁLISE TÉCNICA
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Suportes e resistências: são zonas de preços nas quais o
movimento atual do mercado tem grandes chances de parar
e reverter.
Suporte: Região na qual o interesse de comprar é grande, superando a
pressão vendedora, o movimento de queda tende a parar.
 Resistência: Região na qual o interesse de vender é grande, superando
a pressão compradora, o movimento altista tende a parar.

Temos um exemplo de suporte
no índice Bovespa, note que o
mercado vinha em queda até
chegar ao valor de 15.780
pontos. A partir desse nível, a
força compradora aumentou e
a queda parou. O mercado
reagiu, mas voltou a cair até a
linha de suporte mais duas
vezes até reverter para uma
tendência de alta de maior
intensidade.
ANÁLISE TÉCNICA
A regra para negociar usando suportes e
resistências parece simples: comprar no suporte e
vender na resistência.
 De maneira simples, suponha que determinada
região de preços é uma resistência. Se essa região
for rompida, ela tende a tornar-se uma zona de
maior pressão compradora, ou seja, um suporte.
O raciocínio oposto também é válido, se uma
região de suporte for perdida, ela poderá passar a
ser uma resistência.
 Princípio da inversão: está relacionado com a
inversão de papéis, ou seja, uma resistência
passa a funcionar como suporte e vice-versa.
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ANÁLISE TÉCNICA
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A linha azul é, inicialmente, um suporte, tendo
funcionado diversas vezes como um local de
reação do mercado. Entretanto, o suporte acabou
por ser rompido transformando-se em uma linha
de resistência. Trata-se do princípio da inversão
agindo.
ANÁLISE TÉCNICA
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Linhas de tendência: Conforme mostrado
anteriormente, o mercado não se movimenta em
linha reta, mas com impulsos e correções com a
aparência de um ziguezague. As tendências,
sejam elas de alta ou de baixa desenvolvem-se de
acordo com esses formatos.
ANÁLISE TÉCNICA
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Traçando a Linha de Tendência de Alta

Para traçar uma linha de tendência de alta ligamos
os pontos inferiores da série de preços em elevação. A
linha formada pela união desses fundos tende a ser
uma linha de suporte.
ANÁLISE TÉCNICA
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Traçando a Linha de Tendência de Baixa

Para traçar a linha de tendência de baixa ligamos os
pontos superiores do movimento de preços em queda.
A linha formada pela união desses topos tende a ser
uma linha de resistência.
ANÁLISE TÉCNICA
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
Como você pode perceber as linhas de tendência oferecem ótimos
avisos. Em uma tendência de alta, a linha de suporte formada
pode sugerir boas oportunidades de compra.
De maneira semelhante, ao se aproximar da linha de resistência
esteja preparado para sinais de venda.
FIM
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